Em entrevista na noite desta quarta-feira (17), no programa A Voz do Brasil, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, destacou que os empregadores domésticos poderão regularizar os depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de seus empregados até o próximo dia 31 de outubro sem o pagamento de multas.
De acordo com Marinho, dos cerca de 1 milhão de empregadores domésticos no país, 80.506 não estão em dia com os depósitos do FGTS de seus empregados. O número de trabalhadores afetados, segundo o ministro, é de 154.063.
No total, o valor em atraso nos depósitos é da ordem de R$ 375 milhões.
“O ministério não está aqui para multar ninguém. Nós estamos aqui para cuidar e zelar pelos direitos dos trabalhadores. É preciso contar, portanto, com a colaboração dos empregadores”, disse Marinho.
“Até 31 de outubro, eles têm o prazo para, de forma voluntária, regularizar. Não fazendo, serão notificados e aí poderão incorrer em serem multados”, acrescentou.
Formalização
Luiz Marinho também falou sobre a importância da formalização dos trabalhadores no mercado de trabalho. De acordo com o ministro, no Brasil, há aproximadamente 60 milhões de trabalhadores formais e 40 milhões informais.
“A formalização é importantíssima, ajuda em vários aspectos na economia, na Previdência, ajuda na conta do fundo de garantia, nos fundos de investimento para habitação, para infraestrutura, para saneamento básico”, destacou.
O ministro chamou a atenção ainda sobre a falsa informação de que ao ter a carteira de trabalho assinada, o trabalhador deixará de poder receber benefícios sociais, como o Bolsa Família.
“Ainda tem uma lenda que, ao formalizar, assinar carteira profissional, quem tem eventualmente o benefício, perde o benefício. Isso não é exatamente assim, não é automático. Assine a carteira sem medo, porque isso é muito importante para você e para sua família”, disse.
Emprego em alta
Marinho destacou ainda que o país está com taxa de desemprego de 5,6%, a menor da série histórica, iniciada em 2012. No entanto, o ministro criticou a taxa básica de juros no país, mantida hoje em 15% pelo Banco Central.
“Venho reclamando disso desde maio. Na minha avaliação, está excessivamente alto e é preciso entrar no processo de transição. Eu espero que essa reunião de hoje seja reunião de transição para, a próxima, vir com novidades, iniciar um processo de redução gradativa, para colaborar com esse ambiente já bom do mercado de trabalho”.
Por - Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta quarta-feira (17), em cerimônia no Palácio do Planalto, a lei que protege crianças e adolescentes no ambiente digital, como redes sociais, aplicativos e jogos eletrônicos.
A proposta foi aprovada pelo Congresso Nacional no fim do mês passado e ficou conhecida como ECA Digital, em alusão ao Estatuto da Criança e do Adolescente.
Uma das novidades da lei é a previsão de que a fiscalização e punição sejam feitas por uma autoridade nacional autônoma, entidade da administração pública que será responsável por zelar, editar regulamentos e procedimentos e fiscalizar o cumprimento da nova legislação por partes das empresas de tecnologias digitais, incluindo redes sociais.
Por causa disso, Lula também assinou, no mesmo evento, uma Medida Provisória (MP) que transforma a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) em agência reguladora com novas competências para o acompanhamento, a fiscalização e a sanção sobre as obrigações previstas na nova legislação.
"Uma das MPs que estamos enviando para o Congresso transforma a Autoridade Nacional de Proteção de Dados em Agência Nacional de Proteção de Dados, com autonomia para proteger crianças e adolescentes na internet", destacou o presidente em discurso.
O texto da MP, que ainda não foi divulgado, amplia o orçamento, cria nova estrutura administrativa, incluindo uma carreira específica de analista de nível superior com novos cargos, que serão preenchidos por meio de concurso público da nova agência, que também passa a ser pelas previsões da lei das agências reguladoras.
Com validade imediata, a MP que transforma a ANPD em agência reguladora precisará ser aprovada pelo Congresso Nacional em até 120 dias.
