Durante o Maio Amarelo, mês que mobiliza o País pela segurança viária, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) chama a atenção para os impactos irreversíveis causados pelos sinistros de trânsito, perdas de vidas e incapacidades, o que também gera alto custo para o SUS.
Comumente chamados de acidentes, esses eventos são evitáveis e, por isso, não se enquadram na definição estrita de “acidente”.
Segundo levantamento da Sesa, os sinistros envolvendo motocicletas concentram o maior número de internações. Em 2024, foram 8.007 casos, com investimento de R$ 13,4 milhões. Em 2025, até o momento, já são 573 internações, totalizando R$ 838 mil em despesas. As faixas etárias mais afetadas são adultos entre 30 e 59 anos, seguidos por jovens de 15 a 29 anos.
O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, reforça que os dados evidenciam a necessidade de ações integradas e contínuas para prevenir a violência no trânsito. “Cada sinistro representa uma vida impactada, uma família abalada e um custo elevado para o sistema público de saúde”, afirma. “A segurança no trânsito é, antes de tudo, uma questão de saúde pública. Estamos comprometidos em salvar vidas e promover uma verdadeira cultura de paz nas ruas e estradas do Paraná. A prevenção e a conscientização são os caminhos mais eficazes para mudar esse cenário”.
Ele destaca, ainda, que os impactos vão além da hospitalização. “Os custos não se limitam às internações hospitalares, mas também envolvem o atendimento pré-hospitalar, cirurgias de emergência e todo o processo de reabilitação física e emocional”, complementa.
MAIO AMARELO – Durante todo o mês, o Governo do Estado promove ações educativas e mobilizações em diversos municípios, com apoio do Programa Vida no Trânsito (PVT). A iniciativa promove intervenções efetivas com foco na redução de mortes e feridos graves, por meio da melhoria da gestão do trânsito, da segurança viária e veicular, do comportamento dos usuários e da resposta dos serviços de emergência.
O programa está presente em 14 municípios paranaenses: Curitiba, São José dos Pinhais, Foz do Iguaçu, Campo Mourão, Cascavel, Francisco Beltrão, Londrina, Maringá, Paranaguá, Paranavaí, Ponta Grossa, Toledo, Araucária e Umuarama. Essas cidades concentram 44% da população do Estado. Em 2024, apresentaram uma taxa de mortalidade por lesões no trânsito de 15,3 por 100 mil habitantes, abaixo da média estadual de 21,7 por 100 mil.
AÇÕES – O Plano Estadual de Saúde (PES) 2024-2027 estabeleceu como meta a redução da taxa de mortalidade por lesões no trânsito para 15,7 por 100 mil habitantes até 2027. Essa meta está alinhada a compromissos nacionais e internacionais, como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans) e o Plano de Ações Estratégicas para Doenças Crônicas e Agravos Não Transmissíveis do Paraná (Plano de Dant).
Outra iniciativa fundamental é o Plano Estadual de Segurança no Trânsito do Paraná (Petrans 2025–2030), que foi colocado em consulta pública em 5 de maio. O plano adota uma abordagem abrangente e integrada, com foco na estratégia Visão Zero, que busca eliminar mortes e lesões graves no trânsito.
Entre os destaques do Petrans estão as ações baseadas em análise de dados, identificação de fatores de risco e promoção de uma mobilidade mais segura e sustentável para todos os usuários da via.
Por - AEN
A Secretaria da Justiça e Cidadania do Paraná (Seju), por meio da Coordenação Estadual de Proteção e Defesa dos Direitos do Consumidor (Procon-PR), orienta os consumidores para as compras do Dia das Mães, comemorado neste domingo, 11 de maio.
O primeiro passo é elaborar uma lista com os possíveis presentes e, após fazer a sua escolha, o consumidor deve pesquisar preços e concorrentes. Isso evita surpresas desagradáveis e endividamento. O consumidor não pode esquecer de pedir a nota fiscal, ficar atento à veracidade das ofertas e promoções, quais as possibilidades de troca e aos prazos de garantia. Bens não duráveis, como alimentos e cosméticos, têm um prazo de 30 dias, já os bens duráveis (calçados, roupas, bolsas) têm um prazo de 90 dias.
