Com 133 mil empresas, Paraná registra alta de 12% no volume de novos negócios em 2025

O Paraná registrou 12,85% de crescimento no saldo de empresas entre janeiro e outubro de 2025 em comparação ao mesmo período do ano passado. O número é resultado da diferença entre negócios abertos (308.507) e fechados (175.370). Nos primeiros dez meses do ano, o saldo foi de 133.137 empresas, enquanto no mesmo período de 2024 o número era de 117.972. 

Considerando apenas o número de empresas abertas, o crescimento chega a 16,86%, já que em 2024 o número entre janeiro e outubro foi de 263.986. Dos negócios abertos entre janeiro e outubro de 2025, 73,55% são Microempreendedores Individuais (MEIs), 24,66% são Sociedades Limitadas (LTDA) e 1,44% se enquadram na categoria Empresário. As demais modalidades somam 0,35% do total.

Apenas em outubro, o saldo total foi de 13.409 negócios, visto que 29.409 empresas foram abertas e 16.000 foram fechadas. Os dados fazem parte do Painel de Empresas, divulgado nesta sexta-feira (7) pela Junta Comercial do Paraná (Jucepar), vinculada à Secretária Estadual da Indústria, Comércio e Serviços. Com o desempenho, o Estado se aproxima ainda mais dos 2 milhões de empresas ativas.

SELO DE BAIXO RISCO – Entre janeiro e outubro deste ano, 37.659 empreendimentos no Paraná foram contemplados com o Selo de Baixo Risco, iniciativa que dispensa empresas de atividades consideradas de baixo potencial de impacto de apresentar alvarás de funcionamento e licenciamentos de órgãos como Corpo de Bombeiros, Vigilância Sanitária, Meio Ambiente e Defesa Agropecuária. 

Logo na abertura, 21.537 dessas empresas receberam o benefício, enquanto 16.122 ganharam o selo após alteração contratual. Desses empreendimentos, 7.582 estão em Curitiba, que lidera o ranking de concessões, seguida por Maringá, com 1.848, e Londrina, com 1.425.

Já está em vigor desde 1º de outubro o decreto do governo estadual subiu o número de atividades enquadradas como de baixo risco de 771 para 975, colocando o Paraná entre os estados que mais dispensam licenças e alvarás no Brasil.

VELOCIDADE NA ABERTURA – No mesmo quadro, o Paraná também segue entre os estados mais ágeis do Brasil na abertura de empresas, com apenas 8 horas em outubro, 19 horas abaixo da média nacional de 27 horas.

 

 

 

 

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 Paraná aplica quase 500 mil doses durante a campanha de multivacinação de outubro

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) fechou um balanço parcial das doses aplicadas durante a Campanha de Multivacinação 2025, que aconteceu de 6 e 31 de outubro.

Em todo o Estado, foram aplicadas 495.290 doses dos imunizantes contra a hepatite B, pentavalente, Vacina Inativada Poliomielite (VIP), pneumocócica 10 valente, meningocócica C, meningocócica ACWY, tríplice viral (SCR), varicela, hepatite A, febre amarela, rotavírus, HPV, DTP, Covid-19 e influenza. Os municípios têm prazo de 90 dias para inserir os dados finais no sistema.

A região mais populosa também foi a que mais aplicou vacinas: foram 131 mil em Curitiba e Região Metropolitana. Outros destaques foram Maringá, Cascavel, Foz do Iguaçu, Londrina, Guarapuava e Ponta Grossa.

“A campanha é importante para que possamos ampliar nossos percentuais de cobertura. Mas destacamos que as vacinas estão disponíveis nas unidades de saúde durante todo o ano. É preciso que a população acredite na vacina para evitarmos o retorno de doenças já controladas, como o sarampo e a poliomielite. As vacinas disponíveis são certificadas e têm comprovação científica”, afirmou o secretário da Saúde, Beto Preto.

A iniciativa seguiu orientação do Ministério da Saúde e buscou elevar as coberturas vacinais, ampliar o acesso da população à vacinação e reduzir o risco de reintrodução ou disseminação de doenças como o sarampo. No dia 18 de outubro também foi realizado o Dia D em 1.370 salas reunindo 10 mil profissionais para atualizar a caderneta de vacinas e fortalecer a proteção contra doenças.

