A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) anunciou a criação de uma força-tarefa, liderada pelo ex-jogador Ronaldo Nazário, para trabalhar exclusivamente no combate ao racismo, discriminação e violência no futebol.
A iniciativa foi adotada nesta quinta-feira (27) após reunião na sede da entidade em Luque (Paraguai) com representantes de governo brasileiro, de associações afiliadas à Conmebol, de grêmios de jogadores de futebol e personalidades do futebol. Além de Ronaldo, a força-tarefa contará também com Fatma Samoura, ex-secretária-geral da Fifa e Sérgio Marchi, presidente da Federação Internacional de Jogadores Profissionais ( FIFpro).
O encontro de hoje na Conmebol ocorre após episódios reiterados de racismo contra atletas brasileiros, como o sofrido pelo atacante Luighi, de 18 anos, jogador do Palmeiras, durante partida pela Copa Libertadores Sub 20, no Paraguai, no início do mês. Ele foi alvo de ofensas racistas proferidas por um torcedor do Cerro Porteño, à beira do gramado.
“Estamos agindo aqui hoje com responsabilidade e unidade para enfrentar os desafios futuros, superá-los e continuar no caminho do crescimento. Não queremos um debate sobre o passado, mas sim discutir o futuro. Tudo o que for dito aqui é para somar e melhorar o nosso esporte”, disse Alejandro Dominguez, presidente da Conmebol, na abertura da reunião.
Após a reunião também foram anunciadas algumas medidas. Será criada uma lista de pessoas de pessoas proibidas de entrar nos estádios – entre elas os envolvidos em atos de racismo – em qualquer torneio na América do Sul e em outras competições pelo mundo. Também serão implementados programas educacionais voltados a jogadores, árbitros, clubes e torcedores, com o intuito de prover a conscientização e prevenção do racismo no futebol.
Por - Agência Brasil
Pesquisa da Universidade Federal do Pará (UFPA) mostra que o japu-preto, uma ave que vive no litoral do Pará, passou a usar fibras e cordas de plástico provenientes da poluição para fazer seus ninhos.
Em entrevista ao programa Tarde Nacional, da Rádio Nacional da Amazônia, nesta segunda-feira (24), a mestre em oceanografia e pesquisadora da Universidade Federal do Pará (UFPA), Adrielle Caroline Lopes, explicou que o animal acaba sendo um bioindicador de poluição no ambiente, demonstrando um excesso de resíduos na região.
“O estudo foi iniciado em 2022, na região costeira do Pará, a partir da observação dos ninhos do japu-preto que estavam ficando com uma coloração azul, proveniente de material de pesca, como fibras e cordas de plástico, principalmente deixadas na região de manguezal”, detalha a pesquisadora. De acordo com a pesquisa, 97% dos ninhos dessa espécie na região são feitos com o material descartado.
Adrielle Lopes adianta que o estudo deverá ter nova fase, para entender os impactos da toxidade desse plástico nos pássaros e seus filhotes. Mas ela acredita que pode haver desde intoxicação até distúrbios hormonais que impactem em todo o ecossistema.
“São diversos os impactos tanto para as aves quanto para os seus filhotes, porque esse plástico pode afetar diretamente na alimentação, reprodução e até na sobrevivência dessas espécies, além de comprometer a qualidade e a segurança desses ninhos, podendo influenciar diretamente na sobrevivência dos filhotes e das aves adultas, através do emaranhamento nessas substâncias ou até engolindo esse plástico, provocando impactos enormes ao ecossistema”, advertiu a mestre em oceanografia.
A pesquisadora da Universidade Federal do Pará disse que em um manguezal no estado do Maranhão encontrou um caranguejo envolvido em um emaranhado de plástico, sem condição de se livrar das amarras.
“Por sorte eu consegui livrá-lo. O plástico realmente mata e temos que ter políticas públicas para saber como lidar melhor com essa poluição e tentar diminuir o impacto desses poluentes nessas espécies e no ecossistema como um todo”, avalia a pesquisadora.
POr - Agência Brasil
Faltando pouco mais de um ano para o início da próxima edição da Copa do Mundo, a seleção brasileira jogou muito mal diante da Argentina, na noite desta terça-feira (25) no estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, e foi goleada por 4 a 1 pela 14ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas.
