As forças policiais do Paraná atingiram uma marca recorde no combate ao crime organizado entre janeiro e março de 2025.
O volume de drogas apreendidas cresceu 155% em relação ao mesmo período do ano passado e foi o maior já registrado em um 1º trimestre desde o início da série histórica, em 2014, quando os dados passaram a ser sistematizados pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp). Enquanto que no primeiro trimestre de 2024 a apreensão de drogas por forças estaduais somou 53,2 toneladas, no mesmo período de 2025 esse volume subiu para 135,7 toneladas.
Entre alguns dos destaques do relatório da Sesp, estão a concentração de apreensões de maconha na região Oeste do Estado, devido à localização geográfica. Já Curitiba e cidades vizinhas da Região Metropolitana foram as que tiveram as maiores apreensões de cocaína.
Além dos números expressivos nas apreensões, o alto volume de entorpecentes retirados de circulação é mais um indicador positivo recente da segurança pública do Paraná na avaliação do secretário estadual da Segurança Pública, Hudson Teixeira. “O combate ao tráfico de droga envolve o monitoramento das fronteiras, cuja missão não é exclusiva do Estado, mas o Paraná tem feito o seu dever de casa, com operações integradas entre as polícias Militar, Civil e as Guardas Municipais”, afirmou o secretário. “Isso tem se refletido na redução significativa nos índices de criacho minalidade, com uma média de aproximadamente uma tonelada e meia de droga retirada de circulação diariamente”, concluiu Teixeira.
No 1º trimestre deste ano, o Estado também registrou o menor número de homicídios da série histórica para o período analisado. Somam-se a isso os índices de furtos e roubos, que também foram os menores – em 45% dos municípios paranaenses não houve registro de roubos entre janeiro e março.
MACONHA – Com 12,6 toneladas confiscadas pelas forças de segurança pública apenas nos três primeiros meses deste ano, Santa Helena liderou as apreensões de maconha neste início de ano. A localização do município, que é separada do Paraguai pelo Lago de Itaipu, a torna uma rota de entrada procurada pelos criminosos, o que também requer uma atuação mais forte das polícias do Paraná.
A vice-liderança em apreensão de maconha foi registrada em Guaíra, no Noroeste do Estado, na fronteira com o Mato Grosso do Sul e uma das principais ligações rodoviárias com o Paraguai. Na cidade, os agentes de segurança estaduais interceptaram mais de 10,6 toneladas da droga que seriam levadas para outras refaz giões do Paraná, Brasil e do mundo nos três primeiros meses de 2025.
Toledo ficou na terceira colocação em volume de maconha apreendida no 1º trimestre, com 9,8 toneladas. O município é um dos maiores na rota do tráfico, tanto de Santa Helena quanto de Guaíra, assim como de Foz do Iguaçu.
Além dessas cidades, outras com grandes volumes de apreensões de maconha foram Maringá (8,5 toneladas), Cascavel (8,1 toneladas), Guarapuava (7,9 toneladas), Foz do Iguaçu (7 toneladas) e Nova Londrina (5,2 toneladas).
No total, 134 municípios do Estado registraram mais de 1 tonelada de maconha confiscada pelos agentes da Polícia Militar e da Polícia Civil.
Somando todas as apreensões, o Paraná totalizou mais de 133,5 toneladas da droga retiradas de circulação e destruídas nos três primeiros meses deste ano. Um aumento de 159% em relação às 51,5 toneladas do mesmo período de 2024 e de 119% em relação à melhor marca até então, atingida no 1º trimestre de 2021, quando as apreensões somaram 60,8 toneladas.
O ano de 2025 também marca o 1º trimestre com maior volume de haxixe apreendido no Estado. Ao todo, 661 quilos da droga, que é derivada da maconha, foram confiscados pelos policiais Militare e Civil – um volume maior do que a soma dos primeiros trimestres dos últimos 11 anos.
COCAÍNA E CRACK – Com dinâmica diferente, a cocaína e seu principal derivado, o crack, tiveram os maiores volumes de apreensões em regiões distintas até agora em 2025.
Curitiba foi de longe a cidade com o maior volume confiscado de cocaína, com 210 quilos. Cerca de 27% dos 782 quilos apreendidos em todo o Paraná entre janeiro e março deste ano foram na Capital.
