A primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) reúne-se virtualmente nesta segunda-feira (24) para decidir se mantém o ex-presidente Jair Bolsonaro preso. Ele foi detido pela Polícia Federal, por decisão do ministro Alexandre de Moraes, na manhã do último sábado (22), após adulterar a tornozeleira eletrônica.

Além do problema com a tornozeleira, Moraes pediu a prisão de Bolsonaro após uma vigília capitaneada por Flávio Bolsonaro - filho mais velho do ex-presidente. O ministro do STF julgou que a vigília poderia causar tumulto em frente à casa do ex-presidente. Moraes também considerou haver risco de fuga.
A defesa de Bolsonaro alega que seu cliente sofreu uma alucinação devido ao uso de medicamentos. O ex-presidente disse que sofreu “confusão mental” ao tentar violar a tornozeleira eletrônica.
POr - Agência Brasil
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro solicitou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que aprecie a petição que requer prisão domiciliar humanitária para o réu. Os advogados argumentam que não houve tentativa de fuga e que o episódio de tentativa de violar a tornozeleira eletrônica reforça apenas o comprometimento da saúde de Bolsonaro. 

A manifestação foi enviada pelos advogados Celso Vilardi, Daniel Tesser e Paulo Bueno ao STF neste domingo (23). Bolsonaro está preso preventivamente desde este sábado (22). Na decisão pela prisão, o ministro do STF citou eventual risco de fuga diante da tentativa de Bolsonaro de violar a tornozeleira eletrônica e da vigília convocada pelo seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), nas proximidades da casa onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar, o que poderia causar tumulto, facilitando que ele deixasse a casa.
"Conforme informado na petição protocolada no dia 21 de novembro, o estado de saúde do Peticionário está, por diversas razões, comprometido. Os documentos médicos então juntados já narravam que o ex-Presidente 'é portador de comorbidades que demandam tratamento' e uso de diversos medicamentos, inclusive “com ação no sistema nervoso central'.", argumentam os advogados.
Segundo os advogados, baseando-se no boletim médico dos profissionais que acompanham Bolsonaro, a confusão mental foi causada pela interação de remédios.
"O Peticionário já vinha fazendo uso dos medicamentos Clorpromazina e Gabapentina para o quadro de soluços incoercíveis muito intensos que surgiu em razão das múltiplas intervenções às quais o Peticionário foi submetido desde o episódio da tentativa de assassinato em 2018", diz o documento.
Os medicamentos seriam usados "com o intuito de tentar otimizar o tratamento dos soluços, mas sem a ciência ou consentimento da equipe médica que segue o Peticionário desde sua última internação em abril, uma segunda médica prescreveu ao Peticionário o medicamento chamado Pregabalina", diz o documento.
O documento explica que a Pregabalina “apresenta importante interação com os medicamentos que ele utiliza regularmente para tratamento das crises de soluços (Clorpromazina e a Gabapentina) e tem como reconhecidos efeitos colaterais, a alteração do estado mental com a possibilidade de confusão mental, desorientação, coordenação anormal, sedação, transtorno de equilíbrio, alucinações e transtornos cognitivos”.
Diante desse cenário, os advogados argumentam ainda que embora Blsonaro tenha utilizado um ferro de solda na tornozeleira, o ex-presidente não tentou removê-la e colaborou com a troca do equipamento eletrônico.
"O vídeo e a avaliação da policial mostram que não houve tentativa de rompimento da pulseira e, portanto, de retirada da tornozeleira", afirmam. "Sem qualquer obstáculo, a tornozeleira foi substituída".
Prisão domiciliar humanitária
Condenado a 27 anos e três meses de prisão na ação penal da trama golpista, Bolsonaro e os demais réus podem ter as penas executadas nas próximas semanas.
Na semana passada, a Primeira Turma da Corte rejeitou os chamados embargos de declaração do ex-presidente e de mais seis acusados para reverter as condenações e evitar a execução das penas em regime fechado.
A defesa do ex-presidente havia solicitado, na sexta-feira (21), prisão domiciliar humanitária ao STF. O pedido foi rejeitado, neste sábado, após a prisão preventiva de Bolsonaro.
Nesta segunda-feira (24), o STF irá analisar a decisão da prisão preventiva de Bolsonaro. O ministro do STF Flávio Dino convocou uma sessão virtual extraordinária da Primeira Turma para referendar a decisão.
