Qualidade de vida cresce no Paraná e 79% da cidades alcançam bom IPDM

O desenvolvimento dos municípios paranaenses continua avançando em bom ritmo, segundo o Índice Ipardes de Desempenho Municipal (IPDM), divulgado nesta terça-feira (18).

O levantamento mostra que 317 das 399 cidades do Estado, ou mais de 79% do total, apresentam desempenho de médio para alto nas áreas de renda, educação e saúde. O avanço representa um crescimento de 8% em relação à edição anterior, quando 293 municípios superaram a nota 0,60 que baliza o indicador. Quanto mais próximo de 1, melhor o indicador. Nenhuma cidade está no indicador mais baixo.

O IPDM é divulgado anualmente desde 2008 e funciona como um indicador semelhante ao IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). Nesta edição, o Ipardes inicia uma nova série histórica, com ano de referência fixado em 2022. A partir dessa atualização metodológica, todos os resultados divulgados agora se referem a esse desempenho. Como o índice utiliza bases do Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério da Educação, Ministério da Saúde e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPDM só pode ser consolidado dois anos após o período analisado.

O secretário do Planejamento do Paraná, Ulisses Maia, avalia que a atualização do IPDM, com ainda mais precisão e novos indicadores, é uma ferramenta fundamental para o planejamento estratégico dos nossos municípios. “Ao compreendermos o desempenho em detalhes nas áreas de renda, saúde e educação, capacitamos as prefeituras a tomar decisões mais assertivas, direcionando recursos para áreas de maior necessidade. O desenvolvimento local robusto e sustentável é a chave para alcançarmos um Paraná mais próspero e justo para todos", afirma.

No desempenho geral, Curitiba lidera com nota 0,8231, seguida por Palotina (0,7935), Quatro Pontes (0,7771), Cafelândia (0,7771) e Toledo (0,7657). Os dados completos podem ser acessados em um painel interativo no site do Ipardes.

Nesta edição, o Ipardes incorporou novos indicadores nas dimensões de educação e saúde. Na área educacional, passaram a ser consideradas variáveis como matrículas em creches e pré-escolas, oferta de ensino em tempo integral, desempenho no Ideb do ensino médio e proporção de docentes com formação superior adequada. Com a soma desses novos componentes aos já existentes, os municípios mais bem avaliados em Educação foram São Manoel do Paraná (0,8563), São Jorge do Ivaí (0,8443), Boa Esperança (0,8403), Entre Rios do Oeste (0,8373) e Iguatu (0,8358).

São 385 cidades com indicador médio ou alto na análise educacional, com 35 sendo consideradas com índice elevado - no relatório anterior eram apenas 4. 

Em saúde, a novidade é a inclusão da taxa de óbitos prematuros por doenças crônicas não transmissíveis entre pessoas de 30 a 69 anos, indicador que se soma às consultas pré-natal, óbitos por causas mal definidas e óbitos evitáveis em crianças menores de cinco anos. Nesse eixo, os destaques são Quatro Pontes (0,9108), Pinhal de São Bento (0,8935), Uniflor (0,8782), Diamante do Norte (0,8659) e Campo Bonito (0,8618). São 339 cidades com indicador médio ou alto.

No eixo de renda, o IPDM mostra que Curitiba lidera com o melhor desempenho do Estado (0,8745), seguida por Quatro Barras (0,7701), Carambeí (0,7462), Palotina (0,7321) e Santo Inácio (0,7292). Vale lembrar que na última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada pelo IBGE, o Paraná registrou no terceiro trimestre o maior crescimento salarial entre as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, atingindo rendimento médio de R$ 3.881 e alta de 9,59% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

O presidente do Ipardes, Jorge Callado, reforça que a modernização do índice amplia sua utilidade tanto para o poder público quanto para o setor produtivo. “O IPDM foi aperfeiçoado para dar uma visão mais ampla do desempenho das cidades, não só para os gestores públicos, mas também para a iniciativa privada, que passa a contar com uma ferramenta estratégica na prospecção de novos negócios e no fortalecimento dos arranjos produtivos locais. A inovação na área da saúde, por exemplo, permite identificar precocemente situações que podem ser prevenidas, garantindo qualidade de vida ao cidadão e evitando a perda da capacidade laboral, essencial para a economia regional”, afirmou.

