Após a passagem de três tornados no início de novembro pelo Paraná, ocasionando mortes e prejuízos em 11 municípios, fenômenos de grande impacto como este despertaram a curiosidade da população. Como diferenciar um tornado, de um ciclone, de um furacão? A explicação vem da equipe de meteorologia do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar).
A principal diferença entre os ciclones e os tornados está no tamanho e no tempo de duração. “Os ciclones são sistemas atmosféricos de baixa pressão, caracterizados por ventos que giram em espiral em torno de um centro. Essa rotação ocorre no sentido horário no Hemisfério Sul, devido à ação da força de Coriolis, que é o efeito da rotação da Terra sobre a movimentação do ar”, conta Júlia Munhoz, meteorologista do Simepar.
Em um ciclone, o ar tende a subir no centro, favorecendo a formação de nuvens e chuva. São fenômenos de grande escala, capazes de alcançar centenas ou até milhares de quilômetros (o tamanho de um estado, por exemplo). Eles podem se formar por diferentes processos: alguns dependem do encontro entre massas de ar quente e frio, enquanto outros surgem em ambientes muito quentes e úmidos, alimentados pela energia liberada durante a formação de nuvens.
“Os ciclones são muito frequentes na América do Sul. Como exemplo, toda frente fria que avança é associada a um ciclone. Eles podem perdurar por vários dias”, ressalta Júlia. Há vários tipos de ciclones, e a classificação depende do comportamento da temperatura com a altitude, e do local de formação.
EXTRATROPICAIS - Os ciclones extratropicais aparecem principalmente em latitudes médias, onde é comum o encontro entre ar quente e ar frio. “Esse contraste cria frentes frias e quentes, que organizam o ciclone e conferem uma estrutura mais alongada e irregular. Esse tipo de ciclone costuma formar sistemas frontais que provocam mudanças no tempo, com chuva e ventos fortes e posterior queda de temperatura”, explica Júlia. Os ciclones extratropicais se formam com maior frequência sobre o oceano, na altura do litoral uruguaio e gaúcho.
SUBTROPICAIS - Já os ciclones subtropicais têm características intermediárias: formam-se sobre o oceano, em áreas de temperatura moderada. “Parte do sistema é mais quente e úmida próxima ao centro, enquanto outra parte recebe influência de ar mais frio em níveis mais altos. O resultado é um ciclone parcialmente simétrico, mas não tão organizado quanto um ciclone tropical”, conta Júlia. Os ciclones subtropicais são pouco frequentes no Sul do Brasil.
TROPICAIS - Também existem os ciclones tropicais. Eles se desenvolvem sobre águas quentes, que fornecem calor e umidade para alimentar tempestades profundas. “Esses sistemas são mais simétricos, com um centro bem definido e um núcleo quente em altitude. Quando alcançam ventos muito fortes, recebem diferentes nomes conforme a região do planeta: furacão no Atlântico Norte e Pacífico Nordeste, tufão no Pacífico Noroeste e ciclone tropical severo em partes do Índico e Pacífico Sul”, informa a meteorologista.
Apesar das variações de nomenclatura, furacões, tufões e ciclones tropicais intensos são essencialmente o mesmo fenômeno, nomeados de acordo com a bacia oceânica onde ocorrem. Devido à condição de temperaturas não costumam se formar sobre o Atlântico Sul, que tem águas mais frias.
Até hoje, o único furacão nesta região foi o Catarina, em março de 2004, que impactou diretamente o litoral norte do Rio Grande do Sul, o litoral sul de Santa Catarina, e causou ventos de mais de 180km/h em superfície no litoral paranaense, de forma constante, por algumas horas.
TORNADOS - Já os tornados, são fenômenos muito menores e extremamente concentrados. Eles geralmente se originam de tempestades severas, especialmente supercélulas, que possuem uma região de rotação interna, denominada de mesociclone.
“O tornado se forma quando essa rotação se intensifica e se estende até o solo. Embora seus ventos possam superar os de um furacão, os tornados têm dimensões muito reduzidas — normalmente centenas de metros a poucos quilômetros — e duram poucos minutos. Seus impactos são altamente localizados, enquanto os ciclones podem afetar regiões inteiras durante vários dias”, ressalta Júlia.