Por - Agência Brasil
A consolidação do comércio on-line e das instituições financeiras digitais intensificou um dos crimes mais tradicionais da humanidade: golpes com documentos de terceiros. De 2022 a 2025, as tentativas de fraude documental no Brasil mais do que dobraram, saltando de cerca de 19 mil para mais de 51 mil no acumulado de 2025.

A conclusão consta de levantamento da Caf, empresa especializada em verificação inteligente de documentos. Os dados mostram uma escalada contínua do problema.
• 2022: mais de 19 mil tentativas;
• 2023: mais de 66 mil;
• 2024: mais de 37 mil;
• 2025: mais de 51 mil (no acumulado do ano).
CNH: documento preferido
Segundo a empresa, a carteira de identidade permanece como o documento mais visado. Em 2025, 84% das tentativas de fraude envolveram o Registro Geral (RG), que continua sendo amplamente utilizado e tem grande variedade de versões em circulação. A Carteira Nacional de Habilitação (CNH) também registrou aumento na participação das fraudes, passando de 8% dos casos em 2022 para 14% em 2025.
Para o diretor de tecnologia da Caf, José Oliveira, a multiplicidade de modelos de RG ainda presentes no país amplia o risco de manipulação, num cenário em que a Carteira de Identidade Nacional (CIN) está sendo adotada de forma escalonada. Ele afirma que soluções tecnológicas vêm se tornando essenciais para detecção de irregularidades.
“O Brasil convive com inúmeras versões de RG em circulação, o que amplia a superfície de fraude. Isso torna inviável depender apenas de inspeção visual ou de processos manuais”, enfatiza.
Oliveira explica que sistemas baseados em inteligência artificial conseguem identificar sinais de adulteração digital com maior precisão, mas destaca que a combinação entre tecnologia e análise humana ainda oferece o índice mais elevado de eficácia, chegando a 98% de acerto na detecção de fraudes.
Análises
O levantamento utilizou uma tecnologia denominada Documentoscopia, que combina verificação automatizada, captura assistida, extração de dados por OCR (reconhecimento óptico de caracteres) e análise especializada. Apenas em 2025, mais de 11 milhões de documentos foram analisados pela plataforma da empresa.
Fundada em 2019, a Caf atua no desenvolvimento de tecnologias antifraude com soluções de verificação biométrica, reconhecimento documental e validação de identidade usadas principalmente em sites e aplicativos.
Por - agência Brasil
A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) enviou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, neste domingo (23), uma notícia-crime contra o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).

Na denúncia, a parlamentar relata que, conforme imagens divulgadas por emissora de TV, o deputado mineiro foi flagrado usando o próprio aparelho celular em visita ao ex-presidente, na sexta-feira (21), na residência de Jair Bolsonaro, onde, desde agosto deste ano, ele cumpria prisão cautelar domiciliar.
Erika Hilton alega que o uso de celular, nestas condições, desobedece a decisão da petição (PET 14.129/DF) que, entre outras medidas cautelares, proibiu o uso de celulares por terceiros, na presença do ex-presidente.
A visita de Nikolas ocorreu na véspera de Bolsonaro usar um ferro de solda na tornozeleira eletrônica, o que motivou a decretação da sua prisão preventiva por risco concreto de fuga.
Tentativa de fuga
Em publicação, em sua rede social, Erika Hilton diz que Nikolas Ferreira teria instigado e auxiliado Jair Messias Bolsonaro em uma suposta tentativa de fuga.
“A conduta descumpre ordem judicial e aponta para possível instigação ou auxílio ao plano de evasão”, diz a postagem.
Como medida para preservar as provas da suposta instigação ou auxílio, a deputada pede, no documento, que seja solicitada a busca e apreensão do celular do deputado.
O outro lado
Em sua rede social, Nikolas Ferreira se defendeu sobre o possível descumprimento da lei ao fazer uso de celular ao lado do ex-presidente, durante prisão domiciliar,
O parlamentar alegou que "não houve comunicação prévia de qualquer restrição ao uso de celular, nem por parte do Judiciário, nem pelos agentes responsáveis pela fiscalização, durante a visita".
