368 cidades do Paraná já aplicam doses da vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório

Um levantamento da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) junto às 22 Regionais de Saúde, realizado nessa terça-feira (9), aponta que 274 cidades do Paraná iniciaram a vacinação contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) até essa data. Outras 94 cidades iniciam a imunização nesta quarta-feira (10), totalizando 368 municípios aplicando a vacina destinada às mulheres grávidas a partir das 28ª semana de gestação, com o objetivo de proteger os recém-nascidos até os seis meses de idade contra a bronquiolite.

De acordo com o levantamento e informações repassadas pelos municípios, outras 23 cidades paranaenses iniciam a vacinação até sexta-feira (12), e outras 7 darão início à imunização na próxima semana, garantindo a aplicação nos 399 municípios do Paraná.

“Desde que recebemos as doses do imunizante, estamos em um esforço concentrado para que todos os municípios realizem a aplicação. Reforçamos que as mulheres gestantes se imunizem contra o Vírus Sincicial Respiratório, pois ajuda a proteger o bebê de doenças como a bronquiolite, evitando assim casos de internação e até mesmo mortes”, destacou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

DOSES – As doses da vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório chegaram ao Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar) na quarta-feira (3).

Foram recebidas 37.120 doses do imunizante que, imediatamente, foram separadas e enviadas às Regionais de Saúde na quinta-feira (4). Curitiba, Cruzmaltina, Ivaiporã, Jardim Alegre, Manoel Ribas, Castro e São Jorge d’Oeste foram as primeiras cidades do Estado a iniciarem a aplicação das vacinas, na sexta-feira (5).

O novo imunizante, que foi incorporado ao calendário de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) neste ano, só estava disponível na rede privada a um custo médio de R$ 1,6 mil. Dentre os imunizantes disponíveis no país, esta vacina é a mais cara já disponibilizada.

O Paraná aguarda o recebimento de mais doses da vacina por parte do Ministério da Saúde, visto que no estado há uma estimativa de vacinar mais de 138 mil gestantes.

 

 

 

 

 

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 Polícia Científica participa de guia nacional para identificação de pessoas desaparecidas

A Polícia Científica do Paraná (PCIPR) participou da elaboração do livro “Rede PCI Conecta – Integração das Polícias Científicas e de Dados Periciais para Resposta Sistêmica e Eficaz na Busca e Identificação de Pessoas Desaparecidas – Guia de Serviços e Manual de Implementação”, com a contribuição de peritos de diferentes áreas da instituição.

A obra reúne diretrizes e procedimentos que fortalecem a atuação das polícias científicas na identificação de pessoas desaparecidas em todo o país. O lançamento ocorreu segunda-feira (8), no Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília, com representantes de instituições periciais de todo o País.

Organizada pelo Conselho Nacional de Dirigentes de Polícia Científica (CONDPCI), a obra resultou da dedicação de um Grupo de Trabalho instituído no âmbito do Comitê Gestor da Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas. Composto por 113 integrantes, o grupo realizou reuniões e produziu material ao longo de 20 semanas, entre maio e outubro de 2025. 

O diretor-geral da PCIPR, Ciro Pimenta, representou a instituição na solenidade, acompanhado da perita oficial Thaís Xavier, integrante da Seção de Antropologia Forense da PCIPR. “O lançamento da Rede PCI Conecta representa um avanço importante e necessário para organizar e tornar mais eficiente os fluxos operacionais na busca de pessoas desaparecidas, um desafio que exige uma atuação multidisciplinar e integrada. A Polícia Científica do Paraná vem se dedicando a esse tema e, agora, com a Rede, passamos a contar com um caminho mais estruturado para evoluir e com o apoio qualificado de diversas instituições”, afirma.

A perita oficial Thais, coordenadora e coautora do capítulo “Odontologia Legal: Guia de Serviços e Orientações para Suporte à Identificação de Pessoas Desaparecidas”, também reforça a participação técnica do Paraná na elaboração do material. “Com essa publicação, as polícias científicas têm acesso a um conjunto substancial de orientações - até então não existentes dessa forma -, que norteiam os passos que os órgãos periciais devem seguir para estabelecer e fortalecer suas contribuições dentro da Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas. Isso é essencial não apenas para a resolução eficaz de casos, mas para fornecer o respeito e a dignidade que as pessoas desaparecidas e suas famílias merecem”, explica.

