A Secretaria de Estado da Educação tem 408 escolas de tempo integral. Esse foi um dos marcos celebrados pelo Anuário Brasileiro da Educação Básica, elaborado pela ONG Todos Pela Educação e publicado na última semana, que aponta ganhos significativos nos índices de aprendizagem na rede estadual de ensino, consolidando a posição de destaque da educação paranaense nos componentes curriculares de Língua Portuguesa e Matemática no 5º ano do Ensino Fundamental
Nos últimos anos, no ensino médico, a rede estadual aumentou de 2,7% para 16,6% o número de escolas no modelo de educação em tempo integral dentro da proporção da rede. O percentual está acima da média do Sul (16,2%) e da região Norte (14,47%). No ensino fundamental o salto foi de 13,5% para 19,3% em dez anos, média que fica acima de Minas Gerais (13,2%), região Norte (13,5%), Rio Grande do Sul (7,8%) e Santa Catarina (4,7%).
A expansão da modalidade no Paraná, por meio do Programa Paraná Integral, tem sido essencial na aprendizagem dos mais de 80 mil estudantes. Para as famílias, o modelo representa segurança, acolhimento e suporte no cotidiano escolar.
A educação em tempo integral é um modelo de ensino que amplia a permanência do estudante na escola, com carga horária de 9 horas diárias, incluindo 5 refeições e acompanhamento pedagógico diferenciado. O objetivo é a formação completa do aluno, com um currículo integrado que abrange diversas atividades socioeducativas, culturais, esportivas e tecnológicas, promovendo o desenvolvimento do protagonismo estudantil e a construção do projeto de vida.
“Em 2019, 73 escolas ofertavam educação em tempo integral, em 2023, 250 escolas, e agora temos 408 instituições na modalidade. Até 2026 a expectativa é chegar a 500. Isso é um ganho significativo para as comunidades escolares ligadas ao programa e uma comprovação do sucesso do modelo”, comenta Marytta Renó, coordenadora do programa pela Seed.
Exemplo dessa evolução é que no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), nas escolas do Ensino Médio, com o ensino integral, o Paraná registrou um crescimento de 18% na nota média, o maior crescimento do Brasil entre 2021 e 2023.
Entre as escolas estaduais do ensino fundamental II, que abrangem estudantes do 6º ao 9º ano, 65,6% das unidades que funcionam no modelo integral aumentaram as notas no Ideb entre 2021 e 2023, com uma variação positiva de 14,3% na média das notas. O avanço ficou quase 12 pontos percentuais acima das demais escolas, cuja proporção de melhoria na avaliação foi de 53,9%.
NA PRÁTICA – O Colégio Estadual Newton Ferreira da Costa, de Curitiba, é uma das escolas aderentes ao programa, desde 2023. Para a direção da escola, as mudanças na rotina escolar e o impacto no aprendizado dos alunos é evidente. “Com mais horas de estudo, os alunos têm maior oportunidade de aprofundar conteúdos, reforçar habilidades e reduzir defasagens de aprendizagem. Além disso, o tempo estendido permite atividades complementares, todas alinhadas à Base Nacional Comum Curricular, promovendo novas habilidades cognitivas, sociais e culturais aos estudantes”, afirma Tânia Regina Bendlin, diretora da escola, que atende 370 alunos.
A educação em tempo integral teve impacto nas famílias. A professora e mãe Tayandra Freitas Faccenda conta que percebeu várias mudanças e muito significativas para a rotina da família e na formação dos seus filhos. “No começo, foi um desafio muito grande, porque a ideia de eles passarem mais tempo na escola parecia que iria reduzir os nossos momentos juntos, mas na prática aconteceu o contrário. Hoje, o tempo que nós conversamos em casa é de muito mais qualidade”, assegura.