Com o revés na partida, que teve transmissão ao vivo da Rádio Nacional, o Brasil (4º colocado da classificação com 21 pontos) ainda não confirmou a participação no próximo Mundial. Já a Argentina, que já entrou em campo classificada para a Copa após o empate sem gols entre Bolívia e Equador, permanece na ponta da classificação, agora com 31 pontos.
Domínio Hermano
O primeiro tempo da partida mostrou que a seleção brasileira ainda tem um longo caminho a trilhar para se tornar um real candidato ao título da próxima Copa do Mundo. Diante dos atuais campeões mundiais, o Brasil mostrou muito pouco, em especial pela pouca combatividade no setor do meio-campo e a falta de jogadas trabalhadas no ataque.
Desde o apito inicial, a equipe argentina dominou com sobras as ações, e precisou de apenas três minutos para abrir o marcador. Thiago Almada lançou Julián Álvarez, que venceu Murillo e Arana dentro da área para bater na saída do goleiro Bento. A equipe de Lionel Scaloni continuou empilhando oportunidades e ampliou aos 12 minutos, quando Molina cruzou para Enzo Fernández, que só teve o trabalho de escorar para o fundo das redes.
Do outro lado do gramado o Brasil não conseguia criar. Mas, aos 26 minutos, descontou ao aproveitar falha de Cristian Romero. O zagueiro errou na saída de bola e permitiu que o atacante Matheus Cunha ganhasse a posse da bola e batesse da entrada da área para superar Emiliano Martínez.
Mas qualquer esperança de reação foi por terra dez minutos depois. O meio-campista Enzo Fernández levantou a bola na área e Mac Allister chegou em velocidade para bater na saída do goleiro Bento.
No intervalo o técnico Dorival Júnior fez muitas alterações, mas o panorama da partida não mudou. E a Argentina chegou ao quarto gol aos 25 minutos. Após Tagliafico cruzar a bola na área, a defesa brasileira ficou parada e deu liberdade para o atacante Simeone chegar em velocidade para bater cruzado e dar números finais ao marcador.
Por - AgE^ncia Brasil
A geração de energia solar superou a marca de 55 gigawatts (GW) de potência instalada operacional no Brasil. Desse total, 1,6 GW foi adicionado ao sistema neste ano, segundo balanço divulgado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
A maior parte da geração de energia solar, 37,6 GW, vem de potência instalada na geração própria, nos telhados ou em quintais de cinco milhões de imóveis em todo o país. O restante, cerca de 17,6 GW, vem das grandes usinas solares conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
Segundo a Absolar, a fonte solar evitou a emissão de cerca de 66,6 milhões de toneladas de gás carbônico (CO²) na geração de eletricidade. A tecnologia representa atualmente a segunda maior fonte de energia do país, correspondendo a 22,2% de toda a capacidade instalada da matriz elétrica.
Apenas de janeiro a março, os consumidores instalaram mais de 147 mil sistemas solares, que passaram a abastecer cerca de 228,7 mil imóveis. Desde 2012, ressalta a Absolar, o setor fotovoltaico trouxe ao Brasil mais de R$ 251,1 bilhões em novos investimentos, criou mais de 1,6 milhão de empregos verdes e contribuiu com mais de R$ 78 bilhões em arrecadação aos cofres públicos.
Estados
De acordo com a Absolar, a geração própria solar está presente em mais 5,5 mil municípios e em todos os estados brasileiros. As grandes usinas fotovoltaicas centralizadas também operam em todos os estados do país.
Entre as unidades consumidoras abastecidas pela geração de energia solar própria, as residências lideram, com 69,2% do total de imóveis, seguidas pelos comércios (18,4%) e pelas propriedades rurais (9,9%). Nos estados, Minas Gerais aparece em primeiro, com mais de 900 mil imóveis com geração solar própria. Em seguida, vêm São Paulo, com 756 mil, e Rio Grande do Sul, com 468 mil.
Desafios
Apesar da expansão da energia solar no país, a Absolar manifesta preocupações. Conforme a entidade, o crescimento poderia ser ainda maior, não fossem os cancelamentos de projetos pelas distribuidoras e a falta de ressarcimento aos empreendedores pelos cortes de geração renovável.
