Paraná é 1º estado a realizar conferência para definir futuro do esporte até 2035

O Paraná é o primeiro estado a realizar uma conferência estadual dedicada a traçar o futuro do esporte para a próxima década.

O encontro, que acontece em Foz do Iguaçu até quinta-feira (4), vai consolidar o Plano Decenal do Esporte do Paraná (2026-2035), documento que será transformado em projeto de lei e servirá como base para as políticas públicas do setor.

Mais de 1.000 gestores, atletas, paratletas, profissionais da educação física, representantes de conselhos e entidades esportivas, além de autoridades públicas de todo o País, participam da conferência. A iniciativa, promovida pelo Governo do Estado por meio da Secretaria de Estado do Esporte (Sees), tem como objetivo debater propostas que orientem desde a formação esportiva até o alto rendimento, fortalecendo a inclusão social, a qualidade de vida e a infraestrutura esportiva.

A abertura da conferência contou com a presença de autoridades e especialistas que destacaram a relevância do planejamento de longo prazo para o esporte paranaense. De acordo com o secretário estadual do Esporte, Hélio Wirbiski, a construção do plano representa uma política de governo pensada para atender diferentes públicos e garantir a sustentabilidade das ações.

“Estamos organizando o Estado de forma democrática, ouvindo toda a comunidade esportiva. O plano será aprovado como lei pela Assembleia Legislativa, o que vai assegurar os recursos necessários para a formação, o alto rendimento e a infraestrutura esportiva em todo o Paraná”, afirmou.

Somente pelo Programa Estadual de Fomento e Incentivo ao Esporte (Proesporte), estão previstos R$ 50 milhões para projetos esportivos, além de R$ 5 milhões destinados à Geração Olímpica e repasses fundo a fundo para os municípios. “Hoje atendemos mais de mil projetos de diferentes modalidades, adotando critérios de meritocracia. Já distribuímos R$ 27 milhões de forma per capita, garantindo que cada município receba, em média, R$ 7 por habitante para investir livremente em material e em seus próprios programas”, acrescentou Wirbiski.

O diretor-geral do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e medalhista olímpico no vôlei de praia Emanuel Rego, que é paranaense, também participou da abertura do evento e elogiou o pioneirismo do Estado. “É uma satisfação participar de um evento como esse. O Paraná sempre inova e traz oportunidades que nos fazem pensar no futuro. Assim como os ciclos olímpicos são planejados de quatro em quatro anos, aqui discutimos os próximos dez, o que vai ajudar a consolidar ideias e definir caminhos para o esporte paranaense”, disse.

Para o representante do COB, o planejamento de longo prazo é essencial para contemplar todas as dimensões do esporte, desde a qualidade de vida e a inclusão social até o alto rendimento. “Espero que esse plano consiga atender a todas as necessidades e contribuir para que as famílias paranaenses sejam mais felizes através do esporte”, completou.

Presente na abertura da conferência, o secretário estadual das Cidades, Guto Silva, lembrou que o esporte também depende de uma boa infraestrutura urbana. Ele citou que o Estado tem destinado recursos significativos para urbanização e obras que melhoram a qualidade de vida nos municípios.

“Investimos em iluminação pública, praças, campinhos e espaços esportivos, porque uma cidade bem estruturada oferece ambientes acolhedores para a prática esportiva e também estimula o alto desempenho. Isso fortalece a ideia de cidades mais humanas e preparadas para o futuro”, afirmou Silva.-

Foto: Geraldo Bubniak/AEN


CONSTRUÇÃO DEMOCRÁTICA – A conferência marca o encerramento de um processo iniciado pelo Governo do Estado em abril de 2024, quando o Plano Decenal foi lançado em audiência pública na Assembleia Legislativa. Desde então, foram realizadas etapas regionais em todas as macrorregiões do Paraná, ouvindo atletas, dirigentes e a comunidade esportiva. Até quinta-feira, as propostas agora serão sistematizadas e votadas em câmaras temáticas dentro da Conferência Estadual do Esporte.

O Plano Decenal do Esporte está organizado em três eixos principais: formação esportiva, com foco em crianças e adolescentes; excelência esportiva, voltada ao alto rendimento; e esporte para toda a vida, para estimular hábitos saudáveis e a prática esportiva ao longo das diferentes fases da vida.