ECA Digital
Agora sancionado, o ECA Digital passa a ser Lei Federal 15.211/2025. O texto obriga as plataformas digitais a tomarem medidas "razoáveis" para prevenir riscos de crianças e adolescentes acessarem conteúdos ilegais ou considerados impróprios para essas faixas etárias, como exploração e abuso sexual, violência física, intimidação, assédio, promoção e comercialização de jogos de azar, práticas publicitárias predatórias e enganosas, entre outros crimes.
Além disso, a lei prevê regras para supervisão dos pais e responsáveis e exige mecanismos mais confiáveis para verificação da idade dos usuários de redes sociais, o que atualmente é feito basicamente por autodeclaração.
A norma ainda disciplina o uso de publicidade; a coleta e o tratamento de dados pessoais de crianças e adolescentes e estabelece regras para jogos eletrônicos, veda à exposição a jogos de azar.
"Passados 35 anos desde a sanção do Estatuto da Criança e Adolescente original, o mundo mudou muito. Computadores se popularizaram, surgiram os smartphones. A internet entrou em nossas casas e a redes digitais estão presentes na vida de milhões de brasileiros e brasileiras. Era preciso modernizar os marcos legais e regulatórios no que diz respeito à proteção de crianças e adolescentes", disse Lula.
O presidente defendeu que a lei coloca o Brasil em uma seleta lista de países que avançaram na criação de dispositivos legais para a proteção de adolescentes no meio digital.
"A partir de hoje, o Brasil tem a honra de se juntar a esse grupo de países. A liberdade de expressão é um valor inegociável, mas não pode servir de desculpa para a prática de crimes no mundo digital", reforçou.
Para Lula, é inegável a importância das redes digitais, que colaboram com micro e pequenos empreendedores e são alternativa de trabalho para milhões de pessoas, mas que não podem estar acima da lei.
"Não podem continuar sendo usadas para espalhar fake news e discurso de ódio. Não podem dar espaço à prática de crimes como golpes financeiros, exploração sexual de crianças e adolescentes, incentivo ao racismo e à violência contra as mulheres. É um equívoco acreditar que as big techs tomarão a iniciativa de se autorregular. Esse equívoco já custou a vida de várias crianças e adolescentes", observou.
Outros anúncios
Além da sanção da lei que regula direitos de crianças e adolescentes no ambiente digital e a transformação da ANPD, o presidente Lula também enviou um Projeto de Lei ao Congresso Nacional que trata da regulação econômica e concorrencial das grandes empresas de tecnologia.
Lula também assinou outra Medida Provisória, que cria o Regime Especial de Tributação para Serviços de Datacenter no Brasil, o Redata.
O programa faz parte da Política Nacional de Datacenters (PNDC), vinculado a Nova Indústria Brasil (NIB), e busca impulsionar o crescimento nacional em áreas estratégicas da Indústria 4.0, como computação em nuvem, inteligência artificial, smart factores e Internet das Coisas, ampliando a capacidade brasileira de armazenagem, processamento e gestão de dados. Os incentivos financeiros em 2026 para atrair investimentos são de R$ 5,2 bilhões e antecipam benefícios da reforma tributária.
Vetos
A Casa Civil da Presidência da República informou que Lula vetou três pontos do ECA Digital. Um deles tira do texto da lei a definição da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) como entidade responsável pelo cumprimento das decisões judiciais de bloqueio de plataformas e aplicações.
Essa previsão passa a constar no decreto que regulamenta a lei, também assinado pelo presidente nesta quarta-feira, e que mantém a Anatel com a mesma atribuição. A mudança, segundo o governo, foi apenas para garantir a competência privativa do Poder Executivo de encaminhar a estruturação administrativa de suas competências.
O outro veto exclui a destinação imediata ao Fundo de Defesa da Criança e do Adolescente dos recursos auferidos com as multas aplicadas com base na nova lei. A medida foi tomada, de acordo com a Casa Civil, para respeitar a Lei de Diretrizes Orçamentárias, que determina um lapso de cinco anos para a vinculação de fundos. Mesmo assim, informou a Casa Civil, o governo enviou essa previsão na MP do Redata, destinando as multas ao fundo, desde que respeitado o interstício de cinco anos determinados pela LDO.
