Com a aproximação das festividades de final de ano e o aumento do fluxo de viagens para áreas de risco — de mata, como áreas ruais e cachoeiras —, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) reforça a importância de tomar a vacina contra a febre amarela, pois o imunizante leva cerca de 10 dias para garantir a proteção completa. A vacina está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS).
O Paraná apresenta bons resultados, de acordo com o último Informe Epidemiológico da doença: o Estado aplicou, na sazonalidade 2024/2025, mais de 365 mil doses de vacina contra a febre amarela. A doença é um agravo imunoprevenível, o que significa que a vacinação correta elimina o risco de desenvolver a doença.
O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, falou sobre a importância de programar a imunização antes de viajar. “A proteção contra a febre amarela deve ser uma prioridade no planejamento da viagem. Como o imunizante leva 10 dias para garantir a imunidade, nosso alerta é: não deixe para a última hora. Essa antecipação é o que garante a segurança para a viagem”.
VIGILÂNCIA E RESULTADO — O Estado não registra casos humanos locais de febre amarela desde 2019, com a última ocorrência registrada em maio daquele ano. Com o reforço efetivo das ações de vigilância e monitoramento, o último Informe Epidemiológico também atesta a eficácia da vigilância: de julho de 2024 a junho de 2025, foram registradas 101 notificações de epizootias (macacos doentes ou mortos) em 23 municípios do Paraná, sendo que nenhuma foi confirmada para febre amarela. Além disso, houve 39 casos humanos notificados, também nenhum confirmado.
HISTÓRICO DA VIGILÂNCIA — Nos últimos três ciclos de monitoramento, foram 143 casos humanos notificados, mas nenhum foi positivo para a doença. O único registro confirmado no Paraná desde 2019 foi um caso importado em 2022, no qual o paciente contraiu a febre amarela no estado de Tocantins e evoluiu para cura.
TECNOLOGIA — O uso de tecnologia de ponta e o monitoramento em tempo real apoiam diretamente neste acompanhamento da doença no Estado. O Sistema de Informação Georreferenciado (SISS-Geo) é crucial para a vigilância pela complexidade de transmissão da febre amarela e seu risco inerente.
A Sesa utiliza a tecnologia para fortalecer o controle, sendo pioneira na aplicação do georreferenciamento, que permite que a notificação de um macaco doente chegue à central de informação e aos municípios em tempo real. A ferramenta garante que a Secretaria e os municípios possam agir com precisão na delimitação de áreas de risco e fazer o mapeamento da região, verificar a proximidade de humanos e decidir se há tempo para coleta da amostra.
A utilização dessa tecnologia também mostra que o Estado tem mantido controle efetivo da doença. No total, os últimos três ciclos de monitoramento (2022/2023, 2023/2024 e 2024/2025) somaram 203 notificações de epizootias (macacos doentes ou mortos) sob vigilância.
“O resultado de mantermos o Paraná sem casos humanos de febre amarela por tantos anos é fruto de um trabalho de vigilância que não para”, disse o secretário Beto Preto. “Estamos constantemente capacitando nossas equipes e utilizando ferramentas de inteligência para prever as possíveis rotas de entrada e de circulação do vírus no Estado. A preparação do Estado é contínua e a única forma de garantir a proteção é com a vacinação em dia”, acrescentou.
DOENÇA E TRANSMISSÃO — A febre amarela é uma doença viral infecciosa e febril aguda transmitida pela picada de mosquitos infectados. No Brasil, existem dois ciclos de transmissão: o silvestre, onde macacos e mosquitos silvestres atuam, e o urbano, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti (o mesmo da dengue), mas esse não é registrado no Brasil desde 1942.