A intensificação da vacinação é fundamental para enfrentar risco de reintrodução do sarampo, já que Paraguai e Argentina registram casos ativos da doença e outros estados brasileiros identificaram casos importados. Em relação à febre amarela, a chegada da sazonalidade primavera-verão aumenta a circulação do vírus, com risco maior nas áreas de corredor ecológico. Estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais também reforçam a imunização.

Dados por Regionais de Saúde:

1ª RS – Paranaguá: 15.277

2ª RS – Curitiba: 131.461

3ª RS – Ponta Grossa: 32.730

4ª RS – Irati: 7.200

5ª RS – Guarapuava: 22.590

6ª RS – União da Vitória: 7.179

7ª RS – Pato Branco: 12.838

8ª RS – Francisco Beltrão: 17.402

9ª RS – Foz do Iguaçu: 28.439

10ª RS – Cascavel: 27.413

11ª RS – Campo Mourão: 19.345

12ª RS – Umuarama: 15.852

13ª RS – Cianorte: 7.339

14ª RS – Paranavaí: 11.061

15ª RS – Maringá: 34.735

16ª RS – Apucarana: 15.359

17ª RS – Londrina: 39.955

18ª RS – Cornélio Procópio: 8.118

19ª RS – Jacarezinho: 13.874

20ª RS – Toledo: 13.270

21ª RS – Telêmaco Borba: 7.498

22ª RS – Ivaiporã: 6.355

 

 

 

 

 

 

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 Chuvas do início de novembro provocam adaptações na agricultura paranaense

Com um início do mês marcado por chuvas, granizo e ventos fortes em várias regiões do Paraná, principalmente no Centro-Oeste e Norte do Estado, a agricultura paranaense segue empenhada em superar os desafios e conseguir bons resultados na safra.

Já há números disponíveis sobre os problemas enfrentados em lavouras de soja, milho e feijão, enquanto dados sobre outras culturas estão sendo analisados. Os dados estão no Boletim Conjuntural do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

Os temporais afetaram significativamente algumas lavouras de soja no Estado. Considerando que as condições consideradas médias haviam aumentado de 3% para 6%, o clima adverso fez com que surgisse 1% de lavouras de soja em condições ruins, o que significa 31 mil hectares prejudicados. Mas o levantamento do Deral mostra que 93% das áreas de plantio de soja ainda estão em boas condições, o que representa 4,3 milhões de hectares.

Nas áreas mais afetadas, o produtor precisará refazer a estratégia, seja acionando o seguro ou realizando o replantio. Neste último caso, um atraso no planejamento será inevitável, gerando a necessidade de ajustar a segunda safra e, possivelmente, optar por outra cultura.

Para o feijão, que tem a produção concentrada no Sul do Estado, onde houve menos impacto das tempestades, 77% das lavouras estão em boas condições. O plantio já atingiu 91% da área prevista de 104 mil hectares. O excesso de umidade e baixa luminosidade registradas em outubro, aliadas ao fato de o feijão ter o ciclo mais curto, com menos tempo para se recuperar de problemas climáticos, deve apresentar alguma limitação em produtividade.

Com algumas lavouras chegando à maturidade, o Deral estima que as colheitas de feijão comecem ainda neste mês e devam se estender até fevereiro de 2026, considerando-se que algumas áreas ainda não foram semeadas.

Já o plantio de milho primeira safra apresenta evolução estável, com 99% da área já semeada, ultrapassando o desempenho dos 98% do mesmo período no ano passado.

Segundo o Deral, essas três culturas – soja, milho e feijão – ainda estão dentro do período ideal para a semeadura, permitindo o replantio, o que deve possibilitar a recuperação de parte das áreas afetadas.

BOVINOS – O Deral tem observado ao longo dos anos que, após o ciclo de abate, o custo de reposição no Paraná vem subindo na média Brasil. Segundo o Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, de São Paulo, a relação de troca entre a arroba de boi gordo por bezerro aumentou 41% em comparação ao mesmo mês do ano passado. Isso significa que, em algumas praças, o produtor precisa vender quase 10 arrobas para adquirir um bezerro, chegando a atingir 13,6 arrobas, em outras.

Com a proximidade das festas de final de ano, é provável que os preços encerrem 2025 em patamares elevados para o preço da arroba de boi.