O consumidor deve estar ciente de que a loja só é obrigada a efetuar a substituição em caso de defeitos na mercadoria. Quando o problema for, por exemplo, o tamanho que não ficou adequado, a cor ou modelo que não agradou, o estabelecimento só é obrigado a trocar o produto se tiver se comprometido no momento da compra - tal compromisso deve constar por escrito, seja na etiqueta do produto, na nota fiscal ou em qualquer outro documento que comprove o que foi prometido e quais as condições para se obter a troca como, por exemplo, o prazo.
Para exercer o direito de troca, é importante que o consumidor mantenha a etiqueta do produto e guarde a nota fiscal.
Se a escolha for por eletrônicos ou eletrodomésticos, é obrigatória a entrega de manual, com as instruções em português, para que se entenda como usar o produto. O ideal é que, na hora da compra, seja solicitado um teste do aparelho, para avaliar se os recursos tecnológicos estão funcionando. É importante ainda que o consumidor sempre exija nota fiscal, manual, termo de garantia e a relação das assistências técnicas autorizadas.
Com o aumento da demanda por flores nessa época, a sugestão é que se esteja atento às condições e à procedência das mesmas, se há taxa de entrega, quais os tipos de embalagens e estilos do arranjo disponíveis, pois esses itens fazem diferença no preço final. As cestas de café da manhã também são muito pedidas. O recomendado é adquiri-las de empresas ou pessoas conhecidas. Os produtos embalados, mesmo que não estejam na embalagem original, precisam ter etiquetas com todas as informações obrigatórias, tais como composição e prazo de validade.
"É nossa responsabilidade sempre buscar orientar os consumidores a evitar o superendividamento, riscos de fraudes e outros prejuízos que podem ocorrer em datas comemorativas”, afirma o secretário Santin Roveda.
Segundo a coordenadora do Procon-PR, Claudia Silvano, ao sair às compras o consumidor deve ter uma definição do que pretende adquirir e quanto pretende gastar, levando em conta as condições de pagamento e os juros em caso de parcelamento.
“Se a compra for realizada de maneira virtual deve-se ficar atento à segurança, pesquisando a idoneidade da empresa e relatos de consumidores na própria internet ou através dos registros de queixas nos órgãos de defesa do consumidor”, enfatiza Cláudia. "Na aquisição de roupas e calçados o consumidor deve estar atento às informações contidas na etiqueta (composição do tecido, tamanho, período de trocas, entre outros)".
Por - AEN
Das 10 cidades mais desenvolvidas do País, cinco são no Paraná, de acordo com o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e divulgado nesta quinta-feira (8).
Curitiba, Maringá, Toledo, Marechal Cândido Rondon e Francisco Beltrão conquistaram as maiores notas do Estado e aparecem junto a outros cinco municípios paulistas no topo do ranking nacional.
O IFDM avaliou mais de 5 mil cidades brasileiras sob três perspectivas: emprego e renda, saúde e educação. Eles são divididos em quatro níveis de desenvolvimento socioeconômico: crítico (0 a 0,4), baixo (0,4 a 0,6), moderado (0,6 a 0,8) e alto (0,8 a 1). Quanto mais próximo de 1, mais desenvolvido é o município. Os índices têm como base o ano de 2023, a partir da análise de dados oficiais.
Curitiba aparece na 3ª colocação geral e em 1.º lugar entre as capitais brasileiras, com IFDM de 0,8855, mantendo a liderança e com crescimento de 8,8% em relação ao levantamento de 2013. A Capita lidera em todas as áreas analisadas no recorte com as outras 26 capitais, com nota 1 em emprego e renda; 0,8394 em educação e 0,8171 em saúde, a única com índices acima de 0,8 nas duas últimas áreas.
Em 4º lugar no ranking nacional aparece Maringá, no Noroeste do Estado, com índice de 0,8814. Melhor lugar para se viver no Brasil, segundo ranking da consultoria Macroplan Analytics de 2024, a cidade canção alcançou as notas 1 no quesito emprego e renda, 0,8452 em educação e 0,7991 em saúde. Em nível estadual, ocupa a 2ª colocação.
Toledo (6.º) e Marechal Cândido Rondon (7.º), ambas no Oeste paranaense, aparecem com notas 0,8763 e 0,8751, respectivamente. No caso da primeira, as notas do IFDM foram de 0,9933 para emprego e renda, 0,8386 na educação e 0,7970 em saúde. Já Marechal Cândido Rondon conquistou 0,9862 no quesito emprego e renda, 0,8202 em educação e 0,8188 na área da saúde.
Fecha a lista de representantes paranaenses no top 10 Francisco Beltrão, no Sudoeste do Estado, em 9.º lugar no ranking nacional. A cidade registrou índice geral de 0,8742, sendo 0,9599 na área de emprego e renda, 0,8472 na educação e 0,8156 no quesito saúde.