O terceiro veto de Lula foi sobre o chamado Vacatio Legis, para reduzir o tempo de entrada em vigor da nova lei, de um ano para seis meses. Após vetar o dispositivo, Lula editou uma MP para definir o prazo de seis meses a partir do qual a lei deverá ser cumprida pelas plataformas digitais que atuam no país.
Essa MP que reduz o prazo para entrada em vigor da nova lei tem efeito imediato, mas também precisa ser confirmada pelo Congresso Nacional.
Todos os três vetos devem ser analisados pelos congressistas, que poderão mantê-los ou derrubá-los.
A sanção, com a descrição e justificativa dos vetos, será publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU). Já as medidas provisórias e decretos assinados pelo presidente Lula sairão na próxima edição regular do DOU.
Por -Agência Brasil
O Ministério da Saúde abriu nesta quarta-feira (17) uma consulta pública para discutir a incorporação da vacina contra o herpes zóster no Programa Nacional de Imunização (PNI). A proposta contempla idosos com 80 anos ou mais, e indivíduos imunocomprometidos a partir de 18 anos.
A Consulta Pública nº 78 ficará disponível até 6 de outubro na plataforma Participa + Brasil. Até o momento, já foram registradas 75 contribuições. Qualquer pessoa pode enviar opiniões e sugestões sobre o tema.
Para participar, é necessário preencher o formulário eletrônico. Os interessados podem enviar até dois arquivos com sugestões ou documentos de apoio. O envio de dados pessoais, informações sensíveis ou materiais de terceiros sem autorização não é permitido.
As contribuições serão analisadas pela comissão técnica, que decidirá sobre a incorporação da vacina. Os relatórios técnicos que embasam a recomendação preliminar da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec), no Sistema Único de Saúde (SUS), estão disponíveis para leitura. A análise e a deliberação do colegiado também podem ser conferidas no relatório divulgado pelo Ministério da Saúde.
Herpes-zóster
O herpes-zóster, também conhecido como cobreiro, é causado pela reativação do vírus da catapora (varicela-zóster) e costuma atingir idosos e pessoas com imunidade baixa. A doença provoca dor intensa, febre, manchas e bolhas na pele, que podem evoluir para complicações graves, como a neuralgia pós-herpética (NPH) — dor crônica que persiste mesmo após o fim das lesões.
Entre 2008 e 2024, o SUS registrou mais de 85 mil atendimentos ambulatoriais e 30 mil internações por herpes-zóster no Brasil. Entre 2007 e 2023, 1.567 mortes foram associadas à doença. A maioria tinha idade igual ou superior a 50 anos.
O tratamento no sistema público envolve medicamentos para aliviar os sintomas e, nos casos mais graves, o uso de antivirais como o aciclovir. Para a NPH, são oferecidos fármacos como amitriptilina, carbamazepina e lidocaína em gel.
Incorporação no SUS
A incorporação ao SUS da vacina recombinante adjuvada foi uma solicitação do Departamento do Programa Nacional de Imunizações, da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, e do Ministério da Saúde.
A vacina contém uma proteína do vírus varicela-zóster (antígeno gE) combinada a um adjuvante (AS01B), que ajuda o sistema imunológico a reconhecer e combater o vírus. Ela é administrada por via intramuscular, em duas doses de 0,5 mL, com intervalo de dois meses.
A Conitec avaliou a segurança e a eficácia da vacina. Estudos apontam eficácia superior a 80% na prevenção da doença e da NPH. Os eventos adversos mais comuns relatados foram: dor no local da aplicação, cansaço, dor muscular, dor de cabeça e febre, geralmente de intensidade leve a moderada. O imunizante também foi considerado seguro.
O alto custo é o principal desafio: o investimento estimado seria de R$ 5,2 bilhões em cinco anos. Para a Conitec, a conclusão é de que a vacina não oferece um benefício suficientemente significativo para justificar o seu custo para o SUS.
