Governo anuncia apoio a pacientes e serviços que oferecem radioterapia

O Ministério da Saúde anunciou, nesta quarta-feira (22), em Brasília, ações para expandir os serviços de radioterapia no Sistema Único de Saúde (SUS). Entre elas, estão: 

  • A criação de um auxílio para custear transporte, alimentação e hospedagem dos pacientes;
  • a centralização da aquisição de medicamentos;
  • o repasse de R$ 156 milhões por ano em estímulo financeiro para que os serviços de saúde ampliem o número de atendimentos.

“Estamos colocando a radioterapia em outro patamar, em relação ao cuidado ao paciente com câncer”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em entrevista coletiva à imprensa. Durante o evento, ele assinou portarias sobre as novas regras para os serviços de radioterapia e para a Autorização de Procedimentos Ambulatoriais de Alta Complexidade (Apac).

De acordo com o Ministério da Saúde, quase 40% dos pacientes do SUS buscam atendimento fora da sua região de saúde para fazer radioterapia e precisam se deslocar, em média, por 145 quilômetros. A radioterapia é indicada em 60% dos casos de câncer.

O novo auxílio garante, então, R$ 150 para custear o transporte e mais R$ 150 por dia para alimentação e hospedagem dos pacientes e acompanhantes.

O Ministério da Saúde publicou ainda, no Diário Oficial da União, uma portaria sobre a assistência farmacêutica oncológica, que visa ampliar o acesso a medicamentos de alto custo. A partir dela, a União assume a responsabilidade pela aquisição de medicamentos para tratamento de câncer, com prioridade para novas tecnologias em oncologia.

A expectativa é reduzir preços em até 60% com as negociações de abrangência e escala nacional. O formato combina compra centralizada feita diretamente pelo ministério, negociações nacionais via registro de preços e aquisições descentralizadas pelos serviços oncológicos, mediante autorização específica.

O novo componente também garante ressarcimento a estados e municípios por demandas judiciais: durante o período de transição de 12 meses, a União reembolsará 80% dos valores judicializados. Além disso, serão criados centros regionais de diluição de medicamentos oncológicos, para reduzir desperdícios e otimizar o uso dos insumos.

As medidas anunciadas para o cuidado ao paciente com câncer fazem parte do programa Agora Tem Especialistas. Lançada em maio deste ano, a iniciativa tem o objetivo de reduzir o tempo de espera por atendimentos especializados na rede pública.

Estímulo financeiro

A nova portaria do Ministério da Saúde mudou a forma de financiamento dos serviços de radioterapia, criando um mecanismo de estímulo financeiro para aumentar o número de pacientes atendidos. Agora, quanto mais pacientes atendidos, mais recursos serão repassados por atendimento, “estimulando ao máximo o uso da capacidade do acelerador linear, equipamento utilizado nas sessões”.

Unidades que atenderem entre 40 e 50 novos pacientes por acelerador linear receberão 10% a mais por procedimento; o acréscimo sobe para 20%, entre 50 e 60; e para 30%, acima de 60 novos pacientes.

“Essa é uma nova lógica para estimular que essa capacidade ociosa possa atender mais e, com isso, reduzir o tempo de espera de quem está aguardando o tratamento”, destacou o ministro Padilha.

Os estabelecimentos que já atendem o SUS passarão a receber progressivamente, por procedimento realizado, por meio do Fundo de Ações Estratégicas e Compensação (FAEC). Até então, os recursos entravam no orçamento geral, no valor fixo repassado mensalmente aos estados e municípios para custeio dos serviços de média e alta complexidade.

“É uma forma direta de remuneração para os estados e municípios, que não disputa com os outros recursos gerais da média e alta complexidade, como é a quimioterapia, porque a gente remunera a quimioterapia pela Apac. Assim, a gente tira a radioterapia de ser o patinho feio do tratamento ao câncer”, afirmou Padilha.

Por fim, o governo quer mobilizar o setor privado, que terá condições especiais para o financiamento de equipamentos de radioterapia. Para isso, deverão ofertar, no mínimo, 30% de sua capacidade instalada para o SUS por, no mínimo, três anos.