No atacado paranaense, as médias de outubro para o dianteiro e traseiro fecharam com pouca variação. Enquanto o dianteiro ficou 0,47% mais barato, o traseiro subiu 0,86%. No varejo, os principais cortes caíram de preço, com destaque para a carne moída que ficou quase 10% mais barata em comparação à média de setembro. Nos últimos 12 meses, porém, todos os cortes ficaram mais caros, variando entre 10% (coxão mole) e 21% (patinho sem osso).

SUÍNOS – Na suinocultura, os preços de varejo permanecem estáveis e em nível alto, após a forte valorização em 2024. A média de R$ 22,36/kg no acumulado do ano representa um aumento de 27,5% em relação a 2024, refletindo um setor fortalecido e com boa aceitação no mercado interno e externo.

Entre os cortes pesquisados pelo Deral, a paleta com osso apresentou a maior variação média de preço, passando de R$ 14,16/kg nos primeiros dez meses de 2024, para R$ 18,20/kg em 2025, ou seja, um aumento de 28,5%. Já o lombo sem osso registrou aumento médio de 27,5% e o pernil com osso teve variação de 25,2%.

Impulsionada pela demanda em função das festividades de final de ano, o Deral prevê uma elevação nos preços de varejo da carne suína, embora mais tímida do que a observada no ano anterior.

ERVA-MATE – A erva-mate é um dos destaques do agro paranaense. Em 2024, as exportações do produto cresceram 50%, número significativamente superior à média nacional, somando 5,2 mil toneladas enviadas ao exterior. O Paraná se mantém como o segundo maior exportador do País, atrás apenas do Rio Grande do Sul, com destaque para os mercados do Uruguai, Argentina e Alemanha. Esse desempenho reforça a competitividade da cadeia produtiva e o potencial de expansão do mate paranaense no mercado internacional.

FRUTICULTURA – A fruticultura continua a se consolidar como uma atividade diversificada e rentável, presente em praticamente todo o Paraná: dos 399 municípios paranaenses, 392 têm cultivos comerciais, de acordo com o Deral.

Municípios como Paranavaí, Carlópolis, Alto Paraná, Guaratuba e Cerro Azul lideram a produção, com destaque para a laranja, o morango, a uva, a goiaba e a banana. Juntos, esses polos somam 15,7 mil hectares plantados, com uma colheita de 500,3 mil toneladas de frutas e Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 1 bilhão.

 

 

 

 

 

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 Unidades básicas que aplicam PlanificaSUS Paraná têm alta em todos os indicadores

Unidades Básicas de Saúde dos municípios que já implantaram o PlanificaSUS Paraná apresentaram melhora significativa em todos os indicadores avaliados pelo Previne Brasil, programa de desempenho do governo federal que mede a qualidade e o acesso aos serviços oferecidos pela Atenção Primária à Saúde (APS), abrangendo áreas como a saúde da gestante, a saúde da criança e o manejo de doenças crônicas.

Os indicadores de desempenho do Previne Brasil avaliados são a proporção de gestantes com seis consultas ou mais de pré-natal; cobertura de vacinação; proporção de diabéticos com solicitação de hemoglobina glicada; proporção de hipertensos com pressão arterial aferida; realização de exames citopatológicos; acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil; e proporção de gestantes com exames para sífilis e HIV.

“O PlanificaSUS tem uma grande importância no fortalecimento dos serviços de saúde, otimizando processos com ferramentas interligadas em benefício da população paranaense. É um grande projeto, que sintetiza o nosso Sistema Único de Saúde por meio de ações, trocas de experiências e parcerias efetivas”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Entre o 1º quadrimestre de 2022 e o 1º quadrimestre de 2024, nas 808 UBS planificadas com equipes homologadas pelo Ministério da Saúde e com participação de, pelo menos, um ano do PlanificaSUS Paraná, houve aumento em todos os principais indicadores. Entre os principais destaques, 88,37% das unidades planificadas atingiram as metas de atendimento pré-natal, enquanto que nas unidades não planificadas o índice foi de 65,24%.