Na nota de esclarecimento sobre o episódio da visita ao ex-presidente, ele classificou o uso do drone para filmar a residência do ex-presidente como uma "invasão grave de privacidade" em um "ambiente privado". Nikolas Ferreira afirma que a atitude é "totalmente incompatível com qualquer padrão mínimo de ética jornalística".
Por fim, diz que o episódio revela mais sobre a "conduta invasiva da emissora" do que sobre a conduta de quem foi filmado, segundo o parlamentar, clandestinamente.
Alucinação e certa paranoia
Bolsonaro foi preso preventivamente pela Polícia Federal (PF), neste sábado (22), após determinação de Moraes. Na decisão, o ministro do STF citou eventual risco de fuga diante da tentativa de Bolsonaro de violar a tornozeleira eletrônica e da vigília convocada pelo seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, nas proximidades da casa onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar.
Na sexta-feira (21), véspera da prisão, o ex-presidente usou uma solda para tentar abrir a tornozeleira eletrônica, o que gerou alerta para a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seap), responsável pelo monitoramento do equipamento.
No início da tarde deste domingo (23), ao participar de uma audiência de custódia por videoconferência, em Brasília, o ex-presidente relatou, que teve a “alucinação” de que tinha alguma escuta na tornozeleira eletrônica que usa por determinação judicial. Por este motivo, ele teria tentado abrir a tampa do dispositivo de monitoramento.
Jair Bolsonaro respondeu à justiça que teve uma “certa paranoia” de sexta (21) para sábado (22), em razão de medicamentos que estava tomando, receitados por médicos diferentes. Ele interpretou que estes interagiram de forma inadequada levando-o a mexer na tornozeleira com um ferro de soldar.
POr -Agência Brasil
Estão abertas as inscrições para 9.590 vagas temporárias de trabalho no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As vagas são para atuação nas pesquisas domiciliares, econômicas e geocientíficas. Segundo o IBGE, este é o maior processo seletivo do instituto para a rede de coleta regular. A remuneração é a partir de R$ 2.676,24. 

As inscrições devem ser feitas no site da Fundação Getúlio Vargas (FGV) até o dia 11 de dezembro de 2025. A seleção será feita por prova objetiva de múltipla escolha, que será aplicada no dia 22 de fevereiro de 2026. As provas serão aplicadas presencialmente em todos os municípios em que há oferta de vagas.
A aplicação será em dois turnos, possibilitando a participação dos candidatos nas provas das duas funções disponíveis no concurso: Agente de Pesquisas e Mapeamento (APM) e Supervisor de Coleta e Qualidade (SCQ). Pela manhã, será aplicada a prova para a função de APM e, à tarde, para a de SCQ.
Segundo o presidente do IBGE, Marcio Pochmann, a seleção atende a "uma demanda antiga que não vinha sendo atendida". Ele ressalta que os novos funcionários "estarão à disposição da realização do plano de trabalho do IBGE e de toda a coleta que é feita em termos nacionais".
Vagas e benefícios
Ao todo, são 8.480 vagas para APM, sendo 5.512 destinadas à ampla concorrência, 2.120 a pessoas autodeclaradas pretas ou pardas (25%), 254 a indígenas (3%), 170 aos quilombolas (2%) e 424 a pessoas com deficiência (5%).
A remuneração é de R$ 2.676,24, e as atribuições envolvem coleta de dados estatísticos em domicílios e estabelecimentos, o apoio a levantamentos geográficos e cartográficos, o registro e transmissão de informações em sistemas eletrônicos e a elaboração de relatórios.
Para SCQ, há 1.110 vagas temporárias. São 715 vagas destinadas à ampla concorrência, 275 a pessoas autodeclaradas pretas ou pardas (25%), 33 a indígenas (3%), 22 aos quilombolas (2%) e 55 a pessoas com deficiência (5%). A remuneração é de R$ 3.379.
Entre as atribuições, estão planejamento e a gestão das atividades de coleta, a supervisão das equipes e da qualidade dos dados, a avaliação técnica dos questionários e a elaboração de relatórios. Para serem contratados nesta função, os aprovados devem ter Carteira Nacional de Habilitação (CNH) categoria B dentro do prazo de validade.
Para ambos os cargos, são assegurados benefícios como Auxílio Alimentação (R$ 1.175); Auxílio Transporte; Auxílio Pré-escolar; férias proporcionais e 13º salário proporcional.