“Não tem como você consolidar uma rede pública sem atrair a estrutura privada que existe no Brasil, hoje, de tratamento ao câncer. Porque os equipamentos e boa parte dos profissionais estão concentrados nessa estrutura privada”, disse o ministro.

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

 Professores da rede estadual dão dicas na reta final de preparação para o Enem 2025

A edição de 2025 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) está chegando. Agendado para os dias 9 e 16 de novembro, o exame deve ser realizado por cerca de 5 milhões de pessoas, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Das redes públicas de ensino são mais de 1,3 milhão de alunos, representando 72% dos participantes. Somente no Paraná mais de 195 mil estudantes se inscreveram para as provas. Só na rede estadual de ensino, dentre os concluintes do ensino médio, mais de 72 mil confirmaram a participação e os alunos e professores já estão a todo vapor nos preparativos.

Entre as ações implementadas pela Secretaria da Educação do Paraná (Seed-PR) na preparação dos alunos está o recurso educacional digital Enem Paraná. Viabilizado no mês de março de 2025, a ferramenta oferece videoaulas, simulados e ferramentas personalizáveis de estudo, atendendo diferentes estilos de aprendizagem.

O acesso, online ou offline, pelo computador ou pelo celular, adapta-se às necessidades dos estudantes, que podem ter conteúdos disponíveis quando e onde quiserem.

Além das atividades práticas viabilizadas pelo Enem Paraná, diversas ações voltadas ao preparo dos estudantes estão sendo realizadas diretamente nas escolas. Nas salas de aula, professores têm se dedicado a tirar as principais dúvidas dos alunos, abrangendo desde os protocolos de realização das provas até questões desafiadoras que possam, eventualmente, constar nos exames.

“Essa é uma fase importante, e nossos estudantes não estão sozinhos. Os professores da rede estadual estão muito bem preparados e têm dicas valiosas para ajudar nesse momento”, afirma o secretário estadual da Educação, Roni Miranda, que também reforça o conselho: “Aproveitem cada aula, estejam atentos a cada orientação. Todo esse esforço faz diferença lá na frente”, afirma.

FOCO NA PROVA - Wagner Revoredo, professor de Português do Colégio Estadual Leôncio Correia, de Curitiba, considera primordial que o aluno tenha foco na calma, muito cuidado e atenção para responder questões que exijam interpretação, já que as provas serão extensas, com aproximadamente 10 horas de duração.

“Leia com muita calma o enunciado, o texto de apoio e as alternativas. É importante entender qual informação o examinador quer passar”, aconselha ele. “Por isso, deve-se prestar bastante atenção a como os elementos de apoio – fontes estatísticas, entrevistas, imagens – se relacionam com o enunciado. Entenda o que a questão está pedindo para que você possa entender o que e como o avaliador quer que você responda”, orienta.

Wagner também chama a atenção para a possibilidade de surgirem questões estruturadas em torno de algo muito presente entre o público-alvo da prova: as redes sociais.

“No ano passado, houve uma preocupação muito grande do Enem em trazer questões relacionadas à realidade dos adolescentes, o que indica textos mais focados naquilo que eles estão acostumados a ler”, explica o professor.

“Por exemplo, eles podem trazer um post de rede social, do Instagram, e questionar sobre seu significado imagético, a mensagem que aquela postagem quis passar. O estudante, então, precisa relacionar a imagem em conjunto com o texto que acompanha a publicação para chegar à resposta”, completa Wagner.

REDES SOCIAIS EM ALTA - Dulce Lopes, que também é professora de português no Leôncio Correia, chama a atenção para o impacto do uso de redes sociais, mas agora nas redações.

“Para quem se comunica online, é muito fácil usar a abreviação de palavras e não dar muita atenção à pontuação e à concordância verbal e nominal. Por isso, deve-se tomar um cuidado especial no uso da linguagem formal e da norma culta, porque qualquer desvio pode resultar em diminuição da nota da redação”, alerta ela.