Na imagem a esquerda, o quadrado branco destacando uma supercélula vista através do satélite GOES-19. Esta supercélula está embebida no ramo de uma frente fria que está associada a um ciclone extratropical. Já na imagem a direita é a visão ampliada da supercélula, vista pela refletividade do radar meteorológico do Simepar. Nesta ocasião, o tornado é apenas uma área pequena da supercélula. Imagem de satélite, fonte: CPTEC / INPE. Imagem de radar, fonte: Simepar.
Os tornados são mais propensos a se formar na região Centro-Sul da América do Sul, especialmente no oeste dos estados do Sul do Brasil, o que representa cerca de 70% das ocorrências de tornados no país. “Essa maior propensão está relacionada, em grande parte, ao papel da Cordilheira dos Andes, que atua como uma barreira topográfica canalizando o escoamento de noroeste em níveis médios da atmosfera (por volta de 1.500 metros). Esse escoamento canalizado transporta grande quantidade de umidade da Amazônia e o para o Centro-Sul do continente, favorecendo um acúmulo de umidade sobre a Região Sul do Brasil”, explica Samuel Braun, meteorologista do Simepar.
Além disso, essa região tem a frequente influência da passagem de sistemas frontais, especialmente frentes frias, que introduzem massas de ar com características muito distintas. O encontro entre ar quente e úmido e ar frio aumenta a instabilidade atmosférica e intensifica o contraste térmico.
“Esse contraste contribui para a aceleração dos ventos com a altura, gerando cisalhamento vertical do vento. Esse mecanismo cria rotação horizontal no escoamento do ar. Quando essa rotação é incorporada a uma corrente ascendente intensa — típica de tempestades severas — o tubo de ar em rotação é inclinado e verticalizado, podendo originar a estrutura rotativa característica de tornados associados a supercélulas”, afirma Samuel.
Por - AEN
Os roubos no Paraná caíram 19% de janeiro a novembro de 2025 em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública do Paraná (Sesp).
Foram 16.798 roubos registrados nos primeiros 11 meses de 2024 contra 13.624 no mesmo período de 2025. O levantamento demonstra também que os furtos recuaram 4,5% nos mesmos 11 meses, mantendo a tendência de queda durante todo o ano – de 136.708 para 130.854 ocorrências.
Os roubos de veículos reduziram 25%, passando de 1.960 de janeiro a novembro de 2024 para 1.471 no mesmo período de 2025. Os furtos de veículos também caíram no Paraná: foram 10.442 em 2024 frente a 8.208 em 2025, o que equivale, considerados os primeiros 11 meses dos dois anos, a uma diminuição de 21,5%. Os índices fazem parte de levantamento do Centro de Análise, Planejamento e Estatística (Cape) da Sesp.
De acordo com o secretário da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira, os índices são resultado do trabalho integrado das forças policiais paranaenses. “O Paraná trabalha com inteligência, integração e investimento para identificar situações relacionadas ao crime organizado e compreender as causas das ocorrências em cada região. Os investimentos em contratação de efetivo, novos equipamentos, tecnologia e o esforço diário dos nossos policiais têm resultado na redução dos principais indicadores de crimes no Paraná”, afirma.
A diferença percentual é maior se comparados os índices com anos anteriores. De 2023 para 2025, considerados os primeiros 11 meses de cada ano, a queda nos roubos no Paraná foi de 38,5% (de 22.096 para 13.624 ocorrências). Os furtos acompanharam a redução: de 152.558 para 130.854 ocorrências, uma diferença de 14,25%.
Quanto aos roubos de veículos, o decréscimo foi de 48,5% (de 2.853 para 1.471). O mesmo se deu com os furtos de veículos, que recuaram 29,5%: de 11.635 ocorrências de janeiro a novembro de 2023 para 8.208 no mesmo período de 2025.
Quando confrontados os números do mesmo espaço de tempo de 2018 com 2025, as quedas são ainda mais acentuadas: foram 55.972 e 13.624 ocorrências de roubo, respectivamente, uma redução superior a 75%. Em relação aos furtos, a diferença entre 2018 e 2025 é de cerca de 17% (de 157.207 para 130.854), considerados os 11 meses.
Os roubos de veículos caíram 80% (de 7.328 para 1.471); e os furtos de veículos tiveram redução de 49,5% no comparativo dos dois períodos: de 16.164 para 8.208 ocorrências.
Por - AEN
As temperaturas passaram de 30ºC em todas as regiões do Paraná neste domingo, 21 de dezembro, início oficial do verão. O tempo seguirá muito quente durante toda a semana, mesmo com registro de chuva até quarta-feira (24) no Oeste, Sudoeste e Centro-Sul. Na quinta-feira de Natal, 25 de dezembro, uma frente fria trará chuva para as outras regiões do Estado.