Por- Agência Brasil
A Polícia Federal (PF) deflagrou, neste domingo (23), a Operação Profeta, com o cumprimento de mandado de busca e apreensão no Ceará. A decisão foi expedida pela Justiça Federal, para apurar possível prática do crime de fraude no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2025.

Por solicitação do Ministério da Educação (MEC), a Polícia Federal investiga a suposta divulgação antecipada de questões semelhantes às da prova, antes da realização do segundo dia do exame, conforme relatos na internet identificados pela equipe técnica do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
No dia 16 de novembro, cerca de 3,36 milhões de participantes do Enem resolveram 90 questões de múltipla escolha. Sendo 45 itens de ciências da natureza e suas tecnologias (biologia, química e física) e outros 45 de matemática e suas tecnologias.
Investigação federal
Em nota, a Polícia Federal afirmou que sua atuação tem os objetivos de esclarecer os fatos; apurar possíveis ilícitos; identificar os responsáveis pela obtenção dos dados e divulgação indevida, além de possíveis conexões com outros delitos.
“A Polícia Federal reafirma seu compromisso com a integridade dos concursos públicos e com o combate a fraudes que comprometam a confiança da sociedade nos processos seletivos nacionais”, diz a nota.
Primeiras consequências
A suspeita de vazamento dos conteúdos similares aos que caíram no Enem 2025 resultou na anulação de três questões do exame, na terça-feira (18) pelo Inep por precaução.
A autarquia vinculada ao MEC também antecipou, em um dia, a divulgação do gabarito oficial do último dia de provas do Enem.
Transmissão ao vivo
Em entrevista à TV Educativa do Ceará, na última terça (18), o ministro da Educação, Camilo Santana, relatou que, segundo as informações obtidas por ele, uma pessoa que participou de um pré-teste do Enem teria divulgado as questões durante uma transmissão ao vivo, na internet, dias antes da prova.
O pré-teste do Enem é a etapa de aplicação experimental e sigilosa, a uma amostra de estudantes, de novas questões, antes que elas sejam incluídas no Banco Nacional de Itens (BNI). Isso ocorre apenas se as questões atenderem a todos os critérios estabelecidos.
Depois de "aprovadas", como parte do BNI, as questões ficam disponíveis para serem usadas nas provas.
Por - Agência Brasil
O Paraná inicia a semana com de emprego disponíveis nas Agências do Trabalhador. A maior parte das oportunidades se concentra nos setores de produção, agroindústria, comércio e serviços, refletindo o aquecimento do mercado de trabalho no Estado. As funções com mais vagas são alimentador de linha de produção (6.569), abatedor (1.443), magarefe (1.001) e operador de caixa (814).
A regional com maior volume de vagas nesta semana é Cascavel, que reúne 5.705 oportunidades. A agroindústria é o principal motor da região, com destaque para 1.848 vagas de alimentador de linha de produção, além de grande demanda por abatedores e magarefes. Em seguida, no Interior, aparece Campo Mourão, com 3.907 vagas, também impulsionada pela indústria de alimentos. A região concentra 1.421 vagas de alimentador de produção, 600 de magarefe e 329 para auxiliar nos serviços de alimentação.
Na sequência, Foz do Iguaçu aparece com 2.388 vagas, movimentada pelos setores de produção, varejo e serviços, incluindo 864 vagas de alimentador de produção e diversas oportunidades para operadores de caixa e repositores.
A Região Metropolitana de Curitiba soma 4.196 vagas, distribuídas entre produção, comércio e serviços gerais. Somente a Agência de Curitiba conta com 734 oportunidades, com grande procura por operadores de telemarketing, faxineiros, atendentes de lojas e auxiliares de alimentação.
Em Londrina, são 2.197 vagas, refletindo um cenário equilibrado entre varejo, indústria e serviços. A região registra forte demanda por repositores, vendedores e costureiros. Pato Branco tem 1.347 vagas, abrangendo setores como produção, comércio e serviços gerais. Já Umuarama reúne 1.012 oportunidades, com destaque para a indústria de abate e funções operacionais.
