O número de emplacamentos de veículos no Paraná continua crescendo após o anúncio da redução de 45% na alíquota do IPVA, apresentada em agosto pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior. Apenas em outubro de 2025 foram registrados 46.520 novos emplacamentos, um aumento de 52% em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando houve 30.584 registros.
O impacto da redução na alíquota se reflete diretamente no comportamento das famílias e no ritmo de emplacamentos em diversas regiões. Curitiba dobrou seus registros, saltando de 13.407 em outubro de 2024 para 27.693 no mesmo mês deste ano, um avanço de 106%.
Em Ponta Grossa, o crescimento foi de aproximadamente 10%, passando de 659 para 726. Londrina teve alta de cerca de 11%, com aumento de 1.426 para 1.578 emplacamentos no período. Cascavel apresentou expansão de 34%, indo de 706 para 944. Em Foz do Iguaçu, o avanço foi de cerca de 6%, com 544 emplacamentos no ano passado e 577 neste ano. Já São José dos Pinhais registrou aumento de 27%, subindo de 1.716 para 2.187 registros.
Como previsto pelo Governo do Paraná, a redução da alíquota também tem feito com que muitos proprietários que registravam seus veículos em estados com taxas menores voltassem a emplacar no Paraná. O número de transferências vindas de fora cresceu de 20.923 em outubro de 2024 para 26.066 em outubro deste ano, um aumento superior a 24%. Só em Curitiba, o salto foi de 6.776 para 8.249 transferências, o que representa avanço de 22%.
"Essa é uma política de justiça tributária. Essa alíquota é atrativa para quem planeja novos investimentos. Mostramos que é possível ter responsabilidade fiscal e, ao mesmo tempo, reduzir tributos”, afirmou o secretário da Fazenda, Norberto Ortigara.
“Esse retorno fortalece toda a base de arrecadação. Cada veículo que é emplacado no Paraná ou volta a ser emplacado no Estado representa mais recursos para investir em serviços públicos, infraestrutura urbana e melhorias que impactam diretamente a vida dos paranaenses”, salienta o diretor-presidente do Detran-PR, Santin Roveda.
A nova alíquota do IPVA, que caiu de 3,5% para 1,9% sobre o valor venal a partir de 2026, deve beneficiar 3,4 milhões de proprietários em todo o Estado. Com a mudança, um automóvel de R$ 50 mil, que hoje paga R$ 1.750 de IPVA, passará a pagar R$ 950. De acordo com a Receita Estadual, mais de 68% da frota paranaense está nessa faixa de valor. Simule o valor do seu veículo nessa calculadora.
CNH SOCIAL – Outra medida importante para os motoristas paranaenses foi o anúncio da criação da CNH Social, que vai custear gratuitamente a primeira habilitação para pessoas em situação de vulnerabilidade social. A iniciativa, sancionada pelo governador Ratinho Junior, abre caminho para que milhares de paranaenses tenham acesso à carteira de motorista e ampliem suas oportunidades de trabalho e renda.
Por - AEN
O desenvolvimento dos municípios paranaenses continua avançando em bom ritmo, segundo o Índice Ipardes de Desempenho Municipal (IPDM), divulgado nesta terça-feira (18).
O levantamento mostra que 317 das 399 cidades do Estado, ou mais de 79% do total, apresentam desempenho de médio para alto nas áreas de renda, educação e saúde. O avanço representa um crescimento de 8% em relação à edição anterior, quando 293 municípios superaram a nota 0,60 que baliza o indicador. Quanto mais próximo de 1, melhor o indicador. Nenhuma cidade está no indicador mais baixo.
O IPDM é divulgado anualmente desde 2008 e funciona como um indicador semelhante ao IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). Nesta edição, o Ipardes inicia uma nova série histórica, com ano de referência fixado em 2022. A partir dessa atualização metodológica, todos os resultados divulgados agora se referem a esse desempenho. Como o índice utiliza bases do Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério da Educação, Ministério da Saúde e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPDM só pode ser consolidado dois anos após o período analisado.