Por - Agência Brasil
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, disse nesta quarta-feira (17) que considera injusta a decretação de sanções dos Estados Unidos contra o Brasil e os ministros da Corte.
No início da sessão desta tarde, Barroso fez um pronunciamento sobre o fim do julgamento da trama golpista, que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados.
Barroso disse que o julgamento foi baseado em provas, incluindo confissões sobre a produção do plano Punhal Verde Amarelo para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e o ministro Alexandre de Moraes.
“É profundamente injusto punir o Brasil, os brasileiros, as empresas brasileiras, os trabalhadores brasileiros e suas empresas por uma decisão que foi amplamente baseada em provas, acompanhada por toda a imprensa internacional. Também não é justo punir os ministros, que, com coragem e independência, cumpriram o seu papel”, afirmou.
Barroso negou qualquer tipo de perseguição a Bolsonaro e os demais condenados.
“Não existe caça às bruxas ou perseguições políticas. Tudo o que foi feito baseou-se em provas”, destacou.
O presidente também disse que tem ligações pessoais com os Estados Unidos, onde morou e estudou, e afirmou que o momento é “virar a página” e retomar a vida do país com “paz e tranquilidade”.
“Esse é um chamamento ao diálogo e à compreensão, pelo bem dos nossos países, de uma longa amizade e da justiça”, completou.
Por - Agência Brasil
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) está nas ruas na manhã desta quinta-feira (18) para cumprir 59 mandados judiciais contra uma organização criminosa investigada por despachar drogas pelo sistema dos correios para diversos estados do País. A operação acontece de forma simultânea em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, e em Curitiba.
Com a atuação de cães de faro e apoio aéreo de um helicóptero da PCPR, os policiais têm a missão de executar 29 ordens de busca e apreensão e 30 de prisão preventiva pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas e organização criminosa.
A ação é um desdobramento de uma investigação iniciada em novembro de 2024 com a interceptação e apreensão de 17 pacotes enviados via correios. Neles, foram encontradas porções de maconha e haxixe.
Com o aprofundamento da investigação, a PCPR mapeou a estrutura organizacional do grupo e identificou que ele operava de forma compartimentada e hierarquizada, contendo uma ampla gama de colaboradores com funções específicas. O envio dos entorpecentes ocorria tanto em âmbito municipal, quanto para vários estados do país.
“Diante do cenário delineado, a deflagração da operação mostrou-se indispensável não apenas para responsabilizar os agentes identificados, mas, sobretudo, para interromper a empreitada criminosa e coibir o tráfico interestadual no Paraná”, destaca a delegada Grazieli Schmitz.
Por - AEN
O Governo do Estado trabalha em conjunto com o setor produtivo para garantir um tratamento diferenciado do restante do País junto à União Europeia visando a ampliação das exportações de produtos da agroindústria paranaense. O assunto foi discutido nesta quarta-feira (17) em um encontro entre o governador Carlos Massa Ratinho Junior e integrantes dos órgãos estaduais envolvidos e do setor produtivo, no Palácio Iguaçu.
O objetivo é classificar o Paraná como um território de baixo risco ambiental, o que pode reduzir custos de certificação, agilizar o acesso ao mercado europeu e ampliar a competitividade dos produtos da agroindústria paranaense. Atualmente, o Estado está enquadrado junto com todo o Brasil no grau padrão, o que impõe auditorias presenciais e encarece as exportações.
O esforço do Governo do Estado em busca desta diferenciação é ainda mais importante porque, a partir de dezembro, entra em vigor uma nova regulamentação europeia que veta a importação de produtos oriundos de áreas desmatadas após 2020 ou que não cumpram normas ambientais e sanitárias. Com a análise segmentada, o Paraná, que é considerado o Estado mais sustentável do País, não deverá ter dificuldades em comprovar as exigências da União Europeia.
