O Paraná registrou em 2024 o menor volume nas emissões brutas de gases de efeito estufa (GEE) em 15 anos. Segundo a 13ª edição do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (Seeg), coordenada pelo Observatório do Clima, divulgada neste mês, o Estado apresentou uma redução de 10,03%, o índice mais baixo desde 2009.
O levantamento revela que as emissões caíram de 77,05 milhões de toneladas de gás carbônico equivalente (MtCO₂e) para 69,32 MtCO₂e no período. O resultado coloca o Paraná entre as unidades da federação que mais reduziram emissões no País, com o 14º menor volume total de difusões atmosféricas.
De acordo com a coordenadora de Ação Climática e Relações Internacionais da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), Walquíria Biscaia, a diminuição representa um avanço importante para o Estado na busca pela neutralidade climática.
“O número demonstra que as políticas estaduais estão gerando resultados concretos tanto na redução de emissões quanto no aumento da captura de carbono pela vegetação. Essa queda indica que o Estado está conseguindo alinhar desenvolvimento econômico e proteção ambiental, consolidando o Paraná como referência em ação climática”, destaca.
Entre as iniciativas de destaque, ela cita o Selo Clima Paraná – registro público estadual de emissões de GEE, com adesão crescente de empresas e organizações públicas; o Plano de Ação Climática do Paraná (PAC-PR 2024–2050); e o Plano de Descarbonização da Economia Paranaense (Pedep), que apoiam municípios e setores produtivos na transição para práticas sustentáveis.
“É um planejamento robusto, que inclui ainda outras ações como o Mapeamento de Vulnerabilidades Climáticas, conduzido pela Sedest em parceria com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), e o Programa Previna, de combate a incêndios e a proteção de áreas naturais”, explica Walquíria.
Além disso, por meio do Instituto Água e Terra (IAT), autarquia vinculada à Sedest, o Estado firmou acordo com o Secretariado da Diversidade Biológica da Organização das Nações Unidas (ONU) para compensação de emissões. O órgão paranaense vai reparar o carbono emitido por atividades do escritório do secretariado através da restauração ambiental de áreas degradadas no Estado.
O vínculo é até 2030 e prevê diferentes métodos de restauração, como o plantio de árvores nativas e a condução da regeneração natural. Para certificar a compensação, o Estado vai emitir relatórios e fornecer ao órgão todas as informações relacionadas às áreas em recuperação.
“Temos um grande número de empresas e instituições que reconhecem o Paraná como um estado que vai liderar a questão da sustentabilidade e que defende a biodiversidade de forma efetiva”, afirmou o diretor-presidente do IAT, Everton Souza.
Outro ponto é que o órgão intensificou a fiscalização ambiental. Segundo o Relatório Anual do Desmatamento (RAD) no Brasil, divulgado pelo MapBiomas, iniciativa multi-institucional envolvendo universidades, ONGs e empresas de tecnologia, o Paraná reduziu em 64,9% do desmatamento ilegal da Mata Atlântica no Paraná de 2023 para 2024. A manutenção das florestas impacta diretamente no aumento da captura de carbono pelos ecossistemas.
O Instituto faz medições de emissões atmosféricas periodicamente, em chaminés de indústrias licenciadas, conforme parâmetros definidos pela Resolução Sedest nº 02/2025. Nesses pontos, são analisados os principais poluentes lançados na atmosfera, com o objetivo de verificar se as emissões estão dentro dos padrões permitidos.
A qualidade do ar também é monitorada de forma contínua, por meio de estações que seguem os critérios estabelecidos pela Resolução Conama nº 506/2024. Esses dados permitem acompanhar a evolução da poluição atmosférica e orientar políticas públicas de controle e prevenção. Quando constatadas emissões acima dos limites legais, o IAT realiza autuação e instaura processo administrativo contra o empreendimento responsável. As penalidades variam conforme a gravidade da infração.