“Eles chegam cheios de histórias para contar, com novos aprendizados, mais autonomia e um olhar bem diferente para o mundo. Isso fortaleceu as nossas conversas à mesa e até os momentos de descanso ficaram mais ricos, porque eu consigo perceber o quanto eles amadureceram”, acrescenta.
Ela também conta que na rotina da casa houve um impacto positivo, porque o dia ganhou mais organização e menos correria. “Agora, eu sei que eles estão em um espaço seguro, aprendendo e se desenvolvendo, e também aproveitando as oportunidades que muitas vezes seriam inviáveis fora da escola, como esportes, oficinas com as matérias eletivas as quais eles participam, momentos culturais e projetos diferenciados", diz.
"Isso também trouxe tranquilidade para mim e para toda a minha família, porque conseguimos ajustar melhor os horários de trabalho e responsabilidades domésticas, e ainda reservar um tempo exclusivo para estar com eles sem a sensação de pressa”, explica.
Confira a linha do tempo da educação integral no Paraná nos últimos anos:
- 2019 – 73 instituições em tempo integral
- 2021 – 92 instituições, sendo 34 no modelo Paraná Integral
- 2022 – 167 instituições e realização do I Encontro de Jovens Protagonistas, com foco em projeto de vida
- 2023 – 253 instituições e unificação do Programa Paraná Integral, agora política pública permanente (Lei Federal nº 14.640 e Lei Estadual nº 21.658)
- 2024 – 404 instituições em 234 municípios
- 2025 - 408 instituições em 238 municípios, atendendo mais de 80 mil estudantes
Por - AEN
Cerca de 40 servidores da Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná) se mobilizaram nesta semana, entre 29 de setembro e 1º de outubro, em municípios do Oeste para conscientizar sobre a raiva dos herbívoros.
A iniciativa é o Adapar Educa a Campo – Enfrentamento contra a Raiva dos Herbívoros, uma ação direta em que os profissionais se locomovem para promover palestras, rodas de conversa e orientações no campo, alcançando diversos públicos, além dos produtores rurais.
A mobilização percorreu os municípios de Cascavel, Catanduvas, Ibema, Campo Bonito, Corbélia, Três Barras do Paraná, Quedas do Iguaçu, Laranjeiras do Sul, Medianeira, Lindoeste, Iguatu, Matelândia, Guaraniaçu e Diamante D’Oeste. O objetivo é levar informação e reforçar a importância da prevenção, uma vez que a raiva é uma zoonose, ou seja, afeta tanto animais quanto seres humanos e pode ser fatal.
“Este projeto tem o objetivo de conscientizar e engajar diferentes públicos, não só os produtores rurais, mas também médicos veterinários da iniciativa privada, profissionais das prefeituras, comerciantes de produtos veterinários, agentes de saúde e estudantes”, explica a chefe da Divisão de Raiva dos Herbívoros da Adapar, Elzira Pierre,.
Ela também ressaltou a importância das atividades. “É fundamental que todos compreendam as medidas de prevenção da raiva, porque essa é uma doença sem cura e que leva à morte depois que o animal contrai”.
MOBILIZAÇÃO – A ação dos fiscais de Defesa Agropecuária alcança diferentes setores da comunidade regional. Eventos em câmaras municipais, escolas e colégios agrícolas, cooperativas, sindicatos e prefeituras recebem os servidores da para debater o tema e esclarecer dúvidas.
A Cooperativa da Agricultura Familiar e Solidária (Cooplaf), em Cascavel, foi um dos locais visitados. O presidente da entidade, Aldair Alves, avaliou positivamente a iniciativa. “A vinda da Adapar até os produtores é uma inovação importante que ajuda a criar consciência de prevenção. Para nós, que prezamos por levar conhecimento aos cooperados, a ação foi muito bem-vinda e reforça que a prevenção é sempre o melhor caminho”, afirmou.