“Para nós é motivo de orgulho termos cinco das 10 cidades mais desenvolvidas do Brasil, o que demonstra que estamos no caminho certo. Estamos batendo recordes na geração de emprego para a nossa gente, conquistamos a melhor educação do Brasil, segundo o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, e temos feito grandes investimentos para descentralizar a saúde no Estado”, destaca o governador Carlos Massa Ratinho Junior.
“Temos diversos programas estaduais que ajudam no desenvolvimento dos municípios paranaenses, como o Asfalto Novo, Vida Nova, que leva não só asfalto, calçada e galerias pluviais, mas também dignidade para as pessoas, temos também o Ilumina Paraná, para modernização da iluminação pública com LED, e investimentos em infraestrutura de estradas rurais e rodovias espalhadas pelo Estado”, acrescenta o governador.
PARANÁ — O Paraná também aparece entre os estados com o maior número de cidades com IFDM moderado e alto. Segundo a Firjan, 98,3% da população paranaense vive em cidades com índices alto (48,3%) e moderado (50,1%), o que representa cerca de 11,6 milhões de pessoas, de um total de aproximadamente 11,8 milhões de paranaenses.
Apenas 1,7% está em cidades com nível baixo de desenvolvimento (194 mil pessoas). Não há população vivendo em locais classificados como críticas no Paraná. Dos 500 maiores índices em todo o Brasil, 17,8% (71 municípios) estão no Estado.
A Firjan também realizou uma análise específica do Paraná, em que aponta que 9,3% dos municípios atingiram alto desenvolvimento, o dobro da proporção nacional (4,6%), e 85,5% registraram índice moderado. Apenas 5,3% apresentaram baixo desenvolvimento e nenhuma registrou desenvolvimento crítico.
Na comparação com 2013, o IFDM médio das cidades do Estado passou de 0,5717 para 0,7055 em 2023, avanço de 23,4% em dez anos. O Estado possui o terceiro maior IFDM dentre os 26 estados brasileiros, acima da média nacional, de 0,6067, e atrás somente de São Paulo e Santa Catarina. O principal fator para a evolução foi a educação, que registrou alta de 37,2%, seguido por saúde (+27,9%) e emprego e renda (+8,9%). Dos 399 municípios, 395 evoluíram na comparação com 2013.
Confira
a tabela com todos os municípios do Paraná e a análise regionalizada feita pela Firjan.
Por - AEN
As forças policiais do Paraná atingiram uma marca recorde no combate ao crime organizado entre janeiro e março de 2025.
O volume de drogas apreendidas cresceu 155% em relação ao mesmo período do ano passado e foi o maior já registrado em um 1º trimestre desde o início da série histórica, em 2014, quando os dados passaram a ser sistematizados pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp). Enquanto que no primeiro trimestre de 2024 a apreensão de drogas por forças estaduais somou 53,2 toneladas, no mesmo período de 2025 esse volume subiu para 135,7 toneladas.
Entre alguns dos destaques do relatório da Sesp, estão a concentração de apreensões de maconha na região Oeste do Estado, devido à localização geográfica. Já Curitiba e cidades vizinhas da Região Metropolitana foram as que tiveram as maiores apreensões de cocaína.
Além dos números expressivos nas apreensões, o alto volume de entorpecentes retirados de circulação é mais um indicador positivo recente da segurança pública do Paraná na avaliação do secretário estadual da Segurança Pública, Hudson Teixeira. “O combate ao tráfico de droga envolve o monitoramento das fronteiras, cuja missão não é exclusiva do Estado, mas o Paraná tem feito o seu dever de casa, com operações integradas entre as polícias Militar, Civil e as Guardas Municipais”, afirmou o secretário. “Isso tem se refletido na redução significativa nos índices de criacho minalidade, com uma média de aproximadamente uma tonelada e meia de droga retirada de circulação diariamente”, concluiu Teixeira.
No 1º trimestre deste ano, o Estado também registrou o menor número de homicídios da série histórica para o período analisado. Somam-se a isso os índices de furtos e roubos, que também foram os menores – em 45% dos municípios paranaenses não houve registro de roubos entre janeiro e março.