O secretário do Planejamento do Paraná, Ulisses Maia, avalia que a atualização do IPDM, com ainda mais precisão e novos indicadores, é uma ferramenta fundamental para o planejamento estratégico dos nossos municípios. “Ao compreendermos o desempenho em detalhes nas áreas de renda, saúde e educação, capacitamos as prefeituras a tomar decisões mais assertivas, direcionando recursos para áreas de maior necessidade. O desenvolvimento local robusto e sustentável é a chave para alcançarmos um Paraná mais próspero e justo para todos", afirma.
No desempenho geral, Curitiba lidera com nota 0,8231, seguida por Palotina (0,7935), Quatro Pontes (0,7771), Cafelândia (0,7771) e Toledo (0,7657). Os dados completos podem ser acessados em um painel interativo no site do Ipardes.
Nesta edição, o Ipardes incorporou novos indicadores nas dimensões de educação e saúde. Na área educacional, passaram a ser consideradas variáveis como matrículas em creches e pré-escolas, oferta de ensino em tempo integral, desempenho no Ideb do ensino médio e proporção de docentes com formação superior adequada. Com a soma desses novos componentes aos já existentes, os municípios mais bem avaliados em Educação foram São Manoel do Paraná (0,8563), São Jorge do Ivaí (0,8443), Boa Esperança (0,8403), Entre Rios do Oeste (0,8373) e Iguatu (0,8358).
São 385 cidades com indicador médio ou alto na análise educacional, com 35 sendo consideradas com índice elevado - no relatório anterior eram apenas 4.
Em saúde, a novidade é a inclusão da taxa de óbitos prematuros por doenças crônicas não transmissíveis entre pessoas de 30 a 69 anos, indicador que se soma às consultas pré-natal, óbitos por causas mal definidas e óbitos evitáveis em crianças menores de cinco anos. Nesse eixo, os destaques são Quatro Pontes (0,9108), Pinhal de São Bento (0,8935), Uniflor (0,8782), Diamante do Norte (0,8659) e Campo Bonito (0,8618). São 339 cidades com indicador médio ou alto.
No eixo de renda, o IPDM mostra que Curitiba lidera com o melhor desempenho do Estado (0,8745), seguida por Quatro Barras (0,7701), Carambeí (0,7462), Palotina (0,7321) e Santo Inácio (0,7292). Vale lembrar que na última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada pelo IBGE, o Paraná registrou no terceiro trimestre o maior crescimento salarial entre as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, atingindo rendimento médio de R$ 3.881 e alta de 9,59% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
O presidente do Ipardes, Jorge Callado, reforça que a modernização do índice amplia sua utilidade tanto para o poder público quanto para o setor produtivo. “O IPDM foi aperfeiçoado para dar uma visão mais ampla do desempenho das cidades, não só para os gestores públicos, mas também para a iniciativa privada, que passa a contar com uma ferramenta estratégica na prospecção de novos negócios e no fortalecimento dos arranjos produtivos locais. A inovação na área da saúde, por exemplo, permite identificar precocemente situações que podem ser prevenidas, garantindo qualidade de vida ao cidadão e evitando a perda da capacidade laboral, essencial para a economia regional”, afirmou.
POr - AEN
A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) lançou o “Água em Dia +”, um novo programa que permite ao cliente renegociar seus débitos pelo WhatsApp. Com essa opção, não é mais necessário comparecer a uma central de relacionamento para quitar as dívidas. A negociação é feita exclusivamente pelo número oficial da Sanepar – (41) 99544-0115 –, o que garante agilidade, comodidade e segurança.
“Toda a negociação é registrada diretamente no sistema da Sanepar e o valor das parcelas é incluído na própria fatura de água, junto ao consumo mensal. A Companhia não envia boletos nem solicita pagamentos via Pix para pessoa física ou em nome de outro beneficiário que não seja a Companhia de Saneamento do Paraná”, reforça o diretor-presidente da Sanepar, Wilson Bley.
