Com 46,8 milhões de toneladas, Paraná teve maior safra de grãos de sua história em 24/25

O Paraná acaba de registrar a maior safra de grãos de sua história, com 46,8 milhões de toneladas colhidas no ciclo 2024/25, com estimativa de um Valor Bruto de Produção (VBP) da ordem de R$ 68 bilhões.

A declaração foi feita pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab), nesta quinta-feira (27), com a safra de inverno terminando a colheita agora e consolidando esse resultado. Os dados estão na Previsão de Safra Subjetiva (PSS).

O trigo teve a maior área plantada no período do inverno – com 816,6 mil hectares e 99% da safra já foi colhida. “Além do bom desempenho do trigo, merece atenção a aveia, com uma colheita de 470 mil toneladas, sendo o maior volume dos últimos dez anos, e que acaba contribuindo para o recorde histórico da safra de grãos paranaense”, explica o engenheiro agrônomo do Deral, Hugo Godinho.

Os demais grãos – soja, feijão, cevada e milho – são os que mais contribuíram para que a safra fosse recorde, lembrando que o milho paranaense, individualmente, foi o cereal que mais contribuiu para essa super safra, pois atingiu o recorde de 21 milhões de toneladas. “A combinação entre clima mais favorável, aumento de área plantada e bom desempenho das culturas elevou o potencial produtivo do Estado”, diz Marcelo Garrido, chefe do Deral.

BOLETIM – O Boletim Conjuntural do Deral desta semana traz mais detalhes do desempenho de diversos produtos do agronegócio. Entre eles, um detalhamento da cultura da aveia já citada na previsão de safra, cuja colheita foi de 470 mil toneladas. Isso representa um salto de 33% frente ao ano passado, com rendimentos muito superiores aos obtidos em 2024, quando a seca prejudicou o desempenho da cultura.

A oferta cresceu tanto na aveia branca, voltada à indústria, quanto na aveia preta, usada principalmente na formação de pastagens e cobertura de solo. O avanço consolida a cultura como peça-chave na rotação de inverno e contribui para a diversificação do agronegócio do estado.

O boletim aponta que a primeira safra de milho 2025/26 já está totalmente plantada, somando 339,8 mil hectares. Essa área se destaca por apresentar uma expansão atípica esse ano, estimada em 21%. Além disso, há ótima condição das lavouras (93% classificadas como boas). Como principal componente da alimentação animal, o milho também contribui para reduzir custos nas cadeias de suínos e aves, que se beneficiam diretamente da ampla oferta.

A soja, por sua vez, atingiu 97% da área prevista plantada, equivalente a 5,58 milhões de hectares. As condições igualmente são positivas: 92% das lavouras estão em situação considerada boa, após semanas de clima mais estável, com temperaturas mais altas e redução das chuvas excessivas. O cenário favorece o desenvolvimento inicial das plantas e eleva o potencial produtivo da oleaginosa.

SUÍNOS E OVOS – Com o aumento de oferta de milho e farelo de soja, as cadeias pecuárias registram redução de custos. A suinocultura paranaense teve um dos menores custos de produção do ano — R$ 5,77/kg vivo em outubro — enquanto outros estados registraram alta. Já a avicultura de postura também se beneficia da queda dos insumos, melhorando a relação de troca para os produtores de ovos.

FRANGO, BOVINOS E PERUS – Mesmo com queda nas exportações brasileiras de frango no acumulado de 2025, o Paraná segue líder nacional, respondendo por 40,9% do volume exportado pelo país. O Paraná (1º produtor e 1º exportador) também responde por 39,2% da receita cambial (US$).

No mercado bovino, a retirada de uma tarifa adicional pelos Estados Unidos tende a melhorar a competitividade da carne brasileira, inclusive a paranaense.

Já a exportação de carne de peru apresenta crescimento em volume e forte valorização de preços, com desempenho expressivo do Paraná, terceiro maior exportador do País. Os principais estados exportadores foram: Santa Catarina em primeiro lugar, com US$ 80,321 milhões e 24.053 t; seguido pelo Rio Grande do Sul, com US$ 41,072 milhões e 15.545 t; e na terceira colocação o Paraná, com US$ 38,712 milhões e 12.269 t.