Outro problema são os entraves à conexão de pequenos sistemas de geração própria solar, sob a alegação de inversão de fluxo de potência, sem os devidos estudos técnicos que comprovem eventuais sobrecargas na rede. A Absolar pede a aprovação do projeto de lei que institui o Programa Renda Básica Energética (Rebe) e atualiza a Lei 14.300/2022, que Instituiu o marco legal da microgeração e minigeração distribuída.
No caso das grandes usinas solares, a ausência de ressarcimento pelas regras da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para os cortes de geração traz insegurança jurídica e maior percepção de risco.
Por - Agência Brasil
Após 38 dias internado, o Papa Francisco recebeu alta neste domingo (23). Antes, o pontífice apareceu na sacada do hospital e acenou para os fiéis.
“Obrigado a todos!”
Essas foram as palavras do Papa ao saudar os fiéis e turistas que foram ao Hospital Gemelli onde ele estava internado desde o dia 14 de fevereiro para tratar uma pneumonia.
Logo em seguida, o Papa deixou o hospital rumo ao Vaticano. Durante o trajeto, fez uma parada na Basílica de Santa Maria Maior para rezar diante do ícone da Salus Popoli Romani, agradecer por sua recuperação.
Alta médica
Ontem, a equipe médica que acompanha o papa informou que ele teria alta neste domingo, mas deveria continuar a recuperação com fisioterapia e acompanhamento médico.
“Segundo a equipe médica, trata-se de uma ‘alta protegida’, o que significa que a recuperação exigirá fisioterapia respiratória e motora, além de suporte diário com oxigênio e acompanhamento médico. A voz do Pontífice deverá retornar gradualmente, conforme esperado nesses casos”, disse o Vaticano.
Por Agência Brasil
O ex-boxeador norte-americano George Foreman, uma lenda do esporte, morreu aos 76 anos. A família do campeão fez o anúncio na noite desta sexta-feira (21), em uma postagem no Instagram. O motivo do falecimento não foi divulgado no comunicado.
Campeão olímpico em 1968, na Cidade do México e detentor do cinturão dos pesos-pesados em dois períodos completamente distintos, nas décadas de 70 e 90, Foreman é considerado um dos principais nomes da história do esporte.
O comunicado na página oficial do ex-pugilista diz que ele "partiu cercado por entes queridos". Na nota, Foreman é definido como "um humanitário, um atleta olímpico e duas vezes campeão mundial dos pesos pesados".
O texto também o coloca como um homem respeitado, de disciplina, convicção e protetor de seu legado.
Foreman iniciou no boxe de forma tardia, porém avassaladora. Vindo de uma infância atribulada no Texas, ele foi acolhido por um projeto social para ensinar habilidades a jovens e resolveu aprender boxe para mostrar aos amigos que não tinha medo, segundo afirma o site do próprio Foreman.
Aos 19 anos, ele se tornou campeão olímpico em 1968.
Logo depois, ele enveredou pela carreira profissional, na qual emendou vitórias nos 37 primeiros embates. Em uma das lutas mais emblemáticas da história do esporte, em 1972, ele tomou o cinturão de Joe Frazier ao derrotá-lo por nocaute técnico.
A perda do trono dos pesos-pesados também veio em momento memorável: em 1974, no então Zaire (hoje República Democrática do Congo), em combate que ficou conhecido como a "luta do século", Foreman acabou derrotado por Muhammad Ali.
Em 1977, Foreman anunciou a aposentadoria dos ringues e se concentrou na religião, pregando como pastor. Ele também realizou trabalho comunitário em Houston.
No entanto, vendo a situação financeira apertar, em 1987, George Foreman decidiu por retornar às lutas. Após 23 vitórias consecutivas, ele teve a chance de recuperar o cinturão em 1991, mas foi derrotado por Evander Holyfield.
No entanto, apenas quatro lutas depois, recebeu outra chance e, ao bater Michael Moorer, se tornou novamente o número 1 entre os pesos-pesados, aos 45 anos. Assim, Foreman seria o mais velho campeão mundial na categoria em toda a história.
Em 1997, ele se aposentou novamente, desta vez em definitivo. Além de um renomado boxeador, Foreman se tornou um bem-sucedido homem de negócios, com a criação do famoso grill que leva o seu nome.
O norte-americano passou os últimos anos de sua vida sendo reverenciado como uma das grandes lendas do esporte.
Por Agência Brasil