Com 24 capítulos, o livro destaca as contribuições das diferentes áreas periciais frente à Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas, abordando o que já é realizado e os avanços possíveis em termos de padronização de dados, integração entre áreas periciais, articulação entre polícias científicas e com órgãos externos, além do fluxo de informações.

Além de Thaís Xavier, os peritos da PCIPR Raul Messias Lessa (coautor do capítulo de Odontologia Legal), Felipe Veronezi (coautor do capítulo Local de Crime) e Matheus Pereira Nogueira e Silva (coautor do capítulo Geofísica e Imageamento Aéreo) também participaram da construção da obra.

A presença da PCIPR no lançamento reforça o comprometimento da instituição com a ampliação da participação da perícia criminal na Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas, destacando a importância de ações integradas e multidisciplinares para agilizar a identificação de desaparecidos. “A participação da PCIPR em um livro tão relevante mostra o quanto a instituição está atenta e empenhada em avançar cada vez mais para levar respostas a tantas famílias com pessoas desaparecidas”, afirma a perita.

O diretor-geral da PCIPR também reforçou a participação da equipe envolvida na elaboração do livro, destacando a dedicação e o empenho dos peritos. “Quero registrar o reconhecimento aos nossos peritos que participaram diretamente dessa construção e, em especial, ao perito criminal federal Carlos Palhares, idealizador da iniciativa e responsável por conduzir, com excepcional dedicação e competência, o grupo de trabalho que tornou possível a entrega deste livro”, diz.

CONTRIBUIÇÃO DA PCIPR – O capítulo assinado por Thaís e colaboradores detalha a relevância dos exames odontolegais como método seguro de identificação individual. O texto descreve técnicas aplicadas no confronto de registros produzidos antes e após a morte via análise de particularidades da dentição (como avaliação de restaurações e registro das características morfológicas dos dentes), além de orientações para padronização e documentação dos registros odontológicos integrados aos sistemas da Rede PCI Conecta. 

O capítulo também aborda os procedimentos de coleta e organização de dados — incluindo a busca ativa de prontuários odontológicos e o diálogo com familiares e instituições de saúde — e explica os protocolos de exames em remanescentes humanos não identificados, desde a preparação até o registro fotográfico e o detalhamento técnico utilizado nas comparações com bancos nacionais.

“Ao atuar em perícias de identificação humana pela dentição, foi possível observar, ao mesmo tempo, a rapidez com que é possível resolver um caso e devolver a identidade para alguém e, também, como a ausência de um fluxo estabelecido para obtenção e compartilhamento de dados pode prejudicar todo o processo de identificação de uma pessoa desaparecida”, explica Thaís. 

Outro eixo central do capítulo é a integração da Odontologia Legal com as demais áreas periciais, como Antropologia Forense, Genética e Aproximação Facial, reforçando o caráter multidisciplinar da Rede PCI Conecta. O texto ainda apresenta recomendações para implementação do serviço nos estados, abordando composição de equipes, infraestrutura mínima e fluxo de atendimento.

 

 

 

 

 

 

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 Ciclone no RS provoca ventos constantes e rajadas fortes no Paraná nesta quarta-feira

Enquanto o vento é um movimento contínuo do ar, as rajadas são aumentos repentinos da velocidade do ar, por curto espaço de tempo. As duas condições tiveram aumento da velocidade desde a madrugada desta quarta-feira (10) em quase todas as regiões do Paraná, de acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar).

A causa dos ventos fortes é o ciclone extratropical, que se formou no Rio Grande do Sul e já chegou ao Litoral gaúcho. Mesmo não passando sobre o Paraná, ele impactou a condição do tempo trazendo chuvas volumosas entre segunda e terça-feira, e o vento nesta quarta. 

Desde dia 1º de dezembro a velocidade média dos ventos em Curitiba ficou entre 6 km/h e 9 km/h. Nesta quarta-feira, até as 8h, os ventos constantes estavam entre 12 km/h e 26 km/h. Em Paranaguá, até terça-feira (09) a velocidade média não tinha passado de 9 km/h em dezembro, e nesta quarta, após as 5h, já estava entre 9 km/h e 18 km/h. 

