O Governo do Paraná, por meio da Secretaria de Estado da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (SEMIPI), publicou a Resolução n.º 208/2025, que dispõe sobre a adesão dos municípios à fase inicial da Bolsa Cuidador Familiar.
A iniciativa integra o Programa Paraná Amigo da Pessoa Idosa, política estadual instituída para fortalecer a rede de atenção, proteção e promoção dos direitos da população idosa nos municípios.
A Bolsa Cuidador Familiar oferece meio salário-mínimo a cuidadores familiares de pessoas idosas em condição de fragilidade ou dependência e é uma das iniciativas estratégicas para valorizar a atividade e garantir acesso ao cuidado, fortalecendo a permanência desta pessoa idosa em seu lar com dignidade e respeito.
Os municípios interessados em participar da fase piloto devem realizar a adesão até 28 de novembro de 2025, abrindo protocolo no E-Protocolo e anexando toda a documentação exigida pela Resolução. Entre elas, o ato de criação do Núcleo Municipal de Cuidados, a Carta de Interesse, o ato de criação do Comitê Gestor Intersetorial e o Termo de Adesão e Compromisso, todos assinados eletronicamente, seguindo as orientações e prazos definidos pela SEMIPI.
Neste primeiro momento, só estão aptos a participar da fase piloto os municípios com mais de 30 mil habitantes, que já integravam a Rede de Cidades e Comunidades Amigáveis à Pessoa Idosa até a data de publicação da Resolução
Esta primeira etapa vai funcionar como implementação, teste e validação do modelo antes da expansão definitiva para todo o Estado. Conforme a resolução, poderão participar do piloto apenas os municípios que cumprirem três critérios: possuir Atestado de Regularidade do Conselho, Plano e Fundo Municipal da Pessoa Idosa (ARCPF) vigente; ter mais de 30 mil habitantes, segundo estimativas do IBGE; e já integrar, até a data de publicação da resolução, a Rede Global de Cidades e Comunidades Amigas das Pessoas Idosas, iniciativa da Organização Mundial da Súde /Organização Pan-Americana da Saúde (OMS/OPAS).
Segundo a secretária de Estado da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, Leandre Dal Ponte, a Bolsa Cuidador Familiar busca valorizar e reconhecer quem cuida de uma pessoa idosa no ambiente doméstico.
“Nosso objetivo é aprimorar o cuidado de quem precisa e, sobretudo, evitar a institucionalização de pessoas idosas. Sabemos que muitas pessoas, especialmente mulheres, deixam o mercado de trabalho para dedicar todo o seu tempo ao cuidado do pai, da mãe ou de algum familiar que necessita de apoio. Este programa foi criado justamente para reconhecer e valorizar esse trabalho”, destacou.
A análise dos pedidos será realizada pela Diretoria de Políticas Públicas para a Pessoa Idosa da SEMIPI, responsável por emitir parecer técnico e encaminhar para assinatura do Termo de Adesão. Os municípios habilitados serão oficializados por meio de publicação no Diário Oficial do Estado.
A diretora de Políticas Públicas para a Pessoa Idosa do Paraná e presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa do Paraná, Larissa Marsolik, destacou a importância da etapa inicial do programa. “A fase inicial é fundamental para ajustar o fluxo proposto, consolidar os instrumentos e garantir que o programa chegue aos municípios com segurança técnica e efetividade. Nosso compromisso é apoiar as prefeituras em cada etapa da habilitação, para que mais famílias possam ser alcançadas pelo benefício e para que o cuidado à pessoa idosa seja reconhecido como uma responsabilidade compartilhada entre Estado e município”, afirmou.
POr - AEN
Duas pratas e um bronze. Esse é o resultado do Paraná no World Cheese Awards 2025, maior concurso de queijos do mundo, realizado entre 13 e 15 de novembro em Berna, na Suíça. Os produtos de Toledo, do Laboratório de Queijos Finos do Biopark Educação, se destacaram entre mais de 5 mil concorrentes de mais de 50 países.
Uma das iguarias que ficou a um passo do topo do pódio foi o Abaporu. Esse queijo tem um tipo de massa mole de leite de vaca com casca lavada e maturação de mais de 30 dias, e se destacou pela mistura complexa e adocicada de baunilha, amêndoa, caramelo e especiarias como canela e cravo, com toques amadeirados e balsâmicos. Ele estreou em setembro no Mondial du Fromage, competição ocorrida na França, em que garantiu a medalha de ouro. Será lançado em breve para comercialização pela queijaria Flor da Terra.