Neste domingo, apenas 18 estações meteorológicas tiveram temperaturas abaixo dos 30°C. Mesmo nas cidades onde as máximas foram mais baixas, o dia foi quente: Ventania (INMET) registrou 27,8°C; Santa Maria do Oeste teve 25,6°C; Palmas teve 26,4°C; Guarapuava registrou 27,5°C; a nova estação do Simepar em General Carneiro registrou 23,8°C; e Clevelândia (INMET) teve 25,4°C.
Uma frente fria que atua na altura do Rio Grande do Sul impactou o tempo no Paraná, trazendo chuva para a faixa Oeste. No domingo, os maiores acumulados de chuva foram em Foz do Iguaçu (42 mm), Santa Helena (31 mm), Marechal Cândido Rondon (INMET) (19,4 mm), São Miguel do Iguaçu (18,4 mm), e Planalto (INMET) (16,2 mm).
O mesmo sistema ainda pode trazer chuva todos os dias até quarta-feira (24) nas mesmas regiões. “No Oeste, Sudoeste e Centro Sul há condição para pancadas de chuva principalmente a partir do período da tarde. Não se descarta a ocorrência de tempestades em alguns momentos do dia”, afirma Samuel Braun, meteorologista do Simepar.
Apesar da chuva, as temperaturas não vão diminuir, e seguem ultrapassando os 30°C em todo o Estado, pontualmente atingindo até 36°C no Noroeste. “Estamos com um bloqueio atmosférico, que é quando os ventos em diferentes níveis da atmosfera impedem o avanço de sistemas frontais, instáveis, em direção a uma determinada região. Esse bloqueio atua atualmente no Sudeste do Brasil, mas atinge também parte do Paraná, principalmente os setores mais ao norte e mais a leste, ou seja, Região Metropolitana de Curitiba, Litoral, Norte e Noroeste”, detalha Samuel.
NATAL - A partir de quinta-feira, dia de Natal, o bloqueio atmosférico perde intensidade e uma frente fria deve avançar pelo oceano, na altura do Paraná. Isso possibilitará o aumento da umidade em todas as regiões paranaenses. “Teremos na quinta-feira um ambiente mais instável, sujeito a tempestades em praticamente todas as regiões. O tempo segue abafado, mas no Oeste e Sudoeste não esquenta tanto”, explica Samuel.
Na sexta-feira (26) ainda há previsão de chuva, porém em condições típicas de verão: tempo abafado e chuva de curta duração principalmente durante o período da tarde, em todas as regiões do Paraná.
Por - AEN
O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), autarquia da Secretaria de Infraestrutura e Logística (SEIL), publicou mais de 80 editais ao longo de 2025, que somam mais de R$ 7 bilhões em investimentos nas rodovias estaduais paranaenses, incluindo obras e conservação, que serão executadas ao longo dos próximos anos.
O maior valor individual para uma licitação é a contratação de manutenção e conservação periódica do pavimento de cerca de 10 mil quilômetros de rodovias, dividida em 40 lotes, com orçamento estimado em R$ 5,24 bilhões e prazo de execução de três anos. Esse edital ainda está em andamento, restando definir os vencedores para alguns dos últimos lotes.
Entre as obras licitadas pelo DER/PR esse ano, já com orçamento publicado, a maior delas foi a restauração e ampliação em concreto da PRC-466 entre Lidianópolis e Manoel Ribas, em um total de R$ 560 milhões. Em seguida está a duplicação em concreto da Rodovia dos Minérios, entre o centro de Almirante Tamandaré e o Jardim Areias, por R$ 350 milhões; a duplicação da PR-412 entre Guaratuba e Santa Catarina por R$ 272 mi; o remanescente da pavimentação da PR-160 entre Imbaú e Reserva por R$ 199 mi; a pavimentação da PR-574 e PR-575, nos municípios de Cafelândia, Nova Aurora e Tupãssi, por R$ 107 mi; e a pavimentação da PR-462 entre Iretama e Barbosa Ferraz, por R$ 90 mi.
Essas obras, na maioria das vezes, são contratadas por valores menores que o orçamento estimado, devido a disputa entre as empresas interessadas. As sessões de disputa acontecem no portal de compras do governo federal, o compras.gov.br, com as participantes realizando propostas de preços cada vez menores, até uma ser declarada a melhor classificada.