MACONHA – Com 12,6 toneladas confiscadas pelas forças de segurança pública apenas nos três primeiros meses deste ano, Santa Helena liderou as apreensões de maconha neste início de ano. A localização do município, que é separada do Paraguai pelo Lago de Itaipu, a torna uma rota de entrada procurada pelos criminosos, o que também requer uma atuação mais forte das polícias do Paraná.
A vice-liderança em apreensão de maconha foi registrada em Guaíra, no Noroeste do Estado, na fronteira com o Mato Grosso do Sul e uma das principais ligações rodoviárias com o Paraguai. Na cidade, os agentes de segurança estaduais interceptaram mais de 10,6 toneladas da droga que seriam levadas para outras refaz giões do Paraná, Brasil e do mundo nos três primeiros meses de 2025.
Toledo ficou na terceira colocação em volume de maconha apreendida no 1º trimestre, com 9,8 toneladas. O município é um dos maiores na rota do tráfico, tanto de Santa Helena quanto de Guaíra, assim como de Foz do Iguaçu.
Além dessas cidades, outras com grandes volumes de apreensões de maconha foram Maringá (8,5 toneladas), Cascavel (8,1 toneladas), Guarapuava (7,9 toneladas), Foz do Iguaçu (7 toneladas) e Nova Londrina (5,2 toneladas).
No total, 134 municípios do Estado registraram mais de 1 tonelada de maconha confiscada pelos agentes da Polícia Militar e da Polícia Civil.
Somando todas as apreensões, o Paraná totalizou mais de 133,5 toneladas da droga retiradas de circulação e destruídas nos três primeiros meses deste ano. Um aumento de 159% em relação às 51,5 toneladas do mesmo período de 2024 e de 119% em relação à melhor marca até então, atingida no 1º trimestre de 2021, quando as apreensões somaram 60,8 toneladas.
O ano de 2025 também marca o 1º trimestre com maior volume de haxixe apreendido no Estado. Ao todo, 661 quilos da droga, que é derivada da maconha, foram confiscados pelos policiais Militare e Civil – um volume maior do que a soma dos primeiros trimestres dos últimos 11 anos.
COCAÍNA E CRACK – Com dinâmica diferente, a cocaína e seu principal derivado, o crack, tiveram os maiores volumes de apreensões em regiões distintas até agora em 2025.
Curitiba foi de longe a cidade com o maior volume confiscado de cocaína, com 210 quilos. Cerca de 27% dos 782 quilos apreendidos em todo o Paraná entre janeiro e março deste ano foram na Capital.
Balsa Nova, com 107 quilos, Araucária (104 kg), Tijucas do Sul (43 kg) e Quatro Barras (32 kg) também estão entre as cidades com maior volume de cocaína retirada de circulação, reforçando a estratégia acertada de inteligência policial na Região Metropolitana de Curitiba.
Em relação ao crack, o destaque foi para o município de Iporã, no Oeste do Estado, que respondeu por metade do volume apreendido da droga em todo o Estado. Em apenas uma operação realizada pela Polícia Militar em Iporã, em fevereiro, foiram apreendidas mais de meia tonelada de crack, além de três toneladas de maconha, causando prejuízos estimados em R$ 17,7 milhões às organizações criminosas.
No total, mais de uma tonelada de crack deixou de ser traficada graças ao trabalho das polícias estaduais no 1º trimestre deste ano, com apreensões em 182 municípios.
O volume é 124% superior às 476 toneladas apreendidas nos três primeiros meses de 2024 e 81% maior do que as 591 toneladas do mesmo período de 2020, que até então representava o melhor 1º trimestre da série histórica.
DROGAS SINTÉTICAS – O relatório criminal da Sesp também apresenta informações detalhadas sobre as apreensões das duas principais drogas sintéticas em circulação no Brasil: ecstasy e LSD.
No comparativo entre o 1º trimestre de 2025 e 2024, as apreensões de LSD cresceram 96%, de 1.166 para 2.288 pontos – unidade pela qual este tipo de droga é contabilizado.
Os maiores volumes foram apreendidos em Curitiba (1.067 pontos), Londrina (872) e São José dos Pinhais (118).
A Capital também lidera em quantidade de ecstasy recolhido, com 9.830 comprimidos, seguida por Araucária (1.475), Cascavel (683), Paranaguá (647) e Londrina (643).
No total, foram recolhidos 16,3 mil comprimidos em todo o Paraná, volume 8% superior ao dos três primeiros meses de 2024 (15,1 mil).
RELATÓRIO – Mais informações detalhadas sobre as apreensões de drogas no Paraná e outras estatísticas criminais no Estado e nos municípios estão disponíveis no site da Secretaria da Segurança Pública.
