10,4 milhões de paranaenses residem em casas e 1,3 milhão em apartamentos, aponta IBGE

No Paraná, cerca de 10,4 milhões de pessoas residem em casas, com 3,7 milhões de domicílios deste tipo (86,2%). Outras 1,3 milhão de pessoas moram em apartamentos, com 595 mil lares nesse modelo. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Anual (PNAD), divulgados nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e que tem como base o ano de 2024.

Cerca de 57% dos paranaenses (6,7 milhões) residem em um imóvel próprio já pago; 23,8% (2,3 milhões) moram em imóvel alugado; 10% (1,2 milhão) residem em um imóvel em processo de quitação; 9% (1 milhão) em imóvel cedido e 0,2% (25 mil) em outras condições. Em todo o Brasil, a maior parte dos domicílios, 61,6% (47,7 milhões), são próprios já pagos, e 6,0% (4,7 milhões) são próprios, porém ainda pagando. 

Dos 4,3 milhões de domicílios do Estado, 4,2 milhões possuem geladeira (representando 11,7 milhões de moradores); 3,7 milhões têm máquina de lavar roupa (10,5 milhões de pessoas); 3 milhões possuem carro (8,7 milhões de moradores); 1 milhão de domicílios também contam com motocicleta na garagem (3,1 milhões de pessoas); e 817 mil residências possuíam carro e motocicleta (2,5 milhões de moradores).

Sobre o número de pessoas em cada domicílio, 30,4% das residências tem dois moradores (1,3 milhão de pessoas); 25,7% tem 3 moradores; 17,6% tem 1 morador, empatado com as residências com 4 moradores; 6,3% possuem 5 moradores; e 2,3% contam com seis moradores ou mais.

OUTRAS CARACTERÍSTICAS – Nos domicílios, 4,3 milhões de pessoas de uma população de 11,8 milhões são responsáveis pelo lar; outros 3,7 milhões são filhos ou enteados; 2,6 milhões são cônjuge ou companheiro; e 1 milhão se encontram em outra condição, como tio, avô ou similares.

A PNAD também traz dados sobre a pirâmide etária do Estado. São 2,3 milhões de paranaenses na faixa de 0 a 14 anos. Na outra ponta, o número de pessoas acima de 60 anos chegou a quase 2 milhões. Dos 15 aos 29 anos são 2,5 milhões; dos 30 aos 44 anos são 2,6 milhões; e dos 45 aos 59 anos são 2,2 milhões de paranaenses. No Paraná, as mulheres são maioria dentre os 11,8 milhões de habitantes, com 6 milhões, 50,9% do total. Os homens representam 49,1%, com 5,8 milhões.

Com relação aos domicílios e a espécie da unidade doméstica, 2,9 milhões são consideradas nucleares (casal com ou sem filho); 763 mil são unipessoais (mora sozinho); 555 mil são estendidas (responsável e outros parentes que não se enquadram como nuclear;) e 47 mil são compostas (responsável vive com alguém sem parentesco).

ÁGUA, ESGOTO E COLETA DE LIXO – No Paraná, 3,9 milhões de domicílios de um total de 4,3 milhões contam com rede geral de distribuição de abastecimento de água, 90,4% do total de residências do Estado. O índice é maior do que a média brasileira, de 86,3%. Todos os municípios atendidos pela Sanepar, por exemplo, tem sistema universalizado de atendimento de água.

Outros 228 mil domicílios contam com abastecimento feito por poço profundo ou artesiano; 121 mil abastecidos por meio de nascente; 64 mil por poço raso, freático ou cacimba; e cinco mil com alguma outra forma de abastecimento. O percentual de domicílios paranaenses com água canalizada também é superior à média brasileira, com 99,9%, ante 98,4% do País. É praticamente a totalidade das 4,3 milhões de residências, sendo que 100% da área urbana e 98,9% da área rural contam com a instalação.

Já sobre a destinação do lixo, 95,4% do que é gerado pelos domicílios paranaenses é coletado diretamente ou em caçamba por serviço de limpeza, correspondendo a 4,1 milhões de lares e abrangendo 11,2 milhões de pessoas. O índice é acima dos 93,1% do que é coletado no Brasil. Outros 169 mil lares no Estado têm o lixo queimado na propriedade (3,9%), abaixo da média nacional, de 6,1%; e 28 mil têm outro destino para os resíduos.