Em Pato Branco a velocidade média dos ventos em dezembro não tinha passado de 12 km/h até terça, e nesta quarta já está entre 14 km/h e 22 km/h. Em Maringá, onde a velocidade média neste mês chegou a 11,9 km/h até terça, alcançou entre 10,8 km/h e 24,8 km/h. 

No Oeste a diferença é menor, mas também perceptível: desde o dia 1º a velocidade média dos ventos em Cascavel não tinha ultrapassado de 16,5 km/h, e nesta quarta-feira já teve picos de 17,6 km/h.

As rajadas até as 9h desta quarta-feira também tiveram destaque. Em Curitiba, a estação meteorológica da prefeitura no bairro Boqueirão registrou 72 km/h às 8h50. As estações meteorológicas do Simepar mostraram valores acima de 60 km/h no mesmo período em outras seis regiões.

Entre elas estão Fazenda Rio Grande (60,5 km/h às 8h45), a estação de General Carneiro inaugurada este mês (73 km/h às 7h15), Laranjeiras do Sul (63 km/h às 8h30), Distrito de Horizonte, em Palmas (63,7 km/h às 7h), Santa Maria do Oeste (77,4 km/h às 7h). O maior valor foi registrado no alto da montanha, na nova estação Marumbi Pico: 126,7 km/h às 8h15.

CICLONE – Segundo Lizandro Jacóbsen, meteorologista do Simepar, o ciclone atua sobre a costa litorânea gaúcha, e provoca rajadas de vento de quase 100 km/h nesta quarta. "Especialmente nas cidades portuárias teremos um pouco mais de problemas, em função do mar mais agitado, e as rajadas de vento dificultam a navegação”, explica. 

Apesar do vento, o tempo fica mais abafado no Noroeste, com temperaturas muito próximas aos 30°C na região de Loanda. As máximas chegam aos 29°C em Paranavaí e Umuarama, 27°C em Maringá e Londrina, e 28°C em Cambará. No Oeste, 26°C em Cascavel, 27°C em Foz do Iguaçu. No Sudoeste, 24°C em Francisco Beltrão e 23°C em Pato Branco.

“Em parte do Sudoeste, na área de divisa com Santa Catarina até o Centro-Sul, em Guarapuava, Palmas e General Carneiro, pode ter alguma pancada rápida de chuva ao longo do dia, mas bem localizada, e por isso a temperatura não sobe muito. Em Guarapuava a previsão é de 21°C de temperatura máxima”, ressalta Jacóbsen.

Palmas amanheceu com 14,1°C, e as temperaturas não passarão dos 19°C. Entre os Campos Gerais e a Região Metropolitana de Curitiba, as máximas não devem ultrapassar os 24°C. 

NO MAR – Nesta quinta-feira (11), a direção dos ventos muda, deixa de ser forte e constante no continente e causará impactos no mar. “O vento não será de sudoeste e oeste como nesta quarta-feira, mas sim de sul e sudeste, o que deixa o mar mais agitado na região litorânea do Paraná. Inclusive, poderemos ter algumas ondas mais altas que prejudicam também a navegação no Porto de Paranaguá”, detalha o meteorologista.

CHUVA – O ciclone também causou acumulados de chuva históricos no Paraná. A segunda-feira (08) foi o dia com o maior acumulado de 2025 em Loanda (59,6 mm), e terça-feira (09) foi o dia com o maior acumulado deste ano em Londrina (85 mm). 

Ainda na segunda-feira (08) os maiores acumulados de chuva no Paraná registrados pelas estações meteorológicas do Simepar foram em Altônia (97 mm), Toledo (89,2 mm), Santa Helena (89 mm), e Guaíra (85,6 mm). Já na terça-feira (09), os maiores acumulados de chuva, além de Londrina, foram em Cornélio Procópio (87,6 mm) e Apucarana (84,2 mm).

Nesta quinta-feira, a intensidade do ciclone diminui significativamente, com redução da velocidade dos ventos e possibilidade de pancadas rápidas de chuva apenas no Oeste - predomínio de sol na maior parte do Estado. Na sexta-feira (12), o ciclone não terá mais influência sobre o tempo no Paraná, mas um novo sistema de baixa pressão se forma sobre o Paraguai, favorecendo novamente a formação de temporais, que podem ser localmente severos principalmente no Oeste e Noroeste do Estado.