Por - AEN
Em tributo ao Dia das Mães, comemorado no próximo domingo (11), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) reforça a importância do cuidado e apoio de mães e bebês na fase da vida que representa o nascimento de um bebê.
Nesses primeiros cinco meses do ano foram registrados 37.014 nascimentos no Paraná, uma média de 308 por dia. No ano passado, no mesmo período, foram registrados 46.137, uma média de 384 por dia. Os números envolvem hospitais e maternidades públicas e privadas.
Quase metade das novas gestantes (49,5%) de 2025 está na faixa etária dos 20 aos 29 anos e 37,8% entre 30 e 39 anos. Mas, acompanhando os novos ritmos de vida, há 3,8% acima de 39 anos.
A comemoração do Dia da Mães é uma oportunidade de ressaltar a importância da maternidade planejada e da saúde da mulher, promovendo o autocuidado e a procura por suporte e apoio quando necessário. A maternidade é uma fase repleta de grandes mudanças na vida de uma mulher. Por isso, o Sistema Único de Saúde (SUS) do Paraná tem uma atenção especial nesse período, apoiando mães e bebês, especialmente na Atenção Primária à Saúde (APS), em que se iniciam as primeiras consultas e acontece o pré-natal.
O Paraná inclusive é destaque no pré-natal. Segundo o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), do governo federal, o Estado é referência nacional no volume de consultas. Os dados mostram que 88,5% das gestantes paranaenses passaram por sete consultas ou mais em 2025. O Plano Estadual de Saúde prevê o monitoramento do número de consultas de pré-natal de maneira permanente, com o objetivo de garantir atenção e cuidado à saúde das gestantes.
De acordo com a chefe da Divisão da Saúde da Mulher da Secretaria, Carolina Poliquesi, a carteira da gestante é um dos instrumentos utilizados desde a gestação ao pós-parto, pela própria gestante e equipe de saúde, e essencial na organização e cuidado. Ela acrescenta ainda que traz as informações mais importantes da mãe e filho e além disso, pode facilitar o atendimento no caso de alguma urgência ou parto antecipado.
“No Paraná ela foi construída e está disponibilizada pela Sesa de forma personalizada, pois comunica diretamente com os preceitos da Linha Guia Materno Infantil, inserida na Rede de Atenção à Saúde. A carteira serve para registrar informações como consultas pré-natais, resultados de exames, vacinas, peso, altura uterina, pressão arterial e outros dados relevantes para o acompanhamento da gestação”, informa.
Todos os profissionais, especialmente médicos e enfermeiros, aproveitam as consultas da gestante para orientá-la sobre os cuidados durante o período gestacional, como a importância da nutrição adequada, do uso de roupas e sapatos confortáveis, e dos seus direitos sexuais e reprodutivos.
IMUNIZAÇÃO – A imunização é outro cuidado essencial que deve fazer parte do pré-natal de toda gestante. Além de evitar problemas graves de saúde em um momento em que o organismo se encontra mais vulnerável, a mulher que mantém a carteira de vacinação em dia protege seu bebê de doenças importantes, uma vez que passa seus próprios anticorpos para o feto via placenta em um processo conhecido como “imunização passiva”. Após o nascimento, o aleitamento materno segue contribuindo para o reforço da imunidade da criança.
Nesse período, as vacinas mais importantes e disponibilizadas pelo SUS incluem a dTpa (difteria, tétano e coqueluche), a Influenza (gripe), e a hepatite B, além da vacina contra a Covid-19. A dTpa deve ser administrada a partir da 20ª semana de gestação e em cada nova gravidez. A vacina contra a gripe é recomendada em qualquer momento da gravidez e durante o puerpério.
Já a vacina da hepatite B também é recomendada, com três doses em qualquer idade gestacional, considerando o histórico de vacinação anterior.
SAÚDE DA MÃE – O Governo do Estado tem um pacote de ações e programas desenvolvidos para a saúde feminina e que refletem diretamente na qualidade de vida da população, de forma especial, das mães paranaenses.
Várias ferramentas auxiliam nesse contexto para dar suporte e atendimento digno a esta população: a Linha Guia de Atenção Materno Infantil (2022), que prevê a organização dos serviços e ações direcionadas cuidado da mulher; e a Planificação da Atenção à Saúde (PAS) consolidada para a qualificação dos profissionais e seus processos de trabalho na assistência ao pré-natal, que tem como premissas estabelecer protocolos de assistência e acesso e capacita as equipes de saúde do Estado.