O “Água em Dia +” oferece condições diferenciadas, com isenção de multa por atraso e juros de mora. Dependendo do perfil do cliente, a entrada é reduzida, de apenas 5% do valor da negociação, e o parcelamento pode ir de 24 até 120 vezes. O programa contempla desde clientes residenciais, comerciais, industriais até os condomínios sociais.
Segundo o gerente-geral comercial da Sanepar, Sergio Augusto Portela, a iniciativa busca atender todos os perfis de consumidores com flexibilidade e transparência. “O cliente pode negociar de acordo com a sua capacidade de pagamento, de forma prática e segura, sem precisar sair de casa”, destaca.
Outra vantagem oferecida pelo programa Água em Dia + é o desconto nos juros do parcelamento. Para os clientes particulares (residencial, comercial e industrial), o saldo devedor pode ser dividido em até 48 parcelas com juros de parcelamento de 0,73% ao mês, valor correspondente à metade da taxa de juros de parcelamentos normais praticados atualmente pela Sanepar.
Já os clientes com tarifas diferenciadas, como os inscritos no programa Água Solidária, podem aderir ao programa sem nenhum valor de entrada. Para esse perfil de consumidor, o saldo devedor pode ser parcelado em até 60 vezes com juros de 0,36% ao mês, reduzindo em 75% o percentual praticado normalmente.
DÉBITOS JUDICIALIZADOS – Uma das novidades é a possibilidade de negociar débitos que estão em discussão judicial, permitindo o encerramento desses processos e a regularização completa do cadastro. As condições variam conforme o valor da dívida e o parcelamento pode chegar a 60 vezes.
“É importante ressaltar que honorários e custas judiciais devem ser negociados separadamente. E não será permitida a renegociação de parcelamentos feitos em programas de recuperação de crédito anteriores”, explicou Portela.
COMO PARTICIPAR – No canal oficial da Sanepar pelo WhatsApp, o cliente deve selecionar a opção 3 (Emitir segunda via/Analisar consumo). No próximo menu, também escolher a opção 3 (Negociar meus débitos/análise de conta). Na sequência, deve informar a matrícula que o sistema confirma os dados, o endereço e informa os débitos pendentes.
Na sequência, basta seguir as orientações na tela do celular para prosseguir com a negociação. O cliente terá que enviar cópias digitais do RG ou CNH, CPF e documento do imóvel: IPTU ou contrato de compra e venda ou escritura com firma reconhecida ou Registro de imóvel. Todos no nome do proprietário.
Além do WhatsApp, a Sanepar também está oferecendo a renegociação via teleatendimento: 0800 200 0115. E, para quem preferir o atendimento presencial, pode comparecer a uma das centrais de relacionamento. O programa tem duração de 180 dias e o encerramento está previsto para o início de maio de 2026.
FORMA DE PAGAMENTO – Após a negociação com a Sanepar, os débitos serão cobrados na fatura mensal. Isto é, o pagamento será feito exclusivamente via conta de água/esgoto, junto com o consumo do mês. A primeira parcela só será cobrada no mês subsequente à negociação. No caso de imóveis locados, o número de parcelas limita-se à vigência do contrato de locação.
Por - AEN
O Governo do Paraná, por meio da Secretaria de Estado da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (SEMIPI), publicou a Resolução n.º 208/2025, que dispõe sobre a adesão dos municípios à fase inicial da Bolsa Cuidador Familiar.
A iniciativa integra o Programa Paraná Amigo da Pessoa Idosa, política estadual instituída para fortalecer a rede de atenção, proteção e promoção dos direitos da população idosa nos municípios.
