O Paraná segue entre os estados mais ágeis do Brasil em tempo de abertura de empresas. De janeiro a novembro de 2025, o tempo médio de análise e liberação dos registros empresariais manteve o Estado nas primeiras posições do ranking nacional, variando entre o segundo e o terceiro lugar mês a mês. Os dados são da Junta Comercial do Paraná (Jucepar), vinculada à Secretaria da Indústria, Comércio e Serviços (Seic).
Nos três primeiros meses do ano, o Paraná ocupou o segundo lugar nacional em rapidez. Em janeiro, o tempo médio para abrir uma empresa foi de 8 horas, 55 minutos e 44 segundos. Em fevereiro, o processo ficou ainda mais eficiente, caindo para 8h 29min 17s. Em março, o desempenho se manteve alto, com 9h 29min 12s.
A partir de abril, o Paraná passou ao terceiro lugar nacional, mas continuou com índices de excelência. Foram 10h59min58s em abril; 9h 24min 24s em maio; 8h 05min 53s em junho; 7h 52min 56s em julho; 8h 08min 21s em agosto; 7h 53min 38s em setembro; 8h 05min 07s em outubro; e 8h 50min 27s em novembro.
Os meses de julho e setembro se destacaram como os mais rápidos do ano, ambos com tempos abaixo de oito horas. Julho registrou o recorde no tempo de abertura desde que os dados começaram a ser registrados, com 7h52min56s, enquanto setembro ficou logo atrás, com 7h53min38s.
MAIS ANÁLISES - Ao longo de todo o ano, a Jucepar também se destacou pelo alto volume de processos analisados para a abertura de empresas, mantendo-se de forma consistente no terceiro lugar nacional nesse indicador.
Foram mais de 5 mil processos analisados mês a mês, um patamar muito superior ao dos estados que ficaram em primeiro e segundo lugar no ranking de agilidade, sendo que nenhum deles ultrapassou a marca de mil processos mensais. Esse contraste evidencia não apenas a eficiência da Junta Comercial do Paraná, mas também sua capacidade de manter rapidez mesmo diante de uma demanda significativamente maior.
Para o presidente da Jucepar, Marcos Rigoni, os resultados reforçam que a instituição é uma das mais ágeis do país, mantendo continuamente padrões de eficiência que garantem segurança jurídica e dinamismo ao ambiente de negócios. “A redução de prazos e a estabilidade nos índices de desempenho refletem investimentos em digitalização, integração de sistemas e melhorias nos fluxos internos. Com esse ritmo, o Estado consolida sua posição como referência nacional em celeridade para quem deseja empreender”, conclui.
Por - AEN
As queimaduras, que somente de janeiro a outubro de 2025 levaram 8.344 pessoas aos serviços de atendimento ambulatorial e hospitalar, tornam-se ainda mais preocupantes entre os meses de dezembro e janeiro devido ao uso de fogos de artifícios durante os festejos. O alerta vale, também, para o aumento da exposição solar em praias e balneários durante as férias. A Secretaria da Saúde do Paraná orienta que os cuidados sejam redobrados neste período.
Todos os meses, em média, 834 pessoas dão entrada em ambulatórios e hospitais no Paraná por queimaduras. A conscientização e o alerta reforçam a necessidade de ações preventivas, uma vez que acidentes dessa natureza podem evoluir para quadros graves e até levar à morte, conforme a extensão e o grau da queimadura (1º, 2º ou 3º grau).
“É possível preservar as tradições, desde que a segurança esteja sempre em primeiro plano. Não podemos permitir que um momento de celebração se converta em risco à vida. Por isso, reforçamos orientações que fazem toda a diferença neste período”, destaca o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.
PREVENÇÃO – A capitã Luisiana Guimarães Cavalca, do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR), orienta como proceder em caso de uma queimadura. Caso seja de primeiro grau, aquela que causa vermelhidão, a pessoa deve ficar atenta. “De imediato, assim que sofrer o acidente, é preciso colocar a parte queimada debaixo da água corrente fria, com jato suave, por aproximadamente dez minutos. Compressas úmidas e frias também são indicadas”, afirma.