Além das vagas gerais, a plataforma Master Job amplia o volume de oportunidades qualificadas. Em Curitiba, são 24 vagas para profissionais com formação técnica ou superior, abrangendo áreas como enfermagem, administração, elétrica, mecânica, psicologia, manutenção e tecnologia. Na Região Metropolitana de Curitiba, são 10 vagas com exigência de graduação completa. Somando Capital e RMC, o Master Job também oferece 9 vagas de estágio nas áreas de Administração, Engenharia Civil, Engenharia de Produção, Logística, Pedagogia e Tecnologia da Informação.
Segundo o secretário do Trabalho, Qualificação e Renda do Paraná, Do Carmo, o grande número de vagas demonstra a confiança das empresas na economia do Estado e o fortalecimento das políticas públicas de empregabilidade. “Estamos ampliando cada vez mais o acesso da população às vagas de emprego e aproximando o trabalhador das oportunidades reais do mercado. Esse volume de vagas mostra que o Paraná segue firme na geração de trabalho e renda, e nossa rede de Agências do Trabalhador está preparada para atender quem busca uma colocação ou recolocação profissional”, afirma.
Por - AEN
Reconhecido como o estado mais sustentável do Brasil em seguidas oportunidades, o Paraná também se destaca por desenvolver e compartilhar soluções sustentáveis que podem se tornar referência para todo o País. É o caso do programa exclusivo criado pelo Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) voltado à verificação e validação de inventários e projetos de carbono, com foco na redução de emissão de gases de efeito estufa (GEE).
Previsto no Plano de Governo do Paraná (2023-2026), o programa foi lançado há dois anos e já foi aplicado em florestas e propriedades rurais de sete cidades do Brasil, abrangendo biomas de três regiões: Sul, Norte e Centro-Oeste. Seu objetivo é validar os resultados das metodologias aplicadas por empresas ou consultorias especializadas na elaboração de projetos e inventários que mensuram a emissão, redução e remoção de carbono, e atestar se ela foi aplicada corretamente.
Ao atestar os resultados de iniciativas para a redução de carbono, o programa converge com a agenda da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que aconteceu em Belém (PA).
Em 2025, por exemplo, o Tecpar emitiu a sua primeira declaração de validação do projeto de carbono para o segmento do agronegócio, concedida para uma propriedade rural do Paraná. Conhecida por suas práticas sustentáveis, a Fazenda Pau Furado, localizada em Teixeira Soares, nos Campos Gerais, possui a certificação internacional RTRS, selo que garante a produção sustentável de soja, e já vende créditos de soja e de milho sustentável para o mercado europeu.
Fabiano Gomes, um dos proprietários, conta que buscou a validação do projeto aplicado de créditos de carbono como um complemento à certificação RTRS. Para ele, além do retorno financeiro, é um benefício importante para a propriedade ter mais essa certificação. “Acredito que todos os agricultores deveriam seguir este exemplo. Agora estamos esperando as negociações desses créditos, já temos muitas empresas de fora do Brasil interessadas na compra, e são volumes muito altos, que agregam mesmo”, afirma.
Ele relata que o processo de avaliação foi tranquilo, já que toda a documentação estava em dia. “A minha avaliação sobre o Tecpar é muito positiva, os auditores são extremamente qualificados e o processo foi muito bem feito, inclusive com visitas presenciais à propriedade”, completa.
A Fazenda Pau Furado conheceu o Tecpar por meio da Biomma Carbon, empresa paranaense e a primeira do Brasil a desenvolver projetos de baixo carbono específicos para o agronegócio e gerar créditos de carbono certificados – utilizando agricultura regenerativa e redução de emissões.
Elaborado pela Biomma Carbon, o projeto de Agricultura de Baixo Carbono implantado na propriedade buscou reduzir a emissão de GEE por meio da adoção de Práticas Agrícolas Sustentáveis, além de gerar remoções de emissão de GEE através de Práticas Agrícolas Regenerativas.
“Essas certificações cooperam para a redução das emissões de gases, e é de extrema importância que mais agricultores pensem dessa forma, porque isso vai agregar bastante na questão ambiental para o nosso país e para o mundo. Esse é um caminho que não tem volta. Precisamos ter sustentabilidade na agricultura, na indústria, e em todos os setores que mais poluem, principalmente daqueles que só emitem, mas não sequestram carbono”, enfatiza.
CONSULTORIAS – Além de atender clientes que definiram uma maneira própria de quantificar a emissão e o estoque de carbono, sem intermediários, o programa também valida as metodologias utilizadas por empresas e consultorias especializadas.