Balsa Nova, com 107 quilos, Araucária (104 kg), Tijucas do Sul (43 kg) e Quatro Barras (32 kg) também estão entre as cidades com maior volume de cocaína retirada de circulação, reforçando a estratégia acertada de inteligência policial na Região Metropolitana de Curitiba.
Em relação ao crack, o destaque foi para o município de Iporã, no Oeste do Estado, que respondeu por metade do volume apreendido da droga em todo o Estado. Em apenas uma operação realizada pela Polícia Militar em Iporã, em fevereiro, foiram apreendidas mais de meia tonelada de crack, além de três toneladas de maconha, causando prejuízos estimados em R$ 17,7 milhões às organizações criminosas.
No total, mais de uma tonelada de crack deixou de ser traficada graças ao trabalho das polícias estaduais no 1º trimestre deste ano, com apreensões em 182 municípios.
O volume é 124% superior às 476 toneladas apreendidas nos três primeiros meses de 2024 e 81% maior do que as 591 toneladas do mesmo período de 2020, que até então representava o melhor 1º trimestre da série histórica.
DROGAS SINTÉTICAS – O relatório criminal da Sesp também apresenta informações detalhadas sobre as apreensões das duas principais drogas sintéticas em circulação no Brasil: ecstasy e LSD.
No comparativo entre o 1º trimestre de 2025 e 2024, as apreensões de LSD cresceram 96%, de 1.166 para 2.288 pontos – unidade pela qual este tipo de droga é contabilizado.
Os maiores volumes foram apreendidos em Curitiba (1.067 pontos), Londrina (872) e São José dos Pinhais (118).
A Capital também lidera em quantidade de ecstasy recolhido, com 9.830 comprimidos, seguida por Araucária (1.475), Cascavel (683), Paranaguá (647) e Londrina (643).
No total, foram recolhidos 16,3 mil comprimidos em todo o Paraná, volume 8% superior ao dos três primeiros meses de 2024 (15,1 mil).
RELATÓRIO – Mais informações detalhadas sobre as apreensões de drogas no Paraná e outras estatísticas criminais no Estado e nos municípios estão disponíveis no site da Secretaria da Segurança Pública.
Por - AEN
Em tributo ao Dia das Mães, comemorado no próximo domingo (11), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) reforça a importância do cuidado e apoio de mães e bebês na fase da vida que representa o nascimento de um bebê.
Nesses primeiros cinco meses do ano foram registrados 37.014 nascimentos no Paraná, uma média de 308 por dia. No ano passado, no mesmo período, foram registrados 46.137, uma média de 384 por dia. Os números envolvem hospitais e maternidades públicas e privadas.
Quase metade das novas gestantes (49,5%) de 2025 está na faixa etária dos 20 aos 29 anos e 37,8% entre 30 e 39 anos. Mas, acompanhando os novos ritmos de vida, há 3,8% acima de 39 anos.
A comemoração do Dia da Mães é uma oportunidade de ressaltar a importância da maternidade planejada e da saúde da mulher, promovendo o autocuidado e a procura por suporte e apoio quando necessário. A maternidade é uma fase repleta de grandes mudanças na vida de uma mulher. Por isso, o Sistema Único de Saúde (SUS) do Paraná tem uma atenção especial nesse período, apoiando mães e bebês, especialmente na Atenção Primária à Saúde (APS), em que se iniciam as primeiras consultas e acontece o pré-natal.
O Paraná inclusive é destaque no pré-natal. Segundo o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), do governo federal, o Estado é referência nacional no volume de consultas. Os dados mostram que 88,5% das gestantes paranaenses passaram por sete consultas ou mais em 2025. O Plano Estadual de Saúde prevê o monitoramento do número de consultas de pré-natal de maneira permanente, com o objetivo de garantir atenção e cuidado à saúde das gestantes.
De acordo com a chefe da Divisão da Saúde da Mulher da Secretaria, Carolina Poliquesi, a carteira da gestante é um dos instrumentos utilizados desde a gestação ao pós-parto, pela própria gestante e equipe de saúde, e essencial na organização e cuidado. Ela acrescenta ainda que traz as informações mais importantes da mãe e filho e além disso, pode facilitar o atendimento no caso de alguma urgência ou parto antecipado.