O Simepar segue monitorando as condições do tempo e orienta a população a acompanhar os alertas emitidos pela Defesa Civil. Basta enviar um SMS para o telefone 40199 com o CEP de sua residência, para receber as informações.

 

 

 

 

 

 

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 Com aumento de 11,8%, Paraná alcança saldo de 143 mil novas empresas em 2025

O Paraná fechou o período de janeiro a novembro de 2025 com saldo positivo de 143.699 novas empresas, que é a diferença entre aberturas (332.989) e baixas (189.290) de novos negócios. O saldo positivo dos primeiros onze meses de 2025 é 11,87% maior que o do mesmo período do ano passado.

Os dados são do Painel Mensal de Aberturas e Baixas de Empresas, da Junta Comercial do Paraná (Jucepar), vinculada à Secretária Estadual da Indústria, Comércio e Serviços, divulgado nesta quarta-feira (10).

Com o registro de 332.989 novos negócios, o Estado aumentou em 16,13% o número de aberturas em relação ao mesmo intervalo de 2024, quando foram abertas 286.736. A maior parte das novas empresas segue concentrada nos MEIs, que representam 73,36% do total (244.292 registros). Em seguida aparecem as Sociedades Limitadas (LTDA), com 82.748 aberturas (24,85%).

Segundo o relatório, especificamente em novembro foram contabilizados 10.480 negócios a mais no Estado, sendo o resultado das 24.482 empresas abertas e das 13.920 que encerraram suas atividades. Esse avanço deixa o Paraná mais próximo de alcançar 2 milhões de empresas em funcionamento.

SELO DE BAIXO RISCO – O painel destaca a ampliação dos enquadramentos como baixo risco, regulamentados pelo Decreto nº 3.434/2023. Até novembro, 41.827 protocolos foram registrados, sendo 23.839 de abertura de negócios e 17.988 de alterações empresariais. Somente em 2025, receberam o selo 26,88% das empresas abertas (exceto MEI).

Entre os municípios, Curitiba lidera o ranking de beneficiados pelo selo de baixo risco, com 13.608 protocolos, seguida por Maringá (3.862), Londrina (2.846) e São José dos Pinhais (1.640).

O Selo de Baixo Risco identifica empresas e atividades econômicas com um baixo potencial de danos à saúde e isenta o funcionamento de licenças emitidas por órgãos como Corpo de Bombeiros, Vigilância Sanitária, Meio Ambiente e Defesa Agropecuária, visando desburocratizar e incentivar o empreendedorismo no Estado.

TEMPO DE ABERTURA – O Paraná também se mantém no ranking dos estados com o melhor tempo no Brasil, para se abrir uma empresa. De acordo com o relatório disponibilizado pela Junta Comercial do Paraná (Jucepar), um paranaense leva 8 horas 50 minutos e 27 segundos para concretizar o negócio.

 

 

 

 

 

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 Governador sanciona lei que transforma Bons Olhos Paraná em política de Estado

O governador Carlos Massa Ratinho Junior sancionou nesta terça-feira (9) a Lei nº 22.885/2025 , que institui oficialmente o Programa Bons Olhos Paraná como política pública permanente. A iniciativa, já implementada em todo o Estado, passa agora a integrar de forma definitiva as ações das áreas de saúde, educação e assistência social voltadas à promoção da saúde ocular de crianças e adolescentes da rede pública.

O objetivo central da nova legislação é garantir avaliação oftalmológica precoce, prevenir casos de cegueira e baixa visão, reduzir desigualdades educacionais e combater a evasão escolar relacionada a dificuldades de visão. O programa inclui triagens, consultas com especialistas, emissão de receituário e a doação gratuita de óculos de grau para os estudantes que necessitarem.

Criado pelo Governo do Estado e financiado com recursos do Fundo para a Infância e Adolescência (FIA), o Bons Olhos Paraná já contemplou mais de 84 mil crianças e adolescentes do 1º ao 9º ano do ensino fundamental da rede pública. Na primeira etapa, 93 municípios foram atendidos, com a entrega de 8,3 mil óculos e investimento de R$ 5 milhões.