É o caso do Instituto Neo Carbon, que atua no registro de projetos de carbono e de pagamento por serviço ambiental no Brasil, com sede em Joinville (SC). Em 2023, o projeto-piloto realizado pelo Neo Carbon em uma propriedade na cidade de Alto Araguaia (MT) teve os resultados da sua metodologia de carbono avaliados e validados pelo Tecpar.
A metodologia desenvolvida pelo Instituto Neo Carbon pode ser utilizada por qualquer empresa privada, proprietário rural ou pessoa física que queira fazer projetos de carbono e publicar os resultados na plataforma, que tem acesso aberto. Após concluído, o projeto deve passar pelo processo de auditoria, em que todos os cálculos são revistos por uma instituição independente, chamada de verificador ou validador de terceira parte. Esse é o serviço oferecido pelo programa do Tecpar.
Patrícia de Luca Lima Greff, presidente do Instituto Neo Carbon, diz que encontrou o Tecpar ao buscar uma empresa reconhecida no mercado na área de certificação para fazer auditoria de terceira parte para a Certificadora Neo Carbon.
“O Tecpar abriu suas portas para fazer as auditorias dos projetos elaborados pelas metodologias da Neo Carbon e isso foi ótimo para ambas as empresas. Nós desenvolvemos as metodologias, validamos e verificamos cada projeto. O processo foi tranquilo, contamos com uma equipe preparada e com conhecimento para a auditoria. Nosso principal ganho foi o aumento de credibilidade no mercado brasileiro”, afirma.
METODOLOGIA – O programa exclusivo foi desenvolvido pela equipe técnica do Tecpar Certificação e segue uma série de procedimentos embasados em normas e literaturas de referência, como a NBR ISO 14065:2015, que trata dos requisitos para organismos de validação e verificação de gases de efeito estufa. O processo de validação é feito em três etapas: análise documental, visita técnica e recálculo – quando é verificado se a quantificação do carbono que foi estocado ou que deixou de ser emitido está de acordo com a metodologia prevista.
O diretor-presidente do Tecpar, Eduardo Marafon, diz que o avanço do programa representa uma contribuição importante para ajudar o Brasil a promover a sustentabilidade. “Essa iniciativa se soma às demais políticas públicas implementadas pelo Governo, que reforçam o compromisso do Paraná na busca da diminuição dos impactos do desenvolvimento econômico sobre o clima, com a implementação de soluções concretas. Por meio deste programa, o Tecpar se posiciona como um indutor de tecnologias sustentáveis, cumprindo também o seu papel social”, salienta.
MERCADO DE CARBONO – De maneira geral, nesse mercado, empresas criam projetos em florestas ou áreas verdes para conservar regiões ameaçadas de desmatamento. Esses esforços levam à geração de créditos de carbono, que são comercializados com poluidores que querem compensar suas emissões. Um crédito equivale a uma tonelada de carbono absorvida ou que deixou de ser emitida na atmosfera.
Por - AEN
O Governo do Estado vem ampliando espaços de lazer ao ar livre que contribuem para reduzir o período de tela das crianças, que chega a um terço do tempo livre, segundo dados recentes da Fundação Abrinq.
Investimentos em infraestrutura voltada ao lazer, ao esporte e à convivência familiar somam R$ 1,1 bilhão em obras que promovem recreação, atividades esportivas e integração comunitária. O aporte foi feito por meio da Secretaria das Cidades (Secid), desde 2019 até agora.
São ginásios e complexos esportivos, quadras, arenas multiúso, campos com grama sintética (padrão Fifa), parquinhos e academias pelo Programa Meu Campinho, além de playgrounds, ciclovias, parques e praças com equipamentos para a prática de esportes, da ginástica ao skate.
Dez ginásios de esporte estão em execução em diversas regiões do Estado, com destaque para as estruturas de Marechal Cândido Rondon, Mariópolis e Sapopema, que já alcançaram cerca de 80% das obras executadas. No município de Planalto, no Sudoeste, a construção de um Ginásio de Esportes orçado em R$ 13,2 milhões é a maior obra desse tipo já autorizada para licitação pela pasta de Cidades. O espaço vai abrigar competições e eventos esportivos de grande porte, estimulando o esporte local e regional.