Os macacos (primatas não humanos) são os hospedeiros naturais e o homem é um hospedeiro acidental. O mosquito se contamina quando pica o macaco portador do vírus e transmite a doença ao homem ao picá-lo. Por isso, os macacos são cruciais como sentinelas naturais, pois adoecem e morrem antes dos humanos, alertando que o vírus está circulando na região. O Paraná não é considerado um Estado endêmico de febre amarela.
por - AEN
Com aumento de 5.540% nos registros do Cadastro Ambiental Rural (CAR) neste ano, alcançando o primeiro lugar no Brasil, o Paraná vai facilitar ainda mais a regularização ambiental no campo. O governador Carlos Massa Ratinho Junior lançou nesta sexta-feira (5), durante o Encontro Estadual de Líderes Rurais 2025, o Programa de Certificação e Regularização dos Cadastros Ambientais Rurais do Estado do Paraná (CertiCAR), que tornará a regularização mais rápida, integrada e tecnicamente qualificada.
Entre abril e dezembro deste ano, o número de CARs validados no Estado saltou de 3,9 mil para 220 mil. No total, são mais de 6 milhões de hectares regularizados, o que faz do Paraná líder do ranking de análise entre todos os estados do País. Os números foram apresentados no evento que reúne cerca de 5 mil produtores rurais, promovido pela Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
“O Paraná é um estado agrícola, esta é a nossa vocação. E a produção paranaense é feita principalmente pelos agricultores familiares, nas pequenas propriedades”, ressaltou Ratinho Junior. “Agora temos esse grande avanço na regularização dessas propriedades, com a dinamização do Cadastro Ambiental Rural, graças ao apoio que tivemos da Faep. O Paraná é, hoje, o estado que tem a maior porcentagem de áreas regularizadas junto ao Ministério do Meio Ambiente e ao Ministério da Agricultura”.
O CAR é o registro público eletrônico de âmbito nacional obrigatório para todos os imóveis rurais. Ele agrega informações ambientais das propriedades e posses rurais referentes às Áreas de Preservação Permanente (APP), de uso restrito, de Reserva Legal, de remanescentes de florestas e demais formas de vegetação nativa. Também integra informações de áreas consolidadas, compondo base de dados para controle, monitoramento e planejamento ambiental e econômico.
“E vamos turbinar ainda mais esse processo. em conjunto com a Faep, o Instituto Água e Terra (IAT) e a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, criamos um grupo de trabalho com um sistema randômico, que dá agilidade na homologação do CAR”, salientou o governador. “Essa iniciativa representa segurança para o agricultor, facilita o acesso a linhas de financiamento e demonstra a organização do estado do Paraná em relação à sua política agrícola”.
Instituído pelo decreto estadual 11.711/2025, assinado em novembro por Ratinho Junior, o CertiCAR viabiliza a análise dinamizada das informações declaradas nos Cadastros Ambientais Rurais. O ato normativo faz ajustes legais e técnicos no processo, garantindo segurança técnica e jurídica ao produtor rural, além de ampliar a competitividade da produção paranaense.
O CAR dinamizado utiliza dados cartográficos homologados de uma plataforma do Paraná, o que aumenta a assertividade na comparação com informações de sistemas federais. Além disso, serão aplicadas tolerâncias de acordo com a legislação vigente, para melhor definir a adequação e retificação do imóvel rural.
“O Governo do Estado conseguiu na Justiça, com todo o subsídio que a Faep nos deu, para que o Paraná possa utilizar o Código Florestal, e não a Lei da Mata Atlântica, no processo de regularização ambiental rural. Com isso, passamos do 13º para o primeiro lugar em análise de CAR no Brasil”, ressaltou o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Marcio Nunes.
Com essa mudança, explicou o secretário, mais cerca de 300 mil produtores rurais paranaenses vão conseguir regularizar sua situação. “Isso representa, inclusive, um ganho financeiro, porque quem tem o seu CAR regularizado, tem desconto de 0,5% na taxa de juros, facilitando o acesso a financiamentos”, afirmou.