Outra ação ocorreu na Cooperativa Agroindustrial de Cascavel (Coopavel), onde responsáveis técnicos da cooperativa participaram de uma apresentação conduzida por médicos veterinários da Adapar. No encontro, os profissionais detalharam aspectos sobre a raiva dos herbívoros, reforçando a importância da prevenção e do cumprimento das medidas de biosseguridade para reduzir os riscos da doença na região.
“Cabe a nós, na região que atuamos, orientar os produtores sobre a importância da vacinação”, reforçou Jefferson Douglas Gazzi, responsável técnico da área veterinária da Coopavel.
As escolas também foram contempladas. Em Catanduvas, alunos da rede municipal, do 1º ao 5º ano da Escola Frei Henrique de Soares, participaram de uma apresentação sobre a doença. Para a diretora Sirlei de Souza dos Passos, a atividade foi bem aproveitada pelos estudantes. “As palestrantes da Adapar trouxeram o tema para a realidade dos alunos, muitos deles filhos de produtores. Recebemos até retorno dos pais, relatando que os filhos chegaram em casa explicando o que aprenderam. Isso mostra o quanto a iniciativa foi positiva e inovadora”, destacou.
A coordenadora do Programa Adapar Educa a Campo, Cláudia Gebara, avaliou de forma positiva a mobilização nos municípios do Oeste. Para ela os encontros possibilitaram amplo espaço para esclarecimento de dúvidas a diferentes públicos, desde produtores até profissionais e estudantes de medicina veterinária. “Nossa principal mensagem é clara: vacinar é essencial. Essa mobilização está chegando a todas as camadas e movimentando toda a região Oeste do Paraná”, disse.
VACINAS – A mobilização acontece em um momento decisivo, logo após a publicação da portaria nº 368/2025, que tornou obrigatória a vacinação contra a raiva em 30 municípios da região Oeste. O produtor tem prazo de seis meses para se adequar à medida que foi adotada em razão do número elevado de focos registrados nos últimos anos e dos riscos à saúde pública. Em 2024, o Paraná confirmou 227 focos de raiva, sendo mais da metade nas regiões de Cascavel e Laranjeiras do Sul.
Até o final de setembro de 2025, já foram contabilizados 170 focos em 41 municípios, sendo 88 somente na região Oeste. A proximidade com o Parque Nacional do Iguaçu e a quantidade de pessoas que precisaram de tratamento após contato com animais suspeitos também reforçaram a necessidade da obrigatoriedade.
A raiva é uma zoonose que representa risco tanto para os rebanhos quanto para as pessoas. Transmitida principalmente pelo morcego hematófago, a doença causa prejuízos econômicos aos produtores e ameaça a saúde humana, já que não há cura após a manifestação dos sintomas. Por isso, a vacinação dos herbívoros e a educação sanitária são as principais medidas de controle. Em caso de suspeita/identificação dos sintomas, a Adapar deve ser notificada imediatamente.
No Paraná, a Adapar atua de forma contínua para orientar produtores e comunidades sobre a prevenção, com foco na biosseguridade e na vacinação dos rebanhos. A agência destaca que, em casos suspeitos, o produtor deve notificar imediatamente a Adapar.
Por - AEN
Com o objetivo de atualizar a caderneta vacinal dos caminhoneiros e intensificar a prevenção contra o sarampo na região da Tríplice Fronteira, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), realiza nesta quarta-feira (1º) uma ação extramuros de vacinação no Porto Seco de Foz do Iguaçu. A iniciativa é realizada em parceria com a prefeitura, Regional de Saúde, Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde Fronteira (Cievs) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em uma região de intensa circulação de pessoas entre Brasil, Paraguai e Argentina.
A expectativa é de vacinar cerca de 200 motoristas ao longo do dia. Estão sendo ofertadas vacinas contra hepatite B, difteria e tétano (dT), febre amarela e tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), todas disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Esses imunizantes são fundamentais para a proteção individual e coletiva, reduzindo o risco de surtos de doenças preveníveis.