OLERÍCOLAS E GOIABA  No setor de olerícolas, o engenheiro Paulo Andrade, do Deral, chama a atenção para as vicissitudes climáticas, marcadas por um inverno longo e o excesso de dias nublados. “Isso afeta diretamente o metabolismo das plantas e acaba alterando alguns ciclos”, observa. Três culturas importantes – batata, cebola e tomate – não apresentaram grandes variações em relação à estimativa do mês anterior.

“Temos a batata apresentando certa estabilidade; a cebola teve uma queda no tamanho da área cultivada, que se reflete na expectativa de produção; e em relação ao tomate tivemos uma redução pequena”, afirma.

As frutas de caroço estão em plena colheita e devem colorir as gôndolas dos supermercados nas próximas semanas. Em linhas gerais, o Paraná é o terceiro maior produtor de goiaba do Brasil, com 54 mil toneladas colhidas e VBP de R$ 268,5 milhões. Nos últimos dez anos, o setor da goiaba teve um crescimento de 147,5% na área e 205, 5% nas colheitas, com 264% no VBP real.

 

 

 

 

 

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 Paraná registra queda de 26% nos homicídios e 16% nos roubos nos últimos 10 meses

A Secretaria da Segurança Pública do Paraná apresentou nesta quinta-feira (27) os resultados da reunião de análise criminal, realizada nas primeiras horas da manhã com dirigentes da Polícia Militar (PMPR) e da Polícia Civil (PCPR).

No encontro, foram discutidos de forma qualitativa os principais indicadores de homicídios e roubos, incluindo motivações, horários e dinâmicas identificadas em diferentes regiões do Estado, com o objetivo de orientar novas ações estratégicas de prevenção.

Os dados atualizados mostram que o Paraná segue em uma trajetória consistente de queda na violência. Nos dez primeiros meses deste ano, em comparação com o mesmo período de 2024, o Estado registrou redução de 16,5% nos roubos — passando de 11.377 para 9.508 ocorrências — e queda de 26% nos homicídios, com menos de mil casos (974) no período pela primeira vez na história. Os resultados reforçam um movimento: em 2024, o Paraná havia alcançado os menores índices criminais de toda a série.

“O que nós percebemos, com a avaliação das motivações, é que na maioria dos casos os crimes não são decorrentes de tráfico de drogas. Grande parte das ocorrências está ligada a brigas em bares, causadas por desinteligências, com ingestão de bebida alcoólica e uso de arma branca, o que norteia as medidas que nós vamos adotar nas regiões para evitar que esses crimes aconteçam”, explica o secretário da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira.

Neste ciclo, foram analisados 11 municípios que registraram aumento pontual nos casos de homicídio nos últimos anos. Ao todo, 104 ocorrências foram avaliadas individualmente e, em 51 delas, a motivação esteve ligada a rixas, brigas e desentendimentos — reforçando a tendência de que a maioria dos crimes está relacionada a conflitos interpessoais.

A mesma metodologia foi aplicada aos 18 municípios selecionados por registros de roubo, onde se constatou predominância de roubos de aparelhos celulares. Para cada local, foram mapeados dias, horários e formas de abordagem com maior incidência, permitindo definir ações específicas e alinhadas ao comportamento real das ocorrências.

“São remédios diferentes para as doenças diferentes. O crime de tráfico de drogas decorre de operação de inteligência, com a Polícia Civil e a Polícia Militar, deferimento de mandados de busca e de prisão, o que não é a realidade do Estado hoje. Esses casos que estamos verificando são decorrentes de crime de ímpeto, desinteligência ou de rixa, sendo evitados com o policiamento ostensivo, abordagens e com fiscalizações urbanas”, afirma o secretário.