Para atender a essas regras e comprovar, de forma transparente e objetiva, a sustentabilidade das propriedades rurais, a estratégia definida pelo Governo do Estado é a criação da Plataforma Paraná Sustentável, que vai unificar os cadastros e dados ambientais por meio de Inteligência Artificial (IA). O cronograma estipulado prevê que a ferramenta seja lançada até dezembro deste ano.
CADASTRAMENTO ADIANTADO – O trabalho começou em fevereiro, com a criação da Superintendência Geral de Ordenamento Territorial do Paraná, que está coordenando o projeto. Atualmente, o Estado possui 244 mil propriedades com Cadastro Ambiental Rural (CAR) regularizado, o equivalente a cerca de 45% das mais de 500 mil propriedades existentes e a 36% de todos os CARs regulares em todo o Brasil, o que demonstra o estágio avançado em que o Paraná se encontra.
Segundo o superintendente-geral de Ordenamento Territorial, Benno Henrique Weigert-Detzer, a iniciativa responde a um pleito do setor produtivo. “O Paraná tem condições diferenciadas em relação ao restante do País, fruto de décadas de políticas públicas ambientais e boas práticas. O pedido é que o Estado seja reconhecido como ente subnacional e receba a classificação de baixo risco, o que permitiria análises documentais das exportações, sem a necessidade de auditorias em campo”, explicou.
Ele destacou que a chave do processo está no uso de tecnologia e Inteligência Artificial (IA) para consolidar informações de meio milhão de propriedades rurais. “Controlar manualmente todas essas unidades é impossível. Por isso, estamos utilizando Inteligência Artificial para cruzar bases de dados ambientais, sanitárias e produtivas, gerando um perfil único da propriedade. Isso vai comprovar que a produção paranaense atende aos protocolos de exportação”, completou.
OUTROS BENEFÍCIOS – Além de dar segurança ao mercado europeu, o sistema trará ganhos internos. Ao final do projeto, todas as propriedades terão um “CEP Rural” e geolocalização definidos, o que permitirá melhor rastreabilidade e gestão territorial. A plataforma está sendo desenvolvida em parceria com a Google. A empresa financia a solução, que integra informações de diferentes bancos de dados estaduais e federais por meio de APIs, alimentando automaticamente o sistema e unificando os dados em uma única base.
Para o presidente do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Natalino Avance de Souza, o Estado tem credenciais sólidas para pleitear o reconhecimento europeu. “O Paraná é hoje o território mais sustentável do Brasil. Fomos considerados pelo Banco Mundial como modelo em boas práticas agrícolas. Queremos mostrar que essa trajetória nos credencia a um tratamento diferenciado, garantindo mais competitividade aos produtores”, afirmou.
Natalino ressaltou ainda que sanidade agropecuária e sustentabilidade são os dois fatores decisivos para acessar mercados internacionais. “Estamos trabalhando junto com os agricultores para mostrar que sustentabilidade não é contrária à competitividade. Pelo contrário: ela abre mercados, fortalece a economia e dá segurança a quem compra os nossos produtos”, disse.
A proposta foi construída em conjunto entre governo – incluindo as secretarias estaduais do Desenvolvimento Sustentável e da Agricultura e do Abastecimento, o Instituto Água e Terra (IAT) e o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR) – com apoio da Faep, Fiep, Fetaep e Ocepar. O próximo passo deverá ser a elaboração de uma carta de apresentação buscando ampliar a interlocução com o parlamento europeu.
Por - AEN
O Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP), em Cascavel, é referência em alta complexidade, especialmente para cirurgias bariátricas e procedimentos cardiovasculares, como as cirurgias de peito aberto para revascularização de miocárdio. Em 2024 e 2025, estes e outros atendimentos foram ampliados após investimentos de R$ 106 milhões do Governo do Paraná, por meio da Secretaria da Saúde (Sesa).
Deste total, R$ 70 milhões foram destinados a programas, incentivos e contratos com a Universidade do Oeste do Paraná (Unioeste). Outros R$ 36 milhões foram para compra de equipamentos.
Os valores possibilitaram ampliar os atendimentos para toda macrorregião Oeste e Sudoeste, como as cidades de Pato Branco, Francisco Beltrão, Foz do Iguaçu, Cascavel e Toledo, que reúnem cerca de dois milhões de habitantes, de 94 municípios paranaenses.