Por - AEN
As festas de fim de ano se aproximam e as decorações típicas de Natal já ganham espaço nas ruas, fachadas de comércio e residências das cidades. A Copel alerta que a instalação da iluminação natalina requer cuidados especiais para garantir a segurança, tanto em espaços internos como externos.
O gerente executivo de Segurança do Trabalho na Copel, Helio Fernandes de Carvalho Macedo Filho, orienta que na instalação de enfeites de Natal é importante evitar situações de risco que podem causar curtos-circuitos e outras ocorrências vinculadas ao uso ou à proximidade da energia elétrica.
Ele destaca que o cuidado começa na escolha dos enfeites. É necessário verificar a certificação de padrões de qualidade e segurança dos produtos, bem como a compatibilidade com as ligações elétricas. “É importante que as pessoas tenham atenção desde o momento da aquisição de luminárias e enfeites natalinos, observando os dados que estão no rótulo do produto, porque isso pode impactar na segurança depois da instalação. São recomendados produtos certificados, testados e de origem reconhecida”, diz.
“O planejamento da decoração é necessário, porque há vários fatores de risco envolvidos. É preciso verificar nas embalagens se as luminárias são projetadas para uso interno ou externo, porque uma instalação exposta ao tempo pode ressecar pelos efeitos do sol e da chuva e gerar curtos”, alerta Helio Fernandes.
Segundo ele, sobrecargas em tomadas e o superaquecimento de lâmpadas por uso prolongado também podem causar acidentes em espaços fechados, bem como são perigosas instalações em altura em ambientes externos próximos da rede elétrica.
Outra ressalva do especialista em segurança da companhia é para quem vai utilizar os enfeites guardados de anos anteriores. Nesses casos deve ser feita uma inspeção minuciosa das condições do cabeamento de luminárias observando os encaixes adequados de lâmpadas e a existência de emendas e fios quebrados, ressecados ou desencapados. Se encontrados problemas, a instalação não deve ser utilizada nem ligada à rede elétrica.
“Ao ligar as luminárias, quando não houver a possibilidade da utilização de uma tomada por equipamento, a opção mais segura é a da utilização de filtros de linha com fusíveis de proteção. Não se deve utilizar benjamins ou “Tês” que podem causar sobrecargas. Crianças devem ser orientadas a não tocar nas lâmpadas ou conexões elétricas", reforça.
Em áreas externas é essencial tomar o cuidado de ficar longe da rede de energia – tanto na hora de instalar os adornos quanto na disposição da decoração. Caso se faça uso de enfeites em locais elevados, como beirais da casa, telhados, portões ou árvores, é importante observar a distância segura dos fios. Durante a instalação redobre a atenção com o uso de escadas ou varas para erguer a decoração, evitando risco de contato acidental com a rede elétrica.
LOGRADOUROS PÚBLICOS – Para instalações de ornamentos em logradouros públicos que envolvam postes de energia, de parte de prefeituras ou empresas, a Copel deve ser contactada previamente pelos responsáveis. Os projetos natalinos nessas condições exigem responsabilidade técnica, com emissão de ART (Anotação de Responsabilidade Técnica), uma vez que devem seguir normas de segurança que envolvem dimensões específicas e o uso de material compatível que não conduza energia.
Em caso de acidentes que envolvam a rede elétrica, a linha direta com a Copel é o 0800 51 00 116, que pode ser acionada de qualquer telefone.
Por - AEN
O Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR) realizará no dia 16 de dezembro, em Umuarama, no Noroeste do Paraná, o leilão de 147 veículos aptos a circular em via pública.
Os veículos foram recolhidos pela Polícia Militar e não retirados por seus proprietários dentro dos prazos e na forma da legislação. São 102 motocicletas, 18 motonetas, uma caminhonete e 26 automóveis.
O leilão acontecerá na sede do Serviço Social do Transporte e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest/Senat), localizada na avenida Ângelo Moreira da Fonseca, 791 – Parque Danielle.
Poderão participar pessoas físicas e jurídicas, portadoras de CPF ou CNPJ, documento de identidade e maiores de 18 anos, conforme regras descritas no do Detran Paraná.