A reunião ocorre periodicamente e possibilita que comandantes e delegados relatem as demandas de cada região — seja para a obtenção de medidas judiciais, como mandados de busca ou prisões cautelares, ou para a articulação com prefeituras para apoiar fiscalizações administrativas. A partir desses relatos, a SESP define como apoiar cada município, ajustando estratégias e reforçando o trabalho das equipes no Interior do Estado.

 

 

 

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 PCPR participa de operação nacional de combate à pirataria e distribuição ilegal de filmes

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) participou nesta quinta-feira (27) da 8ª Fase da Operação 404. A ação congregou esforços nacionais e internacionais para o combate aos crimes contra a propriedade intelectual na internet. No Paraná, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão nas cidades de Maringá, Londrina, Telêmaco Borba, Ponta Grossa e Pranchita.

A etapa visou desmantelar redes criminosas que lucram com a distribuição ilegal de conteúdos protegidos por direitos autorais, como filmes, séries, músicas e jogos. 

“A PCPR destacou equipes em cinco cidades do estado para cumprir mandados judiciais visando a repressão destes crimes de violação de propriedade intelectual. Esta é mais uma etapa do trabalho que a Polícia Civil do Paraná já vem desenvolvendo junto ao Ministério da Justiça e Segurança Pública”, destacou o delegado Thiago  Pereira Lima, que coordenou a operação no Paraná.

Nos endereços paranaenses, os policiais civis apreenderam diversos aparelhos eletrônicos, como videogames, computadores e celulares vinculados à atividade criminosa. Os objetos serão encaminhados à perícia.

A PCPR também representou à justiça pela derrubada de sites criminosos, sua remoção de buscadores da internet e suspensão de contas em redes sociais que eram utilizadas para a divulgação e propaganda dos produtos ilícitos.

PONTA GROSSA – Na cidade dos Campos Gerais, os policiais civis cumpriram um mandado de busca e apreensão na residência de dois suspeitos. No local, foram apreendidos computadores e celulares que serão periciados.

A investigação da PCPR, que contou com o apoio do Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça e Segurança Pública, identificou que os suspeitos mantinham um site de comércio eletrônico dedicado à venda ilegal de licenças de jogos digitais. 

O esquema consistia na comercialização não autorizada de "contas primárias" e "contas secundárias", nas quais o consumidor recebia logins e senhas para baixar os jogos no disco rígido do seu videogame, pagando valores muito inferiores aos praticados no mercado oficial.

As apurações apontaram que a atividade gerava lucros expressivos. Uma das contas bancárias vinculadas ao esquema possuía limites de movimentação incompatíveis com uma atividade lícita de pequeno porte, chegando a um limite mensal de saque na casa dos milhões de reais.

BRASIL – Em todo o País, foram cumpridas 44 ordens de busca e apreensão domiciliar e quatro de prisão preventiva. Além disso, foram bloqueadas e suspensas diversas plataformas, incluindo 535 sites e um aplicativo de streaming, e removidos milhares de conteúdos piratas armazenados em repositórios e redes sociais.

A ação integrada demonstra o compromisso contínuo do Brasil e de seus parceiros internacionais em proteger a economia criativa e o trabalho de artistas e produtores.

A operação foi coordenada pela Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi), por meio da Coordenação-Geral de Crimes Cibernéticos (CGCIBER- CIBERLAB), do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Além da PCPR, participaram as Polícias Civis de Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio Grande do Norte e São Paulo.

Internacionalmente, forças policiais e órgãos de proteção à propriedade intelectual da Argentina, Equador, Paraguai, Peru e Reino Unido  firmaram parceria com o Brasil. Além destes, México e EUA participam como observadores ativos com o objetivo de conhecer a metodologia de trabalho aplicada na repressão à pirataria digital.

 

 

 

 

 

 

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 Estado envia mais 245 cartões do Programa Reconstrução para Rio Bonito do Iguaçu

O Governo do Paraná começa nesta sexta-feira (28) a distribuição de mais 245 cartões do Programa Reconstrução, destinados à compra de materiais de construção pelas famílias atingidas pelo tornado do dia 7 de novembro em Rio Bonito do Iguaçu, no Sudoeste do Estado. A nova remessa se soma às 165 unidades entregues na semana passada, totalizando 410 cartões já carregados com os recursos, com investimento acumulado de R$ 10,5 milhões.