A construção do programa contou com a colaboração de entidades do setor produtivo, principalmente do Sistema Faep. “Temos trabalhado desde o início do governo para criar e implementar o CAR Dinamizado. Levamos essa proposta a outros estados e estamos atuando em conjunto com o governo na elaboração do decreto. É uma novidade que será muito positiva para todo o setor produtivo”, salientou o presidente interino do Sistema Faep, Ágide Eduardo Meneguette.

ENCONTRO ESTADUAL – O Encontro Estadual de Líderes Rurais reúne, no Expotrade Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, produtores associados de 148 sindicatos rurais do Paraná. A programação, que inclui palestras técnicas e apresentações culturais, marca a celebração dos 60 anos da Faep. Nesta edição, o tema é “Faep 60 anos: conectando gerações”. O evento conta com a participação de agricultores e pecuaristas de todas as regiões do Estado encerra a trajetória percorrida pela entidade ao longo do ano.
O encontro contou com palestras do ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, para falar sobre o momento econômico do Brasil e do mundo e fazer um panorama futuro sobre os desafios e oportunidades da economia global, e do especialista em positividade e motivação Geraldo Rufino, falando sobre liderança.
Durante o evento, também é realizada a premiação do Concurso de Música “60 Anos Faep”. Para celebrar sua trajetória de sucesso, a entidade criou a competição a fim de fomentar o lado artístico e criativo dos produtores rurais e demais pessoas ligadas ao setor. Das músicas institucionais inscritas, dois autores serão premiados com instrumentos e valor em dinheiro, além de se apresentarem para o público do evento.
PRESENÇAS – Também acompanharam a solenidade o vice-governador Darci Piana; o secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável, Rafael Greca; o diretor-presidente do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Natalino Avance; o diretor-presidente do IAT, Everton Souza; o diretor-presidente da Adapar, Otamir Martins; o secretário-executivo do Codesul e ex-governador Orlando Pessuti; o superintendente do Sebrae/PR, Vítor Tioqueta; o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Alexandre Curi; o senador Sergio Moro; os deputados federais Ricardo Barros, Sérgio Souza, Luiz Nishimori, Stephanes Júnior e Rosângela Moro; os deputados estaduais Paulo Gomes, Maria Victoria, Anibelli Neto, Paulo Gomes e Fábio Oliveira; o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken; e diversas lideranças e diretores ligados à Faep.
Por - AEN
O Índice Ipardes de Preços Regional Alimentos e Bebidas (IPR - Alimentos e Bebidas) registrou, em novembro, uma queda de 1,33%, resultando na menor variação para o mês desde 2020. Com isso, o IPR acumulado entre janeiro a novembro de 2025 foi de 0,46% e o índice acumulado em 12 meses foi de 1,64%, o menor resultado para essa métrica desde maio de 2024. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (5) pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).
Apenas em novembro, cerca de metade dessa queda está relacionada ao subgrupo leites e derivados, que influenciou o resultado mensal com -0,74 pontos percentuais (p.p.), seguidos por tubérculos, raízes e legumes com influência de -0,60 p.p. e cereais -0,09 p.p. Em termos de variação percentual, os preços médios de tubérculos, raízes e legumes apresentaram queda de 14,52% em novembro; enquanto leite e derivados caiu 5,29%.
Dentre os produtos pesquisados, a queda mais expressiva ocorreu em tomate (-31,38%), seguido por abobrinha (-24,14%), pepino (-19,50%), leite integral (-8,96%) e melão (-6,61%). A produtividade de tomate, abobrinha e pepino foi impactada pela elevação da temperatura, fator que contribuiu para o amadurecimento desses frutos, resultando em ampliação da disponibilidade ao consumidor e retração dos preços. No mesmo sentido, o preço do leite foi reflexo da expansão da oferta, acarretando em maior captação de leite.
Em novembro, a queda do IPR espalhou-se por todos os municípios pesquisados. A retração mais expressiva foi registrada em Cascavel (-1,64%), acompanhada por Maringá (-1,62%), Foz do Iguaçu (-1,47%), Curitiba (-1,38%), Guarapuava e Ponta Grossa (-1,28%), Londrina (-1,25%), Umuarama (-1,05%) e Pato Branco (-0,99%).