Para a de segundo grau, que contém bolha, a orientação é não furar, sendo que o corpo reabsorverá o líquido gerado. Caso seja uma queimadura mais profunda, de 3º grau, em grandes extensões do corpo, por substâncias químicas ou eletricidade, a vítima necessita de cuidados médicos e de saúde urgentes acionando o número 193, do Siate, vinculado ao CBMPR, e também o 192, do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento integral e gratuito para pessoas vítimas de queimaduras. O Paraná tem 35 leitos disponíveis pelo SUS, sendo 23 cirúrgicos e 12 leitos UTI. O Centro de Tratamento de Queimados (CTQ), do Hospital Universitário da Universidade de Londrina (UEL), e o Hospital Evangélico Mackenzie, em Curitiba, são referência nesse tipo de internação.
CASOS GRAVES - Os leitos especializados para queimados são voltados a casos graves, que exigem internação prolongada. Ainda assim, as pessoas vítimas de acidentes contam com uma ampla Rede Hospitalar e Assistencial, recebendo atendimento em diversas unidades de saúde distribuídas pelo Estado, com profissionais capacitados e equipamentos adequados para o tratamento dessa e de outras patologias.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que ocorram aproximadamente 11 milhões de casos de queimaduras que requerem atenção médica em todo o mundo a cada ano, cerca de 30 mil novos casos por dia. Em relação aos óbitos são mais de 180 mil anualmente.
Por - AEN
O verão costuma ser lembrado como a estação das férias, da praia, da piscina e das festas de fim de ano.
Mas, em meio à rotina mais intensa de lazer, viagens e encontros familiares, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) reforça a necessidade de atenção redobrada com a pele, a alimentação e a hidratação. Eles são fatores que podem impactar diretamente no bem-estar de cada um.
Os cuidados com a pele impactam diretamente na saúde e podem evitar doenças sérias, como o câncer de pele. No Paraná, de janeiro a setembro de 2025, foram realizados 7.906 procedimentos cirúrgicos em oncologia relacionados à pele; de outubro de 2024 a setembro de 2025, o total chegou a 10.431 procedimentos. No Brasil, o Inca (Instituto Nacional de Câncer) estima 220 mil novos casos de câncer de pele até o fim de 2025.
“É importante lembrar que a maior parte dos problemas causados pela longa exposição do sol são evitáveis. Aproveite o verão, mas não esqueça do protetor, de beber muita água e não abusar das comidas pesadas para que os dias sejam apenas de diversão”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
USE PROTETOR - O período mais crítico para exposição solar vai das 9h às 16h, mas as ondas de calor exigem cuidados ao longo de todo o dia e o uso do protetor solar é indispensável. O Fator de Proteção Solar (FPS) mínimo recomendado para adultos é 30; pessoas de pele clara devem optar por FPS 50.
A reaplicação deve ser feita a cada duas horas e sempre após banho de mar, rio ou piscina. Para quem permanece em ambientes internos, a reposição duas vezes ao dia costuma ser suficiente
DENGUE - O verão também exige atenção ao uso de repelentes, que evitam picadas de mosquitos e a transmissão de doenças como dengue, zika e chikungunya. Segundo a Vigilância da Sesa, nem todos os repelentes têm eficácia comprovada contra o Aedes aegypti.
A Sesa reforça que o repelente precisa ter determinadas substâncias para ser eficaz. A substância mais recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é a Icaradina. Ela é segura para adultos e para crianças acima de 2 anos, devendo estar presente em concentrações entre 20% e 25%, o que garante proteção de até 10 horas.
Outras substâncias eficazes são o DEET, com concentração mínima de 10%, e o IR3535 (EBAAP). Para identificar a composição, é fundamental verificar o rótulo do produto.