Há veículos como motocicleta Yamaha/Factor com lance inicial de R$ 1,6 mil; um Onix a partir de R$ 11,6 mil; um Ford/Fiesta a partir de R$ 10,8 mil; e motocicletas Honda/CG que variam de R$ 1 mil a R$ 5 mil. Confira a lista .
VISTAÇÃO E AUTORIZAÇÕES – Os veículos poderão ser examinados nos locais onde se encontram, de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h, nos 10 dias que antecedem ao leilão. As autorizações para acesso aos locais de depósitos exigem apresentação de documento de identidade, reconhecido por lei federal. As autorizações deverão ser obtidas em um dos endereços abaixo, respeitando as regras estabelecidas no edital.
1. Campo Mourão - Av. José Tadeu Nunes, nº 51 – (44) 3518-1900
2. Maringá - Rodovia PR 317, nº 7466 – Zona 07 – (44) 3293-5000
3. Paranavaí – Rua Cel. João Batista Lopes, 252, Jardim Guanabara - (44) 3421-1704
4. Umuarama – Rua Gralha Azul, 4810, Jardim Petrópolis - (44) 3622-5868
5. Assis Chateaubriand – Avenida Radial Leste, 175, Centro Cívico - (44) 3528-1707
6. Ivaiporã – Rua Polônia, 120, Jardim Europa - (43) 3472-1121
7. Palotina – Rua Sete de Setembro, 479, Centro - (44) 3649-1156
8. Terra Boa – Rua Jaime Montovan, 105, Centro - (44) 3641-1820
9. Cianorte – Avenida América, 2212, Zona de Armazém - (44) 3629-1350
10. Sarandi – Av. Antonio Volpato, 450 – Jardim Europa – (44) 3293-5030
11. Engenheiro Beltrão – Avenida Sete de setembro N° 953, Centro – (44) 3537-1864
12. Alto Piquiri – Avenida Brasil, 1097, Centro - (44) 3656-1190
13. Douradina – Avenida Ipiranga, 165, Jardim Itamarati - (44) 3663-1223
14. Farol – Rua Alagoas, 340 – Centro (44) 99863-1851 ou (44) 3563-1190
15. Paranacity – Av. Brasil, 1496. Centro. (44) 3463-1567
16. Perobal – Rua Guilherme Bruxel, 431, Centro - (44) 3625-1250
17. Pérola - Avenida Presidente Vargas, 1357, Centro - (44) 3636-2004
Por - AEn
A delegada Thais Zanatta, responsável pelo Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (NUCRIA) de Cascavel, foi vítima de assédio sexual na última terça-feira (25), em uma farmácia da cidade.
Segundo Zanatta, ela havia saído da academia e feito uma breve parada para comprar uma pomada após bater o joelho. Ao entrar no estabelecimento, foi abordada por um homem que fez comentários de cunho sexual.
Na saída da farmácia, o suspeito continuou com a conduta e abordou outra mulher no local. Zanatta acionou a Polícia Militar que estava próxima e, com apoio de equipes da PM e de seu noivo, que também é delegado, conseguiu abordar o homem.
O suspeito foi conduzido à delegacia e autuado em flagrante pelos crimes de importunação sexual, resistência e ameaça.
A delegada usou as redes sociais para relatar o ocorrido, alertando sobre a importância de denunciar casos de assédio e buscar apoio imediato das autoridades.

Imagem: Reprodução/Instagram
POr - Catve
O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), intensificou em 2025 a estratégia de mutirões para reduzir filas por cirurgias eletivas, consultas e exames.
Foram realizados 83 mutirões neste ano, mobilizando equipes extras, horários estendidos e estruturas adicionais exclusivamente dedicadas a acelerar o atendimento da população pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Os mutirões não atrapalham o fluxo normal dos hospitais pois são feitos fora do horário de rotina, utilizam salas cirúrgicas e equipes extras, não interferem nas cirurgias de urgência e emergência, não ocupam vagas que seriam usadas nos atendimentos do dia a dia e são planejados para não sobrecarregar os profissionais que atuam na linha de frente.
