Lançado nesta quinta-feira (27), quando se comemora o Dia Nacional de Combate ao Câncer, o estudo Câncer colorretal no Brasil – O desafio invisível do diagnóstico, da Fundação do Câncer revela que, dos 177 mil casos da doença registrados em hospitais públicos e privados do país, no período de 2013 a 2022, mais de 60% foram diagnosticados em estágios avançados da doença.

Os dados mostram que o avanço da doença e a demora no diagnóstico, reduz de forma acentuada a possibilidade de cura.
Em entrevista à Agência Brasil, o diretor-executivo da Fundação do Câncer, cirurgião oncológico Luiz Augusto Maltoni, chama a atenção o volume de casos de câncer colorretal (CCR) que chegam no sistema em estágio avançado”, confirmou em entrevista à Agência Brasil o diretor-executivo da Fundação do Câncer, cirurgião oncológico Luiz Augusto Maltoni.
“Se analisarmos o país como um todo, os dados mostram que 50% das pessoas chegam no estágio já metastático, estágio 4, e mais 25% no estágio 3. Somando os estágios, são mais de 70%, o que é uma catástrofe.”
Os dados reforçam a importância do diagnóstico precoce. Maltoni indicou que, uma vez identificado qualquer tipo de sintoma, por mais leve que seja. a pessoa deve procurar um serviço de saúde para investigar e ver o que existe, ou mesmo fazer o rastreamento com um profissional.
“Aquela intervenção feita pelo Estado para chamar a população alvo para que faça exames, para que a gente possa detectar o mais precocemente possível, é fundamental. Porque não só um tumor, mas são as lesões precursoras que podem desenvolver o câncer. Isso é fundamental, é isso que vai mudar essa história”.
No Brasil, como ocorre também em outros países, o primeiro exame para detecção prrecoce do CCR é a pesquisa de sangue oculto nas fezes, menos custosa. Quando essa pesquisa de sangue oculto se mostra positiva, alterada, aí sim é indicado prosseguir na investigação por meio do exame de colonoscopia.
Atualmente, isso é feito para pessoas acima de 50 anos. Maltoni disse, entretanto, que a análise de dados sinaliza que o pico de faixa etária de pessoas com câncer colorretal é exatamente entre os 50 e 60 anos.
“Se a gente começar a fazer rastreamento só com 50 anos, corre o risco de chegar tarde. É procurar antecipar. A maneira de a gente fazer isso é, obviamente, baixar um pouco a faixa etária do chamado para testes de rastreamento.”
AFundação do Câncer sugere antecipar a faixa etária para 45 anos ou 40 anos, eventualmente, para que se possa identificar as lesões precursoras bem iniciais, e poder tratar até mesmo antes de um adenoma, por exemplo, e um pólipo do intestino se transformar em um carcinoma do intestino.
Outra medida importante que o estudo mostra é a prevenção primária, quer dizer, hábito de vida. Isso significa evitar excesso de peso. De acordo com o boletim, há uma correlação direta entre o volume de câncer colorretal e de pessoas obesas. Nas regiões do país onde tem uma taxa de obesidade maior, há também uma maior taxa de câncer colorretal, assim como o tabagismo tem correlação direta com a doença.
“São aquelas medidas que a gente vive falando, de evitar sobrepeso, evitar falta de atividade física, excesso de bebida alcoólica, não fumar. Isso é fundamental, porque a gente sabe que isso ajuda a reduzir casos novos de câncer. No caso do câncer colorretal, isso é uma verdade”, afirmou o diretor-executivo.
No estudo feito com os 177 mil casos da doença, coletados nos registros hospitalares de câncer, verificou-se que o de cólon e de reto é mais comum em brancos (34,6%), seguidos de negros (30,9%).
As regiões Sudeste e Sul concentram o maior volume de equipamentos hospitalares de diagnóstico e tratamento, bem como de casos de CCR. Por outro lado, segundo o médico, quando se analisa o deslocamento da população no Brasil, nota-se que a Região Centro-Oeste é o local onde ele é maior: perto de 18% dos pacientes desta região têm que sair para fazer o seu tratamento em outra localidade do país. Em segundo lugar, vem a Região Norte, com 6,5%.