ALIMENTAÇÃO - As festas de fim de ano e as férias provocam o desregramento da alimentação. O cardápio do Natal brasileiro, por exemplo, ainda é uma adaptação de países frios e baseado em alimentos gordurosos, mas que consumimos em pleno verão.
É preciso adotar algumas estratégias que podem ser importantes para aproveitar o melhor desses momentos de celebração entre amigos e família, sem prejuízos significativos à saúde como:
- Não vá com muita fome: faça um lanche nutritivo antes da celebração, coma uma fruta, tome um copo de leite, isso vai te permitir escolher com mais calma os alimentos que pretende consumir, sem grandes excessos;
- Reconheça seus sinais de fome e saciedade. Se permita comer o que gosta e só consome nessa época do ano, mas sirva-se de uma quantidade moderada;
- Coma devagar e desfrute do que está consumindo;
- Tenha atenção com as bebidas, elas podem aumentar muito as calorias ingeridas sem aumentar a saciedade. Tome bastante água;
- Mantenha-se ativo e siga fazendo exercícios.
HIDRATAÇÃO - O calor intenso exige hidratação constante e não é qualquer líquido que repõe o que o corpo precisa. Bebidas alcoólicas, mesmo geladas, aumentam a desidratação. A orientação é priorizar água, sucos naturais, água de coco ou isotônicos.
Adolescentes e adultos devem consumir pelo menos dois litros de água por dia, aumentando a quantidade em caso de exposição prolongada ao sol, práticas esportivas ou esforço físico.
A Sesa alerta sobre o cuidado especial com os idosos, que são mais vulneráveis à desidratação e à hipertermia. A desidratação atinge mais as pessoas acima de 50 anos, conforme levantamento da Diretoria de Gestão em Saúde, da Sesa. Dos 3.453 casos registrados neste ano (entre janeiro e setembro), 2.351, ou seja, 68% são da faixa etária a partir dos 50 anos.
A Divisão de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa recomenda:
- Ingerir líquidos com frequência (água, água de coco, sucos leves, chás e isotônicos) e evitar álcool e cafeína.
- Consumir alimentos leves, como frutas, verduras e carnes magras.
- Usar roupas claras, leves e calçados firmes; evitar chinelos para prevenir quedas; usar chapéu e óculos ao sair ao sol.
- Manter a casa ventilada e reduzir a entrada de calor nas janelas; usar ventiladores, climatizadores ou ar-condicionado quando possível.
- Praticar exercícios no início da manhã ou fim da tarde.
- Evitar sol nos horários mais quentes e aplicar filtro solar diariamente.
- Manter os alimentos refrigerados e reforçar a higiene no preparo para evitar intoxicações.
- Redobrar o uso de repelente e eliminar possíveis criadouros de mosquitos.
Sinais de alerta pela falta de hidratação:
- Boca, língua e lábios secos
- Diminuição do volume urinário
- Temperatura elevada e pulso rápido
- Dor de cabeça
- Tontura
- Náuseas
- Letargia
- Confusão mental
Em situações de emergência, a recomendação é procurar a unidade de saúde mais próxima ou ligar para o SAMU (192).
Por - AEN
As forças de segurança do Paraná apreenderam mais maconha entre os meses de janeiro a novembro de 2025 do que em todo o ano de 2024.
Nos 11 meses deste ano, foram retirados de circulação pelas polícias paranaenses 506.159 quilos da droga. O volume total de apreensões em 2024 foi de 423.863 quilos, ou 16,26% menor do que em 2025, mesmo considerando um mês a menos deste ano.
Os índices refletem uma política focada em resultados adotada pelo Governo do Estado para a área da segurança pública. Em agosto, o Paraná foi o estado que apreendeu o maior volume de maconha no ano entre todas as unidades federativas.