Ainda segundo Dulce, e não menos importante, o candidato também deve se atentar para questões mais práticas, como o preenchimento das linhas disponíveis para a redação.

“Não deixe espaços, utilize a linha na sua totalidade e, preferencialmente, separem as sílabas! A separação silábica é um conteúdo importante que demonstra o seu conhecimento gramatical”, conclui.

ENEM - Em 2025, a aplicação das provas do ENEM será realizada em dois dias: 9 e 16 de novembro em todos o Brasil, com exceção dos municípios de Belém, Ananindeua e Marituba, no Pará que, em virtude da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30) terão as provas aplicadas nos dias 30 de novembro e 7 de dezembro.

Ao todo serão 180 questões que cobrem assuntos de quatro áreas do conhecimento (Ciências Humanas e suas Tecnologias e Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias). A redação está agendada para a primeira etapa do exame, no dia 9 e a proposta é a elaboração de um texto de 30 linhas, no estilo dissertativo-argumentativo, a partir de uma situação-problema, sobre temas de relevância social, cultural, científica e política.

Consideradas principal porta de entrada ao Ensino Superior no Brasil, as notas do ENEM podem ser determinantes para a seleção de candidatos pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e pelo Programa Universidade para Todos (ProUni). O exame também permite aos participantes, pleitear programas de financiamento estudantil, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

UNIVERSIDADES ESTADUAIS - O Sistema Estadual de Ensino Superior do Paraná também considera o Enem para o ingresso de novos alunos. A nota dos estudantes no exame pode ser usada, por exemplo, como complemento ao desempenho nos vestibulares das universidades estaduais de Londrina (UEL), de Maringá (UEM), do Oeste do Paraná (Unioeste), do Centro-Oeste (Unicentro), do Norte do Paraná (UENP) e do Paraná (Unespar). As instituições também adotam o Enem como modalidade única de ingresso em seleções específicas para o preenchimento de vagas remanescentes e ociosas.

Possibilitando a formação superior internacional, desde 2014, o ENEM também tornou-se decisivo no processo de ingresso em universidades portuguesas que tenham acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Pode participar do Enem qualquer pessoa que já tenha concluído ou esteja concluindo o Ensino Médio.

ENEM PARANÁ – Desde março deste ano, a Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR) disponibiliza o recurso educacional digital Enem Paraná para auxiliar os estudantes do 3º ano do ensino médio da rede pública na preparação para o Enem e vestibulares em geral. A plataforma oferece videoaulas, simulados e ferramentas personalizáveis de estudo, atendendo diferentes estilos de aprendizagem, e pode ser acessada de forma online ou offline, pelo computador ou pelo celular.

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Sanepar firma parceria com 4 municípios para investir R$ 41 milhões em infraestrutura

A Sanepar e quatro municípios do Paraná (Candói, Roncador, Prudentópolis e Porto Rico) assinaram ordens de serviço e parcerias em uma série de empreendimentos que somam R$ 41,3 milhões em investimentos para ampliação dos sistemas de esgotamento sanitário e melhorias no abastecimento de água.

Os projetos têm o objetivo de universalizar o acesso à água e esgoto, além de gerar cerca de 5,2 mil novos empregos diretos e indiretos nas regiões.

O diretor-presidente da Sanepar, Wilson Bley, disse que o objetivo é alcançar a meta de universalização do esgoto com disposição da empresa em levar água de qualidade às comunidades rurais. “Essas parcerias são fundamentais para garantir 100% de água potável nas cidades, acompanhando o desenvolvimento socioeconômico, levar o serviço de esgoto para 90% das cidades e expandir o serviço de água potável para as comunidades rurais”, afirmou.

CANDÓI – Em Candói, no Centro-Oeste, o investimento será de R$ 11,3 milhões para a ampliação do sistema de esgotamento sanitário. A ordem de serviço prevê melhorias na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE-Cidade), com a instalação de novas estruturas para o tratamento do esgoto e do lodo gerado no processo.

A cidade já conta com 100% de atendimento de água potável. As melhorias no tratamento de esgoto são necessárias para viabilizar a ampliação do serviço.