A Bolsa Cuidador Familiar oferece meio salário-mínimo a cuidadores familiares de pessoas idosas em condição de fragilidade ou dependência e é uma das iniciativas estratégicas para valorizar a atividade e garantir acesso ao cuidado, fortalecendo a permanência desta pessoa idosa em seu lar com dignidade e respeito.
Os municípios interessados em participar da fase piloto devem realizar a adesão até 28 de novembro de 2025, abrindo protocolo no E-Protocolo e anexando toda a documentação exigida pela Resolução. Entre elas, o ato de criação do Núcleo Municipal de Cuidados, a Carta de Interesse, o ato de criação do Comitê Gestor Intersetorial e o Termo de Adesão e Compromisso, todos assinados eletronicamente, seguindo as orientações e prazos definidos pela SEMIPI.
Neste primeiro momento, só estão aptos a participar da fase piloto os municípios com mais de 30 mil habitantes, que já integravam a Rede de Cidades e Comunidades Amigáveis à Pessoa Idosa até a data de publicação da Resolução
Esta primeira etapa vai funcionar como implementação, teste e validação do modelo antes da expansão definitiva para todo o Estado. Conforme a resolução, poderão participar do piloto apenas os municípios que cumprirem três critérios: possuir Atestado de Regularidade do Conselho, Plano e Fundo Municipal da Pessoa Idosa (ARCPF) vigente; ter mais de 30 mil habitantes, segundo estimativas do IBGE; e já integrar, até a data de publicação da resolução, a Rede Global de Cidades e Comunidades Amigas das Pessoas Idosas, iniciativa da Organização Mundial da Súde /Organização Pan-Americana da Saúde (OMS/OPAS).
Segundo a secretária de Estado da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, Leandre Dal Ponte, a Bolsa Cuidador Familiar busca valorizar e reconhecer quem cuida de uma pessoa idosa no ambiente doméstico.
“Nosso objetivo é aprimorar o cuidado de quem precisa e, sobretudo, evitar a institucionalização de pessoas idosas. Sabemos que muitas pessoas, especialmente mulheres, deixam o mercado de trabalho para dedicar todo o seu tempo ao cuidado do pai, da mãe ou de algum familiar que necessita de apoio. Este programa foi criado justamente para reconhecer e valorizar esse trabalho”, destacou.
A análise dos pedidos será realizada pela Diretoria de Políticas Públicas para a Pessoa Idosa da SEMIPI, responsável por emitir parecer técnico e encaminhar para assinatura do Termo de Adesão. Os municípios habilitados serão oficializados por meio de publicação no Diário Oficial do Estado.
A diretora de Políticas Públicas para a Pessoa Idosa do Paraná e presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa do Paraná, Larissa Marsolik, destacou a importância da etapa inicial do programa. “A fase inicial é fundamental para ajustar o fluxo proposto, consolidar os instrumentos e garantir que o programa chegue aos municípios com segurança técnica e efetividade. Nosso compromisso é apoiar as prefeituras em cada etapa da habilitação, para que mais famílias possam ser alcançadas pelo benefício e para que o cuidado à pessoa idosa seja reconhecido como uma responsabilidade compartilhada entre Estado e município”, afirmou.
POr - AEN
Duas pratas e um bronze. Esse é o resultado do Paraná no World Cheese Awards 2025, maior concurso de queijos do mundo, realizado entre 13 e 15 de novembro em Berna, na Suíça. Os produtos de Toledo, do Laboratório de Queijos Finos do Biopark Educação, se destacaram entre mais de 5 mil concorrentes de mais de 50 países.
Uma das iguarias que ficou a um passo do topo do pódio foi o Abaporu. Esse queijo tem um tipo de massa mole de leite de vaca com casca lavada e maturação de mais de 30 dias, e se destacou pela mistura complexa e adocicada de baunilha, amêndoa, caramelo e especiarias como canela e cravo, com toques amadeirados e balsâmicos. Ele estreou em setembro no Mondial du Fromage, competição ocorrida na França, em que garantiu a medalha de ouro. Será lançado em breve para comercialização pela queijaria Flor da Terra.