Investimentos em tecnologia, efetivo das forças de segurança e qualificação de pessoal garantem o desempenho em ações de repressão e prevenção ao crime, com inteligência e estratégia baseadas em dados estatísticos. Os dados sobre as apreensões de drogas nos estados brasileiros foram obtidos no site do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O volume de apreensões também é resultado de ações estratégicas em todo o Estado, além de uma intensificação dos trabalhos nas regiões de fronteira com o Paraguai e a Argentina. Um dos exemplos é o uso dos helicópteros do Projeto Falcão, do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA).
Esse compromisso é demonstrado no fortalecimento da estrutura: em setembro, o governador Carlos Massa Ratinho Junior entregou R$ 116 milhões em equipamentos às forças de segurança, com cinco helicópteros, viaturas (entre elas caminhonetes RAM), fuzis e itens de alta tecnologia. Foi o maior investimento da história do Estado na área de segurança pública.
“As contratações de profissionais, a modernização dos equipamentos e as boas condições de trabalho são fundamentais para ações de combate efetivo ao narcotráfico no Estado”, afirma o secretário da Segurança Pública do Paraná, Hudson Leôncio Teixeira.
AUMENTO ANUAL NAS APREENSÕES - Quando considerados os números dos meses de janeiro a novembro desde o ano de 2018, o Paraná teve crescimento exponencial, sem regredir em nenhum dos anos subsequentes até 2025, sempre considerados os mesmos períodos: 11 primeiros meses de cada ano. Se comparados os números dos períodos de 2018 e 2025 a diferença é de 462%, passando de 90.070 quilos para 506.159 quilos. Considerando apenas as apreensões totais nos anos de 2018 com as de 2019 – primeiro ano da atual gestão – o aumento foi de 36%: de 100.765 quilos para 137.134 quilos de maconha retirados do tráfico.
Por - AEN
A proximidade da temporada de verão é um alerta para a necessidade de intensificar as medidas de combate à dengue. Com as viagens comuns nessa época do ano, é preciso redobrar os cuidados em casa, com vistorias em quintais e recipientes que possam acumular água, especialmente no período em que o imóvel estará vazio, e também nos ambientes que estavam fechados, no local de destino. As altas temperaturas também são mais propícias para a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença.
A Secretaria de Estado do Paraná (Sesa-PR) alerta que o Estado e todo o país entram no período mais delicado e é preciso ter ainda mais precaução, apesar da queda do número de casos no Estado. De janeiro a dezembro deste ano foram registrados 91.037 casos da doença, frente a 617.567 no mesmo período de 2024 – redução de 85%, acima da média nacional (74%).
De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, independente disso, é um momento delicado. “Conseguimos vencer o crescimento de casos registrados e óbitos por dengue, mas não há trégua nessa guerra. Um descuido em casa pode ser o fator definitivo para o mosquito. A doença é grave e pode matar”, alerta.
Para quem viaja e passa dias fora de casa é muito importante fazer o checklist em todos os ambientes internos e externo para evitar que a água parada, por menor que seja o recipiente, se transforme em um ambiente propício para o mosquito, assim como eliminar possíveis locais de acúmulo de água, caso chova.
Além da dengue, o Aedes aegypti também é transmite a Zika e e a Chikungunya.
Confira algumas medidas necessárias:
- Tampe caixas d'água, ralos e pias.
- Higienize bebedouros de animais de estimação e deixe os recipientes de boca para baixo.
- Descarte pneus velhos junto ao serviço de limpeza urbana; se precisar mantê-los, deixe em locais cobertos e protegidos da chuva.
- Retire a água acumulada da bandeja externa da geladeira.
- Limpe calhas e a laje da casa e coloque areia nos cacos de vidro do muro que possam acumular água.
- Coloque areia nos vasos de plantas.
- Descarte todo e qualquer lixo de forma correta, com lixeiras fechadas e fora do ambiente.
- Verifique os quintais e varandas para não deixar nada que possa acumular água. Uma tampinha de garrafa pode ser suficiente para o desenvolvimento de mosquito.
USE REPELENTE - Além dos cuidados com a residência em que a família vai ficar, o repelente é um grande aliado, seja na praia, no campo, nos balneários ou mesmo na cidade. O uso do produto evita o incômodo, a dor das picadas e mantém o mosquito da dengue distante.