“No Paraná ela foi construída e está disponibilizada pela Sesa de forma personalizada, pois comunica diretamente com os preceitos da Linha Guia Materno Infantil, inserida na Rede de Atenção à Saúde. A carteira serve para registrar informações como consultas pré-natais, resultados de exames, vacinas, peso, altura uterina, pressão arterial e outros dados relevantes para o acompanhamento da gestação”, informa.
Todos os profissionais, especialmente médicos e enfermeiros, aproveitam as consultas da gestante para orientá-la sobre os cuidados durante o período gestacional, como a importância da nutrição adequada, do uso de roupas e sapatos confortáveis, e dos seus direitos sexuais e reprodutivos.
IMUNIZAÇÃO – A imunização é outro cuidado essencial que deve fazer parte do pré-natal de toda gestante. Além de evitar problemas graves de saúde em um momento em que o organismo se encontra mais vulnerável, a mulher que mantém a carteira de vacinação em dia protege seu bebê de doenças importantes, uma vez que passa seus próprios anticorpos para o feto via placenta em um processo conhecido como “imunização passiva”. Após o nascimento, o aleitamento materno segue contribuindo para o reforço da imunidade da criança.
Nesse período, as vacinas mais importantes e disponibilizadas pelo SUS incluem a dTpa (difteria, tétano e coqueluche), a Influenza (gripe), e a hepatite B, além da vacina contra a Covid-19. A dTpa deve ser administrada a partir da 20ª semana de gestação e em cada nova gravidez. A vacina contra a gripe é recomendada em qualquer momento da gravidez e durante o puerpério.
Já a vacina da hepatite B também é recomendada, com três doses em qualquer idade gestacional, considerando o histórico de vacinação anterior.
SAÚDE DA MÃE – O Governo do Estado tem um pacote de ações e programas desenvolvidos para a saúde feminina e que refletem diretamente na qualidade de vida da população, de forma especial, das mães paranaenses.
Várias ferramentas auxiliam nesse contexto para dar suporte e atendimento digno a esta população: a Linha Guia de Atenção Materno Infantil (2022), que prevê a organização dos serviços e ações direcionadas cuidado da mulher; e a Planificação da Atenção à Saúde (PAS) consolidada para a qualificação dos profissionais e seus processos de trabalho na assistência ao pré-natal, que tem como premissas estabelecer protocolos de assistência e acesso e capacita as equipes de saúde do Estado.
Além disso, o Estado disponibiliza um curso de pré-natal para a atenção primária e aulas remotas de temas livres realizadas pelo canal de YouTube da Escola de Saúde Pública do Paraná (ESPP), e a qualificação do cuidado obstétrico com a formação do enfermeiro especializado, por meio de dois Programas de Residência, um no Complexo Hospitalar do Trabalhador (CHT) e outro no Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP).
Outro programa envolve o monitoramento e aprimoramento das equipes, ações e carteira de serviços ofertada às gestantes e bebês de risco intermediário e alto risco dentro do Programa de Apoio e Qualificação de Hospitais Públicos e Filantrópicos do SUS Paraná (HOSPSUS).
Além disso, a estratificação de risco, que determinará a referência para o nascimento, tratamento clínico e/ou situações de urgência/emergência na gestação, puerpério e para o recém-nato até 28 dias de vida.
Com isso, há também uma atenção redobrada aos índices de mortalidade infantil. Nos últimos anos a taxa de mortalidade infantil oscila entre 10,9 por mil nascidos vivos (2016) e 10,7 (2024) no Paraná. Segundo o IBGE, em 2023 a taxa de óbitos por mil nascidos vivos no Brasil foi de 12,5.
“A redução da mortalidade infantil constitui um importante desafio para a saúde pública. No Paraná, nos últimos cinco anos, esse indicador apresentou variações, demandando ações efetivas por parte do poder público. Estamos permanentemente trabalhando nessa área”, explicou a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti Lopes
Por - AEN
O governador Carlos Massa Ratinho Junior autorizou nesta quarta-feira (7) a abertura de um concurso público para fortalecer o quadro da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
No total, serão abertas 625 vagas para fortalecer o atendimento de saúde no Paraná. Serão contratados médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e outros profissionais para atender a população dos 399 municípios, organizados por meio das 22 Regionais.