O subgrupo tubérculos, raízes e legumes registrou quedas de 17,18% em Cascavel, de 16,56% em Curitiba, de 16,19% em Maringá, de 15,43% em Foz do Iguaçu, de 14,72% em Pato Branco, de 13,73% em Ponta Grossa, de 13,54% em Guarapuava, de 13,25% em Londrina e de 9,89% em Umuarama. O preço do tomate caiu 37,07% em Cascavel, 35,72% em Maringá, 35,11% em Curitiba, 34,35% em Foz do Iguaçu, 33,17% em Pato Branco, 28,37% em Guarapuava, 28,09% em Londrina, 27,79% em Ponta Grossa e 21,30% em Umuarama.
Na contramão da tendência, houve aumento de 5,05% no preço da banana-caturra, de 4,67% em cebola, 4,09% em maçã e de 3,62% em óleo de soja. Esses reajustes se devem a menores volumes ofertados por conta de transição de safras das frutas e do bulbo e pela demanda aquecida por óleo de soja. Regionalmente, a carne suína registrou alta de 2,04% em Maringá e de 1,61% em Cascavel, enquanto óleo e gorduras sofreram reajustes de 2,49% em Foz do Iguaçu, de 1,86% em Guarapuava e de 1,81% em Umuarama.
ÚLTIMOS DOZE MESES – A variação acumulada nos últimos 12 meses foi de 1,64%. Em termos regionais, ficou em 2,56% em Guarapuava, 2,18% em Pato Branco, 1,96% em Cascavel, 1,94% em Foz do Iguaçu, 1,64% em Umuarama, 1,38% em Maringá, 1,17% em Curitiba, 1,05% em Ponta Grossa e 0,93% em Londrina.
Dois dos principais fatores que ajudaram a segurar os preços foram o subgrupo cereais, que apresentou queda de 30,68% em Ponta Grossa, de 29,17% em Cascavel, de 29,15% em Foz do Iguaçu, de 28,70% em Pato Branco, de 27,23% em Guarapuava, de 26,59% em Curitiba, de 26,56% em Umuarama, de 24,65% em Londrina e de 24,61% em Maringá, e a batata-inglesa, que apresentou retração de 49,41% em Curitiba, de 49,25% em Londrina, de 48,06% em Ponta Grossa, de 45,60% em Maringá, de 45,25% em Umuarama, de 44,77% em Cascavel, de 43,99% em Foz do Iguaçu e Guarapuava e de 40,57% em Pato Branco.
O café ainda tem a maior alta acumulada em 12 meses em seis municípios (Guarapuava, Pato Branco, Cascavel, Foz do Iguaçu, Umuarama e Ponta Grossa). Em outros dois (Londrina e Maringá) a abobrinha ocupa esse lugar. Em Curitiba o maior registro de alta foi a da cenoura.
Por - AEN
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba (SMS), iniciou na manhã desta sexta-feira (5) a vacinação contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR).
A aplicação teve início 48 horas após o recebimento do imunizante, que tem o objetivo de proteger os recém-nascidos até os seis meses de idade contra a bronquiolite. A vacina é destinada às mulheres grávidas a partir da 28ª semana de gestação.
O Paraná recebeu 37.120 doses da vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) na quarta-feira (3), as quais já foram distribuídas para as 22 Regionais de Saúde do Paraná na quinta-feira (4).
Em Curitiba, as doses estão disponíveis em todas as Unidades Básicas de Saúde. Nas demais cidades do Paraná, segundo o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, a vacinação deve iniciar na próxima segunda-feira (8).