Quase 100% das residências paranaenses possuem banheiro de uso exclusivo, abrangendo 3,8 milhões de lares na área urbana e 456 mil na área rural. Desses domicílios, 3,1 milhões estão ligados à rede geral, rede pluvial ou possuem fossa séptica ligada à rede, com 73,1%. Outros 592 mil possuem fossa séptica não ligada à rede (13,7%) e 572 mil contam com algum outro tipo (13,2%).

Quanto à energia elétrica, 99,9% dos domicílios do Paraná são abastecidos com eletricidade, seja com rede geral ou fonte alternativa. Para o preparo de alimentos, dos 4,3 milhões de domicílios, 4,2 milhões utilizam gás de botijão ou gás encanado, 98,4% do total. Isso equivale a 11,6 milhões de paranaenses do total de 11,8 milhões.

PESQUISA – A PNAD Contínua: Características Gerais dos Domicílios e Moradores reúne informações sobre tipo e condição de ocupação, serviços de saneamento básico e energia elétrica e posse de bens, dados referentes à caracterização dos domicílios, entre outros dados.

Já a caracterização dos moradores apresenta informações sobre distribuição da população, sexo e grupos de idade, cor ou raça e unidades domésticas (arranjos domiciliares). Os dados estão disponíveis no Sidra, o banco de dados do IBGE.

 

 

 

 

 

Por AEN/PR

 

 

Hashtag:
 Estado vai custear análises de pequenas agroindústrias para segurança alimentar

As agroindústrias familiares e propriedades rurais de pequeno porte do Paraná terão apoio do Governo do Estado para realizar análises laboratoriais de forma gratuita ou com desconto, com o objetivo de facilitar a regularização sanitária de produtos de origem animal.

Com expectativa de investimento de R$ 740,8 mil para viabilizar esse projeto, as secretarias da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e da Agricultura e do Abastecimento (Seab) e o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) assinaram uma carta de intenções nesta quinta-feira (21), na cerimônia de abertura da Feira Sabores do Paraná, em Curitiba.

A iniciativa busca reduzir custos para os produtores rurais e assegurar a qualidade dos alimentos que chegam à mesa dos consumidores. O intuito é auxiliar no cumprimento dos requisitos de qualidade sanitária estabelecidos pelo Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf) da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar). Atualmente, 193 municípios já aderiram ao Susaf e 136 agroindústrias estão cadastradas e aptas a receber o benefício.

Na prática, esse apoio técnico assegurará que os produtos atendam aos padrões de segurança alimentar previstos em lei, com aumento da competitividade dos pequenos empreendimentos no mercado e fortalecimento da sustentabilidade econômica dessas propriedades rurais.

O subsídio às análises laboratoriais permitirá a implantação dos Programas de Autocontrole (PAC), conjuntos de procedimentos que garantem higienização, controle de pragas, qualidade da água e rastreabilidade da produção, para prevenir contaminações e evitar multas ou interdições.

“Hoje os agricultores familiares pagam um valor alto pelas análises. Agora contaremos com o Tecpar, que é um laboratório de referência e uma empresa pública do Governo do Estado, fazendo a análise destas amostras e teremos a garantia de um produto de qualidade”, disse o diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins.

“Nós temos os melhores produtos, alguns que já ganharam no Brasil, e agora eles serão desonerados do custo das análises por dois anos”, destacou.

Para o diretor de Ciência e Tecnologia da Seti, Marcos Aurélio Pelegrina, a iniciativa demonstra como políticas públicas baseadas em evidências científicas podem transformar realidades econômicas e sociais.

“Esta iniciativa consolida o compromisso do Estado em transformar pesquisa em ação concreta, gerando desenvolvimento econômico e garantindo segurança alimentar às famílias paranaenses, ao mesmo tempo que fortalece a cadeia produtiva local com base em conhecimento técnico e inovação”, explica.

COMO VAI FUNCIONAR – As análises serão realizadas nos laboratórios do Centro de Tecnologia em Saúde e Meio Ambiente do Tecpar. Os produtores enviarão as amostras seguindo orientações específicas sobre armazenamento e transporte para manter as condições necessárias à análise.

O projeto atenderá agroindústrias familiares registradas no Serviço de Inspeção Municipal (SIM) e cadastradas no Susaf, com seleção baseada em capacidade produtiva e outros critérios. Os custos das análises ficarão a cargo do projeto, enquanto o transporte das amostras será responsabilidade dos produtores.

O diretor-presidente do Tecpar, Eduardo Marafon, observa que a instituição conta com um complexo laboratorial especializado em análises que poderá apoiar os pequenos produtores paranaenses.