O mesmo padrão se repetiu em outros indicadores: 71,41% das planificadas alcançaram a meta de exames de sífilis e HIV em gestantes (frente a 62,48% das demais), e 76,98% atingiram o objetivo no atendimento odontológico de gestantes, mais que o dobro do percentual observado nas não planificadas.

Também houve melhor desempenho nos exames citopatológicos (40,10% em relação a 27,11% nas não planificadas), na cobertura vacinal (60,27% comparado a 45,18%), no acompanhamento de pessoas com hipertensão (34,90% em comparação a 23,81%) e de diabetes (23,76% em relação a 13,48%).

A coordenadora do PlanificaSUS Paraná e diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, Maria Goretti David Lopes, enfatiza que este resultado é um reflexo direto do empenho do Estado. “O PlanificaSUS Paraná é uma mudança de cultura nas unidades. Na prática, fortalece o vínculo entre as equipes de saúde e a comunidade. Quando as equipes se organizam, programam atendimentos e acompanham os usuários de forma contínua, os resultados aparecem em todos os indicadores e, principalmente, na vida das pessoas”, destacou.

PLANIFICASUS NA PRÁTICA – Outro destaque foi o aumento dos atendimentos individuais registrados no Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (Sisab) quando comparado o período de 2022 e 2024. Nas unidades planificadas, o crescimento foi de 26%, enquanto nas demais o aumento foi de 19%.

Além disso, o número de atendimentos programados, aqueles realizados de forma planejada, especialmente para o acompanhamento de pessoas com doenças crônicas, uma das prioridades discutidas durante o PlanificaSUS Paraná, cresceu 38% nas unidades planificadas, em relação a 21% nas não planificadas.

Um dos exemplos desses acompanhamentos é o de Ercília Machiniski, 86 anos, moradora da zona rural de Paulo Frontin, município do Sul do Estado. Em 2023, após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC), ela ficou acamada. Sob os cuidados dos filhos que residem com ela, enfrentava dificuldades na administração de mais de 15 medicamentos diários para o controle do diabetes, hipertensão e outras doenças crônicas.

A neta, Josilene Machiniski, de 35 anos, conta que a avó melhorou sua qualidade de vida com o acompanhamento de equipes qualificadas pelo PlanificaSUS Paraná. “Ela toma em torno de uns 15 remédios por dia. A Daiana já deixava arrumadinho. Toda tarde, ela passava a organizar esses remédios pra ela. Faltou um remédio, ela ia ali na saúde, já pegava e trazia”, contou.

Josilene disse que a avó, inicialmente resistente, foi convencida pela persistência e carinho da equipe. O resultado desse acompanhamento contínuo e humanizado foi a redução da polifarmácia e a transformação na vida de dona Ercília. Ela deixou de ser uma paciente acamada para se tornar uma pessoa mais ativa e feliz.

“Agora ela já levanta, ela sai para tomar um sol, ela sai na cozinha pra tomar o chimarrãozinho dela. Ela levanta, senta, tem a caixa de lenha perto do fogão e ela senta ali do ladinho. Ela sai pra conversar com a gente”, comemorou Josilene frisando as visitas frequentes dos médicos e enfermeiros da equipe como importantes para a progressão da saúde da avó.-

Ercília Machiniski, 86 anos, é acompanhada por equipe do PlanificaSUS Paraná. Foto: Arquivo pessoal


NOVOS INDICADORES – Com a implantação dos novos indicadores de qualidade do Ministério da Saúde, que passarão a ser monitorados para fins de financiamento da APS a partir de 2026, a Sesa atua para que as equipes da Atenção Primária à Saúde (APS) aderidas ao PlanificaSUS Paraná mantenham bons resultados, uma vez que estão sendo qualificadas e preparadas para aprimorar a organização dos processos de trabalho.

PROGRAMA – O PlanificaSUS Paraná já está implementado em 100% dos municípios e é uma iniciativa da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Hospital Israelita Albert Einstein (SP), por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (ProadiSUS) do Ministério da Saúde. A estratégia colabora para que as equipes planejem melhores ações e acompanhem de forma contínua as pessoas visando um atendimento mais organizado, humanizado e resolutivo.

O PlanificaSUS Paraná segue se consolidando como uma das principais estratégias para fortalecer a Rede de Atenção à Saúde, promovendo articulação entre a APS e a Atenção Especializada.

 

 

 

 

 

 

 

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