Isenção da taxa de reteste da CNH gera economia de 90% para população em seis meses

O Paraná registrou uma redução significativa nos valores pagos pelos cidadãos em retornos para exames de aptidão física e mental e, também, de avaliação psicológica, realizados para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

A queda passa de 90% nos primeiros seis meses de vigência da lei que instituiu a isenção da taxa, na comparação com o mesmo período de 2024. O período refere-se à data de entrada da legislação em vigor, em 12 de março de 2025, até 12 de setembro.

Os motoristas ficam isentos de uma nova cobrança para casos de resultados inconclusivos que demandem um retorno da pessoa à clínica, desde que ele aconteça dentro do prazo de 30 dias corridos.

No ano passado, de março a setembro, 4,3% dos candidatos precisaram refazer a avaliação de aptidão física e mental, mediante o desembolso total de R$ 2.071.457,28. Já neste ano, a quantidade de remarcações foi bem próxima, de 4,26%, porém, a um custo total para os cidadãos de R$ 47.774,56, representando uma queda de 97,69% nos valores pagos.

Na avaliação psicológica, 26,42% dos candidatos remarcaram em 2024, totalizando R$ 6.872.056,26. Em 2025, durante o mesmo período, 20,09% das avaliações foram remarcadas com um custo total de R$ 651.437,28 – diminuição de 90,52%.

Lei 22.241/2024, que foi sancionada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior em dezembro de 2024, entrou em vigor 90 dias após a sua publicação, isentando das taxas de retorno no prazo de 30 corridos os exames de saúde obrigatórios para a obtenção da CNH, quando inconclusivos.

Ela reformulou o sistema de cobrança e modernizou o formato de exames por meio da implementação de uma taxa única, como mecanismo para coibir o pagamento de valores complementares a título de reteste.

O presidente do Detran-PR, Santin Roveda, destaca que as modificações foram propostas após estudos desenvolvidos pelo Departamento de Trânsito com o propósito de garantir eficiência e transparência aos serviços prestados. “A queda nos custos para os candidatos demonstra que é possível aprimorar a qualidade do serviço e, ao mesmo tempo, tornar o processo mais acessível e justo. São resultados que evidenciam a eficiência da lei e a otimização dos recursos financeiros, resultando principalmente em economia para o cidadão”, disse.

 

 

 

 

Por - AEN

Escolas estaduais e municipais da área rural de Rio Bonito do Iguaçu retomam aulas na segunda

Todas as escolas da área rural de Rio Bonito do Iguaçu, no Centro-Sul do Paraná, estarão de portas abertas a partir de segunda-feira (17). O atendimento escolar em algumas delas estava suspenso desde a última sexta-feira (7), quando o município foi devastado por um tornado.

Das sete instituições estaduais de ensino de Rio Bonito do Iguaçu, seis são escolas do campo, localizados em distritos, assentamentos e comunidades rurais. Dessas, cinco já haviam retomado as aulas ao longo da semana – os colégios estaduais Joaquim Nasário Ribeiro, Pinhalzinho, José Alves dos Santos, Iraci Salete Strozak e Sebastião E. da Costa. O Colégio Estadual Ireno Alves dos Santos retoma as operações na próxima segunda-feira, após a conclusão de ações de limpeza, retirada de entulho e reparos emergenciais.

A retomada das aulas em todas as escolas do campo será viabilizada graças à disponibilização de 14 ônibus escolares para atendimento à população da cidade. Os ônibus fazem parte da frota dos colégios agrícolas estaduais, e foram cedidos para o transporte de alunos das redes estadual e municipal de Rio Bonito do Iguaçu.

“Remanejamos, de forma emergencial e com muita celeridade, a frota dos colégios agrícolas mais próximos de Rio Bonito do Iguaçu. É uma ação integrada do Governo do Estado para garantir o transporte dos estudantes e acelerar o retorno à normalidade nas escolas atingidas”, destacou o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda.

Além de garantir o retorno das famílias à normalidade e a continuidade dos conteúdos pedagógicos, a reabertura das escolas é fundamental para o acolhimento aos estudantes afetados pelo evento climático.

“A escola é um ponto de apoio e referência, no sentido de atender e conversar com os alunos, entender o momento que eles estão passando. Isso também é papel importantíssimo da educação”, apontou a chefe do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Laranjeiras do Sul, Adriane de Almeida.  

Na rede municipal de Rio Bonito do Iguaçu, cinco das nove escolas estão localizadas fora da área urbana, e têm aulas suspensas desde o tornado. Com o transporte garantido pelos ônibus escolares, todas as escolas poderão receber alunos a partir de segunda-feira (17).

“Estaremos retornando com aulas presenciais para 100% dos alunos. Os professores e funcionários que foram diretamente atingidos pela catástrofe, poderão continuar em suas casas, com suas famílias, reconstruindo seus lares. Os demais profissionais, que atendiam ao quadro urbana, se deslocarão para suprir essa falta no campo”, explicou a secretário municipal da Educação, Eliane Dal Castel.