Política permanente
A Fundação do Câncer estima aumento de 21% no número de casos entre 2030 e 2040, alcançando cerca de 71 mil casos novos e cerca de 40 mil óbitos.
Maltoni considera o volume "alarmante", embora seja realidade, considerando que a população está crescendo e, sobretudo, envelhecendo.
“Não temos uma estratégia bem estabelecida e firme para a prevenção e o diagnóstico precoce”. Segundo o médico, é preciso mudar esse cenário nos próximos 15 anos, trabalhar muito fortemente a questão da prevenção, da detecção precoce, do rastreamento.
Ministério da Saúde
Na avaliação do diretor-executivo da Fundação do Câncer, a mudança deve ser capitaneada pelo Ministério da Saúde. O sistema de saúde inglês, por exemplo, os pacientes recebem em casa um kit para colher amostra das fezes. Se o resusltado der alterado, a pessoa é chamada para fazer a colonoscopia.
“Precisamos dar esses passos. É óbvio que em um país das dimensões do Brasil, com as dificuldades regionais, com as diferenças, há dificuldades. Mas a gente sabe que é possível. Se tomar a decisão de fazer e quiser fazer, é possível fazer”.
Segundo Maltoni, isso só funciona com uma política de Estado. Quanto mais informação qualificada houver e maior for a possibilidade de colocar o tema em debate, isso ajuda a nortear essas políticas públicas porque, isoladamente, não é nenhuma campanha que conseguirá alcançar esse objetivo.
“Tem que ter uma política pública, uma política de estado permanente, que independa de quem esteja no governo, para que esses resultados aconteçam. A gente tem exemplo disso na política de controle do tabaco, que virou uma política de Estado que ao longo dos últimos 35 anos, 40 anos, tem sido colocada de maneira prioritária por qualquer governo que entre. Não tem outra maneira de fazer e isso vale para qualquer lugar do mundo.”
Incidência
O estudo aponta para uma relação entre tabagismo e obesidade e incidência de câncer colorretal. As capitais Florianópolis, Porto Alegre, Curitiba e Campo Grande, todas com proporção de fumantes superior a 12%, possuem altas taxas de incidência da doença, o que reforça a relevância do tabagismo como fator de risco para o CCR.
O mesmo ocorre em relação à obesidade e sua associação ao aumento da incidência do câncer colorretal. Capitais como Porto Alegre, Campo Grande, Rio de Janeiro e São Paulo, todas com prevalência de obesidade igual ou superior a 24%, estão entre aquelas com as maiores taxas de incidência do tumor. Daí a importância de políticas voltadas para alimentação saudável e atividade física.
O boletim da Fundação do Câncer revela também que quase metade dos casos registrados no país está concentrada na Região Sudeste (49,4%) e que 85,9% dos pacientes têm 50 anos ou mais, reforçando a importância de estratégias de rastreamento voltadas para faixas etárias menores.
Em relação à escolaridade, o boletim mostra que 47,7% dos pacientes possuem apenas o ensino fundamental e que a cirurgia segue sendo a principal forma de tratamento inicial, seja de maneira única ou associada a outras modalidades.
O estudo completo pode ser acessado aqui.
Por - Agência Brasil
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira (26) cancelar a tese jurídica que permitiu revisão da vida toda das aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A decisão foi tomada durante julgamento virtual.

Pelo placar de 8 votos a 3, a maioria dos ministros decidiu ajustar o entendimento da Corte, que não permite mais a revisão dos benefícios desde o ano passado.
Além de cancelar a tese definitivamente, o STF reafirmou que os aposentados não terão que devolver valores que foram pagos por meio de decisões definitivas e provisórias assinadas até 5 de abril de 2024, data na qual foi publicada a ata do julgamento que derrubou a tese de revisão da vida toda.
O STF também entendeu que os aposentados não terão que pagar honorários sucumbenciais, que são devidos aos advogados à parte que perde a causa. A medida vale para pessoas que estavam com processos pendentes de conclusão na Justiça até 5 de abril de 2024.
Pela decisão, os processos que estavam parados em todo país à espera da decisão definitiva do STF também voltarão a tramitar.