Oito pistas de skate já foram concluídas e estão em funcionamento, com destaque para a de Cascavel, no Oeste, a maior obra voltada ao lazer realizada no município, que teve investimento de R$ 717,6 mil do Estado. Na Região Metropolitana de Curitiba, a pista de skate de Campo Largo, também finalizada, recebeu investimento de R$ 695,9 mil.
O secretário estadual das Cidades Guto Silva, Guto Silva, destacou que o Paraná tem transformado obras públicas em espaços de encontro e pertencimento e que, atualmente, há quase R$ 70 milhões em obras de esporte e lazer em execução pela pasta. “O governo estadual busca incentivar hábitos saudáveis e aproximar as famílias por meio do lazer e da prática esportiva, com investimentos que melhoram a qualidade de vida das comunidades”. Ele ressaltou que opções de lazer e esporte não faltam, principalmente para crianças e adolescentes.
MEU CAMPINHO – Além de estruturas pontuais, o Governo do Estado investe em estruturas modulares, por meio do Programa Meu Campinho, que podem conjugar estruturas diversas, que vão de campos de grama sintética com iluminação em LED a academias ao ar livre, praças, pistas de skate, ginásios e complexos de lazer, voltados especialmente às crianças e jovens.
Apenas por esse programa, o investimento acumulado já ultrapassa R$ 251 milhões, com novas estruturas em execução em 38 cidades de várias regiões. O Meu Campinho já levou 411 campos de grama e 975 módulos complementares, como academias e playgrounds, para 234 municípios. Há outros 543 em projetos em diversos status, somando R$ 208 milhões.
TEMPO DE TELA – A Fundação Abrinq lançou, recentemente, uma campanha nacional para alertar sobre o uso excessivo de equipamentos eletrônicos entre as crianças. O vídeo, lançado em outubro, destaca que 33% do tempo livre delas é dedicado a dispositivos digitais, incentivando pais e filhos a retomarem o contato e a interação em atividades fora do ambiente virtual.
Segundo dados do Datafolha, 78% das crianças de até 3 anos e 94% na faixa etária de 4 a 6 anos usam telas diariamente — em média por três horas, mais que o dobro do limite recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria. O Conselho Brasileiro de Oftalmologia aponta que os casos de miopia em crianças e jovens cresceram 70% em quatro anos, em parte pelo uso prolongado de dispositivos.
Por - AEN
Na noite deste sábado (22), por volta das 20h20min, a equipe de Polícia Militar de Catanduvas foi acionada para prestar atendimento em uma ocorrência de violência doméstica, em uma residência na Rua Eurides Rodrigues de Lima, no bairro Alto Alegre em Catanduvas.
Chegando ao local, os policiais conversaram com a vítima, uma mulher que relatou ter sido agredida pelo companheiro.
Imediatamente, o autor dos fatos foi detido pelos crimes de violência doméstica, desobediência e resistência à prisão, e encaminhado para a Central de Flagrantes em Cascavel, onde serão tomadas as medidas cabíveis ao caso.
Por - Catanduvas em Foco
Na tarde de domingo (23), por volta das 16h20, a equipe a Polícia Militar foi acionada ao destacamento, informando que um indivíduo teria dado entrada no pronto atendimento com um ferimento na cabeça proveniente de um acidente de trânsito com um automóvel.
Segundo informações obtidas no local, o paciente, de 31 anos, conduzia o veículo, o qual colidiu contra um poste. Como o paciente foi encaminhado para Laranjeiras do Sul para dar sequência aos atendimentos, não foi possível obter maiores informações sobre o condutor e as causas do acidente.
O veículo teve os débitos quitados no local e foi liberado para a proprietária. Diante dos fatos, foram lavradas as notificações pertinentes e o veículo foi liberado e transportado por guincho particular obtido pela proprietária.
No domingo (23), por volta das 18h, a equipe da Polícia Militar foi acionada via COPOM para atender a uma ocorrência de violência doméstica.
No local, a solicitante relatou que foi até a residência do seu ex-marido para cobrar a pensão alimentícia da filha do casal, que estava em atraso há vários meses. Após breve conversa, o ex-marido investiu fisicamente contra a solicitante, agredindo-a com socos e chutes, momento em que ela saiu correndo até sua residência e acionou a PM.
A equipe deslocou-se até a casa do denunciado, porém não o localizou. A vítima foi orientada.





















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