Entre os editais de obras com valor menor, se destacam a pavimentação de trecho da PR-436 em Ibaiti, por R$ 37 milhões; a implantação do trevo de acesso ao Hospital Regional de Cornélio Procópio na PR-160, por R$ 14 mi; e a obra de recuperação e alargamento da ponte sobre o Rio Jordão na PR-170, em Guarapuava, também por R$ 14 mi.
PROGRAMAS – Além do edital bilionário de conservação do pavimento de rodovias estaduais, que vai compor o Programa de Manutenção e Conservação de Rodovias (ProMAC) do DER/PR, foram lançadas as licitações de outros dois programas este ano, ambos inéditos.
O programa Rota Segura: Terceiras Faixas vai estudar a ampliação da capacidade de tráfego em 1,4 mil quilômetros de rodovias, e o programa Conexões Seguras vai estudar melhorias em 201 entroncamentos de rodovias. O orçamento total estimado para as duas iniciativas foi de R$ 28 milhões, que resultarão em dezenas de anteprojetos e futuramente na execução de obras.
PROJETOS – Também foram lançados editais para contratar individualmente a elaboração de projetos e anteprojetos. Eles incluem a restauração e ampliação da PR-218 entre Paranavaí e Amaporã; a duplicação do Contorno Norte de Rolândia; e a restauração e ampliação de trecho da PR-542 em Lobato.
Também está em andamento a licitação para elaborar o Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) da pavimentação da PR-405 entre Guaraqueçaba e Antonina, incluindo elaboração de anteprojeto de engenharia, além de realização de estudos e demais requerimentos para obter o licenciamento ambiental da obra.
SIGILOSO – O DER/PR conta atualmente com seis licitações de obras com orçamento ainda sigiloso, tendo sido publicados mais recentemente. Considerando o porte dessas iniciativas, o valor total dos editais publicados pelo DER/PR em 2025 deve ultrapassar a marca de R$ 8 bilhões em investimentos na malha rodoviária estadual.
Estas obras são a duplicação em concreto da Rodovia da Uva (PR-417) entre Curitiba e Colombo; restauração e ampliação em concreto da PRC-272 entre Mauá da Serra e Lidianópolis; pavimentação da PR-510 e PR-512 entre Balsa Nova e a Lapa; restauração e ampliação em concreto das PR-239 e PR-317 entre Assis Chateaubriand e Toledo; restauração da PR-092 entre Santo Antônio da Platina e Andirá; e a implantação de uma nova trincheira na BR-369 em Cambé, entroncamento com a Rua da Esperança.
O objetivo de manter o orçamento sigiloso é estimular as participantes a estudar cuidadosamente o edital e seus anexos para elaborar uma proposta de preços.
OUTRAS – Demais licitações do DER/PR incluem a aquisição de insumos como Concreto Asfáltico Usinado a Quente (CAUQ), materiais e equipamentos para as sedes regionais, escolas práticas educativas de trânsito e para o Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual (BPRV), serviços de consultoria e supervisão, reformas de edifícios, conservação de trechos não-pavimentados, e melhorias pontuais como recuperação de sistemas de drenagem danificados, e também aquisição de licença de softwares para apoiar o trabalho dos técnicos do departamento, entre outros.
Por - AEN
A leptospirose é uma zoonose bacteriana grave muitas vezes negligenciada, que representa um risco significativo para a saúde pública, especialmente em áreas urbanas suscetíveis a inundações. Com a chegada do período chuvoso, que no Paraná vai de novembro a março, vale o alerta em relação a possibilidade de contaminação.
Causada pela bactéria Leptospira, essa doença tem uma ligação direta com o transmissor mais comum: o rato. De janeiro a novembro de 2025, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) registrou 18 mortes por leptospirose. Ao todo, foram 1.557 notificações da doença, sendo que 247 foram confirmados; 103 estão sendo investigados; 42 tiveram resultados inconclusivos e 1.165 foram descartados.
“É uma doença que pode matar. Os primeiros sintomas começam de forma repentina e são semelhantes a uma gripe. É necessário ter cuidado e seguir as recomendações, principalmente em caso de inundações, que é quando ocorre o maior risco”, explicou o secretário estadual da Saúde, Beto Preto. “No verão, período de chuvas frequentes, é importante se manter alerta”, observou.