“Este é um dia importante para mães e bebês e todos aqueles que defendem a ciência e a vida. Começamos nesta sexta-feira a vacinação contra o VSR aqui em Curitiba e ao longo dos meses vamos vacinar as grávidas paranaenses e conferir a imunidade para esses pequenos paranaenses que vão nascer. Foi uma luta muito grande para termos esse imunizante. Estamos aqui, em nome do Governo do Estado e do governador Ratinho Junior, nesse trabalho conjunto com o Ministério da Saúde e os 399 municípios paranaenses para essa vacinação", salientou.
A secretária de Saúde de Curitiba, Tatiane Filipak, reforçou a importância do imunizante para as gestantes que já estão sendo chamadas para a aplicação da dose e da importância do início da vacina. “Estamos muito felizes por iniciar em Curitiba essa grande ação de vacinação contra o Vírus Sincicial Respiratório. Mais uma vez saímos na frente protegendo as nossas gestantes”, disse.
PROTEÇÃO – A servidora pública Mayumi Yamamoto foi uma das primeiras a tomar a dose da vacina. Grávida de 35 semanas, ela vê no imunizante uma forma de proteção ao bebê que está prestes a nascer.
“Eu já sofro com as questões dessa doença e só de imaginar o meu bebê passando por uma situação na qual ele seja atingido pelo vírus me parte o coração. Essa vacina não é só uma dose de reforço e de proteção, ela salva vidas”, disse. “Importante ter disponível no SUS. É uma vacina que já existia, mas era caríssima e nem todos tinham acesso. É maravilhoso que as mães possam vir e, como eu, serem vacinas. Foi super rápido e não doeu. É maravilhoso que esteja disponível para todos”, completou.
Grávida da segunda filha, Juliana Cristina dos Santos ficou feliz quando soube que poderia tomar a vacina contra o VSR. Ela já sabia da existência da imunizante e foi procurar onde e como poderia ter essa proteção. “Quando ouvi falar dessa vacina, eu já fui atrás para saber onde teria. Quando me falaram que eu poderia tomar, fiquei muito feliz. Na gestação da minha primeira filha, que vai fazer dois anos, não tinha essa vacina no SUS e era muito caro, fui pesquisar e custava quase R$ 2 mil. Ainda bem que chegou essa vacina no SUS e que vai proteger os bebezinhos”, observou.
VACINAS – Esse não é o único imunizante disponível no SUS para as gestantes. Existem outros tipos de vacina que as mulheres grávidas devem tomar durante a gestação. A Sesa reforça que, além da vacina contra o VSR, as gestantes também procurem nos postos de vacinação a proteção contra essas outras doenças.
As gestantes devem se proteger com os seguintes imunizantes, além da hepatite B e dT (Difteria e Tétano), caso necessário:
- Influenza – uma dose em cada gestação;
- Covid – uma dose durante a gestação;
- dTpa (Difteria, Tétano e Coqueluche) – uma dose a partir das 20ª semana;
- VSR – uma dose a partir da 28ª semana.
Por - AEN
Em 2025, 5 mil toneladas de alimentos orgânicos foram distribuídas às escolas estaduais do Paraná. O número corresponde a 11% de todos os produtos adquiridos pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar), vinculado à Secretaria de Educação do Paraná (Seed-PR). O investimento foi de R$ 54 milhões.
“A oferta de alimentos orgânicos na rede estadual é um compromisso do nosso Governo. Uma alimentação saudável, sem agrotóxicos e químicos, é indispensável para o desenvolvimento, o aprendizado e a saúde dos estudantes”, defende o secretário da Educação, Roni Miranda.
Para ser considerado orgânico, o alimento precisa ser produzido sem agrotóxicos, adubos químicos ou substâncias sintéticas que prejudiquem o meio ambiente. A produção também deve garantir o uso responsável do solo, da água e demais recursos naturais. Para 2026, a previsão é que 100% das escolas do Paraná recebam diversos itens orgânicos, como arroz, feijão, fubá, farinha de mandioca, frutas, verduras, hortaliças, pães, ovos, entre outros.