ALUNOS DA ÁREA URBANA – Com o retorno das atividades nas escolas do campo, apenas instituições de ensino da área urbana de Rio Bonito de Iguaçu - parte mais afetada do tornado - seguirão em obras para a retomada das aulas.

Nesta quinta-feira (13), o governador do Estado, Carlos Massa Ratinho Junior, anunciou um aporte de R$ 10 milhões para a reconstrução completa do Colégio Estadual Ludovica Safraider, que foi destruído pelos ventos. A previsão é de que a escola volte a operar, completamente reestruturada, no início de 2026.

Mesmo enquanto as obras avançam, os cerca de 600 estudantes do colégio poderão continuar os estudos. De acordo com o secretário estadual das Cidades, Guto Silva, a chegada dos ônibus escolares também deve viabilizar o transporte dos alunos para Laranjeiras do Sul, município vizinho, onde terão aulas em salas cedidas pela Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). No caso da rede municipal, 500 alunos dos colégios mais atingidos serão atendidos em um Centro Estadual de Educação de Jovens e Adultos (CEEBJA), também em Laranjeiras do Sul.

“Esses estudantes estão na reta final do ano letivo, e seria muito prejudicial a elas ter esse processo interrompido. Além da questão pedagógica, é importante termos esse espaço para um apoio psicológico, um atendimento e um acolhimento aos alunos, o que dá tempo e espaço para que as famílias se organizem”, observou o secretário.

A volta às aulas dos estudantes no município vizinho deve ocorrer a partir das próximas semanas, após a definição de uma logística integrada entre Estado e município para o transporte dos estudantes.

 

 

 

 

 

 

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Exportação de carne suína do Paraná cresce 7,9% em 2025 e atinge maior volume da história

Os suinocultores do Paraná comemoram recordes históricos na exportação. Em outubro de 2025, o Paraná exportou o segundo maior volume mensal de carne suína desde o início da série histórica, em 1997, com 22,18 mil toneladas, o que representa um crescimento de 7,9% em relação ao mesmo mês de 2024. O recorde permanece sendo o de setembro de 2025, com 25,18 mil toneladas exportadas.

As Filipinas mantiveram-se como principal destino da carne suína paranaense pelo sexto mês consecutivo, com 5,39 mil toneladas adquiridas em outubro – alta de 61,6% em relação a 2024. Outros mercados relevantes incluem Hong Kong, Uruguai, Argentina, Singapura, Vietnã, Geórgia, Emirados Árabes Unidos, Costa do Marfim e Angola.

Com o desempenho acumulado, o Paraná já superou o volume total exportado em 2024, até então o maior da série histórica. Conforme dados da Comex Stat/MDIC, no ano de 2024 o Paraná exportou 183,69 mil toneladas de carne suína. De janeiro a outubro de 2025 o volume já chega a 195,16 mil toneladas. Ou seja, em dez meses do ano, o Paraná já supera em 11,47 mil toneladas todo o ano anterior e estabelece um novo recorde anual, consolidando sua posição de destaque no comércio internacional do setor. 

.Esse é um dos destaques do Boletim Conjuntural do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab).O documento também abrange os impactos climáticos recentes nas lavouras e a diversidade e a importância econômica da olericultura no Estado.

SOJA – As fortes tempestades registradas no início de novembro provocaram danos expressivos nas principais lavouras de verão, com a soja sendo a mais atingida. O Deral estima que cerca de 270 mil hectares sofreram algum tipo de dano, dos quais 80 mil hectares tiveram prejuízos severos e deverão ser replantados em sua maioria, elevando os custos de produção. Outros 190 mil hectares devem registrar redução na produtividade. As regiões mais afetadas foram Campo Mourão, Londrina e Maringá.

CEVADA – Em contrapartida, a cevada apresenta cenário favorável. A colheita avançou rapidamente, passando de 56% para 83% de área colhida em uma semana, especialmente na região de Entre Rios, em Guarapuava. Mesmo com o excesso de umidade das últimas semanas, a qualidade do produto foi mantida.

O Deral destaca, ainda, que os contratos firmados em valores favoráveis e a boa produtividade devem garantir margens positivas aos produtores. A saca chegou a ser comercializada por até R$ 92,08 em fevereiro, 29% acima dos preços atuais, assegurando alta rentabilidade.

LEITE – Em contraste com o desempenho da suinocultura, o segmento do leite atravessa um momento de retração. O levantamento de preços do Deral indica que, em outubro, o litro de leite pago ao produtor foi comercializado em média por R$ 2,51. Essa redução elevou a relação de troca para 24,4 litros de leite por saca de milho, ante os 23 litros por saca mês anterior, pressionando a rentabilidade do produtor.

