Governo do Paraná arrecada mais de R$ 14 milhões com leilões de veículos em 2025

O Governo do Paraná encerrou 2025 com um balanço histórico em seus leilões de veículos e sucatas inservíveis. Ao todo, foram realizados cinco certames, por meio do Departamento de Gestão do Transporte Oficial, integrante da Secretaria da Administração e da Previdência (Deto/Seap), resultando na arrematação de 909 veículos, com arrecadação total de R$ 14.122.930,06.

Os leilões aconteceram ao longo do ano, com veículos que ficaram disponíveis para visitação e arremate nos municípios de Apucarana, Campo Largo, Cascavel, Curitiba, Ibiporã, Londrina, Maringá, Paiçandu, Piraquara, Ponta Grossa e São José dos Pinhais.

Luizão Goulart, secretário de Estado da Administração e da Previdência, destacou que, além de gerar receita importante para os cofres estaduais, a iniciativa reforça a agenda de ações de sustentabilidade do Governo:

"A arrecadação de mais de R$ 14 milhões comprova a eficiência que tratamos a gestão do patrimônio aqui no Paraná. Além dos investimentos que serão possíveis com esse dinheiro, ainda limpamos os pátios e evitamos que doenças como a dengue se espalhem”, afirmou.

Somente o último leilão de 2025, divulgado em outubro e finalizado em dezembro), confirmou a arrematação de 286 lotes, gerando uma arrecadação de R$ 3.945.429,23. Este resultado final contribuiu significativamente para o montante recorde alcançado no ano.

Os leilões, que ofertaram desde veículos com lance inicial baixo, como motocicletas a partir de R$ 632,85, até caminhonetes como a Mitsubishi Triton Sport, garantiram transparência e oportunidades de compra a preços acessíveis para os interessados. Os mais de R$ 14 milhões arrecadados ao longo deste ano voltam para os cofres do Estado e são revertidos para a Secretaria da Fazenda (Sefa), que pode investir em diversas ações, incluindo a renovação de frotas.

 

 

 

 

 

Por - AEn

 Caged de novembro reafirma o Paraná entre os três maiores saldos de empregos do Brasil

A última atualização do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgada em 2025, com os dados de novembro, reafirmam o bom momento do Paraná na geração de empregos. Pelo levantamento publicado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), nesta terça-feira (30), o Paraná ocupa a terceira posição entre os Estados com maior saldo de empregos em dois recortes, tanto no acumulado do ano quanto nos últimos 12 meses. O saldo de empregos é a diferença entre as contratações e os desligamentos em um determinado período.

Considerando apenas os números do ano vigente, entre janeiro e novembro, o Paraná chegou a um saldo de empregos de 131.674, fruto de 1.913.872 contratações e 1.782.198 demissões. Apenas São Paulo (541.115) e Minas Gerais (151.364) apresentaram desempenho superior no período.

Nesse extrato, o setor de serviços teve o maior saldo de vagas: 72.590. A indústria foi o segundo segmento mais expressivo, registrando 26.074 contratações a mais do que demissões. Comércio veio logo atrás, com 22.069. Já a área de construção conseguiu somar 8.886, ficando à frente da agropecuária, que teve 2.296. O estudo trouxe ainda 20 vagas consideradas não identificadas.

DOZE MESES — Tendo em vista os 12 meses anteriores, o saldo paranaense ficou em 91.889 vagas — um reflexo das 2.023.507 admissões entre dezembro de 2024 e novembro de 2025, ante os 1.931.618 desligamentos. Desta vez, no entanto, as duas unidades da Federação com melhor rendimento foram São Paulo (350.546) e Rio de Janeiro (109.821).

Em novembro, o Paraná registrou 145.321 contratações e 143.568 demissões, garantindo um saldo positivo de 1.753 vagas de trabalho. As atividades que mais se destacaram incluem a de comércio, com 3.490 postos de trabalho de saldo, e de serviços, com 1.547. A agropecuária também teve saldo positivo de 68. Os setores de construção e indústria, porém, fecharam o mês no negativo: -1.633 e -1.719, respectivamente.