O prefeito Aldoino Goldoni Filho (Dino) ressaltou a importância da obra para a saúde da população. "Tratamento de esgoto significa prevenção da saúde das pessoas. Essa parceria de infraestrutura com a Sanepar e o Governo do Estado é um salto para nosso município", afirmou. O projeto em Candói também gera a estimativa de criação de 1.937 novas vagas de empregos diretos e indiretos.

RONCADOR – Em Roncador, na região Central do Estado, o investimento será de R$ 24,4 milhões para a implantação de uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) com capacidade de 13 litros por segundo, beneficiando cerca de seis mil pessoas. O projeto inclui a instalação de mais de 40 mil metros de rede coletora e interceptora de esgoto.

A prefeita Marília Perotta Bento Gonçalves descreveu o projeto como a "realização de um sonho". “A previsão é que a obra crie 2.600 vagas de empregos diretos e indiretos”, acrescentou.

PRUDENTÓPOLIS – Já em Prudentópolis, no Centro-Sul, a Sanepar e a prefeitura assinaram a adesão ao Sistema de Abastecimento de Água por meio do Programa Sanepar Rural. O contrato de R$ 1.671.534,34 prevê 200 novas ligações e a instalação de 42,3 mil metros de rede, beneficiando cerca de 1.000 pessoas na zona rural da Linha Guarapuava.

A Sanepar fornecerá assistência técnica, materiais e capacitação para garantir o acesso à água de qualidade para os moradores do campo.

PORTO RICO – Em Porto Rico, no Noroeste, cidade turística que tem sua população elevada de 3,1 mil para quase 100 mil entre dezembro e fevereiro, a Sanepar e a prefeitura assinaram uma ordem de serviço de R$ 4,4 milhões para ampliação do abastecimento de água. O investimento contempla a instalação de cerca de seis quilômetros de rede, interligações hidráulicas, casa de tratamento, estação elevatória de água tratada, substituição de bombas, entre outros incrementos.

“A parceria vai melhorar a infraestrutura da cidade e atender a todos, incluindo os turistas, com água de qualidade”, disse o prefeito Valtinho do Beira Rio. O projeto também tem a estimativa de gerar aproximadamente 700 novos empregos na região. Atualmente, a cobertura do sistema de esgotamento sanitário em Porto Rico chega a 85% da população.

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Paraná amplia acesso ao ensino técnico com parceria entre Educação e Senai

Quase dois anos após sua implementação, a parceria entre a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed-PR) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-PR) já beneficia mais de 6 mil estudantes da rede pública com cursos técnicos integrados ao Ensino Médio.

A iniciativa leva formação profissional gratuita a jovens de 144 escolas em 23 Núcleos Regionais de Educação (NRE) do Estado.

Firmada no início de 2024, a parceria tem como objetivo ampliar o acesso à educação profissional e tecnológica. Com duração de três anos, os cursos são ofertados de forma integrada ao currículo regular do Ensino Médio e incluem áreas como Mecatrônica, Eletromecânica, Automação Industrial e Biotecnologia.

“Queremos assegurar que os estudantes do Paraná tenham a oportunidade de realizar uma formação técnica e profissional, levando ensino de qualidade para todos. É uma forma eficaz de promover a mobilidade social e o desenvolvimento econômico regional, além de fortalecer o vínculo entre educação e empregabilidade”, destaca o secretário estadual da Educação, Roni Miranda.

Em 2024, foram ofertadas mais de 2 mil vagas em 66 turmas. Em 2025, o número saltou para 6.473 alunos em 223 turmas. A expectativa é continuar expandindo. Em 2026, 14 cursos técnicos estarão disponíveis, incluindo o técnico em Inteligência Artificial, com carga horária de 1.200 horas cada. Os cursos são escolhidos estrategicamente, com oferta adaptável conforme o mercado.

De acordo com a coordenadora técnica do Departamento de Educação Profissional (DEP) da Seed-PR, Eliane Cristina Depetris, a parceria tem oferecido qualificação profissional especialmente nas áreas de tecnologia e inovação. “A oferta ocorre de maneira concomitante intercomplementar, unindo a estrutura das escolas estaduais com a expertise do Senai. É uma ação estratégica de expansão da Educação Profissional e Tecnológica no Paraná”, explica.