Também ficou muito perto da primeira colocação o queijo tipo Saint Marcellin. Inspirado nos sabores clássicos de queijos franceses, tem uma textura macia e cremosa, sabor amanteigado, com nuances que remetem a cogumelos frescos e ervas. Já havia sido eleito um dos dez melhores queijos do Brasil em 2023 no concurso Queijos Brasil, e levou a prata no Mondial du Fromage 2025. É comercializado pela Flor da Terra.
Outro que brilhou em terras suíças, trazendo o bronze para casa, foi o inédito Garoa Tropical. Remetendo ao uso tradicional de frutas cítricas na coagulação do queijo, o produto incorpora enzimas cítricas que são responsáveis por conferir-lhe um sabor único e uma textura exclusiva.
Para o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Marcio Nunes, o avanço das políticas públicas tem impulsionado a qualificação dos produtores e a valorização das cadeias produtivas no Estado.
“Lembrando que nós somos o Estado mais sustentável do Brasil e o melhor leite fabrica o melhor queijo. Além disso, contamos com produtores que estão participando desse ciclo diferente, que é o ciclo da gastronomia nos produtos do Paraná”, destacou.
PROJETO VITORIOSO – Os bons resultados ajudam a consolidar um projeto que, há seis anos, transforma o leite de pequenos e médios produtores em queijos de alto valor agregado. A iniciativa do Biopark já rendeu 72 premiações nacionais e internacionais e vem se consolidando como referência em tecnologia, qualidade e desenvolvimento regional. Por meio dela, são oferecidas consultorias integrais gratuitas aos produtores, desde análise do leite até desenvolvimento de identidade visual, rotulagem e acesso ao mercado.
O projeto é resultado de uma coalizão estratégica entre o Biopark, o Biopark Educação, o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR‑PR), o Sebrae/PR, o Sistema Faep/Senar e a Prefeitura de Toledo, consolidando uma rede colaborativa que promove inovação, qualificação técnica e valorização da produção local. Juntos, eles transformam a cadeia leiteira — setor estratégico no Paraná, segundo maior produtor do país — com uma lógica de diferenciação de mercado, valorização do terroir (origem e características regionais) e acesso a certificações relevantes como SIM, Susaf e Sisbi.
Com base em diagnósticos técnicos, cada produtor recebe indicações personalizadas de tecnologia queijeira conforme as características do seu leite. A diversidade é prioridade: isso favorece o surgimento de um ecossistema competitivo e sinérgico — e a formação de uma Rota de Queijos Finos na região.
Por - AEN
Equipes do Governo do Estado e do Banco Mundial iniciaram nesta segunda-feira (17) a agenda da Missão de Avaliação do Projeto de Segurança Hídrica (PSH), que tem financiamento da instituição financeira internacional.
A Secretaria de Estado das Cidades (Secid), por meio do Paranacidade e da Secretaria-Geral das Microrregiões de Água e Esgotamento Sanitário (Mraes), e a Secretaria do Planejamento participam da agenda, que segue até 25 de novembro e discute temas estratégicos relacionados à expansão e ao fortalecimento do saneamento rural no Paraná.
Entre os itens tratados estão o Questionário Diagnóstico, que reúne o mapeamento mais abrangente já realizado sobre a situação do saneamento rural nos municípios paranaenses; o Termo de Cooperação Técnica, conduzido em conjunto com a Secretaria de Planejamento (SEPL) e o Grupo Técnico de Saneamento Rural; e a estruturação do futuro Plano Estadual de Saneamento Rural, que orientará investimentos, priorizações e modelos de atendimento em todo o território paranaense.
O Programa de Segurança Hídrica (PSH) prevê investimento de US$ 263 milhões, dos quais US$ 186 milhões serão financiados pelo Banco Mundial e US$ 77 milhões são contrapartida do Estado.
Segundo assessora da Secretaria de Planejamento e coordenadora do PSH, Jaqueline Dornelles, nessa missão o Banco e o Estado vão terminar de fechar o escopo do projeto, estabelecer as metas e o quanto será gasto em cada ação, o cronograma e os desembolsos previstos.
“Depois disso o banco finaliza o documento que norteia o contrato. Esperamos que até o final da missão a gente tenha essa primeira versão do projeto para ser revisada pelo Estado, para que no início de dezembro consigamos abrir as negociações oficialmente”, disse Jaqueline. “Essa é uma missão onde se verifica o nosso nível de prontidão para a execução das ações.”