Entenda
Em março do ano passado, o Supremo decidiu que os aposentados não têm direito de optarem pela regra mais favorável para recálculo do benefício.
A decisão anulou outra deliberação da Corte favorável à revisão da vida toda. A reviravolta ocorreu porque os ministros julgaram duas ações de inconstitucionalidade contra a Lei dos Planos de Benefícios da Previdência Social (Lei 8.213/1991), e não o recurso extraordinário no qual os aposentados ganharam o direito à revisão.
Ao julgarem constitucional as regras previdenciárias de 1999, a maioria dos ministros entendeu que a regra de transição é obrigatória e não pode ser opcional aos aposentados.
Antes da nova decisão, o beneficiário poderia optar pelo critério de cálculo que renda o maior valor mensal, cabendo ao aposentado avaliar se o cálculo de toda vida poderia aumentar ou não o benefício.
Por - Agência Brasil
O Ministério da Saúde anunciou que mulheres grávidas poderão receber a partir de dezembro a vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR), principal causador de bronquiolite em bebês. O imunizante será oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a gestantes a partir da 28ª semana da gestação. 

O primeiro lote, com 673 mil doses da vacina, já começou a ser distribuído aos estados. A orientação do ministério é que, com a chegada das doses às unidades básicas de saúde (UBS), as equipes verifiquem e atualizem a situação vacinal de gestantes, incluindo ainda a imunização contra a covid-19 e a influenza, já que a vacina contra o VSR pode ser administrada junto a outras doses. Na rede particular, o imunizante pode sair por até R$ 1,5 mil.
Como funciona a vacina?
A bronquiolite é causada principalmente por infecções virais, sendo o VSR o agente infeccioso mais comum. Acomete principalmente crianças menores de 2 anos, causando dificuldade para respirar, febre e tosse.
A vacina que será oferecida às gestantes oferece proteção imediata a recém-nascidos, reduzindo a necessidade de hospitalizações quando os bebês são infectados pelo vírus sincicial.
De acordo com estudos, a vacinação materna demonstrou uma eficácia de 81,8% na prevenção de doenças respiratórias graves causadas pelo VSR nos bebês durante os primeiros 90 dias após o nascimento.
Quem pode se vacinar?
Todas as gestantes, a partir da 28ª semana de gravidez. Não há restrição de idade para a mãe. A recomendação é tomar dose única a cada nova gestação.
Bronquiolite
O vírus sincicial respiratório é responsável por cerca de 75% dos casos de bronquiolite e por 40% dos casos de pneumonia entre crianças com até 2 anos.
De acordo com o ministério, o Brasil registrou 43,1 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causados por VSR em 2025, considerando dados até 15 de novembro. Desse total, 82,5% foi registrado em menores de 2 anos.
Como a maioria dos casos é provocado por infecção viral, não há tratamento específico para bronquiolite. O manejo é feito apenas com base no tratamento de sinais e sintomas e incluem terapia de suporte, suplementação de oxigênio, hidratação e uso de broncodilatadores, sobretudo quando há chiado evidente.
POr - Agência Brasil
As contas do Governo Central —Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social — registraram um superávit primário de R$ 36,5 bilhões em outubro, informou o Tesouro Nacional nesta quarta-feira (26). Superando as expectativas, o resultado é o quarto melhor para o mês na série histórica, com início em 1997.

Segundo a pesquisa Prisma Fiscal, levantamento com instituições financeiras divulgado pelo Ministério da Fazenda, os analistas estimavam superávit primário de R$ 32,2 bilhões em outubro. Por se tratar de início de trimestre, quando se concentram o pagamento de tributos por instituições financeiras, outubro costuma registrar superávits.
Apesar do resultado positivo, o saldo ficou abaixo do observado no mesmo mês de 2024, quando o superávit foi de R$ 41 bilhões, em valores atualizados pela inflação. O resultado primário representa a diferença entre receitas e despesas do Governo Central, sem os juros da dívida pública.
No acumulado de janeiro a outubro, o governo apresenta déficit primário de R$ 63,7 bilhões, o que mantém pressão sobre o cumprimento da meta fiscal. Para este ano, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) estipula meta de déficit zero, com margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB), que permite déficit de até R$ 31 bilhões.