Eles integram o Opera Paraná, programa estadual que já recebeu mais de R$ 1,3 bilhão em investimentos e que tem como foco principal reduzir o tempo de espera por procedimentos de média e alta complexidade, contemplando procedimentos de cirurgia geral, ortopedia, ginecologia, urologia, dermatologia, vascular, entre outras especialidades
Desde o final de 2024, as Secretarias de Estado da Saúde (Sesa) e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) intensificaram ações para acelerar consultas, exames e cirurgias em toda a rede hospitalar do Paraná. Além dos mutirões marcados, realizados em dias específicos, os hospitais universitários também elevaram sua produção em modelos diferenciados, garantindo atendimento acelerado em várias áreas.
“Por trás de cada número há um paciente que esperava por uma consulta ou cirurgia. Os mutirões têm cumprido esse papel: devolver qualidade de vida com agilidade, sem interromper o funcionamento dos hospitais”, afirmou o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.
Com o esforço conjunto de equipes médicas, administrativas e de regulação, as ações têm ampliado a capacidade assistencial e reduzido o tempo de espera em diversos municípios.
ESPECIALIDADES – Somente no Dr. Eulalino Ignácio de Andrade, conhecido como Hospital Zona Sul de Londrina (HZS), e nos hospitais que compõem o Complexo Hospitalar do Trabalhador (CHT) foram realizadas 650 cirurgias no formato de mutirão.
O HZS fechará o ano com três mutirões de cirurgias infantis. Dois deles já realizados (12/04 e 02/08) e que resultaram em 44 procedimentos; 32 postectomia e 12 de amígdala e adenóide (A+A). O terceiro mutirão está previsto para acontecer no dia 6 de dezembro.
O CHT frequentemente organiza mutirões de cirurgias eletivas de média e grande complexidade, em regime de caráter especial. Pela complexidade dos casos, a ação envolve uma equipe médica de oito profissionais altamente especializados, que ocupam cinco salas cirúrgicas da unidade.
Desde o início do ano até esta segunda-feira (24), foram realizados 79 mutirões na unidade; 100 cirurgias de joelho, 60 de cirurgia geral, 53 de mão, 108 de membro superior, 63 cirurgias coloproctológicas, 42 procedimentos para tratamento de deformidades craniofaciais — incluindo fissuras labiopalatinas — e outras 180 cirurgias de próteses.
Já no mês de setembro, o Mutirão de Atendimentos de Avaliação de Lesões Suspeitas de Câncer de Pele para os municípios da 2ª Regional de Saúde de Curitiba realizou 148 consultas de agendamento de pacientes que estavam na fila de espera para a especialidade de dermatologia ou casos de lesões suspeitas de câncer de pele.
HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS – O Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná também realizou mutirões nas áreas da cirurgia pediátrica; oftalmologia e Cirurgia do Aparelho Digestivo (CAD). O “mutirão da pediatria” ocorreu em 21 de março e os demais foram encaixados nos dias das agendas das especialidades.
De novembro de 2024 a julho de 2025 o Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais, ligado à Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) realizou a maior ação de aceleração ortopédica já realizada pela unidade.
Embora não tenha ocorrido em um único dia, como nos mutirões tradicionais, a iniciativa funcionou como um mutirão contínuo, com reforço de equipes, agendas ampliadas e produção extra dentro do programa estadual.
Esse esforço inédito permitiu reduzir a fila de 306 pacientes que aguardavam por cirurgias de quadril, joelho e mão — incluindo prótese de quadril, prótese total de joelho, lesões ligamentares, síndrome do túnel do carpo, dedo em gatilho e dedo em martelo.