Além disso, o Estado disponibiliza um curso de pré-natal para a atenção primária e aulas remotas de temas livres realizadas pelo canal de YouTube da Escola de Saúde Pública do Paraná (ESPP), e a qualificação do cuidado obstétrico com a formação do enfermeiro especializado, por meio de dois Programas de Residência, um no Complexo Hospitalar do Trabalhador (CHT) e outro no Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP).
Outro programa envolve o monitoramento e aprimoramento das equipes, ações e carteira de serviços ofertada às gestantes e bebês de risco intermediário e alto risco dentro do Programa de Apoio e Qualificação de Hospitais Públicos e Filantrópicos do SUS Paraná (HOSPSUS).
Além disso, a estratificação de risco, que determinará a referência para o nascimento, tratamento clínico e/ou situações de urgência/emergência na gestação, puerpério e para o recém-nato até 28 dias de vida.
Com isso, há também uma atenção redobrada aos índices de mortalidade infantil. Nos últimos anos a taxa de mortalidade infantil oscila entre 10,9 por mil nascidos vivos (2016) e 10,7 (2024) no Paraná. Segundo o IBGE, em 2023 a taxa de óbitos por mil nascidos vivos no Brasil foi de 12,5.
“A redução da mortalidade infantil constitui um importante desafio para a saúde pública. No Paraná, nos últimos cinco anos, esse indicador apresentou variações, demandando ações efetivas por parte do poder público. Estamos permanentemente trabalhando nessa área”, explicou a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti Lopes
Por - AEN
O governador Carlos Massa Ratinho Junior autorizou nesta quarta-feira (7) a abertura de um concurso público para fortalecer o quadro da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
No total, serão abertas 625 vagas para fortalecer o atendimento de saúde no Paraná. Serão contratados médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e outros profissionais para atender a população dos 399 municípios, organizados por meio das 22 Regionais.
Serão disponibilizadas 309 vagas para Promotor de Saúde Profissional, contemplando funções de nível superior, como enfermeiro (80 vagas), médico (71 vagas), farmacêutico (71 vagas), biólogo (13 vagas), assistente social, psicólogo, odontólogo, entre outros. Além disso, serão abertas 316 vagas para Promotor de Saúde Execução, de nível técnico, distribuídas entre técnico de enfermagem (206 vagas), técnico de laboratório (80 vagas) e técnico de Segurança do Trabalho (30 vagas).
Ratinho Junior destacou que o reforço técnico garante a ampliação dos serviços e o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) em todas as regiões do Estado. “Desde 2016 que o Paraná não promovia um concurso para a Secretaria da Saúde. Vamos iniciar agora o processo e as provas devem acontecer no segundo semestre ou no início ano que vem, para que possamos atrair novos profissionais para compor essa grande equipe”, disse.
Segundo a Sesa, a contratação dos novos profissionais deve gerar um impacto anual de R$ 80 milhões na folha de pagamentos. “Isso é possível graças à nossa organização financeira, que permite viabilizar essa grande contratação de profissionais que vão atender todo o Paraná”, afirmou o governador.
A previsão da Secretaria de Estado da Administração e Previdência (Seap), que está organizando o certame, é de que a instituição da comissão do concurso aconteça num prazo de 10 dias úteis, até 21 de maio. A expectativa é que o edital seja publicado na primeira quinzena de novembro.
PROMOÇÃO – Paralelamente à contratação de novos profissionais, o Governo do Estado também abrirá o prazo para a promoção funcional de servidores da Saúde. Entre os dias 14 de julho e 1º de agosto, aproximadamente 5.500 servidores que preencherem os requisitos poderão protocolar seus pedidos de promoção.
"As duas ações reforçam o compromisso do Governo do Estado com a valorização dos servidores e o fortalecimento da rede pública de saúde em benefício da população paranaense", ressaltou o secretário estadual da Saúde, Beto Preto. “Todos os servidores que têm direito vão poder avançar na carreira, uma medida importante de valorização desses profissionais que tanto se dedicam ao bom atendimento da população”.
As promoções serão concedidas com base em título, escolaridade e merecimento, valorizando o desenvolvimento profissional e o desempenho dos servidores na melhoria contínua dos serviços públicos de saúde. A medida atende cerca de 80% dos profissionais da Saúde e gera um impacto anual de R$ 150 milhões na folha de pagamento dos servidores.
Por - AEN