“O HUOP é um dos maiores projetos de extensão da Unioeste e visa integrar ciência e saúde, levando serviços essenciais para toda população”, destaca o secretário da Saúde, Beto Preto.
Os maiores investimentos foram na ampliação de leitos de UTI e UTI Pediátrica. “Tínhamos uma carência de leitos na região, que foi suprida com estes atendimentos”, diz o diretor-geral do HUOP, Rafael Muniz de Oliveira. “Com estes investimentos, conseguimos melhorar a qualidade na assistência a estes pacientes e aumentar o acesso à terapia intensiva”.
O diretor destaca que com o fechamento do Hospital do Coração de Cascavel (o Nossa Senhora da Salete, que possuía 44 leitos e 10 na UTI), o HUOP acabou absorvendo a demanda de cardiologia da região. Para isso, houve a aquisição de vários equipamentos, entre eles um específico de hemodinâmica, o que possibilitou a volta das cirurgias de revascularização do miocárdio com peito aberto.
“Reorganizamos as equipes, a folha de pagamento e compramos equipamentos, tudo financiado pela Sesa. Iniciamos com duas cirurgias por semana, em 2025 ampliamos para três e, desde julho, realizamos quatro delas por semana”, explica Rafael Muniz de Oliveira.
O setor ainda faz outras cirurgias do coração, como a troca de válvulas, incluindo a aórtica. “São cirurgias cardiológicas bem importantes para a nossa macrorregião.”
MATERNIDADE – Outra área que recebeu recursos foi a maternidade do HUOP, referência em partos e atendimentos, com ampliação e adequação do espaço, que hoje faz cerca de 450 partos por mês (antes eram 300), todos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Conquistamos maior conforto e humanização na hora do parto, tanto para as mães quanto para os bebês”, ressalta o diretor.
A nova ala materno-infantil Elvira Feiten Franz tem cinco mil metros quadrados construídos, com três andares e toda estrutura médica e clínica, totalizando 70 leitos adultos e 98 berços, incluindo de Unidade de Cuidado Intensivo Neonatal (UCI) e UTI, em um investimento total de R$ 19.070.703,87.
HOSPITAL – O HUOP é um hospital-escola vinculado à Unioeste e possui atualmente 373 leitos, ambulatórios de especialidades, centro cirúrgico, centro obstétrico, UTI adulto, pediátrica e neonatal, pronto-socorro, diagnóstico por imagem, radiologia e banco de leite humano. Ao todo, são de 21,6 mil metros quadrados de estrutura e 1.964 profissionais envolvidos.
Em 2024, os atendimentos ambulatoriais atingiram 85.334 pacientes e as cirurgias de urgência e emergência foram 6.434, além de 1.800 cirurgias eletivas, totalizando mais de 8 mil procedimentos cirúrgicos realizados no HUOP. O número representa um aumento de 27% em comparação a 2023, que registrou 6.473 atendimentos.
Por - AEN
A Secretaria de Saúde do Paraná faz uma alerta para problemas cardiovasculares em adolescentes e jovens adultos, de 15 a 30 anos, um perfil que não se enquadra no grupo considerado de risco para esse tipo de doença, mas que, muitas vezes, tem adotado comportamentos que podem levar a essa condição.
Entre eles, alimentação pobre em nutrientes, sedentarismo e o uso indiscriminado de bebidas energéticas e medicamentos como tadalafila, indicado para disfunção erétil, mas utilizado com a intenção de ganho de massa muscular, algo que não tem qualquer comprovação científica.
“É preciso ter cuidado com o consumo exagerado de energéticos, pois além de arritmia, ele pode causar ansiedade e insônia, o que vai afetar todo o organismo. Já os medicamentos, só devem ser utilizados por solicitação de um médico. Jamais devemos fazer a automedicação”, destacou o secretário de Saúde, Beto Preto.