A Região Metropolitana de Curitiba concentra a maioria das notificações. Na área de atuação da 2ª Regional de Saúde, foram 869 registros, com 127 confirmações e 12 óbitos (Curitiba 7; Colombo 3; São José dos Pinhais 2). Na 1ª Regional de Saúde de Paranaguá, foram 73 notificações, 9 confirmações e 2 mortes (Paranaguá 1 e Guaraqueçaba 1).
A 3ª Regional de Saúde, de Ponta Grossa, teve 79 notificações, com 19 casos confirmados e 1 morte em Castro. Na área de atuação da 15ª Regional de Saúde de Maringá, foram 31 notificações, 5 confirmações e 1 óbito em Sarandi. E, na 21ª Regional de Saúde, de Telêmaco Borba, foram 9 notificações, 4 confirmações e 2 óbitos, ambos em Reserva.
CONTAMINAÇÃO E SINTOMAS - A principal via de contaminação ocorre por meio da pele lesionada, mesmo que sejam pequenos cortes ou arranhões, e mucosa (olhos, nariz e boca), quando as pessoas entram em contato com água ou lama contaminadas pela urina de animais infectados.
Em cenários de enchentes e alagamentos, o perigo é amplificado. As inundações arrastam o lixo e a sujeira que acabam se misturando com a urina de roedores que vivem em esgotos e bueiros. Para quem precisa caminhar ou intervir nessas águas, o risco de infecção é altíssimo, uma vez que a bactéria consegue sobreviver por longos períodos em ambientes úmidos e alagados.
Os sintomas da leptospirose geralmente aparecem de 7 a 14 dias após a exposição. O grande perigo é que, na fase inicial, a doença pode ser confundida com uma gripe comum, dificultando o diagnóstico precoce.
Na fase inicial, os sintomas são febre alta de início súbito, dor de cabeça intensa, dores musculares, sobretudo na panturrilha (batata da perna), falta de apetite e náuseas.
Se não tratada, a doença pode evoluir para formas mais graves, afetando órgãos vitais; icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos); insuficiência renal, levando a necessidade de diálise; e hemorragias, com sangramentos pulmonares ou em outras partes do corpo.
PREVENÇÃO E TRATAMENTO - Evitar áreas alagadas em caso de enchentes é a principal forma de prevenção. Se o contato for inevitável, como em trabalhos de resgate ou limpeza pós-inundação, é fundamental o uso de proteção, com botas e luvas de borracha. Após o contato com água de enchente, é importante lavar bem as mãos e o corpo com água limpa e sabão.
Para limpar áreas contaminadas por inundações, a indicação é usar uma solução de água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%) na proporção de 1 litro para cada 4 litros de água.
Controlar a proliferação de roedores também é importante. É necessário manter o lixo em recipientes fechados, devidamente embalados e descartados em local correto; armazenar alimentos em recipientes fechados e, em locais de alto risco, realizar periodicamente a desratização com empresa especializada.
Caso ocorra a exposição a águas de enchente ou áreas de risco e existir a presença de sintomas iniciais (febre, dor no corpo e, principalmente, dor na panturrilha), é fundamental procurar atendimento médico imediatamente. O tratamento é baseado no uso de antibióticos. A hidratação e o suporte renal são essenciais para os casos mais graves.
A leptospirose é curável, mas a demora no diagnóstico pode ser fatal. Com isso, a conscientização sobre o perigo, especialmente após as chuvas, é vital para salvar vidas.
POr - AEN
Três pessoas morreram e duas ficaram feridas em dois acidentes que ocorreram em menos de dez minutos de intervalo na BR-476, em Contenda, na Região Metropolitana de Curitiba, na madrugada de sábado (20). As colisões foram registradas por câmeras de segurança.
As imagens mostram um caminhão perdendo o controle e colidindo frontalmente com outro que seguia em sentido contrário. Durante o impacto, um carro que passava pelo local também foi atingido, capotou e saiu da pista. O acidente resultou na morte do motorista e da passageira do carro, além do motorista de um dos caminhões.
Cerca de dez minutos depois, um segundo acidente ocorreu no mesmo trecho. Um motorista, que não percebeu o bloqueio na pista, atingiu a traseira de um dos caminhões que permanecia atravessado após a primeira colisão. Pessoas que estavam no local tentaram alertá-lo, mas sem sucesso.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) investigará as causas dos acidentes. O trânsito no local ficou parcialmente interditado durante o atendimento e a remoção dos veículos.


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