Entre os objetivos do plano estão: universalizar o acesso ao esporte, estimular programas estruturantes de desenvolvimento social e econômico, diversificar as modalidades praticadas e qualificar a gestão esportiva. A programação completa da conferência estadual, que marca a conclusão desse processo, pode ser acessada no site do Conselho Estadual do Esporte.

INEDITISMO – O Paraná é o primeiro estado do País a realizar sua Conferência Estadual do Esporte, colocando-se na vanguarda da aplicação da Lei Geral do Esporte e do Sistema Nacional do Esporte. Também foi pioneiro na regulamentação e operação do Fundo Estadual do Esporte, que já destinou R$ 8,7 milhões em 2024 e mais de R$ 9 milhões em 2025 aos municípios, de acordo com suas prioridades locais. Outros R$ 9 milhões foram aplicados na modernização de ginásios e equipamentos esportivos em todo o Estado.

O modelo garante repasses simplificados e fortalece a autonomia dos municípios, protagonistas na execução das políticas esportivas. Com a ampliação da adesão ao Sistema Esportivo Estadual, os investimentos tendem a crescer nos próximos anos, consolidando o Paraná como referência nacional em gestão esportiva e ampliando as oportunidades para atletas, paratletas e para a comunidade em geral.

PRESENÇAS – Também participaram da abertura da Conferência Estadual do Esporte os secretários estaduais da Agricultura e do Abastecimento, Marcio Nunes; e do Trabalho, Qualificação e Renda, Do Carmo; o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Alexandre Curi; o deputado estadual Thiago Bührer; o prefeito de Foz do Iguaçu, General Silva e Luna; a prefeita de São José dos Pinhais, Nina Singer; e o coordenador Geral do Instituto de Pesquisa Inteligência Esportiva da UFPR, Fernando Mezzadri

 

 

 

 

 

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 Governo do Estado aumentou repasses constitucionais para os municípios em 84% em 7 anos

O Governo do Paraná transferiu mais de R$ 10,2 bilhões aos municípios entre janeiro e agosto de 2025, o que representa um crescimento nominal de 84% ao longo dos últimos sete anos.

Nos primeiros oito meses de 2018, por exemplo, o total repassado às prefeituras foi de R$ 5,5 bilhões. Além do crescimento nominal, houve aumento real de 27% ao longo dos últimos sete anos, período em que as transferências constitucionais cresceram de forma contínua, com velocidade expressiva após a pandemia, até chegar à marca histórica registrada neste ano.

Esses recursos são provenientes de transferências constitucionais e correspondem à parcela dos municípios de impostos como o ICMS e o IPVA, além do fundo de exportação e dos royalties do petróleo. Assim, eles fazem parte das receitas públicas correntes das prefeituras e podem ser aplicados pelos municípios em áreas essenciais como saúde, educação, segurança pública e transporte.

Segundo dados da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa), boa parte dos municípios viu o valor repassado todos os meses mais do que dobrar durante esse período. Das 399 cidades paranaenses, 144 (36%) tiveram um crescimento nas transferências superior a 100%. Outras 128 tiveram um aumento nas transferências entre 80% e 99%.

Alguns exemplos são Ponta Grossa, com salto de 92% (de R$ 144 milhões para R$ 278 milhões), Maringá, com 84% (de R$ 178 milhões para R$ 330 milhões) e Pato Branco, com 86% (de R$ 41 milhões para R$ 77 milhões).

Outro exemplo que ilustra bem essa expansão é o município de Porto Barreiro, na região Centro-Sul do Estado, cujas transferências totais nos dois primeiros quadrimestres saltaram 179,8% entre 2018 e 2025, já considerando a inflação do período. A cidade recebeu R$ 2,36 milhões nos oito primeiros meses de 2018 e, em 2025, viu o valor subir para R$ 9,6 milhões. E o ICMS foi quem puxou esses números para cima, saindo de R$ 2 milhões para R$ 8,8 milhões.