O consumo excessivo de cafeína, ingrediente das bebidas energéticas, pode provocar problemas cardíacos, como o coração bater mais rápido, palpitação, aumento da pressão arterial e infarto. Pesquisa recente realizada pela empresa Kantar indica um aumento no consumo, alcançando 38% dos lares brasileiros. Essa alta também é registrada fora dos domicílios, como em bares, com 22% do público.
Da mesma forma, o consumo irregular e sem prescrição médica de medicamentos como tadalafila pode causar queda de pressão e severos riscos cardiovasculares. “Esse medicamento está sendo utilizado por muitos jovens de forma recreativa, como pre-treino em academias. Eles esperam o aumento da massa muscular, algo que não tem comprovação científica e que pode causar dependência e riscos severos à saúde”, reforçou Beto Preto
CENÁRIO – Em 2024, a secretaria estadual da Saúde registrou atendimento hospitalar de 1.183 pacientes entre 15 e 30 anos por questões cardiovasculares, sendo 566 com idade entre 15 e 24 anos. No primeiro semestre de 2025, foram 759 atendimentos entre o público de 15 e 30 anos, o que corresponde a 64% de todo o ano anterior. Destes, 390 na faixa etária de 15 a 24 anos, o que equivale a 70% dos registros em 2024.
Foram constatados problemas como insuficiência cardíaca, arritmias, crise hipertensiva e, até mesmo, infarto.
No ano passado, houve 107 atendimentos de na faixa etária de 15 a 30 anos com arritmia cardíaca. No primeiro semestre de 2025 foram 68 – 65% dos casos de todo o anterior.
Os casos de crise hipertensiva (aumento da pressão arterial) foram responsáveis por 220 atendimentos no ano passado. Em 2025 já são 160 casos no primeiro semestre, o equivalente a 73% dos registros de 2024.
Considerando o perfil entre 15 e 24 anos, foram 75 atendimentos de crise hipertensiva no primeiro semestre de 2025, o que corresponde a 80% de todo o ano anterior, quando 95 atendimentos foram feitos.
Por - AEN
A Assembleia Legislativa do Paraná esteve presente nesta terça-feira (16) da abertura oficial da ExpoMatcon 2025, principal feira do varejo de material de construção do estado, realizada no Expotrade Convention Center, em Pinhais.
Representando o Legislativo estadual, o deputado Gugu Bueno (PSD), primeiro-secretário da Casa e coordenador da Frente Parlamentar do Setor de Materiais de Construção, destacou a força do segmento e o compromisso da Assembleia com o fortalecimento do setor. A Frente Parlamentar foi criada com foco na desburocratização, melhoria do ambiente de negócios e estímulo à geração de emprego e renda no segmento.
“O setor do varejo de material de construção é fundamental para a economia do Paraná. Se tem obra no estado, esse setor está presente. Reconhecendo essa importância, criamos a Frente Parlamentar, hoje com 22 deputados. Mais do que apoiar institucionalmente a feira, estamos aqui para ouvir, debater soluções e fortalecer essa cadeia produtiva que movimenta emprego, renda e desenvolvimento”, afirmou Gugu Bueno.
O deputado também destacou que está em discussão com o Governo do Estado a criação de uma cesta básica de material de construção, com itens essenciais da cadeia produtiva. “Não é um tema simples, pois envolve tributos, mas temos certeza que contará com a sensibilidade do governador Ratinho Júnior e do vice-governador Darci Piana. Nosso objetivo é estimular o consumo, facilitar o acesso a materiais e incentivar novas construções”, completou.
O vice-governador Darci Piana também participou da abertura. “O setor de material de construção é grandioso no nosso estado, gera muito emprego e arrecadação. Esta feira une quem precisa comprar com quem precisa vender, e esse relacionamento fortalece todos os elos, movimentando a economia”, declarou.
Para o presidente do Simaco PR e da Acomac Curitiba, Ademilson Milani, a presença do Legislativo estadual contribui diretamente para o crescimento do setor. “A aproximação com a Assembleia Legislativa, por meio da Frente Parlamentar, foi fundamental para ampliar a visibilidade do setor e dar voz aos lojistas. A ExpoMatcon cria um ambiente pensado para gerar negócios, conectar a indústria ao varejo e fortalecer a competitividade das nossas empresas”, afirmou.