O resultado negativo de até R$ 31 bilhões, no entanto, exclui despesas extraordinárias, como precatórios e o reembolso de aposentados e pensionistas afetados pelas fraudes no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).
Arrecadação recorde
O desempenho das contas públicas em outubro foi impulsionado pela arrecadação recorde em outubro, especialmente Imposto de Renda (IR) e Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
No caso do IR, o aumento refletiu o crescimento da massa salarial, vinculado ao crescimento do emprego, e o rendimento de aplicações em renda fixa, estimulado pelos juros altos. No caso do IOF, a alta reflete o decreto que elevou o tributo, restabelecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), após ser derrubado pelo Congresso.
Despesas
Apesar do aumento nas receitas, o resultado primário de outubro veio acompanhado por forte aumento de despesas. Elas subiram 9,2% acima da inflação na comparação com outubro do ano passado, influenciadas sobretudo pela Previdência Social, por gastos com saúde e pelo pagamento de precatórios.
Principais números de outubro:
- Superávit primário: R$ 36,5 bilhões
- Superávit em outubro de 2024: R$ 41 bilhões
- Receita líquida: R$ 228,9 bilhões (+4,5% em termos reais)
- Despesas totais: R$ 192,4 bilhões (+9,2% em termos reais)
- Resultado do Tesouro: superávit de R$ 57,4 bilhões
- Resultado da Previdência: déficit de R$ 20,7 bilhões
- Resultado do Banco Central: déficit de R$ 152 milhões
Acumulado do ano (janeiro e outubro):
- Déficit primário: R$ 63,7 bilhões
- Déficit no mesmo período de 2024: R$ 62,5 bilhões
- Receita líquida: R$ 1,915 trilhão (+3,7% acima da inflação)
- Despesas totais: R$ 1,979 trilhão (+3,3% acima da inflação)
- Investimentos: R$ 62,59 bilhões (+2,6% acima da inflação)
- Déficit em 12 meses: R$ 41,9 bilhões (0,35% do PIB)
O que puxou as receitas:
- Imposto de Renda: +R$ 4,6 bilhões
- IOF: +R$ 2,3 bilhões
- Receitas administradas pela Receita Federal: +5,5% acima da inflação
- Dividendos de estatais: R$ 2,8 bilhões em outubro, conta nenhum dividendo no mesmo mês de 2024.
O IOF foi impulsionado por alterações recentes na legislação, especialmente nas operações com moeda e crédito empresarial.
O que aumentou as despesas:
- Saúde: +R$ 6,3 bilhões
- Benefícios previdenciários: +R$ 2,4 bilhões
- Precatórios e decisões judiciais: +R$ 1,5 bilhão
- Complementação ao Fundef/Fundeb: +R$ 1,3 bilhão
- Investimentos públicos: R$ 7,6 bilhões em outubro (+27,7% acima da inflação)
O crescimento das despesas com a Previdência Social foi influenciado pelo reajuste real do salário mínimo e pela ampliação do número de beneficiários.
Meta fiscal
Apesar do superávit de outubro, o resultado no ano ainda está longe da meta de déficit zero definida pelo arcabouço fiscal.
Margens permitidas:
Tolerância: déficit de até 0,25% do PIB, cerca de R$ 31 bilhões, segundo arcabouço fiscal
Exclusão da meta: até R$ 44,5 bilhões de precatórios (dívidas do governo com sentença judicial definitiva) e gastos com o ressarcimento das fraudes no INSS
Déficit sem descumprir meta do arcabouço: até R$ 75,8 bilhões
Situação preocupante
Mesmo assim, a situação preocupa. O governo projeta déficit de R$ 75,7 bilhões em 2025, no limite da banda. As estatais federais registram rombo previsto de R$ 9,2 bilhões, acima da meta da LDO.
A projeção para o déficit das estatais foi piorada com a inclusão de R$ 3,3 bilhões do prejuízo dos Correios, que fez o governo contingenciar R$ 3,3 bilhões na última sexta-feira (21) .