“Essa ação é estratégica, pois garante a imunização de caminhoneiros, um público em constante circulação, e reforça a proteção contra o sarampo, doença que registra casos nos países vizinhos e que pode ser reintroduzida no Brasil devido ao fluxo de trabalhadores e viajantes da região", explica o secretário estadual da Saúde, Beto Preto. "Esses trabalhadores são fundamentais para movimentar a economia do Estado e do país e precisam ter acesso facilitado às vacinas. Nosso compromisso é proteger a vida e oferecer cuidado a todos os paranaenses”, afirma.
As ações extramuros têm como objetivo levar a saúde até locais de grande circulação ou de difícil acesso, aproximando os serviços da população e garantindo que todos tenham a oportunidade de se vacinar, mesmo fora dos horários e unidades tradicionais de atendimento. A iniciativa integra o conjunto de estratégias do Governo do Estado para ampliar a cobertura vacinal e fortalecer a prevenção de doenças entre diferentes públicos, reforçando a imunização como uma das medidas mais eficazes de proteção à saúde.
COBERTURA VACINAL - Atualmente, a cobertura vacinal no Estado é de 97,62% para hepatite B; 76,93% para febre amarela; 91,25% para a primeira dose da tríplice viral e 79,22% para a segunda dose.
Por - AEN
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) anunciou nesta semana, durante reunião da Comissão Intergestores Bipartite do Paraná (CIB), a criação do Programa Estadual de Apoio à Pessoa com suspeita ou diagnóstico de Deficiência Intelectual e/ou Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Ele receberá aporte de R$ 43,4 milhões ao ano e inicialmente abrangerá 301 municípios e 363 equipes de atendimento que já estão aptas, conforme os termos da resolução própria da Secretaria da Saúde. Essas equipes ampliarão as ações e serviços de tratamento e reabilitação das pessoas diagnosticadas com Deficiência Intelectual e/ou TEA.
"Evoluímos hoje em uma proposta que prevê o pagamento de incentivo para o custeio de equipes que já tenham os profissionais contratados. Vamos juntar esforços com entidades como APAEs, Consórcios de Saúde e ambulatórios das prefeituras", disse o secretário estadual de Saúde, Beto Preto.
Entre as ações que os municípios poderão realizar está a capacitação das atuais equipes e contratação de novos profissionais a fim de garantir um atendimento com equidade, integralidade e universalidade, de forma descentralizada, regionalizada e com transparência. Em outubro, 350 profissionais do Paraná serão formados no estado pelo The Scott Center for Autism Treatment/Florida Institute of Technology.
Os profissionais também poderão utilizar os cursos de capacitação disponíveis na Escola de Saúde Pública do Paraná.
Todos os serviços contemplados estarão vinculados ao Sistema de Regulação do Estado com oferta para avaliação de equipe multiprofissional (fisioterapeuta, fonoaudiólogo, psicólogo ou terapeuta ocupacional) e avaliação médica em uma destas especialidades: pediatra, psiquiatra ou neurologista.
Como contrapartida, os municípios deverão inserir os dados de atendimento no sistema CARE-Paraná e o registro das informações nos sistemas de informações oficiais. Essa regulação é importante para que o acesso dos usuários seja organizado e feito de forma transparente.
"O monitoramento e a regulação asseguram acesso equitativo e qualificado aos serviços de saúde. Para isso, a alimentação contínua e fidedigna dos sistemas de informação do SUS é essencial, pois fornece dados para planejar, avaliar resultados e otimizar o uso dos recursos públicos”, disse a diretora de Atenção e Vigilância da Sesa, Maria Goretti David Lopes.
TEA – Essa é uma das ações previstas para atender a crescente demanda relacionada a pessoas com suspeita ou diagnóstico de Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) no Paraná.
Na saúde, envolve ainda a organização e qualificação do cuidado em saúde com educação permanente conforme Protocolo de Avaliação e Atendimento à Pessoa com Autismo, que foi revisado pelo Departamento de Neurologia da Sociedade Paranaense de Pediatria, Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional e Conselho Regional de Fonoaudiologia e uma série de cursos relacionados à temática em parceria com o The Scott Center for Autism Treatment/Florida Institute of Technology.