Mas nem todos os repelentes são eficazes contra o mosquito da dengue. O setor de vigilância da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa-PR) informa que é preciso ficar de olho no rótulo. O produto dever ter entre 20% e 25% de Icaradina, uma substância encontrada em pimenteiras, e a mais recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Ela é segura para uso de crianças acima de 2 anos e adultos. O repelente também deve oferecer proteção de até 10 horas.
Outra substância segura que também repele o Aedes aegypti é o DEET. Para ser eficaz, ela precisa ter uma concentração de 10%. A terceira é a IR3535 ou EBAAP. É preciso sempre checar a composição.
Utilize o repelente de forma correta para garantir proteção:
- Aplicação homogênea: o produto deve ser passado em todas as partes da pele que ficarem expostas. Ele só fica ativo na área aplicada. Passar no braço não significa que a mão está protegida.
- Reaplique de acordo com as orientações: se entrar na água ou suar excessivamente, não esqueça de reaplicar. Sempre olhe no rótulo o tempo de duração e também o número máximo de vezes no dia que ele pode ser aplicado.
- Não use perfume: os perfumes podem atrair insetos e o repelente não será eficaz.
Por - AEn
Parceiro do Banco do Agricultor Paranaense, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) disponibilizou em 2025 R$ 133,4 milhões para investimentos em 985 projetos voltados ao desenvolvimento agropecuário no Estado.
A maior parte das iniciativas contempladas envolve energia renovável e modernização dos processos da pecuária de leite e de corte, mas projetos de biomassa e irrigação também se destacam. O BRDE participa do programa, que é coordenado pela Seecretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab), desde 2021, quando foi criado pelo Governo do Estado do Paraná. Ao longo desses anos, foram R$ 414 milhões investidos em 2.927 projetos.
De acordo com Carmem Truite, gerente operacional de convênios e produtores rurais do BRDE, a característica dos projetos é um recorte dos principais desafios enfrentados pelos produtores no dia a dia. “A energia está entre os maiores desafios e custos para a produção das famílias no campo. Quando esses agricultores e pequenos pecuaristas desenvolvem um projeto de energia renovável e alternativa, ganham economia e também autonomia, o que torna o investimento mais rentável e seguro. O valor economizado pode melhorar a qualidade de vida da família ou virar reinvestimento na atividade melhorando o ciclo produtivo”, afirma Carmem.
O produtor rural Gilvane Toneto, que possui uma propriedade de 18 hectares em Missal, no Oeste do Paraná, viu no programa uma forma de desenvolver seu negócio e melhorar a renda. “Eu trabalho com pecuária de leite e precisava de mais animais para poder melhorar a produção. Indicaram o Banco do Agricultor Foi rápido e fácil de conseguir o crédito. Comprei sete animais em agosto e alguns já estão na ordenha e dando lucro”, explica.
DE VOLTA AO BOLSO DO AGRICULTOR - Desde o início do programa, do valor total destinado aos projetos, R$ 114 milhões, foi de subvenção dada pelo Governo do Paraná. Gerenciados pela Fomento Paraná, por meio do Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE), esse apoio financeiro permite a devolução parcial ou total dos juros pagos pelos produtores. Essa equalização é o principal mecanismo do programa.
O Governo do Estado devolve aos agricultores parte ou a totalidade dos juros pagos em financiamentos contratados. Os valores a serem devolvidos variam de acordo com o porte do produtor, o tipo de projeto financiado e o município onde o projeto será executado. Regiões com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) abaixo da média estadual tendem a receber um benefício maior, como uma alternativa de incentivo ao desenvolvimento regional.
“O Banco do Agricultor Paranaense é um exemplo de política pública que gera impacto direto na vida das famílias rurais e fortalece a economia regional. O BRDE tem orgulho de ser parceiro dessa e de outras iniciativas que levam crédito acessível e sustentável ao campo”, destaca o diretor-presidente do BRDE, Renê Garcia Júnior.