Em Cascavel, no Hospital Universitário do Oeste do Paraná (Huop), vinculado à Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), entrou em vigor, em setembro de 2024, um contrato anual de aceleração de procedimentos cirúrgicos. A iniciativa permite produção ampliada e contínua, com reforço diário nas agendas das especialidades. A parceria entre a Sesa e a Seti vem garantindo um avanço significativo na fila de atendimento: entre setembro e o momento atual, já foram realizadas 4.983 cirurgias de ortopedia, urologia, cirurgia geral e vascular.
Já os Hospitais Universitários Regionais de Maringá, vinculado à Universidade Estadual de Maringá (UEM) e de Londrina, vinculado à Universidade Estadual de Londrina (UEL), também registraram crescimento expressivo em sua produção assistencial ao longo de 2025, impulsionado pelo fortalecimento das equipes e pela ampliação das agendas.
REDUÇÃO DAS FILAS – O Opera Paraná, implementado pelo Governo do Estado e desenvolvido pela Sesa, está progressivamente diminuindo as filas das cirurgias eletivas e regionalizou os atendimentos, facilitando o acesso da população. Apenas no último ano e meio mais de 1 milhão de procedimentos foram realizados (686 mil em 2024 e 370 mil no primeiro semestre de 2025).
“A ampliação das ações do Opera Paraná tem acelerado de forma consistente a redução das filas por cirurgias eletivas. As parcerias entre hospitais estaduais, municipais e unidades contratualizadas fortalecem o trabalho em rede, permitindo o uso mais eficiente de equipes e estruturas já existentes”, destaca a diretora de Contratualização e Regulação da Sesa, Raquel Mazetti Castro.
“Esse esforço conjunto garante que o acesso à saúde siga os princípios do SUS, oferecendo atendimento universal, integral e com equidade para toda a população.”
Por - AEN
A saúde pública do Paraná dá um salto em planejamento reprodutivo com a incorporação do implante subdérmico contraceptivo de etonogestrel no Sistema Único de Saúde (SUS).
O método, conhecido comercialmente como Implanon NXT, pode custar entre R$ 2 mil e R$ 4 mil no setor privado e agora passa a ser oferecido gratuitamente na rede pública, o que amplia significativamente o acesso a uma tecnologia de ponta para adolescentes e mulheres.
Para garantir a segurança e o cuidado com a nova tecnologia, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), em parceria com o Ministério da Saúde (MS), realizou uma oficina terça-feira (25) de qualificação de profissionais dos 38 municípios referências das 22 Regionais de Saúde.
O implante subdérmico de etonogestrel é um contraceptivo reversível de longa duração (LARC), com eficácia de até três anos e retorno rápido da fertilidade após a remoção. Considerado altamente eficaz, o método reduz falhas comuns relacionadas ao uso contínuo de anticoncepcionais diários ou mensais. A incorporação ao SUS foi estabelecida pelas Portarias MS nº 47 e 48, de 8 de julho de 2025, com previsão de distribuição nacional de 500 mil unidades ainda em 2025 e expansão para 1,8 milhão até 2026.
Incorporar métodos contraceptivos de alta eficácia como o implante é uma estratégia fundamental para o enfrentamento da gestação não intencional. Dados da Pesquisa Nascer no Brasil II (2021/2023) indicam que entre 33% e 40% das gestantes avaliadas não planejaram a gravidez. Em 2022, os partos de parturientes até 19 anos representaram 12,3% de todos os nascimentos no Brasil.
O secretário estadual da Saúde, Beto Preto, destacou que a iniciativa representa um avanço significativo na oferta de métodos contraceptivos e no fortalecimento dos direitos sexuais e reprodutivos. “Ampliar o acesso ao implante é dar mais autonomia e segurança às mulheres paranaenses. Estamos garantindo uma rede preparada, com profissionais qualificados e um método moderno, eficaz e seguro. Investir em planejamento reprodutivo é investir em saúde, dignidade e futuro”, afirmou.
O dispositivo será disponibilizado para adolescentes e mulheres em idade fértil, conforme critérios de elegibilidade definidos pelo Ministério da Saúde. Ele se soma ao conjunto de métodos já ofertados pelo SUS, como DIU de cobre, pílulas, injetáveis, preservativos, laqueadura e vasectomia.