Para cumprir a meta fiscal de déficit de até R$ 31,5 bilhões, o governo contingenciou R$ 3,3 bilhões e mantém R$ 7,7 bilhões bloqueados no total. O bloqueio é adotado quando os gastos previstos superam o limite imposto pelo arcabouço fiscal. Já o contingenciamento é aplicado quando há frustração de receitas e risco de descumprimento da meta fiscal.
POr - Agência Brasil
O Governo do Estado enviou nesta quarta-feira (26) à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) uma Proposta de Emenda Constitucional que propõe centralizar a gestão de recursos estaduais, alterando a forma como os fundos financeiros gerenciam os saldos que restam ao final do ano.
O objetivo é aperfeiçoar a gestão financeira do Estado, garantindo que os recursos públicos arrecadados retornem com maior agilidade para a execução das políticas públicas.
Na prática, o superávit gerado anualmente por cada fundo estadual permanece e acumula no próprio fundo. Com a proposta da PEC, esse valor não utilizado ao final do exercício financeiro será direcionado para o caixa do Estado, podendo ser redirecionado para a área ou para complementar outra política pública. O orçamento destinado para o fundo na virada do ano, conforme aprovação em lei orçamentária, não sofre qualquer alteração.
“A ideia é não deixar dinheiro ‘parado’ nos fundos, levando-o para o caixa central para ser usado de forma mais estratégica e rápida”, diz o secretário da Fazenda, Norberto Ortigara. “Isso permite que o Tesouro Estadual reaplique esse saldo, de forma mais eficiente, na área de origem do fundo”.
A medida não se aplica aos fundos com vinculações constitucionais, como Saúde e Educação, nem em contribuições previdenciárias e de assistência à saúde dos servidores públicos, ciência e tecnologia, entre outras exceções listadas na PEC.
O texto da PEC afirma que essa medida promove o uso racional e transparente das disponibilidades financeiras, eliminando a ociosidade de saldos e fortalecendo a capacidade de execução das políticas públicas. O documento ainda reforça que a proposta é uma medida de modernização da gestão pública, de natureza estritamente gerencial e financeira, que não implica em incremento de despesa, mas sim na otimização da aplicação de recursos.
Por - AEN
O Paraná registrou em 2024 o menor volume nas emissões brutas de gases de efeito estufa (GEE) em 15 anos. Segundo a 13ª edição do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (Seeg), coordenada pelo Observatório do Clima, divulgada neste mês, o Estado apresentou uma redução de 10,03%, o índice mais baixo desde 2009.
O levantamento revela que as emissões caíram de 77,05 milhões de toneladas de gás carbônico equivalente (MtCO₂e) para 69,32 MtCO₂e no período. O resultado coloca o Paraná entre as unidades da federação que mais reduziram emissões no País, com o 14º menor volume total de difusões atmosféricas.
De acordo com a coordenadora de Ação Climática e Relações Internacionais da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), Walquíria Biscaia, a diminuição representa um avanço importante para o Estado na busca pela neutralidade climática.
“O número demonstra que as políticas estaduais estão gerando resultados concretos tanto na redução de emissões quanto no aumento da captura de carbono pela vegetação. Essa queda indica que o Estado está conseguindo alinhar desenvolvimento econômico e proteção ambiental, consolidando o Paraná como referência em ação climática”, destaca.
Entre as iniciativas de destaque, ela cita o Selo Clima Paraná – registro público estadual de emissões de GEE, com adesão crescente de empresas e organizações públicas; o Plano de Ação Climática do Paraná (PAC-PR 2024–2050); e o Plano de Descarbonização da Economia Paranaense (Pedep), que apoiam municípios e setores produtivos na transição para práticas sustentáveis.
“É um planejamento robusto, que inclui ainda outras ações como o Mapeamento de Vulnerabilidades Climáticas, conduzido pela Sedest em parceria com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), e o Programa Previna, de combate a incêndios e a proteção de áreas naturais”, explica Walquíria.
Além disso, por meio do Instituto Água e Terra (IAT), autarquia vinculada à Sedest, o Estado firmou acordo com o Secretariado da Diversidade Biológica da Organização das Nações Unidas (ONU) para compensação de emissões. O órgão paranaense vai reparar o carbono emitido por atividades do escritório do secretariado através da restauração ambiental de áreas degradadas no Estado.