A feira segue até quinta-feira (18) e deve movimentar mais de R$ 500 milhões em negócios. São esperados mais de 5 mil visitantes, com caravanas de lojistas vindos de todas as regiões do estado. O evento reúne mais de 120 marcas, além de apresentar espaços inéditos como a Arena do Conhecimento, o AcomacCast e a Rodada de Negócios em parceria com o Sebrae PR.
Segundo dados do Simaco PR, o Paraná conta atualmente com 11.641 lojas varejistas de material de construção, registrando o maior crescimento da região Sul no último ano, com aumento de 1,13% no número de estabelecimentos.
Também participaram da feira a deputada Márcia Huçulak e o deputado Márcio Pacheco.
Por - Assessoria/ALEP
Compareceu na sede do Destacamento da Polícia militar de Rio Bonito do Iguaçu/PR nesta qurta-feira (17), uma mulher, 41 anos, informando que teve uma discussão com seu ex-convivente, 37 anos e que após a discussão, pediu para ele se retirar da casa, uma vez que ambos estão separados, disse a ele que se não saísse, iria chamar a polícia.
Diante do pedido, o homem lhe ameaçou dizendo: "chame então, para ver o que te acontece", evadindo-se do local em seguida, tomando rumo ignorado.
Momentos depois, o pai do seu ex-convivente, 60 anos, de posse de um facão, foi até sua residência e lhe ameaçou, dizendo: "se algo acontecer com meu filho, vai acontecer o mesmo com você", logo em seguida, também se retirou do local, tomando rumo ignorado.
Diante disso, a equipe deslocou até a residência da vítima, onde ela franqueou a entrada da equipe para efetuar buscas pela arma de fogo, a qual ela afirmou que seu ex-companheiro teria, sendo localizado uma garrucha, sem marca e sem número de série aparentes, bem como uma munição intacta calibre 36, marca CBC, a qual estava em baixo do balcão do comércio que fica anexo a sua residência.
A PM então realizou patrulhamento na tentativa de encontrar os autores, entretanto, não logrou êxito. Posteriormente deslocou até a 2ª SDP em Laranjeiras do Sul/PR, para realizar a entrega da arma de fogo. A vítima manifestou interesse em solicitar medida protetiva.
Por - Campo Aberto
Na quarta-feira (17), a equipe da Polícia Militar recebeu uma denuncia de que um homem estaria realizando a venda de entorpecentes na região do assentamento.
Diante das informações a equipe da PM realizou patrulhamento no local, onde próximo a uma residência foi visualizado um homem, que ao perceber a presença da Polícia, empreendeu fuga para uma região de mata.
Durante buscas pelo perímetro, a PM localizou uma mochila e uma espingarda calibre .28 abandonadas na vegetação. No interior da mochila foram encontrados os seguintes itens: 01 (uma) porção de substância análoga à maconha, totalizando aproximadamente 93 (noventa e três) gramas; 09 (nove) munições intactas de calibre .28 e um documento de identidade.
Diante dos fatos, a droga, a arma e as munições foram apreendidas e levadas até a 2 ª SDP para os procedimentos cabíveis.
Na quarta-feira (17), a equipe da Polícia Militar foi acionada na Vila São João, por volta das 11h40, onde segundo informações um homem estaria em óbito em via publica após uma discussão.
No local a equipe da PM encontrou um homem, 32 anos, caído em via publica, já em óbito. Ele estava com ferimentos na cabeça, aparentemente por contusão, e nas costas provavelmente feito por uma arma branca.
Com o apoio da Polícia Civil, foi conversado com os moradores, que informaram que o possível autor havia se evadido do local em um Celta preto, após os fatos narrados, tomando rumo ignorado.
A PM isolou o local e acionou o IML e a Polícia Cientifica, para os procedimentos cabíveis. A Polícia Civil segue investigando o caso.