De acordo com o secretário Norberto Ortigara, essa evolução tão positiva é reflexo do bom momento do Paraná. “São números que comprovam o quanto o Estado se tornou uma economia forte e estável, agora a quarta maior do País. No primeiro semestre desse ano já alcançamos o maior crescimento da atividade econômica. O crescimento do repasse aos municípios deixa claro o quanto esse fortalecimento do Paraná, do campo às indústrias, beneficia toda a população de forma direta”, diz.

FORÇA NA ECONOMIA – O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que é reflexo das atividades econômicas, foi o grande responsável pelo recorde histórico de 2025. Somente nos primeiros oito meses do ano, o total do tributo repassado aos municípios chegou à marca de R$ 6,83 bilhões – ou seja, cerca de 66,7% dos R$ 10,2 bilhões totais. De acordo com a Constituição, 25% do total arrecadado pelo Estado neste imposto é encaminhado aos municípios.

Esse é um dos principais motivos para a redução na alíquota do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) dos atuais 3,5% para 1,9% a partir de 2026 – o que coloca o Paraná como a menor tributação do País. Com a diminuição de mais de 45% do imposto, o cidadão terá mais dinheiro no bolso para consumir em sua própria cidade com bens e serviços – o que acaba se revertendo tanto em ICMS quanto em Imposto Sobre Serviços (ISS).

Além disso, a expectativa da Secretaria da Fazenda é recuperar mais recursos de IPVA com a queda da inadimplência e novos emplacamentos no Paraná, inclusive com a compra de carros novos e usados no Estado, garantindo fluxo de repasses aos municípios.

 

 

 

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 De 2020 a 2025, Paraná registra maior salto em inovação entre grandes economias do País

O Paraná se consolidou, em 2025, como a 3ª economia mais inovadora do País, de acordo com a nova edição do Índice Brasil de Inovação e Desenvolvimento (IBID), divulgado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), atrás somente de São Paulo (1º) e Santa Catarina (2º).

Segundo o relatório, o Paraná está entre os chamados “climbers” — estados que mais avançaram em inovação na última década — ao sair da 6ª posição, em 2015, para a 3ª, em 2025, registrando o maior salto entre as principais economias. Até 2020, o Estado ainda ocupava a 6ª colocação, mas a mudança de patamar ocorreu nos anos seguintes, impulsionada pelos recordes de investimento em ciência, tecnologia e inovação.

O Paraná também está entre aqueles que mais reduziram a distância para o líder São Paulo, mantendo-se à frente de Minas Gerais e Rio de Janeiro. O relatório avalia 80 indicadores, como infraestrutura, ambiente de negócios e produção tecnológica. O Paraná, com IBID de 0,413, também está acima da média nacional, que é de 0,351.

O secretário da Inovação e Inteligência Artificial, Alex Canziani, afirma que o Paraná se mantém como protagonista nacional na construção de um ecossistema robusto de inovação. “O Estado reúne universidades, empresas e governo em uma articulação que fortalece a ciência e a tecnologia, amplia a geração de conhecimento e cria condições favoráveis para transformar esse potencial em desenvolvimento econômico e social”, diz.

O principal mecanismo de investimento no setor é o Fundo Paraná, que em 2024 bateu recorde com a destinação de R$ 581,6 milhões a projetos estratégicos de ciência, tecnologia e inovação. Para 2025, os aportes devem continuar em alta. Desde 2019, quando o investimento foi de R$ 91,5 milhões, o aumento acumulado chega a 535,9%.

Os recursos têm sido direcionados a parques tecnológicos, incubadoras, projetos de pesquisa em universidades, editais de incentivo à startups e educação tecnológica. O fundo é aplicado pelas secretarias estaduais da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti); Inovação e Inteligência Artificial (SEIA), além da Fundação Araucária, Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), e o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR).

Para o secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, Aldo Bona, a conquista reflete a eficácia das políticas públicas implementadas no período. “A contínua organização dos ambientes de inovação e sua articulação com o ecossistema paranaense têm gerado frutos concretos, posicionando o estado na trajetória certa de crescimento, com a maior redução de diferença em relação ao primeiro colocado, um feito que comprova a solidez da nossa estratégia e que será mantido com a persistência dessas ações de fomento ao longo do tempo”, afirma.