“Muitas crianças não conseguem aprender direito, ou têm dor de cabeça enquanto estudam, e muitas vezes isso vem de um problema de visão que ela não sabe que tem e que pode ser resolvido com um simples óculos”, afirmou Ratinho Junior. “Por isso, levamos os atendimentos oftamológicos para as escolas da rede estadual para que as crianças possam fazer exames e aquelas que porventura precisam já recebem os óculos gratuitamente”.

AMPLIAÇÃO DOS ATENDIMENTOS – Em novembro, o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente aprovou a expansão para mais 275 municípios, alcançando praticamente todo o Paraná. Com essa ampliação, 539 mil alunos da rede estadual participarão das triagens e exames, em uma nova fase que soma R$ 64,7 milhões em investimentos do FIA.

A sanção da lei assegura a continuidade destas ações, permitindo que elas sejam executadas de maneira integrada e permanente pela rede estadual. O texto detalha as etapas obrigatórias do atendimento, que incluem triagem, aferição de acuidade visual, consulta oftalmológica ou optométrica, emissão de receituário, escolha da armação e entrega dos óculos.

Para o secretário estadual do Desenvolvimento Social e Família, Rogério Carboni, transformar o Bons Olhos Paraná em lei reforça o compromisso do Estado com políticas públicas que impactam diretamente o aprendizado e o desenvolvimento integral das crianças. “Trata-se de garantir acesso à saúde e de assegurar oportunidades iguais. A sanção consolida um programa que já demonstrou resultados expressivos e que seguirá beneficiando milhares de estudantes”, afirmou.

O programa também prevê encaminhamento à rede de saúde local para acompanhamento e evolução dos tratamentos. Caso o responsável opte por não receber os óculos fornecidos, deverá assinar um termo de abdicação.

A lei define ainda que o monitoramento e a gestão do Bons Olhos Paraná serão conduzidos por uma comissão composta pelas Secretarias de Estado do Desenvolvimento Social e Família (Sedef), da Saúde (Sesa) e da Educação (Seed), podendo incluir outras pastas conforme necessidade.

Entre os objetivos listados na legislação estão a prevenção da cegueira e da baixa visão, sobretudo na população infantil; a identificação precoce de doenças oculares; a promoção da saúde visual dos alunos da rede pública; a melhoria do desempenho escolar; a redução de desigualdades sociais; e o estímulo ao desenvolvimento de tecnologias assistivas.

Para execução das ações, as secretarias envolvidas estão autorizadas a firmar parcerias com organizações da sociedade civil, entidades privadas e demais instituições, além de utilizar recursos orçamentários próprios, que poderão ser suplementados conforme a demanda.

 

 

 

 

 

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 Saúde promove 18º Encontro do PlanificaSUS com foco em saúde mental na atenção primária

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) deu início nesta terça-feira (9) ao 18º Encontro de Tutores Regionais do PlanificaSUS Paraná.

O evento terá três dias de programação, reunirá 110 tutores regionais e discutirá a avaliação da implementação da Saúde Mental na APS e a ampliação desse projeto, além da troca de experiências entre gestores com profissionais do Hospital Israelita Albert Einstein, parceiro técnico na execução da metodologia, para fortalecimento da Rede de Atenção à Saúde (RAS).

O foco dessa edição está na Saúde Mental, uma área prioritária para o Governo do Estado. A Sesa tem investido na qualificação de profissionais não especialistas para o manejo de transtornos mentais, como os decorrentes do uso de álcool e outras drogas, diretamente na porta de entrada do SUS.

Essa abordagem, que utiliza ferramentas como o Manual de Intervenções mhGAP, descentraliza o cuidado e amplia o acesso ao tratamento. O manual foi desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde como ferramenta técnica que oferece protocolos clínicos e diretrizes no manejo de condições prioritárias de saúde mental por profissionais não especializados. No encontro desta semana, os gestores se reúnem para avaliar as estratégias e planejar as ações do próximo ano.

No primeiro dia, a oficina de avaliação foi dedicada exclusivamente às Regionais de Saúde que compõem a Macrorregião Norte (Londrina, Cornélio Procópio, Jacarezinho, Ivaiporã e Apucarana), além da 4ª Regional de Saúde de Irati, composta pelos municípios de Fernandes Pinheiro, Guamiranga, Imbituva, Inácio Martins, Irati, Mallet, Rebouças, Rio Azul e Teixeira Soares.

