Depois que receber estas derradeiras peças, Benjamin estará liberado para preparar o seu voto.
O ministro tem a intenção de levar o caso a julgamento antes do final de abril. Isso não significa que o processo está próximo de um desfecho.
É necessário que o presidente do TSE, Gilmar Mendes, inclua a encrenca na pauta.
Depois, qualquer ministro pode pedir vista do processo, retardando o julgamento.
No Palácio do Planalto, dá-se de barato que Benjamin votará a favor da cassação da chapa, refugando a tese segundo a qual a contabilidade da campanha de Temer seria separada da de Dilma.
Depoimentos de delatores da Odebrecht mostraram que a alegação das contas apartadas não fica em pé.
Parte dos ministros do TSE avalia a hipótese de poupar Temer da cassação. Para salvar o presidente, arriscam-se a matar o tribunal. Excetuando-se o relator, não parece haver muita gente interessada em encerrar o julgamento.
Autor da ação que acusa a chapa vitoriosa na disputa presidencial de 2014 de abuso do poder econômico, o partido de Aécio Neves é, hoje, um feliz apoiador do governo Temer. (Com UOL)