Parte significativa desses alimentos vem da agricultura familiar, que abastece hoje instituições de ensino de todos os municípios do Estado. Neste ano, o Fundepar adquiriu 17 mil toneladas de ovos, frutas, verduras, legumes, hortaliças e pães produzidos por cerca de 20 mil famílias de pequenos agricultores. Desse total, 1.400 famílias têm foco na produção orgânica.
“Ano após ano, ampliamos a oferta de orgânicos para assegurar que cada estudante paranaense tenha acesso a uma alimentação mais saudável e sustentável”, destaca a diretora-presidente do Fundepar, Eliane Teruel Carmona.
A nutricionista responsável técnica pela execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) no Fundepar, Andréa Bruginski, reforça a importância da iniciativa. “Ampliar a oferta de alimentos orgânicos e agroecológicos significa aumentar o consumo de produtos sem agrotóxicos, o que traz benefícios diretos à saúde dos alunos e ao meio ambiente, preservando o solo e a água e contribuindo para a sustentabilidade”, afirma.
NA PONTA – No Colégio Estadual do Campo Nossa Senhora Conceição, em Campo Magro, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), a merenda é complementada pela produção orgânica da horta da escola, mantida por alunos e professores. “São refeições nutritivas, de qualidade e sem agrotóxicos. A gente fala que é uma comida que sustenta, e isso faz toda a diferença para os alunos”, conta a diretora Lozangela Machado de Morais Calado.
Para os estudantes Christian dos Santos Schaefer, Erick Krammer Andrade de Deus, Marcelo dos Santos Sabadim e Vitor Henrique Barbosa de Andrade, do 2º ano do Ensino Médio, é uma alegria ver produtos orgânicos no cardápio da escola. “A gente come alimentos frescos que a gente mesmo plantou”, relata Marcelo. “Passei a comer mais frutas, verduras e legumes por causa das refeições aqui da escola, é uma alimentação que faz bem para a saúde”, afirma Eric.
PARANÁ MAIS ORGÂNICO – A primeira compra de alimentos orgânicos para a rede estadual foi realizada em 2010. Desde então, o Estado trabalha para ampliar a inclusão desses produtos nas refeições escolares para que elas sejam cada vez mais orgânicas. Entre as ações de incentivo à produção e de conscientização sobre alimentação saudável está o programa Paraná Mais Orgânico (PMO), que auxilia agricultores familiares interessados em produzir alimentos de maneira orgânica.
Coordenado pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), o programa envolve as sete universidades estaduais do Paraná, o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR), vinculado à Secretaria de Agricultura e do Abastecimento (Seab), e o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), responsável pela certificação dos produtos orgânicos. As instituições de ensino superior e o IDR orientam sobre práticas agroecológicas e apoiam os produtores com acompanhamento técnico, incluindo ações de assistência técnica e extensão rural.
Segundo o secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, a ampliação da produção orgânica fortalece a qualidade da alimentação escolar e impulsiona o desenvolvimento sustentável no campo. “A ciência aplicada ao cultivo orgânico, associada ao apoio técnico e científico, valoriza a agricultura familiar, fortalece a economia local, estimula práticas que preservam o solo e a biodiversidade e reafirma o compromisso com uma alimentação escolar segura, nutritiva e produzida de forma responsável”, afirma.
O Paraná lidera o ranking nacional de agricultores orgânicos certificados, segundo Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos (CNPO), com 4.231 produtores.
“Isso mostra que estamos no caminho certo. Ao fortalecer a produção orgânica e apoiar os agricultores familiares, garantimos não apenas alimentos mais saudáveis para nossos estudantes, mas também renda e segurança para milhares de famílias do campo. O PMO cumpre esse papel ao facilitar a certificação e ampliar o acesso dos produtores a um mercado que só cresce”, destaca o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Marcio Nunes.