OFICINA E TREINAMENTO – A oficina de qualificação reuniu cerca de 150 profissionais entre médicos, enfermeiros e gestores das 22 Regionais de Saúde, além de representantes do Conselho Regional de Enfermagem do Paraná (Coren/PR) e do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde (Cosems/PR).
Durante a oficina, foram distribuídos kits contendo cartilhas, aplicadores e placebos, assim como um treinamento em braços anatômicos com materiais de simulação para a prática das técnicas de inserção e retirada. Os gestores municipais também participaram de discussões sobre organização da oferta, fluxos assistenciais e planejamento territorial.
A diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes, reforçou o impacto da iniciativa na Atenção Primária à Saúde na redução das desigualdades regionais. “A qualificação dos profissionais e a organização dos serviços são fundamentais para que esse novo método chegue a quem mais precisa. A inserção do implante amplia o cuidado, reduz desigualdades e fortalece os direitos sexuais e reprodutivos de mulheres e adolescentes”, afirmou.
A enfermeira e consultora técnica da Coordenação Geral de Atenção à Saúde das Mulheres (CGESMU) do Ministério da Saúde, Camila Farias, destacou que a ampliação de ofertas é uma estratégia do Ministério da Saúde para dar mais liberdade e autonomia às mulheres. Segundo ela, o implante é o método reversível de longa duração mais seguro e eficaz disponível atualmente e o objetivo é oferecer essa segurança para toda a população brasileira, para que possa se prevenir contra as gestações não planejadas.
"Estamos aqui para reforçar a importância da habilidade técnica, fornecer o insumo e a informação adequada para a população. Temos que fortalecer todos os métodos [contraceptivos] e entender qual o melhor para aquela pessoa que busca a unidade de saúde. O objetivo é fortalecer o que temos no SUS e reforçar que estamos incorporando novas tecnologias para dar acesso à população", concluiu Camila.
DISTRIBUIÇÃO – O Paraná já recebeu 25.620 unidades do implante contraceptivo, que foram integralmente distribuídas aos municípios. Inicialmente, 38 cidades com mais de 50 mil habitantes foram contempladas, conforme diretrizes federais. A previsão é de que, no próximo semestre, o método esteja disponível em todas as 22 Regionais de Saúde, ampliando o acesso ao planejamento reprodutivo em todo o Estado. O dispositivo será disponibilizado para adolescentes e mulheres em idade fértil, conforme critérios de elegibilidade definidos pelo Ministério da Saúde.
A chefe da Divisão de Atenção à Saúde da Mulher da Sesa, Carolina Poliquesi, destacou que o Paraná já estrutura os próximos passos da implantação. As Regionais de Saúde, em conjunto com os municípios, organizarão os fluxos, definirão as equipes qualificadas e ampliarão gradualmente a oferta do implante.
“A incorporação representa uma garantia de direitos na escolha e no momento de ter filhos e para aquelas mulheres que muitas vezes não podem fazer uso de outros métodos já disponíveis no SUS. A mensagem é de ampliação do acesso, acolhimento e utilização das consultas de planejamento sexual e reprodutivo como uma oportunidade de promoção à saúde das mulheres”, afirmou Carolina.
Entre os 38 municípios contemplados nessa primeira fase estão Almirante Tamandaré, Apucarana, Arapongas, Araucária, Cambé, Campina Grande do Sul, Campo Largo, Campo Mourão, Cascavel, Castro, Cianorte, Colombo, Curitiba, Fazenda Rio Grande, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Guarapuava, Ibiporã, Irati, Londrina, Marechal Cândido Rondon, Maringá, Medianeira, Palmas, Paranaguá, Paranavaí, Pato Branco, Pinhais, Piraquara, Ponta Grossa, Prudentópolis, Rolândia, São José dos Pinhais, Sarandi, Telêmaco Borba, Toledo, Umuarama e União da Vitória.
Por -AEN





























