Governo abre consulta popular para definir prioridades no orçamento de 2026

A população paranaense já pode ajudar a elaborar o orçamento do Estado para 2026. A Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) dá início à pesquisa popular para que os cidadãos ajudem a escolher as áreas e programas prioritários que vão fazer parte do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) do ano que vem. A secretaria disponibilizou um formulário online para que as pessoas façam as suas sugestões.

Essa é a primeira vez que a consulta pública é feita desta forma pela internet. A página ficará disponível até o dia 7 de abril e qualquer pessoa poderá preencher e participar.

De acordo com o secretário da Fazenda, Norberto Ortigara, a criação desse documento colaborativo online é uma forma de ampliar a democratização do orçamento de 2026, permitindo que qualquer cidadão opine sobre o tema. “É uma solução simples que dá voz ao cidadão de todas as regiões do Paraná. Assim, independente de onde ele mora, será possível fazer sugestões e indicar o caminho que o Estado deve tomar no orçamento do próximo ano”, afirma.

Como o próprio nome indica, o PLDO delimita as metas e prioridades do Poder Executivo para o próximo ano fiscal e serve como guia para a elaboração do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA). Por isso mesmo, a participação popular é fundamental, pois é o momento para que o cidadão aponte aquilo que considera prioritário. 

Para isso, o formulário se debruça sobre cinco eixos estratégicos: Eficiência Administrativa; Infraestrutura e Mobilidade; Desenvolvimento Econômico Sustentável; Inclusão Social, Direitos Humanos e Cidadania; e Direitos Básicos e Bem-estar. Em cada um deles, os participantes poderão escolher as opções que acham mais relevantes para o desenvolvimento do Estado, além de poder fazer outras sugestões relacionadas. 

PRÓXIMOS PASSOS – A consulta online é uma forma de ampliar a participação popular na construção da PLDO, mas não substitui as demais etapas que tradicionalmente ocorrem na elaboração do projeto de lei. Tanto que, no próximo dia 10 de abril, a Secretaria da Fazenda realiza uma audiência pública para retomar a discussão sobre a composição do orçamento de 2026.

A audiência será realizada de forma online pelo YouTube (o link será disponibilizado em breve) da Sefa, uma oportunidade para que a população que não participou dessa primeira etapa da consulta seja ouvida antes do encaminhamento do documento para a Assembleia Legislativa no dia 15 de abril. Também é o momento para aprofundar os debates e tirar dúvidas. “A participação popular torna a LDO mais transparente e queremos estimular mais e mais o paranaense a fazer parte das discussões que vão construir o amanhã do nosso Estado”, acrescenta Ortigara.

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Neblina que baixa, sol que racha? Simepar explica como se formam os nevoeiros

Já no primeiro dia de outono um dos fenômenos mais característicos do período deu as caras: o nevoeiro, conhecido como neblina. Nessa época do ano, é comum que os dias amanheçam com pouca visibilidade. Há um ditado popular que diz “neblina que baixa, sol que racha”. Mas será que toda vez que tem neblina vai ter sol?

De acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental (Simepar), o nevoeiro é um fenômeno meteorológico caracterizado pela presença de minúsculas gotículas de água suspensas no ar, reduzindo a visibilidade a menos de um quilômetro.

“Ele ocorre devido à condensação do vapor d'água próximo à superfície terrestre, geralmente quando a temperatura do ar diminui e atinge a temperatura do ponto de orvalho – temperatura na qual o ar precisa ser resfriado, a pressão constante, para que o vapor d'água nele presente comece a se condensar, formando as gotículas”, explica Reinaldo Kneib, meteorologista do Simepar.

Se a visibilidade for maior do que um quilômetro, mas a nitidez da visão ainda estiver prejudicada por partículas de umidade, ao invés de nevoeiro, o fenômeno é chamado de névoa. Ambos são mais frequentes no outono pois o período tem características muito marcantes. “As massas de ar seco são mais estáveis. As noites são mais longas, permitindo maior resfriamento do ar, e com isso a umidade relativa do ar fica mais elevada e esse ar úmido pode atingir o ponto de orvalho”, ressalta Kneib.

Mas neblina que baixa, sol que racha? Nem sempre a neblina anuncia a chegada de um dia de sol. “Na maioria das vezes o nevoeiro se dissipa e o sol predomina. Porém, nas regiões serranas o nevoeiro, ao invés de dissipar, pode evoluir, subir e deixar o céu encoberto, mas sem a restrição de visibilidade na superfície”, explica Kneib.

TIPOS – Existem cinco tipos de nevoeiro. O primeiro é o nevoeiro de radiação, que ocorre em noites claras e sem vento, quando o solo perde calor por irradiação, como já exemplificado. É comum em áreas rurais e vales, como a Região Metropolitana de Curitiba.