Na reunião, foi destacada pelo Banco Mundial a integração entre os órgãos estaduais neste projeto, incluindo, além das secretarias das Cidades e a do Planejamento, também a Sanepar, o Instituto Água e Terra (IAT), o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR) e o Paranacidade, como um dos pilares para a maturidade institucional necessária à implementação do projeto em escala estadual.
A gerente do projeto pelo Banco Mundial, Marie-Laure Lajaunie, especialista principal em gestão de recursos hídricos, ressaltou a evolução dos trabalhos realizados pela Secretaria das Cidades, Mraes e Paranacidade. “Avançou bastante em relação a missões anteriores. Apresentamos o diagnóstico da situação do saneamento rural com dados muito interessantes e que vão ajudar bastante para o desenho das próximas etapas”, disse.
Marcia de Oliveira de Amorim, secretária-geral do Mraes, lembrou que a instituição é responsável por coordenar e modelar os serviços de água e esgoto, visando atender às exigências do Marco Legal do Saneamento. "A Microrregiões é o instrumento que integra municípios, órgãos reguladores e prestadoras de serviço. Por isso, a participação da Secretaria das Cidades é fundamental. Somos os gestores estaduais do saneamento, em parceria com os municípios e com o Banco Mundial”, afirmou.
A importância do planejamento estruturado, que foi encampado pelo Paraná, foi ressaltada pelo consultor em saneamento Wilson Rocha, contratado pelo Banco Mundial para avaliar as ações do Estado no projeto. “O Estado tem essa preocupação com seus municípios, isso está na nossa legislação, devemos cumprir a meta de universalização do saneamento, incluindo as comunidades rurais, e podemos dizer que temos um planejamento, um horizonte bem definido a partir do que está sendo formulado pela Secid, junto com a preparação do Projeto de Segurança Hídrica”, disse.
Segundo ele, o Estado avança para um modelo de “água segura”, que garante abastecimento com regularidade, operação adequada e apoio técnico às comunidades rurais. “O cidadão rural tem o mesmo direito à água tratada que o urbano, e o Paraná encara isso de forma muito responsável”, destacou.
Geraldo Luiz Farias, analista de Desenvolvimento Municipal do Paranacidade, falou sobre o suporte técnico dado pela instituição. “Esse apoio técnico, além da implantação dos planos regionais de saneamento básico e na discussão do Projeto de Segurança Hídrica, elaboramos, em função da nossa expertise, a minuta inicial do termo de referência para a contratação do Plano Estadual do Saneamento Rural”, disse.
PIONEIRISMO – A missão também reforçou o pioneirismo do Paraná no planejamento do saneamento rural. O Estado possui um dos modelos mais completos do país em governança regionalizada e vem consolidando práticas inovadoras que servem como referência nacional. O Diagnóstico apresentado ao Banco Mundial reúne informações inéditas e padronizadas, fundamentais para orientar políticas públicas e investimentos futuros.
A expectativa é que, ao final da missão, se obtenha medidas e soluções alinhadas aos princípios do Programa Nacional de Saneamento Rural (PNSR), como universalização e equidade, soluções adequadas de baixo custo, gestão comunitária, sustentabilidade ambiental e integração com políticas de saúde, meio ambiente e desenvolvimento rural.
POr - AEN
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) levou, por meio do programa PCPR na Comunidade, o atendimento volante ao abrigo de Laranjeiras do Sul nesta segunda-feira (17) para emitir a Carteira de Identidade Nacional (CIN) a moradores de Rio Bonito do Iguaçu que perderam seus documentos após o tornado que atingiu o município.
Embora o Rio Bonito conte com uma estrutura fixa instalada em frente à prefeitura, parte da população afetada permanece impossibilitada de se deslocar até o local. Por isso, as equipes da PCPR têm ido diretamente até essas pessoas para assegurar que ninguém fique sem atendimento e que todos possam recuperar seus documentos.
Criado em 1994, o atendimento volante garante que cidadãos vulneráveis ou com dificuldade de locomoção tenham acesso à documentação oficial. Nessa modalidade, policiais civis se deslocam até o ponto necessário, levando dignidade e facilitando o acesso aos serviços de identificação para quem não consegue chegar a um posto físico.
O coordenador da Seção Regional de Identificação de Laranjeiras do Sul, Elerson de Lara Magalhães, destaca a importância da atividade. “O trabalho móvel garante o direito à cidadania mesmo em um momento de extrema dificuldade. Muitas pessoas estão acamadas ou lesionadas após o evento climático e, dessa forma, conseguimos levar o serviço até quem mais precisa, assegurando que todos possam recuperar seus documentos e retomar sua rotina”, afirmou.