O Governo do Paraná, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Social e Família (Sedef), também emite a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea). A emissão da carteirinha é gratuita, feita 100% online, e garante comodidade e segurança para as pessoas autistas e suas famílias.
Por - AEN
Setembro terminou com as condições do tempo características de primavera no Paraná. As temperaturas ficaram acima da média histórica para o período em quase todo o Estado, e metade das estações meteorológicas tiveram volumes de chuva dentro a acima da média, enquanto a outra metade registrou menos chuva do que o valor acumulado histórico para o mês. O balanço é do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar).
O último dia do mês registrou temporais. Nesta terça-feira (30) o acumulado de chuva chegou a 40 mm na Lapa e passou dos 30 mm em cidades como Guarapuava, São Mateus do Sul, Santa Helena e Cruz Machado. Os anemômetros de 18 estações meteorológicas do Simepar registraram rajadas de vento acima de 50 km/h.
As rajadas mais fortes foram de 53,3 km/h em Apucarana e Campo Mourão; 50,4 km/h em Capanema; 69,1 km/h em Cascavel; 52,9 km/h em Cianorte; 50,8 km/h em Curitiba; 67 km/h no distrito de Entre Rios, em Guarapuava; 62,3 km/h em Fazenda Rio Grande e em Loanda; 58,3 km/h em Guarapuava; 57,6 km/h na Lapa; 51,5 km/h em Palmas; 64,8 km/h no Distrito de Horizonte, em Palmas; 54,7 km/h em Candói; 54 km/h em Santa Helena; 58 km/h em Santo Antônio da Platina; 56,9 km/h em Toledo; e 63 km/h em Ubiratã.
A chuva desde terça-feira (30) foi causada por um cavado meteorológico (sistema alongado de baixa pressão), que se formou no Paraguai e norte da Argentina e seguiu pelo sul do Brasil, entrando no Paraná pelas regiões Sudoeste, Oeste e Centro-Sul.
RAJADAS E TORNADO – Entretanto, estes não foram os temporais mais fortes do mês. O Simepar classificou um tornado categoria F1 entre as ocorrências do dia 22 de setembro em Santa Maria do Oeste. Naquele dia e no anterior, a passagem de uma frente fria sobre o Estado causou algumas das rajadas de vento mais altas das séries históricas de algumas estações meteorológicas do Simepar. É o caso de Ubiratã, que teve uma rajada de vento de 121 km/h - a mais forte já registrada desde a instalação da estação meteorológica na cidade, em agosto de 2017.
Altônia registrou uma rajada de 102,2 km/h no dia 22 – a mais alta desde maio de 2018, quando a cidade registrou uma rajada de 124,2 km/h. A estação meteorológica em Antonina registrou uma rajada de 70,9 km/h no dia 21 – a mais alta desde junho de 2020, quando a cidade registrou vento que atingiu os 83,5 km/h. Também no dia 21, Francisco Beltrão teve uma rajada de 85,7 km/h, a mais intensa desde março de 2018, quando a estação meteorológica do Simepar na cidade registrou 87,5 km/h.
MÉDIAS – Das 40 estações meteorológicas do Simepar com mais de oito anos de instalação, 15 ultrapassaram a média de volume de chuvas para o mês, e seis ficaram dentro da média, ou seja, com uma diferença pequena entre o volume registrado em 2025 e a média histórica. Na outra metade das estações, o volume de chuvas foi abaixo da média mensal (confira a lista completa abaixo), principalmente no Norte Pioneiro.
Os destaques são Cornélio Procópio e Cambará, que já têm médias de volume de chuva baixas para o mês, e registraram valores ainda mais baixos. Em Cambará a média para setembro é de 80,8 mm e choveu apenas 11,2 mm em setembro de 2025. Em Cornélio Procópio a média é de 59,6 mm, e choveu apenas 9,6 mm no mês em 2025.