O Senai contribui com a infraestrutura de laboratórios, materiais específicos e professores especializados, além de alimentação e transporte para as aulas práticas. Para a diretora regional do Senai-PR, Fabiane Franciscone, a formação técnica é essencial para conectar os jovens ao mundo do trabalho, especialmente à indústria. “O curso técnico de nível médio é essencial para o protagonismo da juventude, pois oferece não apenas uma profissão, mas também desenvolve habilidades como autonomia, criatividade, resolução de problemas e capacidade de inovação.”

A qualidade da formação oferecida pelo Senai é reconhecida pelo setor produtivo. Segundo a pesquisa de acompanhamento de egressos da instituição (2022–2024), 90,5% das indústrias preferem profissionais formados pelo Senai. Maior complexo de educação profissional da América Latina, a instituição está presente em mais de dois mil municípios brasileiros e, no Paraná, são 39 unidades distribuídas em todo o Estado.

NA PRÁTICA – No Colégio Estadual Emílio de Menezes, em Curitiba, são ofertados os cursos de Mecatrônica, Química e Desenvolvimento de Sistemas para seis turmas e um total de 231 estudantes. Valter Marques Junior, coordenador dos cursos técnicos da escola, explica que enquanto o primeiro ano é mais teórico, o segundo têm mais aulas em laboratórios, o que motiva os estudantes. “A gente percebe uma mentalidade diferente desses alunos, com mais autonomia, responsabilidade e proatividade. Além disso, a metodologia do Senai é inquestionável. É uma unanimidade: todos gostam e ficam muito satisfeitos com o ensino que é ofertado”, afirma.

Giovanni Paulo Wolf, de 16 anos, optou pelo curso técnico em Química para seguir os passos do avô. Ele sonha em um dia trabalhar na Petrobras e acredita que o curso irá ajudá-lo na inserção no mercado. “A rotina de aulas é bem elaborada. A gente aprende muito sobre experimentos químicos e como são usados nas indústrias.” A colega de classe Maria Júlia Dias Ferreira destaca que o curso exige esforço, mas vale a pena. “É preciso muita resiliência e força de vontade, porque a gente estuda muito, mas tenho certeza que isso vai me ajudar futuramente para adentrar o mercado de trabalho.”

Outros estudantes do curso de Química também evidenciam o impacto positivo da formação. “As aulas no Senai são bem dinâmicas. É muito mais legal poder aplicar na prática tudo o que você aprendeu”, afirma Ana Laura Souza Madeira, de 17 anos. Já Otávio Gabriel de Matos, 16, enxerga no curso uma oportunidade para melhorar a qualidade de vida. “As aulas são um pouco mais puxadas, mas acredito que isso desenvolve melhor o meu intelecto e que o curso vai abrir portas para possíveis indústrias, além de me ajudar muito na faculdade e na busca de estágios.”

No Colégio Estadual Avelino Antônio Vieira, também na capital, quatro turmas contam com a formação técnica. Para a coordenadora Claudineia Maria Vischi Avanzini, os cursos técnicos ajudam os estudantes a entender na prática a importância da educação. “Muitos dos nossos alunos vêm de famílias ligadas à indústria. A formação técnica aproxima o ensino da realidade do mundo do trabalho. É uma parceria que realmente está dando certo e que funciona.”

COMO PARTICIPAR – As turmas dos cursos técnicos são formadas a partir da demanda local. Os interessados devem fazer a inscrição pela Área do Aluno, acessada com CPF e celular previamente cadastrados. A matrícula é realizada após o processo de seleção dos estudantes, que terá o resultado divulgado entre os dias 3 e 7 de novembro. Aqueles que não forem contemplados têm vaga assegurada no Ensino Médio regular e permanecem com cadastro ativo para possíveis chamadas complementares.