Os benefícios, que variam de R$ 20 mil a R$ 50 mil, são calculados de acordo com o grau de dano identificado em cada imóvel. O montante faz parte dos R$ 50 milhões destinados pelo Governo do Estado ao Fundo Estadual para Calamidades Públicas (Fecap), geridos pela Secretaria do Desenvolvimento Social e Família (Sedef). O objetivo é garantir que famílias em situação de vulnerabilidade temporária possam reconstruir suas casas.

Além do apoio para aquisição de materiais, o Estado também está facilitando o acesso à mão de obra especializada. Até esta quinta-feira, estão sendo liberados R$ 397 mil em Vouchers de Serviços para 64 famílias de Rio Bonito do Iguaçu. Os recursos devem ser usados para contratação de profissionais habilitados na reconstrução das moradias. Entre os beneficiados, 35 famílias recebem R$ 4 mil, 11 receberam R$ 7 mil e 18 receberam R$ 10 mil. Os valores foram depositados diretamente nas poupanças sociais dos moradores, permitindo que os reparos sejam iniciados.

Os recursos são direcionados a famílias que tiveram a perda súbita da moradia causada por um evento inesperado, como o ocorrido em Rio Bonito do Iguaçu. As regras também determinam que o benefício é concedido por CPF, para um único registro de imóvel.

“O Governo do Paraná está atuando com rapidez e responsabilidade para garantir que cada família tenha condições reais de reconstruir sua casa e retomar a vida com dignidade. Estes recursos representam mais do que um auxílio financeiro: são um compromisso concreto com a proteção social e com a recuperação segura das comunidades. Seguiremos trabalhando para que todas as famílias que precisam desse apoio sejam atendidas”, afirmou o secretário do Desenvolvimento Social e Família, Rogério Carboni.

APOIO – Criado pelo Governo do Paraná, o Programa Reconstrução oferece apoio financeiro para que as famílias afetadas pelo tornado possam recuperar condições adequadas de moradia. O benefício, que pode chegar a R$ 50 mil, é destinado exclusivamente a residências que sofreram destruição total ou danos estruturais e pode ser utilizado tanto para a compra de materiais de construção quanto para a contratação de mão de obra especializada.

O programa funciona em duas modalidades: o Cartão Reconstrução, entregue fisicamente às famílias e válido para compras em estabelecimentos que aceitam a bandeira Elo, e o Voucher de Serviços, depositado em uma poupança social do Banco do Brasil e destinado exclusivamente ao pagamento de serviços de construção ou reparo. A regulamentação determina que 80% do valor recebido deve ser aplicado em materiais e 20% na contratação de serviços, sendo obrigatório manter comprovantes e recibos por cinco anos.

A definição dos valores concedidos é feita a partir de laudos técnicos elaborados por engenheiros e arquitetos voluntários do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), homologados pela Defesa Civil Estadual. Esses documentos classificam o nível de dano de cada imóvel, permitindo determinar se a residência sofreu destruição total, parcial grave ou parcial leve.

Nos casos de destruição total, quando a casa foi completamente perdida ou apresenta danos irreversíveis, o benefício chega a R$ 50 mil, divididos em R$ 40 mil no cartão e R$ 10 mil no voucher. Para destruição parcial grave, que compromete a estrutura ou a habitabilidade e exige reparos de maior porte, o valor é de R$ 35 mil, sendo R$ 28 mil destinados à compra de materiais e R$ 7 mil à mão de obra. Já os danos classificados como destruição parcial leve, que atingem telhado, portas, janelas, acabamentos ou instalações sem afetar a estrutura, garantem o repasse de R$ 20 mil, dos quais R$ 16 mil são para materiais e R$ 4 mil para serviços. Imóveis considerados habitáveis após avaliação técnica não têm direito ao benefício.

Veja o passo a passo para acessar o cartão e quem tem direito AQUI.

 

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

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