“A partir de agora, com o retorno de temporais e chuvas no Estado de forma um pouco mais frequente, aos poucos vai se recuperando o que faltou também durante o inverno", informa Lizandro Jacóbsen, meteorologista do Simepar.
Já as temperaturas médias só ficaram abaixo da média histórica em Laranjeiras do Sul, que tem temperatura média de 19,7°C em setembro e registrou 18,4°C em setembro de 2025. As temperaturas mais baixas do mês foram registradas no dia 23 no Distrito de Entre Rios, em Guarapuava (1,1°C às 4h), Guarapuava (2°C às 6h), e em Palmas (2,1°C às 5h).
Apucarana, com 21,8º C, Cândido de Abreu (21,2°C), Paranavaí (24,1°C), Maringá (24°C) e Londrina, com 22,7°C, tiveram temperaturas médias em setembro de 2025 pelo menos um grau acima da média histórica para o mês. Em algumas estações, durante setembro de 2025, foram registradas as temperaturas mais altas do ano. É o caso de Cambará (37,4°C, às 14h do dia 30), Campo Mourão (35°C, às 14h do dia 20), Loanda (38,1°C, às 16h do dia 20), Maringá (36,1°C, às 14h do dia 20), e Ubiratã (35,9°C, às 14h do dia 20).
“A maior parte dessas chuvas foi por conta de passagens de frente fria a partir do início da primavera. Tivemos um sistema frontal que causou bastante chuva e também temporais no Paraná. As temperaturas se mantiveram acima do normal exatamente pela primeira quinzena estar com tempo muito seco nas regiões paranaenses. Na segunda quinzena as temperaturas amenizaram, mas as médias ainda se mantiveram um pouco acima do normal”, explica Jacóbsen.
Confira os volumes de chuva registrados:
Estação meteorológica / média para setembro / chuva em 2025 no mês
Altônia: 65,8 mm / 94,8 mm
Antonina: 145,6 mm / 138,4 mm
APPA Antonina: 97,5 mm / 131 mm
Apucarana: 103 mm / 69 mm
Capanema: 119,6 mm / 144 mm
Cambará: 80,8 mm / 11,2 mm
Cândido de Abreu: 128,8 mm / 89,8 mm
Cascavel: 130,8 mm / 129,8 mm
Cerro Azul: 101,3 mm / 47,6 mm
Cianorte: 77,4 mm / 96,2 mm
Cornélio Procópio: 59,6 mm / 9,6 mm
Curitiba: 122,3 mm / 70,2 mm
Distrito de Entre Rios, em Guarapuava: 139,4 mm / 179,6 mm
Fazenda Rio Grande: 82,2 mm / 96,4 mm
Irati: 133,5 mm / 85,2 mm
Foz do Iguaçu: 105,3 mm / 119 mm
Francisco Beltrão: 139,5 mm / 126,6 mm
Guaíra: 111,5 mm / 96 mm
Guarapuava: 170,5 mm / 146,6 mm
Guaratuba: 150,3 mm / 106,6 mm
Lapa: 126,5 mm / 133,2 mm
Laranjeiras do Sul: 133,6 mm / 140,2 mm
Loanda: 60,1 mm / 32,6 mm
Londrina: 97,1 mm / 40,2 mm
Maringá: 92,6 mm / 50,4 mm
Palmas: 168,7 mm / 184,6 mm
Palotina: 120,4 mm / 126,8 mm
Paranaguá: 105,7 mm / 70 mm
Paranavaí: 102,2 mm / 33,2 mm
Pinhais: 117,4 mm / 50,6 mm
Pinhão: 136,0 mm / 128,4 mm
Ponta Grossa: 116,5 mm / 44,4 mm
Guaraqueçaba: 107,5 mm / 81,4 mm
Santa Helena: 119,3 mm / 167,8 mm
São Miguel do Iguaçu: 113,8 mm / 149,8 mm
Telêmaco Borba: 121,9 mm / 82,2 mm
Toledo: 137,4 mm / 152,4 mm
Ubiratã: 111,1 mm / 135,4 mm
Umuarama: 101,4 mm / 91,6 mm
União da Vitória: 149,2 mm / 121 mm
Por -AEN
Dados de atendimento de ocorrência do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) demonstram que pessoas entre 20 e 29 anos de idade são o grupo com mais vítimas nos acidentes com colisão de veículos no Estado. Apenas do começo do ano até o fim de setembro, 32.201 indivíduos nessa faixa etária foram socorridos pelo Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate) no Paraná.