Curitiba lidera os municípios paranaenses com maior saldo no acumulado do ano de 2025, com 31.048. Logo depois, aparecem Londrina, com 9.982, e São José dos Pinhais, que registrou saldo de 7.063. O top 5 do Estado tem ainda Toledo, que acumulou 5.601 vagas nesse período de tempo, e Maringá, com 5.595.

SALÁRIO — O Caged se debruçou também sobre o salário médio de admissão em novembro. O Paraná obteve a quinta colocação nesse item, com vencimentos de R$ 2.270,54, o que representou um aumento de 0,49% em relação a outubro  e de 2,56% na comparação com novembro de 2024. Os líderes neste quesito na atualização desta terça-feira foram Distrito Federal, São Paulo, Santa Catarina e Rio de Janeiro.

 

 

 

 

 

por - AEN

Fechamento do espaço aéreo e vila construída do zero: conheça bastidores de filme gravado no Paraná

Em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, a gravação do novo filme do diretor Aly Muritiba envolveu diretamente cerca de 150 pessoas. Considerando também os fornecedores, o número de envolvidos passa dos 300.

Esse número inclui desde o elenco e equipe técnica até profissionais que dão apoio à produção, como o motorista que transporta os atores de um lugar para o outro.

Ambientado na década de 1920, o filme "Nova Éden" acompanha a chegada de um novo padre, interpretado pelo ator guineense Welket Bungué, a uma comunidade formada por migrantes poloneses no Paraná. Ele não é bem recebido pela população e acaba descobrindo que mistérios pairam na região.

A trama é classificada pelo diretor como um "terror folclórico" – como "Midsommar" (2019, dirigido por Ari Aster) e "A Bruxa" (2015, de Robert Eggers). A estreia de "Nova Éden" está prevista para 2026.

O filme foi rodado em setembro e o g1 acompanhou um dia no set de filmagem. Só que o trabalho das equipes começou muito antes das gravações. 

Andando pelo set de Nova Éden, é possível encontrar alguns dos profissionais responsáveis por tirar a obra do papel. Entre eles, Giba Cuscianna, que é produtor de locação do projeto e foi o responsável por encontrar os lugares adequados para a gravação do filme, conforme o roteiro e os critérios apresentados pelo diretor.

No caso de Nova Éden, um dos principais desafios foi encontrar um local que retratasse, de maneira coerente, o período em que a história se passa.

Às margens da Represa do Iraí, Cuscianna conseguiu ver o local perfeito para a comunidade de migrantes retratada na obra. Para dar forma à história, as equipes construíram toda a vila do zero, com direito a casas, uma igreja, cemitério e estábulo.

"Nós estamos falando de um filme de 1920, fizemos a procura de locais de madeira e acabamos entendendo que não ia dar certo. Precisava de um local virgem, precisava de um local próximo e precisava de tempo", afirma Cuscianna.

Making-of das gravações do filme Nova Éden, do diretor Aly Muritiba — Foto: Leticia Futata/Divulgação/Olhar Filmes

Making-of das gravações do filme Nova Éden, do diretor Aly Muritiba — Foto: Leticia Futata/Divulgação/Olhar Filmes

O lugar escolhido tinha um problema: ficava embaixo de uma das principais rotas aéreas da região. Como a passagem de um helicóptero não seria coerente com um filme de época, a diretora de produção Juliana Caimi teve que assumir uma outra missão.

Coube a ela negociar com o Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA) o fechamento de 105 quilômetros quadrados do espaço aéreo durante os dias de gravação no local.

Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), o CINDACTA analisou os possíveis impactos na circulação aérea da região e na acessibilidade dos aeródromos e helipontos. Após não identificar problemas, o órgão disponibilizou o espaço para a produção do filme.

"A produção informou antecipadamente os dias e horários de gravações, e se adequou a eventuais suspensões da área para ingresso de helicópteros e voos de segurança pública que tinham como procedência ou destino o aeroporto de Bacacheri [em Curitiba] e os helipontos situados dentro da área", detalhou a FAB, por meio de nota.