Além do atendimento no abrigo, os policiais também visitaram uma pessoa acamada em Laranjeiras do Sul.
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) também já iniciou uma força-tarefa em Rio Bonito do Iguaçu para a emissão da Carteira de Identidade Nacional (CIN) aos moradores do município. A ação utiliza a estrutura do ônibus da Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (DEMAFE), que foi levado à cidade especialmente para este atendimento. Além disso, a unidade temporária do Poupatempo na cidade já começou a funcionar.
POr - AEN
Os quartéis do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná receberam 248 toneladas de doações destinadas ao município de Rio Bonito do Iguaçu.
A população paranaense contribuiu com diversos tipos de mercadorias, como alimentos não perecíveis, água mineral, roupas de cama, calçados, roupas íntimas, roupas em geral, produtos de higiene e de limpeza. Esse material arrecadado já vem sendo levado para a cidade do Centro-Sul do Estado, que vai se reerguendo aos poucos depois de ser devastada por um tornado no último dia 7 de novembro.
Organizadora da campanha de doações junto com o Gabinete da Primeira-Dama, a Coordenadoria Estadual da Defesa Civil decidiu suspender a arrecadação, em virtude da grande quantidade de itens levantados na semana passada. Desse modo, os quartéis do CBMPR não irão mais receber os artigos doados. Mas os interessados ainda têm outras formas de auxiliar no reerguimento da estrutura de Rio Bonito do Iguaçu, que teve 90% da cidade atingida, e no apoio às vítimas da intempérie.
Há duas maneiras de demonstrar essa solidariedade, seja com a entrega de materiais de construção, seja com recursos financeiros. No primeiro caso, a Defesa Civil reforça a necessidade de manter o fluxo de recebimento de elementos para a reforma dos imóveis danificados – madeiramento para o telhado, telhas, insumos elétricos e hidráulicos são as prioridades. Todo material de construção deve ser encaminhado exclusivamente ao Centro de Eventos municipal.
Cerca de 70% dos imóveis de Rio Bonito do Iguaçu já receberam cobertura. Desde o dia do tornado, o Governo do Estado já destinou mais de 10 mil telhas ao município.
Já aqueles que preferirem contribuir com dinheiro podem doar por meio do Fundo Estadual para Calamidades Públicas (Fecap), que tem como objetivo reforçar a capacidade de resposta dos municípios paranaenses atingidos por desastres. Todo o valor arrecadado nesse momento será destinado à construção de moradias e assistência às vítimas. As doações, de qualquer valor, podem ser feitas por pessoas físicas e jurídicas. A chave PIX para esse fim é 52.807.487/0001-12 (CNPJ).
Também é possível ajudar, via PIX, por meio da chave da Prefeitura de Rio Bonito do Iguaçu: 95.587.770/0001-99 (CNPJ). Ambas as opções terão prestações de contas da aplicação do montante recebido.
“Nossos quartéis já fizeram a triagem. Muito material já chegou em Rio Bonito do Iguaçu, e tem muito para mandar. Desse modo, a campanha nos quartéis foi encerrada. As famílias podem continuar auxiliando por meio do Fundo Estadual de Calamidades Públicas do Estado do Paraná, com doações financeiras. Aí o Estado poderá alocar esses recursos onde mais seja necessário para a reconstrução da cidade”, disse o primeiro-tenente Pedro Pierdoná, do Corpo de Bombeiros do Paraná.
Por -AEN
Mais 241 famílias receberam nesta segunda-feira (17) o auxílio de R$ 1 mil do Governo do Estado pagos de maneira emergencial para os atingidos pelo tornado que destruiu Rio Bonito do Iguaçu, no Centro-Sul do Paraná. Agora são 823 beneficiários do Programa Superação, que pagará, por seis meses, o auxílio para as vítimas atingidas.
O Superação é coordenado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social e Família (Sedef) e operacionalizado em parceria com o Banco do Brasil, responsável pela transferência dos valores diretamente ao responsável familiar mediante um cartão vinculado a uma conta social em nome dos beneficiários. A base de beneficiários é definida a partir do cruzamento de dados dos cadastros e segue alguns critérios, como um beneficiário por família e renda de até três salários mínimos.
O secretário da Sedef, Rogério Carboni, ressalta que todas as pessoas que forem elegíveis vão receber o benefício. “Nós fazemos extrações de dados do Cadastro Único e de outras bases do governo, inclusive da saúde, para garantir que as pessoas que têm direito, que foram afetadas e tiveram suas residências atingidas, possam acessar o benefício”, explicou.