De janeiro até o final de setembro de 2024 foram registrados 34.439 acidentes com colisão de veículos entre paranaenses na faixa etária dos 20 aos 29 anos, o que mostra uma retração de 6,95% no número de ocorrências dessa natureza entre o período do ano passado em comparação ao deste ano.
No total, 93.218 pessoas envolvidas em colisões de veículos foram atendidas pelo CBMPR nos primeiros nove meses de 2024 contra 89.150 neste ano, uma redução de 4,56%. Em 2025 também foram registrados 18.583 atendimentos a adultos de 30 a 39 anos de idade e os números seguem em decréscimo relativo nas faixas etárias seguintes: foram 12.943 atendidos entre 40 e 49 anos de idade; 8.194 entre 50 e 59 anos; entre 60 e 69 anos de idade, 3.970; e 2090 acima de 70 anos.
Segundo a capitã do CBMPR, Luisiana Guimarães Cavalca, o grupo mais envolvido corresponde a uma faixa de adultos jovens em idade economicamente ativa. “As estatísticas demonstram que as pessoas de 20 a 29 anos são as que mais se envolvem em acidentes, por ser o grupo mais volumoso, mas também por fatores como a imprudência. Muitos acidentes acontecem na madrugada, em saídas de baladas, e têm consequências mais graves”, explica.
As recomendações do CBMPR quanto aos cuidados no trânsito são as mesmas para todas as faixas etárias, no entanto, os jovens devem estar atentos a alguns sinais. “Para prevenir acidentes, é importante sempre praticar a direção defensiva com as velocidades compatíveis às exigidas nas vias. Assim se evitam colisões e, se elas acontecerem, serão situações menos graves e que não geram vítimas”, afirma a capitã.
PLANO DE REDUÇÃO – O tem um Plano Estadual de Segurança no Trânsito - PETRANS-PR 2025-2030. Ele tem por objetivo fortalecer a implementação das políticas de segurança viária e promover mobilidade sustentável no Estado, oferecendo uma ferramenta robusta para o monitoramento e a avaliação contínua das ações.
Dados de 2020 mostram um índice de mortes no trânsito de 21,7 por 100 mil habitantes no Paraná. O PETRANS-PR tem como meta global trabalhar para reduzir em 50% o índice de mortes no trânsito por 100 mil habitantes até 2030. Tomando como base o ano de 2020, a projeção é que o número caia para 10,8 dentro dos próximos cinco anos.
Para isso, o plano estadual estabelece um conjunto de ações estratégicas que englobam melhorias na infraestrutura viária, fortalecimento de ações intersetoriais entre as áreas de segurança pública, saúde, educação, meio ambiente e mobilidade urbana. Envolve, também, fortalecimento da governança no setor, totalizando 30 metas específicas e 115 ações previstas.
Em 2023, as lesões de trânsito geraram um custo de mais de R$ 20 milhões em internações no Sistema Único de Saúde (SUS) no Paraná. Já em 2024, o valor ficou acima de R$ 18 milhões, dos quais mais de R$ 10 milhões foram de internações por lesões de trânsito envolvendo motocicletas.
Por - AEN