O vínculo é até 2030 e prevê diferentes métodos de restauração, como o plantio de árvores nativas e a condução da regeneração natural. Para certificar a compensação, o Estado vai emitir relatórios e fornecer ao órgão todas as informações relacionadas às áreas em recuperação.
“Temos um grande número de empresas e instituições que reconhecem o Paraná como um estado que vai liderar a questão da sustentabilidade e que defende a biodiversidade de forma efetiva”, afirmou o diretor-presidente do IAT, Everton Souza.
Outro ponto é que o órgão intensificou a fiscalização ambiental. Segundo o Relatório Anual do Desmatamento (RAD) no Brasil, divulgado pelo MapBiomas, iniciativa multi-institucional envolvendo universidades, ONGs e empresas de tecnologia, o Paraná reduziu em 64,9% do desmatamento ilegal da Mata Atlântica no Paraná de 2023 para 2024. A manutenção das florestas impacta diretamente no aumento da captura de carbono pelos ecossistemas.
O Instituto faz medições de emissões atmosféricas periodicamente, em chaminés de indústrias licenciadas, conforme parâmetros definidos pela Resolução Sedest nº 02/2025. Nesses pontos, são analisados os principais poluentes lançados na atmosfera, com o objetivo de verificar se as emissões estão dentro dos padrões permitidos.
A qualidade do ar também é monitorada de forma contínua, por meio de estações que seguem os critérios estabelecidos pela Resolução Conama nº 506/2024. Esses dados permitem acompanhar a evolução da poluição atmosférica e orientar políticas públicas de controle e prevenção. Quando constatadas emissões acima dos limites legais, o IAT realiza autuação e instaura processo administrativo contra o empreendimento responsável. As penalidades variam conforme a gravidade da infração.
Por - AEN
As festas de fim de ano se aproximam e as decorações típicas de Natal já ganham espaço nas ruas, fachadas de comércio e residências das cidades. A Copel alerta que a instalação da iluminação natalina requer cuidados especiais para garantir a segurança, tanto em espaços internos como externos.
O gerente executivo de Segurança do Trabalho na Copel, Helio Fernandes de Carvalho Macedo Filho, orienta que na instalação de enfeites de Natal é importante evitar situações de risco que podem causar curtos-circuitos e outras ocorrências vinculadas ao uso ou à proximidade da energia elétrica.
Ele destaca que o cuidado começa na escolha dos enfeites. É necessário verificar a certificação de padrões de qualidade e segurança dos produtos, bem como a compatibilidade com as ligações elétricas. “É importante que as pessoas tenham atenção desde o momento da aquisição de luminárias e enfeites natalinos, observando os dados que estão no rótulo do produto, porque isso pode impactar na segurança depois da instalação. São recomendados produtos certificados, testados e de origem reconhecida”, diz.
“O planejamento da decoração é necessário, porque há vários fatores de risco envolvidos. É preciso verificar nas embalagens se as luminárias são projetadas para uso interno ou externo, porque uma instalação exposta ao tempo pode ressecar pelos efeitos do sol e da chuva e gerar curtos”, alerta Helio Fernandes.
Segundo ele, sobrecargas em tomadas e o superaquecimento de lâmpadas por uso prolongado também podem causar acidentes em espaços fechados, bem como são perigosas instalações em altura em ambientes externos próximos da rede elétrica.
Outra ressalva do especialista em segurança da companhia é para quem vai utilizar os enfeites guardados de anos anteriores. Nesses casos deve ser feita uma inspeção minuciosa das condições do cabeamento de luminárias observando os encaixes adequados de lâmpadas e a existência de emendas e fios quebrados, ressecados ou desencapados. Se encontrados problemas, a instalação não deve ser utilizada nem ligada à rede elétrica.
“Ao ligar as luminárias, quando não houver a possibilidade da utilização de uma tomada por equipamento, a opção mais segura é a da utilização de filtros de linha com fusíveis de proteção. Não se deve utilizar benjamins ou “Tês” que podem causar sobrecargas. Crianças devem ser orientadas a não tocar nas lâmpadas ou conexões elétricas", reforça.