Rondinelli Dutra de Oliveira, servidor da Sedef que atua em Rio Bonito do Iguaçu, destaca a agilidade no pagamento dos benefícios. “O cadastro está sendo feito todos os dias. A nossa equipe, juntamente com voluntários de outras forças que estão atuando conosco, trabalha de maneira digitalizada. As famílias já estão conseguindo acessar esse valor”, afirmou. “É importante frisar que se trata de um benefício familiar, não pessoal.”
O Superação foi criado por lei, após ser enviado pelo Governo do Estado na terça-feira (11) e aprovado pela Assembleia Legislativa (Alep). Na quarta-feira (12) o governador Carlos Massa Ratinho Junior sancionou a lei e os pagamentos iniciaram no dia seguinte, beneficiando 582 famílias que fizeram o cadastro de 8 a 10 de novembro.
Já as 241 famílias que receberam o pagamento nesta segunda-feira (17) fizeram o cadastro de 11 a 14 de novembro, tanto nas tendas da Sedef quanto nos demais locais que contam com equipes de assistência social.
Até o momento, 2.882 famílias fizeram o cadastro junto aos órgãos, entretanto, esse não é o número final de beneficiados porque a análise passa ainda pelo filtro da renda indicado pela lei e verificação de possíveis duplicidades. As equipes fazem o cruzamento em diversos bancos de dados para liberar o benefício.
NA CONTA – Entre as beneficiárias que já estão com o valor na conta está a aposentada Maria da Silva Pires, 60 anos. Ela e o marido são agricultores familiares e produzem pães para entregar nas escolas. O telhado da casa onde eles moram foi arrancado pela força do vento.
“Só de nós estarmos vivos já é um verdadeiro milagre. Perdemos móveis, tudo. Dentro de casa não sobrou nada”, conta Maria. “Eu fiz o cadastro na sexta-feira e hoje já liberou o meu. Foi bem tranquilo, o pessoal é muito educado, nós só temos a agradecer. Eu falo que caiu um monte de anjos aqui para nos socorrer, porque encontramos gente amiga que estendeu a mão para nós.”
Com o auxílio de R$ 1 mil, será possível começar a reconstruir a vida. “É muito valoroso. Esses dinheiro vai somar muito para nós, para comprar um remédio, ou até mesmo comprando alguma coisinha para dentro de casa. Vai ajudar muito”, comenta a aposentada.
A diarista Valdineia Ferreira da Silva, 28 anos, mora em uma casa alugada que foi destelhada pelo tornado. Com a situação de tragédia e reconstrução, ela ficou sem trabalho. “Foi bem feio porque destruiu tudo. A parte do telhado e as coisas que tinha dentro de casa também: geladeira, máquina de lavar, o vento levou tudo”, conta. “E como as pessoas estão reconstruindo, não tem casa para limpar.”
Ela mora com os três filhos, de 9, 4 e quase 2 anos. O auxílio vai ajudar na compra de itens básicos para os pequenos. “Esse recurso vai ser bom, até para comprar remédio e outras coisas, porque eu tenho três crianças pequenas em casa. Sem esse dinheiro seria mais complicado”, salienta. “Dá para comprar as coisas para eles e também ajudar no pagamento do aluguel.”
ORIENTAÇÃO – O Governo do Estado divulgou orientações para que as famílias atingidas pelo tornado em Rio Bonito do Iguaçu possam acessar o recurso. Também foi disponibilizado um site para consulta com o CPF. O benefício será pago por meio da Poupança Social do Banco do Brasil (BB), modalidade destinada a programas sociais.
A Poupança Social do Banco do Brasil permite movimentações como PIX, saques, depósitos, pagamento de contas e recarga de celular. O acesso é feito pelo aplicativo do banco, garantindo mais agilidade e segurança. A movimentação é feita com segurança por meio do aplicativo da instituição financeira. Mesmo que o beneficiário tenha algum tipo de dívida com o banco, o pagamento é garantido.
O Governo do Estado solicitou a abertura das contas poupança para os beneficiários, que podem verificar se ela já está ativa pelo aplicativo ou pelo WhatsApp do Banco do Brasil, pelo telefone 4004-0001.
Para quem já possui conta no BB, a Poupança Social é automaticamente vinculada à conta existente, utilizando as mesmas senhas. Já os moradores que terão a conta poupança aberta pelo governo, ela permanecerá bloqueada até que o beneficiário faça a identificação e crie senhas no aplicativo.
Por -AEN














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