Além de olhar para cima, a função de Caimi envolve olhar também para os lados. Sem o trabalho dela, o trabalho de outras pessoas envolvidas na filmagem não pode acontecer.

"Quando chega o dia, eu preciso estar com todo equipamento, com todo transporte, com equipe aqui, com alimentação, com segurança, bombeiro, tudo que exige para que a diária [de gravação] seja feita. A função de um diretor de produção envolve chegar, olhar, ver se tá tudo no horário, ver se todo mundo chegou, se os equipamentos estão aqui, para poder seguir cada um na sua função fazendo o que precisa", detalha.

 
Aly Muritiba, diretor de Nova Éden — Foto: Mariah Colombo/g1

Aly Muritiba, diretor de Nova Éden — Foto: Mariah Colombo/g1

O cenário do filme demonstra o cuidado com os menores detalhes. Dentro das construções, havia potes de conservas. Do lado de fora, batatas fermentadas, imitando o processo de produção das vodkas polonesas.

Na caracterização dos atores, a maquiagem que imitava a pele castigada pelo sol – típico dos migrantes que trabalhavam no campo.

Potes de conservas e outros produtos na ambientação da vila — Foto: Mariah Colombo/g1

Potes de conservas e outros produtos na ambientação da vila — Foto: Mariah Colombo/g1

  

Forças internacionais

Para a fidelidade da ambientação, o filme conta com uma parceria com profissionais poloneses e investimento do país europeu.

"Como a história fala de uma comunidade de migrantes poloneses, para a gente era muito natural que houvesse uma coprodução com esse país para trazer autenticidade para a história", conta Aly Muritiba.

A equipe do filme inclui profissionais vindos da Polônia nas funções de direção de fotografia, direção de arte e figurino.

"É um filme que fala sobre migrantes poloneses no começo do século XX, então a gente precisava trazer coisas da Polônia, tecidos da Polônia, sapatos da Polônia, objetos de arte da Polônia, mas não da Polônia contemporânea, e sim da Polônia antiga. Teríamos que, naturalmente, fazer uma pesquisa muito extensa lá. Ou construir, reproduzir tudo aqui no Brasil. E aí, em busca dessa fidedignidade é que a gente foi construir essa parceria", detalha Muritiba.

Equipe fez a construção de uma vila do zero para a ambientação do filme — Foto: Mariah Colombo/g1

Equipe fez a construção de uma vila do zero para a ambientação do filme — Foto: Mariah Colombo/g1

 

Um cenário naturalmente paranaense

Em 36 diárias de gravações, o filme foi rodado em Pinhais, São José dos Pinhais, Morretes e em Castro.

Conforme o diretor, ter o Paraná como cenário para a gravação era um desejo que existia desde o início da produção.

"Eu queria muito que a natureza fosse um dos personagens da história, então a gente ficou procurando terrenos que tivessem uma relação muito próxima com a água e de onde se pudesse ver a Serra do Mar, que é uma das coisas mais lindas que tem aqui na Região Metropolitana", afirma.

Gravações aconteceram na beira da Represa do Iraí, em Pinhais — Foto: Mariah Colombo/g1

Gravações aconteceram na beira da Represa do Iraí, em Pinhais — Foto: Mariah Colombo/g1

 

Circulação de dinheiro na economia

Segundo Muritiba, a produção movimentou ao menos R$ 15 milhões na economia local, que se refletem para além do mercado do audiovisual.

"É criação de emprego, criação de renda, circulação de dinheiro na economia. Não só na economia cultural. Com uma produção desse tamanho você aluga vans, tendas, barracas, serviço de alimentação, hospedagem, postos de gasolina. Você faz o dinheiro circular", defende.

Making-of das gravações do filme Nova Éden, do diretor Aly Muritiba — Foto: Leticia Futata/Divulgação/Olhar Filmes

Making-of das gravações do filme Nova Éden, do diretor Aly Muritiba — Foto: Leticia Futata/Divulgação/Olhar Filmes

 

 

 

 

 

 

 

Por - G1

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