Por - AEN
A partir desta sexta-feira (05), em Curitiba e na Região Metropolitana, quem ligar para o telefone 193, número de atendimento a emergências dos bombeiros militares, utilizará um novo sistema. Trata-se de uma Unidade de Resposta Audível (URA) implantada pelo Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR). O objetivo é agilizar a triagem e reduzir o tempo entre a ligação e o envio das equipes de socorro. O recurso direciona imediatamente cada chamada para a área especializada, evitando repasses internos e evitando filas de atendimento.
Segundo o major Alexandre Cavalca, comandante da Central de Operações dos Bombeiros (Cobom) do 1º Comando Regional de Bombeiros Militares do Paraná (CRBM), com sede em Curitiba, a proposta é modernizar o atendimento emergencial. “Com a URA, por meio de um menu simples, o próprio cidadão faz a triagem inicial ao escolher o tipo de ocorrência, o que elimina etapas intermediárias”, diz.
Ele explica que, no sistema anterior, todas as ligações entravam em uma fila única, exigindo que o operador identificasse a emergência antes de transferir. Com o novo modelo, essa decisão é feita logo no primeiro contato.
Ao ligar para o 193, o usuário ouvirá quatro opções: 1 para ambulância (Siate), 2 para incêndios, 3 para outras emergências e 4 para informações. Ao escolher 1, 2 ou 3, a ligação é encaminhada diretamente ao atendente especializado. Antes da transferência, a gravação informa: “Para sua segurança, seu número será identificado e a ligação está sendo gravada. Tenha endereço, ponto de referência e telefone do local da emergência. Responda objetivamente ao atendente”, diz o major.
Apesar das informações na gravação parecerem básicas, o major explica que elas são fundamentais para a precisão e rapidez do atendimento. “Ao informar o endereço completo e o ponto de referência logo no início, o cidadão permite que a equipe de socorro seja acionada mais rapidamente, evitando atrasos por dúvidas de localização. Ter o número de retorno também garante que o Cobom possa manter contato em caso de queda da ligação”, explica o bombeiro.
Para quem escolhe a opção “4 – Informações”, o sistema oferece orientações sobre segurança contra incêndio, campanhas institucionais e serviços não emergenciais, além do acesso ao site oficial. Esta opção soluciona um problema recorrente no 193: o grande volume de ligações que não são emergenciais. Esse canal deve absorver dúvidas sobre prevenção, campanhas e serviços ao público, liberando a linha principal para quem realmente precisa de socorro imediato.
O major Alexandre destaca que a mudança do sistema deve reduzir entre 20% e 30% o tempo total de triagem. “Esse ganho representa segundos decisivos em chamadas críticas, como paradas cardiorrespiratórias, incêndios ou acidentes graves”, ressalta. A melhoria também reorganiza o fluxo interno do Cobom. Com cada equipe recebendo apenas o tipo de demanda que atende, operadores e despachantes passam a atuar de maneira mais focada e técnica, com menos sobrecarga e maior precisão na coleta das informações.
Essa agilidade inicial impacta diretamente o tempo-resposta operacional. Com a triagem mais rápida, o despacho das viaturas tende a ocorrer de forma mais eficiente. Além disso, as instruções básicas repassadas antes do atendimento ajudam a reduzir chamadas indevidas e garantem que os dados essenciais cheguem ao atendente logo no primeiro contato.
O sistema será implantado inicialmente em Curitiba e na Região Metropolitana como projeto-piloto. A partir dos resultados, o CBMPR planeja expandir o serviço gradualmente para outras regiões do Paraná. O desenvolvimento técnico envolveu o Corpo de Bombeiros, a área de Tecnologia da Informação da Secretaria da Segurança Pública e a empresa contratada de telefonia. Testes, simulações e ajustes ocorreram ao longo de três meses, garantindo funcionamento estável e integração com o sistema de despacho.
Para o uso correto e responsável do 193 o CBMPR reforça algumas orientações:
- Utilizar o 193 apenas em emergências
- Escolher a opção adequada do menu
- Manter endereço e referências em mãos
- Responder com calma e objetividade ao atendente
por - AEN






