 

 

 

 

 

POr - AEN

 Defesa Civil e Ipardes vão criar indicadores de vulnerabilidade socioambiental no Paraná

A Defesa Civil do Paraná e o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) se reuniram terça-feira (21) para dar sequência ao termo de cooperação técnica firmado em maio entre os dois órgãos, iniciando a primeira etapa conjunta do projeto de pesquisa “Vulnerabilidade Socioambiental aos Riscos de Desastres Naturais nos Municípios do Estado do Paraná”, financiado por meio do Fundo Paraná de Ciência e Tecnologia.

Esta fase consiste em discussões em grupo para coletar sugestões de possíveis índices em diversas frentes, como exposição aos riscos, acessibilidade para diferentes faixas etárias e capacidade adaptativa das estruturas das defesas civis municipais. A partir dessas contribuições, serão elaborados os indicadores de níveis hierárquicos de vulnerabilidade socioambiental para os 399 municípios do Paraná. A intenção é de que eles representem os elementos presentes na vulnerabilidade e na exposição aos riscos de desastres.

O projeto conta com uma equipe multidisciplinar composta por pesquisadores do Ipardes, bolsistas e agentes municipais e estaduais da Defesa Civil, enriquecendo ainda mais o conteúdo do índice, que reúne experiência prática e conhecimento técnico. O presidente do Ipardes, Jorge Callado, falou sobre a importância da execução do termo de cooperação firmado entre as duas instituições para o Estado: “A parceria que firmamos subsidiará as políticas públicas no enfrentamento das vulnerabilidades socioambientais que ocorrerem no Paraná, o que é de fundamental importância”, avalia.

O coordenador executivo da Defesa Civil Estadual, coronel Ivan Ricardo Fernandes, destacou a importância do trabalho que está sendo realizado. “O índice de vulnerabilidade é uma questão que sempre trabalhamos com os municípios, mas muitas vezes de forma empírica. Incluir nesse contexto outras variáveis que envolvam a população é importantíssimo, pois isso vai pautar as nossas ações de Defesa Civil, principalmente nas questões de prevenção nos municípios. O Ipardes nos ajudará nesse trabalho”, finaliza.

O servidor da Defesa Civil Misael Márcio Ferreira Borges também ressaltou a relevância da parceria entre as duas instituições para reunir informações e elementos que fortaleçam as ações preventivas e de resposta a desastres. “Esta integração que ocorre no Estado, mais especificamente com o Ipardes, fará com que surjam uma metodologia, um planejamento e mais eficiência nas nossas ações”, comenta.

De acordo com o coordenador do projeto e geógrafo Cláudio Jesus de Oliveira Esteves, um dos objetivos é servir de incentivo para a elaboração de políticas públicas e gerar impactos positivos para o Estado: “O grande impacto para o Paraná é servir como subsídio para a formulação de políticas públicas, porque, no fundo, o projeto é um diagnóstico da realidade. A partir dele, será proporcionado à Defesa Civil um elemento robusto, que poderá ser utilizado na elaboração de planos de contingência regionais, entre outros”, finaliza.

PRÓXIMOS PASSOS – Na próxima fase do projeto, serão analisadas em profundidade as áreas de risco selecionadas entre os municípios que apresentarem altos níveis de vulnerabilidade socioambiental, a partir dos índices construídos. Na finalização do projeto serão disponibilizados alguns produtos como um Atlas de Vulnerabilidade Socioambiental do Paraná e um Business Intelligence (BI) que terá sua base de dados compartilhada inteiramente com a Defesa Civil.

RECURSO – Previsto no artigo 205 da Constituição Estadual, o Fundo Paraná, gerido pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (SETI), tem como objetivo fomentar o desenvolvimento científico e tecnológico do Estado, financiando pesquisas, projetos de extensão e inovação. Os recursos investidos fortalecem a competitividade científica e tecnológica do Paraná no cenário nacional e internacional.

A integração entre os órgãos demonstra o compromisso da Defesa Civil com a construção e reafirmação da ciência no Estado do Paraná.