 

 

 

 

 

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 Queijos paranaenses batem produtos de 50 países e são premiados no Mundial da Suíça

Duas pratas e um bronze. Esse é o resultado do Paraná no World Cheese Awards 2025, maior concurso de queijos do mundo, realizado entre 13 e 15 de novembro em Berna, na Suíça. Os produtos de Toledo, do Laboratório de Queijos Finos do Biopark Educação, se destacaram entre mais de 5 mil concorrentes de mais de 50 países.

Uma das iguarias que ficou a um passo do topo do pódio foi o Abaporu. Esse queijo tem um tipo de massa mole de leite de vaca com casca lavada e maturação de mais de 30 dias, e se destacou pela mistura complexa e adocicada de baunilha, amêndoa, caramelo e especiarias como canela e cravo, com toques amadeirados e balsâmicos. Ele estreou em setembro no Mondial du Fromage, competição ocorrida na França, em que garantiu a medalha de ouro. Será lançado em breve para comercialização pela queijaria Flor da Terra.

Também ficou muito perto da primeira colocação o queijo tipo Saint Marcellin. Inspirado nos sabores clássicos de queijos franceses, tem uma textura macia e cremosa, sabor amanteigado, com nuances que remetem a cogumelos frescos e ervas. Já havia sido eleito um dos dez melhores queijos do Brasil em 2023 no concurso Queijos Brasil, e levou a prata no Mondial du Fromage 2025. É comercializado pela Flor da Terra.

Outro que brilhou em terras suíças, trazendo o bronze para casa, foi o inédito Garoa Tropical. Remetendo ao uso tradicional de frutas cítricas na coagulação do queijo, o produto incorpora enzimas cítricas que são responsáveis por conferir-lhe um sabor único e uma textura exclusiva.

Para o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Marcio Nunes, o avanço das políticas públicas tem impulsionado a qualificação dos produtores e a valorização das cadeias produtivas no Estado.

“Lembrando que nós somos o Estado mais sustentável do Brasil e o melhor leite fabrica o melhor queijo. Além disso, contamos com produtores que estão participando desse ciclo diferente, que é o ciclo da gastronomia nos produtos do Paraná”, destacou.

PROJETO VITORIOSO – Os bons resultados ajudam a consolidar um projeto que, há seis anos, transforma o leite de pequenos e médios produtores em queijos de alto valor agregado. A iniciativa do Biopark já rendeu 72 premiações nacionais e internacionais e vem se consolidando como referência em tecnologia, qualidade e desenvolvimento regional. Por meio dela, são oferecidas consultorias integrais gratuitas aos produtores, desde análise do leite até desenvolvimento de identidade visual, rotulagem e acesso ao mercado. 

O projeto é resultado de uma coalizão estratégica entre o Biopark, o Biopark Educação, o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR‑PR), o Sebrae/PR, o Sistema Faep/Senar e a Prefeitura de Toledo, consolidando uma rede colaborativa que promove inovação, qualificação técnica e valorização da produção local. Juntos, eles transformam a cadeia leiteira — setor estratégico no Paraná, segundo maior produtor do país — com uma lógica de diferenciação de mercado, valorização do terroir (origem e características regionais) e acesso a certificações relevantes como SIM, Susaf e Sisbi.

Com base em diagnósticos técnicos, cada produtor recebe indicações personalizadas de tecnologia queijeira conforme as características do seu leite. A diversidade é prioridade: isso favorece o surgimento de um ecossistema competitivo e sinérgico — e a formação de uma Rota de Queijos Finos na região.

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Estado e Banco Mundial discutem ações para expansão do saneamento rural no Paraná

Equipes do Governo do Estado e do Banco Mundial iniciaram nesta segunda-feira (17) a agenda da Missão de Avaliação do Projeto de Segurança Hídrica (PSH), que tem financiamento da instituição financeira internacional.

A Secretaria de Estado das Cidades (Secid), por meio do Paranacidade e da Secretaria-Geral das Microrregiões de Água e Esgotamento Sanitário (Mraes), e a Secretaria do Planejamento participam da agenda, que segue até 25 de novembro e discute temas estratégicos relacionados à expansão e ao fortalecimento do saneamento rural no Paraná.