O segundo é o nevoeiro de advecção, que se forma quando o ar quente e úmido passa sobre uma superfície mais fria. É comum em regiões costeiras e sobre oceanos e também é observado na região Leste do Paraná. O terceiro é o nevoeiro de evaporação (ou mistura), que ocorre quando o vapor d’água é adicionado ao ar frio, como em lagos e rios no inverno, ou sobre águas quentes em contato com o ar frio. Também pode ocorrer sobre mares e oceanos após tempestades.

O quarto é o nevoeiro de encosta (ou orográfico), quando o ar úmido é forçado a subir uma montanha ou colina. É mais comum, portanto, em regiões montanhosas. Já o quinto tipo é o frontal, que ocorre quando uma frente quente encontra uma massa de ar frio, causando condensação devido à mistura de temperaturas. Este pode se estender por áreas maiores do que os outros.

IMPACTOS – Cada tipo de nevoeiro tem suas particularidades e pode impactar diferentes setores. No Aeroporto Afonso Pena, por exemplo, vários investimentos foram feitos para que os aviões operem por aparelhos e o aeroporto não precise fechar nos frequentes dias de nevoeiro. A aeronave é conduzida por GPS até que o piloto esteja a 300 metros da pista. Caso o piloto tenha visibilidade a partir deste momento, consegue pousar.

Dirigir nas rodovias sob neblina também exige atenção redobrada e cautela pois, com visibilidade comprometida, aumentam os riscos de acidentes. O Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) recomenda algumas medidas essenciais para garantir a segurança dos motoristas nessas condições.

Em primeiro lugar, é fundamental reduzir a velocidade e manter uma distância segura do veículo à frente. O uso do farol baixo é obrigatório, já que o farol alto pode prejudicar ainda mais a visão devido ao reflexo nas partículas da névoa. Evitar o uso de luzes de neblina (a menos que seja extremamente necessário) é outra orientação importante, pois elas podem ofuscar os outros motoristas.

Também é recomendado que o condutor use o ar-condicionado ou mantenha as janelas ligeiramente abertas, para evitar o embaçamento dos vidros, e tenha cuidado com as sinalizações, já que poderá ser mais difícil de visualizá-las. Se a neblina estiver muito intensa, o BPRv sugere estacionar o veículo em um local seguro até que a visibilidade melhore. A segurança depende do comportamento responsável e da adaptação do motorista às condições da via.

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

 Com crescimento de 63% em seis anos, PIB do Paraná chega a R$ 718 bilhões

Com um crescimento nominal de 63% em seis anos, o Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná saltou de R$ 440 bilhões em 2018 para R$ 718,9 bilhões em 2024.

O salto foi de R$ 278 bilhões no período, o que é superior ao PIB total de Pernambuco ou Mato Grosso, por exemplo. Os números foram divulgados nesta segunda-feira (24) pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).

O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos no Estado, e o aumento nominal leva em conta os valores monetários correntes, ou seja, considerando os efeitos da inflação no período.

Somente na comparação com 2023, quando o PIB paranaense foi de R$ 671,3 bilhões, o crescimento nominal foi de R$ 47,6 bilhões. Este resultado foi alcançado mesmo diante de um cenário com condições climáticas desfavoráveis, com poucas chuvas, o que afetou a produção agrícola e energética no período.

De acordo com o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado, o crescimento tem sido consistente ao longo dos anos, o que revela a solidez da economia paranaense. “Tanto é que em 2025, quando esperamos um contexto climático mais estável, a economia estadual deverá apresentar uma performance ainda mais destacada, com bons níveis de produção em todos os setores da economia”, afirmou.

SETORES – O setor de serviços foi o que representou a maior fatia do PIB paranaense em 2024, com um valor acumulado ao longo do ano de R$ 394,4 bilhões. Na sequência, a indústria registrou um valor acumulado de R$ 164,9 bilhões.

Segundo o Ipardes, os resultados dos dois setores ao longo do ano podem ser atribuídos principalmente à elevação do poder aquisitivo dos paranaenses, com a baixa taxa de desemprego e o aumento real dos salários, e à ampliação da capacidade manufatureira, em função dos investimentos industriais realizados nos últimos anos no Estado.

Completam ainda o resultado do PIB anual do Paraná o valor acumulado pela agropecuária, de R$ 64,7 bilhões, e o valor dos impostos pagos no período, que representaram R$ 94,9 bilhões.

Considerando apenas o 4º trimestre de 2024, o valor acrescentado ao PIB paranaense foi de R$ 176,5 bilhões, sendo que R$ 100,6 bilhões foram provenientes dos serviços, R$ 42,7 bilhões são relacionados à atividade industrial e R$ 6,7 bilhões relativos à agropecuária.

 

 

 

 

 

Por - AEN

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