“O Tecpar está há 85 anos a serviço da sociedade e esse projeto é mais um passo que conecta o instituto ao campo, neste caso, com as agroindústrias familiares rurais de pequeno do porte, um setor que compõe a base da economia do Paraná. É vocação do instituto apoiar os setores econômicos do Estado em todas as suas frentes”, ressaltou.

COMPLEXO LABORATORIAL – O Tecpar desenvolve soluções tecnológicas para adequação de processos produtivos e realiza ensaios que avaliam a conformidade de produtos e matérias-primas. A estrutura de laboratórios atende empresas dos segmentos ambiental, agrícola, de alimentos e bebidas, de embalagens e da área da saúde, com análises químicas, biológicas e emissão de laudos técnicos.

Entre os serviços estão ensaios de resíduos de medicamentos veterinários e análises que avaliam a qualidade de produtos e as boas práticas de fabricação em alimentos, bebidas e rações animais.

FONTE DE RECURSOS – O projeto será financiado pelo Fundo Paraná, mecanismo de fomento científico e tecnológico do Estado. Os recursos, de origem constitucional, são administrados pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) para impulsionar iniciativas inovadoras e estratégicas. Entre as áreas prioritárias estão agricultura e agronegócio, biotecnologia e saúde, energias sustentáveis, cidades inteligentes e desenvolvimento social, seguindo os princípios de transformação digital e desenvolvimento sustentável.

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Mais de 100 mil empregados: Paraná é líder no 1º semestre nas contratações via Rede Sine

O Paraná abriu vantagem na corrida nacional por empregos e segue isolado na liderança das colocações de trabalhadores pelo Sistema Nacional de Emprego (Sine) em 2025.

De janeiro a julho, foram 102.741 contratações  com intermediação da rede estadual, número que representa 28% de todas as colocações feitas pelo Sine no Brasil no período. O desempenho paranaense supera com folga os números do Ceará (35.016) e de São Paulo (27.938), respectivamente segundo e terceiro colocados.

O resultado é fruto de uma política ativa de empregabilidade, que inclui modernização das Agências do Trabalhador, intensificação de mutirões e parcerias estratégicas com empresas de diversos setores. Apenas no primeiro semestre de 2025, o Paraná já havia registrado 86.571 colocações, superando em 205% o resultado do Ceará e em 272% o de São Paulo. Em julho, foram 16.170 trabalhadores formalmente contratados, número 11% superior ao mesmo mês de 2024 e o melhor resultado para o período nos últimos anos.

De acordo com o secretário estadual do Trabalho, Qualificação e Renda, Do Carmo, a liderança do Paraná é resultado de estratégia e união de esforços. “Não é por acaso que o Paraná está no topo. Trabalhamos com foco, aproximando empresas e candidatos, qualificando profissionais e acelerando contratações. Esse aumento de 11% em julho não é apenas uma estatística: é a prova de que estamos criando oportunidades reais e transformando vidas em todo o Estado”, afirma.

O avanço é sustentado por investimentos superiores a R$ 12 milhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), destinados à modernização da infraestrutura, compra de equipamentos e reformas das Agências do Trabalhador, além da ampliação da oferta de cursos gratuitos em mais de 300 municípios.

Também houve reforço na capacitação das equipes, com treinamentos voltados para o uso do sistema Sine, atendimento ao público e execução de políticas ativas de emprego, em parceria com a Escola de Gestão do Paraná.

Curitiba é um dos motores desse desempenho. Somente na regional da cidade, foram 27 mutirões neste ano, oferecendo mais de 17 mil vagas, atendendo cerca de 21 mil pessoas e encaminhando 4.500 para processos seletivos. No total, em 2025, já foram realizados mais de 100 mutirões no Estado, com cerca de 23 mil vagas ofertadas e quase 1.600 contratações imediatas.

O desempenho paranaense ganha ainda mais relevância quando comparado ao contexto nacional. No acumulado dos sete primeiros meses do ano, o Brasil registrou mais de 360 mil colocações via Sine. O Paraná foi responsável por quase um terço desse total, reforçando a efetividade das ações estaduais na intermediação entre empregadores e candidatos.

“A soma de esforços estruturais e estratégicos cria um ambiente de oportunidades reais, que gera impacto direto na economia e no desenvolvimento social”, acrescentou Do Carmo.

 

 

 

 

Por - AEn

feed-image
SICREDI 02