Serão disponibilizadas 309 vagas para Promotor de Saúde Profissional, contemplando funções de nível superior, como enfermeiro (80 vagas), médico (71 vagas), farmacêutico (71 vagas), biólogo (13 vagas), assistente social, psicólogo, odontólogo, entre outros. Além disso, serão abertas 316 vagas para Promotor de Saúde Execução, de nível técnico, distribuídas entre técnico de enfermagem (206 vagas), técnico de laboratório (80 vagas) e técnico de Segurança do Trabalho (30 vagas).
Ratinho Junior destacou que o reforço técnico garante a ampliação dos serviços e o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) em todas as regiões do Estado. “Desde 2016 que o Paraná não promovia um concurso para a Secretaria da Saúde. Vamos iniciar agora o processo e as provas devem acontecer no segundo semestre ou no início ano que vem, para que possamos atrair novos profissionais para compor essa grande equipe”, disse.
Segundo a Sesa, a contratação dos novos profissionais deve gerar um impacto anual de R$ 80 milhões na folha de pagamentos. “Isso é possível graças à nossa organização financeira, que permite viabilizar essa grande contratação de profissionais que vão atender todo o Paraná”, afirmou o governador.
A previsão da Secretaria de Estado da Administração e Previdência (Seap), que está organizando o certame, é de que a instituição da comissão do concurso aconteça num prazo de 10 dias úteis, até 21 de maio. A expectativa é que o edital seja publicado na primeira quinzena de novembro.
PROMOÇÃO – Paralelamente à contratação de novos profissionais, o Governo do Estado também abrirá o prazo para a promoção funcional de servidores da Saúde. Entre os dias 14 de julho e 1º de agosto, aproximadamente 5.500 servidores que preencherem os requisitos poderão protocolar seus pedidos de promoção.
"As duas ações reforçam o compromisso do Governo do Estado com a valorização dos servidores e o fortalecimento da rede pública de saúde em benefício da população paranaense", ressaltou o secretário estadual da Saúde, Beto Preto. “Todos os servidores que têm direito vão poder avançar na carreira, uma medida importante de valorização desses profissionais que tanto se dedicam ao bom atendimento da população”.
As promoções serão concedidas com base em título, escolaridade e merecimento, valorizando o desenvolvimento profissional e o desempenho dos servidores na melhoria contínua dos serviços públicos de saúde. A medida atende cerca de 80% dos profissionais da Saúde e gera um impacto anual de R$ 150 milhões na folha de pagamento dos servidores.
Por - AEN
Durante o mês de maio, a Polícia Civil do Paraná (PCPR) intensifica sua atuação preventiva no trânsito por meio de ações de conscientização e orientação à população. A iniciativa integra o movimento Maio Amarelo, que busca alertar e conscientizar sobre o número de mortes e feridos em acidentes de trânsito.
Além das investigações e responsabilização criminal por infrações de trânsito, a PCPR desenvolve campanhas educativas, atividades orientativas e fiscalização. O foco dessas ações é promover o cumprimento das leis de trânsito e reduzir a ocorrência de comportamentos de risco.
O delegado da Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran), Edgar Santana, destaca que, para evitar sinistros, os condutores devem respeitar os limites de velocidade, utilizar sempre o cinto de segurança, manter distância segura do veículo à frente, evitar o uso do celular ao volante e obedecer a sinalização viária.
O estado de conservação dos veículos também influencia na prevenção, sendo necessário fazer manutenções periódicas. Além disso, é fundamental que condutores redobrem a atenção em horários de grande fluxo e em situações de baixa visibilidade, como em dias de chuva ou neblina.
O respeito à travessia de pedestres, o uso de capacetes por motociclistas e de cadeirinhas para o transporte de crianças também contribuem para a segurança nas vias. Corridas ilegais de veículos, conhecidas como rachas, também configuram crime de trânsito e são alvo de fiscalização da PCPR.
EMBRIAGUEZ – Entre as principais causas de acidentes está a embriaguez ao volante, que representa o crime de trânsito com maior incidência nas unidades da PCPR. A condução de veículo com a capacidade psicomotora alterada representa risco para todos os usuários das vias.
“A infração pode ser constatada de duas formas: pelo teste do bafômetro ou pelo termo de constatação de sinais de alteração da capacidade psicomotora. O teste do bafômetro acusa crime quando o resultado indica 0,34 miligramas ou mais de álcool por litro de ar alveolar”, explica o delegado Santana.