Entre os itens tratados estão o Questionário Diagnóstico, que reúne o mapeamento mais abrangente já realizado sobre a situação do saneamento rural nos municípios paranaenses; o Termo de Cooperação Técnica, conduzido em conjunto com a Secretaria de Planejamento (SEPL) e o Grupo Técnico de Saneamento Rural; e a estruturação do futuro Plano Estadual de Saneamento Rural, que orientará investimentos, priorizações e modelos de atendimento em todo o território paranaense.

O Programa de Segurança Hídrica (PSH) prevê investimento de US$ 263 milhões, dos quais US$ 186 milhões serão financiados pelo Banco Mundial e US$ 77 milhões são contrapartida do Estado.

Segundo assessora da Secretaria de Planejamento e coordenadora do PSH, Jaqueline Dornelles, nessa missão o Banco e o Estado vão terminar de fechar o escopo do projeto, estabelecer as metas e o quanto será gasto em cada ação, o cronograma e os desembolsos previstos.

“Depois disso o banco finaliza o documento que norteia o contrato. Esperamos que até o final da missão a gente tenha essa primeira versão do projeto para ser revisada pelo Estado, para que no início de dezembro consigamos abrir as negociações oficialmente”, disse Jaqueline. “Essa é uma missão onde se verifica o nosso nível de prontidão para a execução das ações.”

Na reunião, foi destacada pelo Banco Mundial a integração entre os órgãos estaduais neste projeto, incluindo, além das secretarias das Cidades e a do Planejamento, também a Sanepar, o Instituto Água e Terra (IAT), o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR) e o Paranacidade, como um dos pilares para a maturidade institucional necessária à implementação do projeto em escala estadual.

A gerente do projeto pelo Banco Mundial, Marie-Laure Lajaunie, especialista principal em gestão de recursos hídricos, ressaltou a evolução dos trabalhos realizados pela Secretaria das Cidades, Mraes e Paranacidade. “Avançou bastante em relação a missões anteriores. Apresentamos o diagnóstico da situação do saneamento rural com dados muito interessantes e que vão ajudar bastante para o desenho das próximas etapas”, disse.

Marcia de Oliveira de Amorim, secretária-geral do Mraes, lembrou que a instituição é responsável por coordenar e modelar os serviços de água e esgoto, visando atender às exigências do Marco Legal do Saneamento. "A Microrregiões é o instrumento que integra municípios, órgãos reguladores e prestadoras de serviço. Por isso, a participação da Secretaria das Cidades é fundamental. Somos os gestores estaduais do saneamento, em parceria com os municípios e com o Banco Mundial”, afirmou.

A importância do planejamento estruturado, que foi encampado pelo Paraná, foi ressaltada pelo consultor em saneamento Wilson Rocha, contratado pelo Banco Mundial para avaliar as ações do Estado no projeto. “O Estado tem essa preocupação com seus municípios, isso está na nossa legislação, devemos cumprir a meta de universalização do saneamento, incluindo as comunidades rurais, e podemos dizer que temos um planejamento, um horizonte bem definido a partir do que está sendo formulado pela Secid, junto com a preparação do Projeto de Segurança Hídrica”, disse.

Segundo ele, o Estado avança para um modelo de “água segura”, que garante abastecimento com regularidade, operação adequada e apoio técnico às comunidades rurais. “O cidadão rural tem o mesmo direito à água tratada que o urbano, e o Paraná encara isso de forma muito responsável”, destacou.

Geraldo Luiz Farias, analista de Desenvolvimento Municipal do Paranacidade, falou sobre o suporte técnico dado pela instituição. “Esse apoio técnico, além da implantação dos planos regionais de saneamento básico e na discussão do Projeto de Segurança Hídrica, elaboramos, em função da nossa expertise, a minuta inicial do termo de referência para a contratação do Plano Estadual do Saneamento Rural”, disse.

PIONEIRISMO – A missão também reforçou o pioneirismo do Paraná no planejamento do saneamento rural. O Estado possui um dos modelos mais completos do país em governança regionalizada e vem consolidando práticas inovadoras que servem como referência nacional. O Diagnóstico apresentado ao Banco Mundial reúne informações inéditas e padronizadas, fundamentais para orientar políticas públicas e investimentos futuros.

A expectativa é que, ao final da missão, se obtenha medidas e soluções alinhadas aos princípios do Programa Nacional de Saneamento Rural (PNSR), como universalização e equidade, soluções adequadas de baixo custo, gestão comunitária, sustentabilidade ambiental e integração com políticas de saúde, meio ambiente e desenvolvimento rural.

 

 

 

 

 

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