Na quarta e quinta-feira (10 e 11), o encontro reunirá 110 profissionais de todas as regiões do Paraná. O papel dos tutores regionais é fundamental na metodologia PlanificaSUS Paraná, pois são eles os responsáveis por multiplicar o conhecimento e aplicar a metodologia da Planificação da Atenção à Saúde nas suas respectivas regiões e municípios.

O principal objetivo é a análise dos resultados do Ciclo de Planificação 3, realizado no ano de 2025. A partir desses dados, os tutores definirão estratégias para melhorias na atenção à saúde, concentrando os esforços no fortalecimento dos fluxos e do acolhimento na Linha de Cuidado em Saúde Mental.

“A qualificação dos nossos profissionais é importante para que possamos oferecer um atendimento cada vez mais humanizado e eficiente. O PlanificaSUS Paraná, via formação de tutores, garante que as melhores práticas cheguem a cada unidade de saúde, impactando positivamente a vida dos nossos cidadãos”, explicou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

PLANOS DE AÇÃO – Um dos objetivos centrais do 18º Encontro é a elaboração de um planejamento estratégico para 2026. As discussões e oficinas realizadas durante os três dias servirão de base para a definição de novas metas e a expansão das iniciativas de sucesso.

A diretora de Atenção e Vigilância da Sesa e coordenadora do Grupo Condutor Estadual do PlanificaSUS Paraná, Maria Goretti David Lopes, diz que as análises e as estratégias definidas durante o 18º Encontro de Formação de Tutores Regionais orientarão as ações da Sesa para 2026. “O objetivo é dar continuidade à expansão e qualificação dos serviços, promovendo a articulação contínua entre a Atenção Primária e os serviços especializados, reforçando a missão do PlanificaSUS de proporcionar um atendimento cada vez mais eficiente à população do Paraná”, disse a diretora.

A coordenadora de Projetos e Novos Serviços de Saúde Mental na APS no Hospital Albert Einstein, Ana Alice Freire, destacou que o Paraná assumiu um "compromisso hercúleo" ao levar a discussão da saúde mental para a Atenção Primária em todo o Estado, ressaltando que o encontro de tutores é um espaço estratégico para monitorar e avaliar as ações, garantindo a padronização de processos e a melhoria contínua.

"É muito interessante ver que hoje conseguimos dar acesso às pessoas que têm necessidade de cuidado em saúde mental. Ao mesmo tempo, vamos ajudar a fazer um reordenamento dessa demanda, porque quando a gente atende de uma forma eficaz e assertiva na atenção primária, podemos diminuir o número de internações e até o número de casos de suicídios", afirmou Ana Alice Freire.

RECONHECIMENTO – A pesquisa "Implementação da linha de cuidado de Saúde Mental na APS para a organização da Rede", conduzida por Ana Alice Freire, por meio do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEPAE), recebeu o terceiro lugar na categoria "Produtos e Inovação em Saúde" no 17º Prêmio de Incentivo em Ciência, Tecnologia e Inovação para o SUS do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), na última terça-feira (2).

O trabalho apresenta a experiência do Paraná e de outros quatro estados que adotaram a metodologia e incorporaram a saúde mental na Atenção Primária à Saúde. A premiação reconhece o mérito de pesquisadores e profissionais cujos trabalhos contribuem de forma relevante com o desenvolvimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

PLANIFICASUS PARANÁ – O Paraná é destaque nacional do programa ao implementar a metodologia em 100% dos municípios e já qualificou mais de 18 mil profissionais em formações continuadas em saúde. Essa é uma iniciativa da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Hospital Israelita Albert Einstein (SP), por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (ProadiSUS) do Ministério da Saúde.

A estratégia colabora para que as equipes planejem melhores ações e acompanhem de forma contínua as pessoas visando um atendimento mais organizado, humanizado e resolutivo. O PlanificaSUS Paraná segue se consolidando como uma das principais estratégias para fortalecer a Rede de Atenção à Saúde, promovendo articulação entre a APS e a Atenção Especializada.

 

 

 

 

 

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