Em áreas externas é essencial tomar o cuidado de ficar longe da rede de energia – tanto na hora de instalar os adornos quanto na disposição da decoração. Caso se faça uso de enfeites em locais elevados, como beirais da casa, telhados, portões ou árvores, é importante observar a distância segura dos fios. Durante a instalação redobre a atenção com o uso de escadas ou varas para erguer a decoração, evitando risco de contato acidental com a rede elétrica.
LOGRADOUROS PÚBLICOS – Para instalações de ornamentos em logradouros públicos que envolvam postes de energia, de parte de prefeituras ou empresas, a Copel deve ser contactada previamente pelos responsáveis. Os projetos natalinos nessas condições exigem responsabilidade técnica, com emissão de ART (Anotação de Responsabilidade Técnica), uma vez que devem seguir normas de segurança que envolvem dimensões específicas e o uso de material compatível que não conduza energia.
Em caso de acidentes que envolvam a rede elétrica, a linha direta com a Copel é o 0800 51 00 116, que pode ser acionada de qualquer telefone.
Por - AEN
O Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR) realizará no dia 16 de dezembro, em Umuarama, no Noroeste do Paraná, o leilão de 147 veículos aptos a circular em via pública.
Os veículos foram recolhidos pela Polícia Militar e não retirados por seus proprietários dentro dos prazos e na forma da legislação. São 102 motocicletas, 18 motonetas, uma caminhonete e 26 automóveis.
O leilão acontecerá na sede do Serviço Social do Transporte e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest/Senat), localizada na avenida Ângelo Moreira da Fonseca, 791 – Parque Danielle.
Poderão participar pessoas físicas e jurídicas, portadoras de CPF ou CNPJ, documento de identidade e maiores de 18 anos, conforme regras descritas no do Detran Paraná.
Há veículos como motocicleta Yamaha/Factor com lance inicial de R$ 1,6 mil; um Onix a partir de R$ 11,6 mil; um Ford/Fiesta a partir de R$ 10,8 mil; e motocicletas Honda/CG que variam de R$ 1 mil a R$ 5 mil. Confira a lista .
VISTAÇÃO E AUTORIZAÇÕES – Os veículos poderão ser examinados nos locais onde se encontram, de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h, nos 10 dias que antecedem ao leilão. As autorizações para acesso aos locais de depósitos exigem apresentação de documento de identidade, reconhecido por lei federal. As autorizações deverão ser obtidas em um dos endereços abaixo, respeitando as regras estabelecidas no edital.
1. Campo Mourão - Av. José Tadeu Nunes, nº 51 – (44) 3518-1900
2. Maringá - Rodovia PR 317, nº 7466 – Zona 07 – (44) 3293-5000
3. Paranavaí – Rua Cel. João Batista Lopes, 252, Jardim Guanabara - (44) 3421-1704
4. Umuarama – Rua Gralha Azul, 4810, Jardim Petrópolis - (44) 3622-5868
5. Assis Chateaubriand – Avenida Radial Leste, 175, Centro Cívico - (44) 3528-1707
6. Ivaiporã – Rua Polônia, 120, Jardim Europa - (43) 3472-1121
7. Palotina – Rua Sete de Setembro, 479, Centro - (44) 3649-1156
8. Terra Boa – Rua Jaime Montovan, 105, Centro - (44) 3641-1820
9. Cianorte – Avenida América, 2212, Zona de Armazém - (44) 3629-1350
10. Sarandi – Av. Antonio Volpato, 450 – Jardim Europa – (44) 3293-5030
11. Engenheiro Beltrão – Avenida Sete de setembro N° 953, Centro – (44) 3537-1864
12. Alto Piquiri – Avenida Brasil, 1097, Centro - (44) 3656-1190
13. Douradina – Avenida Ipiranga, 165, Jardim Itamarati - (44) 3663-1223
14. Farol – Rua Alagoas, 340 – Centro (44) 99863-1851 ou (44) 3563-1190
15. Paranacity – Av. Brasil, 1496. Centro. (44) 3463-1567
16. Perobal – Rua Guilherme Bruxel, 431, Centro - (44) 3625-1250
17. Pérola - Avenida Presidente Vargas, 1357, Centro - (44) 3636-2004
Por - AEn
Um homem de 56 anos foi preso em flagrante nesta quarta-feira em Quedas do Iguaçu, suspeito de derrubar vegetação nativa e cortar ilegalmente araucárias no Assentamento Dom Tomás Balduíno. A ação, realizada pela Polícia Civil em conjunto com a Polícia Militar, também resultou na apreensão de uma motosserra usada no crime.