Ao comparar com outros bancos, o produtor Toneto encontrou no programa juros bem menores que de outras instituições financeiras. “Não tem comparação. Além de ter juros menores, as formas de pagamento também são melhores que em outros bancos”, afirma.
DESENVOLVIMENTO RURAL - Além dos agricultores familiares e de pequeno porte, produtores maiores também podem acessar os recursos para iniciativas que abranjam, prioritariamente, energia solar, biomassa, irrigação e turismo. O objetivo é fomentar atividades que gerem impacto positivo na economia e no meio ambiente.
“Atender diferentes perfis de produtores, desde o pequeno agricultor até empreendimentos de maior porte, é fundamental para garantir que o desenvolvimento rural seja inclusivo e equilibrado. O BRDE oferece soluções financeiras que apoiem tanto a sustentabilidade ambiental quanto a competitividade econômica do setor”, afirma o diretor administrativo do BRDE, Heraldo Neves.
Atividades como a avicultura em larga escala e a suinocultura podem ser beneficiadas indiretamente. Produtores que queiram instalar painéis solares, por exemplo, para uso em criadouros, têm seus projetos enquadrados como energia renovável e estão aptos às subvenções. Projetos de modernização de processos, aquisição de equipamentos e melhoria na produtividade pecuária também estão enquadrados nos quesitos do banco por focarem na sustentabilidade.
“Incentivando a geração própria de energia, a produção de proteína animal no Paraná ficou muito mais competitiva. Na avicultura, por exemplo, que é uma das atividades que mais gastam energia, conseguimos reduzir bastante esse peso no bolso do produtor. Em 2019 a energia era o segundo maior custo, só perdia para a ração, e hoje já caiu para a quarta ou quinta posição no custo de produção das aves”, destaca o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Marcio Nunes.
O QUE É O BANCO DO AGRICULTOR PARANAENSE - O Banco do Agricultor Paranaense conta com a parceria do BRDE, da Fomento Paraná e de outras instituições financeiras. O objetivo é incentivar, por meio de crédito subsidiado e subvenções econômicas, o desenvolvimento de produtores rurais, cooperativas e associações de produção, comercialização e reciclagem, e agroindústrias familiares, em projetos de geração de energia sustentável e irrigação.
Como acessar
Produtores interessados em acessar os recursos do Banco do Agricultor Paranaense devem procurar uma das cooperativas de crédito conveniadas ao BRDE. A lista completa de instituições está disponível no site do BRDE:
Projetos com valor acima de R$ 800 mil podem ser submetidos diretamente pelo internet banking do BRDE.
Confira as linhas de financiamento:
- Pronaf Mulher: juro zero
- Cooperativas da agricultura familiar: juro zero
- Agroindústria familiar: juro zero
- Produção, captação e armazenamento de água: juro zero
- Erva-mate, pinhão, seda, café, orgânicos, apicultura e horticultura: juro zero
- Turismo rural: juro zero
- Pecuária de corte e leite: juros de 1% a 4%
- Piscicultura: juros de 1% a 4%
- Projetos de energia renovável: juro zero para projetos de até R$ 500 mil. Acima desse valor, juros variam de 2% a 5,5%
- Biogás: juro zero para projetos de até R$ 2 milhões para pessoas físicas e de até R$ 20 milhões para CNPJs. Acima desses valores, juros de 5%
- Projetos de irrigação: juro zero para projetos de até R$ 1 milhão para pessoa física e de até R$ 4,5 milhões para pessoa jurídica. Acima desses valores, os juros variam de 3% a 5,5%
- Demais linhas do Pronaf: redução de cinco pontos percentuais nos financiamentos, cujas taxas variam de 8,5% e 10,5%, devendo ficar entre 3,5% e 5,5%
Por - AEN


























_large.jpg)
_large.jpg)
_large.jpg)
_large.jpg)