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Piana recebe cônsul-geral da Coreia do Sul para tratar da instalação da LG no Paraná

O vice-governador Darci Piana se reuniu nesta terça-feira (21), no Palácio Iguaçu, com o cônsul-geral da Coreia do Sul, Jin-Weaon Chae, para tratar sobre a instalação da LG Electronics em Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Também esteve na pauta do encontro a parceria com o país asiático em áreas estratégicas e os resultados econômicos do Paraná.

Piana destacou o potencial de novas parcerias entre o Estado e a Coreia do Sul com a inauguração da LG Electronics, prevista para 2026. “É mais uma indústria que acredita no Paraná e que está investindo quase R$ 2 bilhões para produção de eletrodomésticos, contratando mais de mil funcionários que vão se beneficiar com a chegada dessa fábrica em Fazenda Rio Grande”, afirmou.

Além disso, o vice-governador citou o recente acordo para permanência de sul-coreanos no País a trabalho, e vice-versa. “Esse é mais um passo para a consolidação das relações entre o Paraná e a Coreia do Sul, com esses trabalhadores estrangeiros trazendo tecnologia e qualificando a nossa mão de obra paranaense, que irá atuar neste grande complexo industrial”, acrescentou Piana.

A fábrica de Fazenda Rio Grande será um dos principais centros de produção da LG na América do Sul. O terreno em que a planta industrial está sendo construída possui cerca de 770 mil metros quadrados e teve as obras iniciadas em agosto de 2024. A previsão é de que elas sejam finalizadas no começo do ano que vem.

Será a segunda planta da multinacional no Brasil, que opera há mais de 27 anos na Zona Franca de Manaus, no Amazonas. A vinda de uma indústria para o Paraná foi articulada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior após uma missão internacional à Coreia do Sul, em 2023. Diversos estados brasileiros tinham interesse em receber a fábrica, mas o bom ambiente econômico e de negócios do Paraná pesaram na decisão dos sul-coreanos.

Como contrapartida, o Governo do Estado repassou recursos para pavimentação de diversas vias urbanas da cidade, entre elas os acessos à nova fábrica da LG. Ao todo, foram liberados R$ 48 milhões para obras de pavimentação dentro do programa Asfalto Novo, Vida Nova, com os recursos utilizados para asfaltar mais de 13 quilômetros de ruas na cidade.

“Temos a primeira fase da estruturação da fábrica da LG, que terá quatro etapas ao todo. Com isso, novas empresas coreanas parceiras devem vir ao Paraná para auxiliar nesse crescimento da indústria. Isso trará novos aportes de investimento para o Estado”, destacou Jin-Weaon Chae.

APRESENTANDO O PARANÁ – Piana também lembrou da parceria entre o Paraná e a Coreia do Sul no campo educacional. Em junho de 2023, após a missão internacional liderada pelo governador Ratinho Junior, o Estado assinou um termo de cooperação com a startup RIIID, referência em tecnologia educacional, para o uso de novas tecnologias na rede estadual de ensino.

Entre as ferramentas desenvolvidas pela startup estão sistemas que utilizam Inteligência Artificial (IA), algoritmos para previsão e mapeamento do aprendizado dos estudantes, sistema de recomendação de conteúdos com base no perfil de cada aluno e de Processamento de Linguagem Natural (PLN).

A infraestrutura paranaense também foi tema do encontro, sobretudo o pacote de concessões rodoviárias do Paraná. Serão 3,3 mil quilômetros de rodovias estaduais e federais concedidas à iniciativa privada, com investimento superior a R$ 50 bilhões.

Além disso, o vice-governador destacou o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) paranaense, que praticamente dobrou nos últimos 7 anos. Em 2018, o PIB do Estado era de R$ 440 bilhões, chegando em 2024 a R$ 718,9 bilhões. Isso fez com que o Paraná passasse de quinta para quarta maior economia do País, ultrapassando o Rio Grande do Sul.

PRESENÇAS – Participaram da reunião o coordenador de Assuntos Políticos do Consulado-Geral da Coreia do Sul em São Paulo, Jorge Noh; e o cônsul honorário da Coreia do Sul em Curitiba, Cristian Kim.

 

 

 

 

 

Por -AEN

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