Também ficou muito perto da primeira colocação o queijo tipo Saint Marcellin. Inspirado nos sabores clássicos de queijos franceses, tem uma textura macia e cremosa, sabor amanteigado, com nuances que remetem a cogumelos frescos e ervas. Já havia sido eleito um dos dez melhores queijos do Brasil em 2023 no concurso Queijos Brasil, e levou a prata no Mondial du Fromage 2025. É comercializado pela Flor da Terra.
Outro que brilhou em terras suíças, trazendo o bronze para casa, foi o inédito Garoa Tropical. Remetendo ao uso tradicional de frutas cítricas na coagulação do queijo, o produto incorpora enzimas cítricas que são responsáveis por conferir-lhe um sabor único e uma textura exclusiva.
Para o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Marcio Nunes, o avanço das políticas públicas tem impulsionado a qualificação dos produtores e a valorização das cadeias produtivas no Estado.
“Lembrando que nós somos o Estado mais sustentável do Brasil e o melhor leite fabrica o melhor queijo. Além disso, contamos com produtores que estão participando desse ciclo diferente, que é o ciclo da gastronomia nos produtos do Paraná”, destacou.
PROJETO VITORIOSO – Os bons resultados ajudam a consolidar um projeto que, há seis anos, transforma o leite de pequenos e médios produtores em queijos de alto valor agregado. A iniciativa do Biopark já rendeu 72 premiações nacionais e internacionais e vem se consolidando como referência em tecnologia, qualidade e desenvolvimento regional. Por meio dela, são oferecidas consultorias integrais gratuitas aos produtores, desde análise do leite até desenvolvimento de identidade visual, rotulagem e acesso ao mercado.
O projeto é resultado de uma coalizão estratégica entre o Biopark, o Biopark Educação, o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR‑PR), o Sebrae/PR, o Sistema Faep/Senar e a Prefeitura de Toledo, consolidando uma rede colaborativa que promove inovação, qualificação técnica e valorização da produção local. Juntos, eles transformam a cadeia leiteira — setor estratégico no Paraná, segundo maior produtor do país — com uma lógica de diferenciação de mercado, valorização do terroir (origem e características regionais) e acesso a certificações relevantes como SIM, Susaf e Sisbi.
Com base em diagnósticos técnicos, cada produtor recebe indicações personalizadas de tecnologia queijeira conforme as características do seu leite. A diversidade é prioridade: isso favorece o surgimento de um ecossistema competitivo e sinérgico — e a formação de uma Rota de Queijos Finos na região.
Por - AEN
Equipes do Governo do Estado e do Banco Mundial iniciaram nesta segunda-feira (17) a agenda da Missão de Avaliação do Projeto de Segurança Hídrica (PSH), que tem financiamento da instituição financeira internacional.
A Secretaria de Estado das Cidades (Secid), por meio do Paranacidade e da Secretaria-Geral das Microrregiões de Água e Esgotamento Sanitário (Mraes), e a Secretaria do Planejamento participam da agenda, que segue até 25 de novembro e discute temas estratégicos relacionados à expansão e ao fortalecimento do saneamento rural no Paraná.
Entre os itens tratados estão o Questionário Diagnóstico, que reúne o mapeamento mais abrangente já realizado sobre a situação do saneamento rural nos municípios paranaenses; o Termo de Cooperação Técnica, conduzido em conjunto com a Secretaria de Planejamento (SEPL) e o Grupo Técnico de Saneamento Rural; e a estruturação do futuro Plano Estadual de Saneamento Rural, que orientará investimentos, priorizações e modelos de atendimento em todo o território paranaense.
O Programa de Segurança Hídrica (PSH) prevê investimento de US$ 263 milhões, dos quais US$ 186 milhões serão financiados pelo Banco Mundial e US$ 77 milhões são contrapartida do Estado.