OLERICULTURA – O boletim também apresenta os resultados revisados da olericultura, setor que reafirma a diversidade produtiva e o dinamismo da agropecuária paranaense. Em 2024, o Valor Bruto da Produção (VBP) atingiu R$ 7,1 bilhões, o que representa 3,8% do total de R$ 188,3 bilhões do agronegócio estadual. Foram 115,8 mil hectares cultivados, com 2,9 milhões de toneladas colhidas, concentradas principalmente nas culturas de batata, tomate e mandioca “in natura”, responsáveis por quase metade da produção e da renda.

O Núcleo Regional de Curitiba se mantém como o principal polo, com R$ 2,4 bilhões em VBP, seguido por Guarapuava (R$ 726,6 milhões), Ponta Grossa (R$ 489,1 milhões), Apucarana (R$ 420,3 milhões) e Jacarezinho (R$ 415,6 milhões).

A diversidade é uma das marcas da atividade. Em Curitiba, por exemplo, são 48 espécies cultivadas, com destaque para couve-flor, batata, mandioca, alface e brócolis. Em Guarapuava, a batata responde por 67% da renda regional do segmento, enquanto em Ponta Grossa, tomate e batata representam 71,6% do VBP. Já em Apucarana e Jacarezinho, a cenoura, o tomate, o pimentão e o pepino são os principais impulsionadores da produção.

 

 

 

 

 

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 Materiais doados para reconstrução de casas de Rio Bonito do Iguaçu serão entregues direto nos terrenos

Os materiais de construção necessários para reerguer as casas danificadas pelo tornado da última sexta-feira (7) em Rio Bonito do Iguaçu serão entregues aos moradores diretamente no terreno de suas residências. A logística para a distribuição desses itens foi anunciada nesta quinta-feira (13) após reunião que incluiu a Defesa Civil, a Prefeitura municipal e outros órgãos envolvidos nesse processo.

A adoção desse procedimento permite maior controle sobre a entrega dos materiais doados à população atingida, minimizando os riscos de desperdícios. Estão sendo fornecidos para a reforma das edificações produtos como calhas, telhas, forros de PVC, parafusos, rufos, entre outros.

O levantamento de danos realizado pelas equipes de engenheiros do CREA-PR (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) em toda a região está sendo o ponto de partida para a definição dos locais que demandam maior prioridade, norteando a ordem de distribuição.

Desse modo, os moradores que precisam de material para consertos ou recomposição de suas residências não devem mais procurar o centro de distribuição em busca desses artigos, como estava ocorrendo até então. Pela nova formatação acordada entre os entes, a prefeitura será responsável pela distribuição dos itens de acordo com a urgência, sob a coordenação da Defesa Civil.

COLETA – A Prefeitura de Rio Bonito do Iguaçu reforçou ainda, por meio de nota oficial, que não foi registrado nenhum caso de desvio de materiais provenientes de doação e que estavam em poder dos órgãos públicos. Ao mesmo tempo, no entanto, pediu que os populares que tenham interesse em doar esses itens não o façam diretamente aos proprietários das casas atingidas, como tem acontecido em alguns casos, mas que eles sejam levados aos pontos de coleta para triagem.

Assim, a intenção é garantir a transparência das ações, com registro e rastreamento de todos os itens distribuídos; promover a equidade, assegurando que cada família receba os materiais conforme a triagem técnica e o grau de vulnerabilidade, evitando a falta ou a duplicidade de auxílio; e otimizar a logística, auxiliando o município a identificar as necessidades prioritárias em cada abrigo e comunidade, direcionando os recursos de forma estratégica e eficiente.

CUIDADO COM AS VAQUINHAS – Outro tipo de doação, a financeira, tem sido alvo de preocupação do poder público. A orientação é para que as pessoas que desejem enviar dinheiro para o esforço de reconstrução da cidade do Centro-Sul paranaense busquem apenas as fontes oficiais – a Prefeitura, por meio do site ou do perfil no Instagram, ou o Fundo de Calamidade Pública do Governo do Estado. Ambas terão prestação de contas do montante recebido.

Segundo o secretário das Cidades, Guto Silva, vaquinhas e campanhas de arrecadação têm se proliferado utilizando a tragédia como pretexto. Nem todas cumprem o prometido. “Infelizmente, nesse momento de dor, dificuldade e reconstrução, ainda temos aproveitadores que se utilizam da situação para cometer irregularidades — e o dinheiro não chega aqui na ponta. Isso é caso de polícia”, afirmou. As ações que prometem ajuda a Rio Bonito do Iguaçu serão investigadas para evitar golpes contra os cidadãos bem-intencionados.

“Estamos agora convocando a Polícia Civil do Paraná para investigar todas as vaquinhas, doações e pessoas que porventura se aproveitam deste momento para captar dinheiro de forma indevida. Num momento em que tanta gente séria está ajudando na reconstrução — não só das casas, mas também do aspecto emocional —, não podemos permitir que alguém se aproveite dessa dor”, finalizou o secretário.

 

 

 

 

 

Por - AEN

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