De acordo com a Polícia Civil, os agentes encontraram no local uma área de mata recentemente derrubada, toras de madeira cortadas e prontas para beneficiamento. Entre as espécies atingidas estava a araucária, árvore símbolo do Paraná e protegida por lei.
O suspeito admitiu ter cometido o desmatamento, recebeu voz de prisão e foi conduzido à delegacia. Lá, teve fiança arbitrada e paga, sendo liberado para responder ao processo em liberdade.

Por- Catve
O Ministério Público do Paraná denunciou um agente delegado (oficial de registro) e uma escrevente do Serviço de Registro Civil das Pessoas Naturais da Comarca de Quedas do Iguaçu, no Centro-Sul do Estado, por fraude processual. Eles são acusados de remover câmeras de segurança do cartório para ocultar provas de uma agressão física contra uma usuária do local.
O caso teria ocorrido em março de 2025. De acordo com as investigações, os denunciados teriam agido em conjunto para retirar o sistema de monitoramento interno, com o objetivo de impedir o acesso às imagens que registrariam um atendimento realizado em 11 de março. Na ocasião, a escrevente teria agredido uma mulher que buscava atendimento no cartório junto com o filho. A agressão é investigada em processo separado.
Ao cumprir um mandado de apreensão das imagens, em 14 de março, o oficial de justiça constatou a inexistência do circuito de monitoramento, confirmando que o equipamento havia sido removido.
Na denúncia apresentada à Justiça, o Ministério Público pede a condenação dos acusados e requer a fixação de valor mínimo para reparação dos danos: R$ 10 mil em favor da vítima, pela ocultação das provas, e R$ 30 mil destinados ao Estado do Paraná, uma vez que o crime de fraude processual atinge a Administração da Justiça.
POr - Catve
A delegada Thais Zanatta, responsável pelo Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (NUCRIA) de Cascavel, foi vítima de assédio sexual na última terça-feira (25), em uma farmácia da cidade.
Segundo Zanatta, ela havia saído da academia e feito uma breve parada para comprar uma pomada após bater o joelho. Ao entrar no estabelecimento, foi abordada por um homem que fez comentários de cunho sexual.
Na saída da farmácia, o suspeito continuou com a conduta e abordou outra mulher no local. Zanatta acionou a Polícia Militar que estava próxima e, com apoio de equipes da PM e de seu noivo, que também é delegado, conseguiu abordar o homem.
O suspeito foi conduzido à delegacia e autuado em flagrante pelos crimes de importunação sexual, resistência e ameaça.
A delegada usou as redes sociais para relatar o ocorrido, alertando sobre a importância de denunciar casos de assédio e buscar apoio imediato das autoridades.

Imagem: Reprodução/Instagram
POr - Catve
A 3ª edição do “Piquenique Doce” aconteceu em novembro de 2025 para celebrar o Dia Mundial do Diabetes, com foco em cuidado, prevenção e qualidade de vida por meio de atividades educativas e lúdicas.
O evento, idealizado pelo Instituto Humanizado de Assistência ao Diabetes, reuniu estudantes, profissionais de saúde e a comunidade para oficinas práticas, jogos e palestras informativas, com o apoio, da Secretaria de Saúde e Educação de Cascavel e do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste do Paraná (CISOP).
Campo Bonito também marcou presença, com a participação de moradores do município diagnosticados com diabetes, que estiveram no evento com o apoio do Governo Municipal e da Secretaria de Saúde.
A iniciativa contou ainda com uma importante parceria entre as instituições envolvidas e o trabalho de busca ativa realizado pelos Agentes Comunitários de Saúde do município, que auxiliaram na identificação e no acompanhamento dos participantes, reforçando o compromisso com a promoção da saúde e o bem-estar da população.
Por - Assessoria



















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