Segundo assessora da Secretaria de Planejamento e coordenadora do PSH, Jaqueline Dornelles, nessa missão o Banco e o Estado vão terminar de fechar o escopo do projeto, estabelecer as metas e o quanto será gasto em cada ação, o cronograma e os desembolsos previstos.
“Depois disso o banco finaliza o documento que norteia o contrato. Esperamos que até o final da missão a gente tenha essa primeira versão do projeto para ser revisada pelo Estado, para que no início de dezembro consigamos abrir as negociações oficialmente”, disse Jaqueline. “Essa é uma missão onde se verifica o nosso nível de prontidão para a execução das ações.”
Na reunião, foi destacada pelo Banco Mundial a integração entre os órgãos estaduais neste projeto, incluindo, além das secretarias das Cidades e a do Planejamento, também a Sanepar, o Instituto Água e Terra (IAT), o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR) e o Paranacidade, como um dos pilares para a maturidade institucional necessária à implementação do projeto em escala estadual.
A gerente do projeto pelo Banco Mundial, Marie-Laure Lajaunie, especialista principal em gestão de recursos hídricos, ressaltou a evolução dos trabalhos realizados pela Secretaria das Cidades, Mraes e Paranacidade. “Avançou bastante em relação a missões anteriores. Apresentamos o diagnóstico da situação do saneamento rural com dados muito interessantes e que vão ajudar bastante para o desenho das próximas etapas”, disse.
Marcia de Oliveira de Amorim, secretária-geral do Mraes, lembrou que a instituição é responsável por coordenar e modelar os serviços de água e esgoto, visando atender às exigências do Marco Legal do Saneamento. "A Microrregiões é o instrumento que integra municípios, órgãos reguladores e prestadoras de serviço. Por isso, a participação da Secretaria das Cidades é fundamental. Somos os gestores estaduais do saneamento, em parceria com os municípios e com o Banco Mundial”, afirmou.
A importância do planejamento estruturado, que foi encampado pelo Paraná, foi ressaltada pelo consultor em saneamento Wilson Rocha, contratado pelo Banco Mundial para avaliar as ações do Estado no projeto. “O Estado tem essa preocupação com seus municípios, isso está na nossa legislação, devemos cumprir a meta de universalização do saneamento, incluindo as comunidades rurais, e podemos dizer que temos um planejamento, um horizonte bem definido a partir do que está sendo formulado pela Secid, junto com a preparação do Projeto de Segurança Hídrica”, disse.
Segundo ele, o Estado avança para um modelo de “água segura”, que garante abastecimento com regularidade, operação adequada e apoio técnico às comunidades rurais. “O cidadão rural tem o mesmo direito à água tratada que o urbano, e o Paraná encara isso de forma muito responsável”, destacou.
Geraldo Luiz Farias, analista de Desenvolvimento Municipal do Paranacidade, falou sobre o suporte técnico dado pela instituição. “Esse apoio técnico, além da implantação dos planos regionais de saneamento básico e na discussão do Projeto de Segurança Hídrica, elaboramos, em função da nossa expertise, a minuta inicial do termo de referência para a contratação do Plano Estadual do Saneamento Rural”, disse.
PIONEIRISMO – A missão também reforçou o pioneirismo do Paraná no planejamento do saneamento rural. O Estado possui um dos modelos mais completos do país em governança regionalizada e vem consolidando práticas inovadoras que servem como referência nacional. O Diagnóstico apresentado ao Banco Mundial reúne informações inéditas e padronizadas, fundamentais para orientar políticas públicas e investimentos futuros.
A expectativa é que, ao final da missão, se obtenha medidas e soluções alinhadas aos princípios do Programa Nacional de Saneamento Rural (PNSR), como universalização e equidade, soluções adequadas de baixo custo, gestão comunitária, sustentabilidade ambiental e integração com políticas de saúde, meio ambiente e desenvolvimento rural.
POr - AEN





