PILARES ESTRATÉGICOS – O IBID mostra que o Paraná se consolidou entre os estados com melhor desempenho em pilares estratégicos para a inovação. Na comparação com 2024, o Paraná melhorou em “Resultados da inovação”, subindo duas posições nesse grupo, embora tenha recuado uma colocação em “Contexto para a inovação”, onde ainda lidera três indicadores nacionais. No pilar Conhecimento e tecnologia, ocupa a 2ª posição nacional, com destaque para a criação e difusão de conhecimento.

Em Negócios, está em 5º lugar, demonstrando equilíbrio entre força de trabalho qualificada, apoio à inovação e capacidade de absorção de conhecimento. No pilar Capital humano, figura na 4ª colocação, com resultados consistentes em educação básica (3º), ensino superior (5º) e pesquisa e desenvolvimento (3º).

  • SOBRE O RANKING – O Índice Brasil de Inovação e Desenvolvimento (IBID) é elaborado pelo INPI, com apoio metodológico da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI). A edição 2025 analisa dados de todos os estados brasileiros a partir de 80 indicadores distribuídos em 7 pilares: Instituições, Capital humano, Infraestrutura, Economia, Negócios, Conhecimento e tecnologia e Economia criativa.

Confira:

INOVAÇÃO - Ranking IBID

 

 

 

 

 

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 CBMPR intensifica treinamentos de Manejo Integrado do Fogo contra incêndios florestais

O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) tem intensificado suas ações de treinamento e capacitação para o uso controlado do fogo, técnica essencial para o combate e prevenção a incêndios florestais.

O Manejo Integrado do Fogo (MIF), que envolve a queima controlada de material combustível nas matas, visa reduzir a carga de combustível nas áreas de risco, prevenindo incêndios de grandes proporções e promovendo a recuperação de ecossistemas degradados.

Além de garantir a segurança ambiental, os treinamentos promovidos pelo Corpo de Bombeiros também desempenham um papel fundamental na formação de brigadistas florestais. Em 2024, mais de 100 brigadas municipais de combate a incêndios florestais foram capacitadas em parceria com a Coordenadoria Estadual da Defesa Civil. 

O objetivo é otimizar a resposta a grandes incêndios, utilizando equipes bem treinadas e equipadas. "Com brigadistas preparados e com equipamentos adequados, conseguimos agir mais rapidamente e de maneira mais eficaz em caso de incêndios", explica o tenente-coronel Rafael Lorenzetto, comandante do 5º Comando Regional de Bombeiro Militar, localizado em Ponta Grossa.

A técnica, que já é aplicada no Parque Estadual de Vila Velha desde 2014, foi ampliada para Jaguariaíva, nos Campos Gerais, onde o bioma do cerrado exige cuidados específicos. “As queimadas controladas diminuem o risco de incêndios devastadores, pois reduzem o material combustível acumulado na vegetação”, afirma o tenente-coronel.

De acordo com a Lei 14.944/2024, o Manejo Integrado do Fogo é regulamentado no Brasil, sendo autorizado sob rigorosos protocolos de segurança. A técnica, quando bem executada, favorece não apenas a prevenção de incêndios, mas também a regeneração de áreas desmatadas e a manutenção do equilíbrio ecológico. “Com o manejo adequado, garantimos que a vegetação mantenha sua condição natural, prevenindo o alastramento de incêndios espontâneos”, reforça o comandante.

PROTOCOLOS – As queimadas controladas, autorizadas entre maio e julho no Paraná, são realizadas apenas após a devida autorização dos órgãos ambientais, como o Instituto Água e Terra (IAT), garantindo que as operações sigam as diretrizes de segurança. 

O trabalho de prevenção e combate a incêndios é constante no Paraná, com reuniões mensais para atualização dos protocolos de segurança e aprimoramento das estratégias de ação. A capacitação contínua das tropas do CBMPR e a coordenação com os diversos parceiros garantem uma atuação ágil e eficiente em todo o território estadual e nacional.

"Estamos cada vez mais preparados para enfrentar as grandes ocorrências de incêndios florestais. A legislação atual é fundamental para garantir a segurança tanto do meio ambiente quanto das comunidades locais. Temos equipamentos novos, com efetivo treinado, resultado de investimentos expressivos do Governo do Estado e da Secretaria da Segurança Pública", afirma o tenente-coronel Rafael Lorenzetto.

 

 

 

 

Por - AEN

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