Outra forma de comprovação ocorre por meio do termo de constatação de alteração da capacidade psicomotora. Mesmo sem realizar o teste do bafômetro, o condutor pode ser considerado embriagado caso apresente dois ou mais sinais observáveis, como odor de álcool, olhos vermelhos, fala desconexa, andar cambaleante ou agressividade. Em ambas as situações, o indivíduo pode ser preso em flagrante.
EDUCAÇÃO – A Polícia Civil ressalta que a educação é um dos caminhos mais consistentes para a redução dos sinistros de trânsito. Esse processo deve ser contínuo e envolver a participação da família, das escolas, das empresas e do poder público, promovendo a formação de cidadãos e condutores mais conscientes e responsáveis.
“A população também pode colaborar denunciando condutas criminosas nas vias. As denúncias podem ser feitas, de forma anônima, pelos telefones 197, da PCPR, ou 181, do Disque-Denúncia”, completa o delegado.
Por - AEN
No outono e no inverno o pôr do sol fica diferente, principalmente nas áreas urbanas: o tom alaranjado ganha destaque. Os fatores que fazem com que a cor seja vista com mais intensidade do que o costumeiro céu azul neste período são o percurso mais longo que a luz do sol faz em alguns horários, a inversão térmica e, principalmente, a poluição.
As cores que a população enxerga no céu estão dentro do espectro do visível. As ondas mais curtas desse espectro, como o ultravioleta e o azul, se dispersam melhor entre o meio da manhã e o meio da tarde. Por isso se percebe melhor o azul do céu nos momentos em que o sol está mais vertical.
No entanto, no início da manhã e à tarde, o caminho percorrido pela luz do sol na atmosfera é bem mais longo. “A luz azul e violeta (ondas curtas) é toda espalhada e desviada para longe da nossa linha de visão. Já a luz vermelha, laranja e amarela (comprimento de onda mais longo) consegue atravessar e chegar aos nossos olhos. Poluição e poeira podem intensificar os tons vermelhos e laranjas ao amanhecer e ao entardecer”, explica Fernando Mendes, meteorologista do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar).
Mas por que é mais comum, então, o céu aparecer mais avermelhado no outono e no inverno? A explicação está na inversão térmica. Nessa época do outono e inverno são situações meteorológicas como massas de ar frio que mudam o padrão.
“A inversão térmica ocorre quando uma camada de ar quente fica acima de uma camada de ar fria perto do solo, ao contrário do normal (que é o ar mais frio em altitudes maiores). Isso prende a poluição perto da superfície, piorando a qualidade do ar”, afirma Mendes.
SAÚDE – As áreas urbanas, principalmente as regiões metropolitanas, são as que sofrem as maiores consequências desse represamento de poluentes, principalmente quando acontecem dias seguidos de inversões térmicas. “São áreas com muitas atividades, desde obras, tráfego de veículos e outras situações que geram algum material particulado para a atmosfera. A poluição do ar, causada por compostos gasosos ou material particulado em áreas de grandes cidades, principalmente, pode induzir a uma série de doenças e problemas de saúde”, lembra Mendes.
INCÊNDIOS – Outro risco causado pela poluição na atmosfera no período de outono e inverno é o de incêndios florestais. “É um período de menos chuva e a vegetação sofre muito com estresse hídrico, por isso fica mais suscetível aos incêndios. Na atmosfera, a fumaça dos incêndios pode ser levada a longas distâncias. são partículas inertes de carbono e o céu fica cinzento, escuro, parecendo estar nublado. É difícil diferenciar a fumaça da nebulosidade. A análise por satélite é criteriosa”, conta Mendes.
Para monitorar focos de calor, há dez anos o Simepar desenvolveu a plataforma VFogo. O sistema faz acompanhamento em tempo real com dados dos equipamentos do Simepar, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), da Agência Espacial Norte-Americana (Nasa), e conta com uma dezena de satélites de agências europeias e americanas que geram imagens, alguns deles com atualização a cada 10 minutos.
É um trabalho de sensoriamento remoto por satélites de alta resolução temporal e espacial, ambiente de processamento de alto volume de dados geoespaciais em diferentes formatos (Big Data) e modelos matemáticos de análise e aprendizagem construídos a partir de técnicas de inteligência artificial.
O VFogo em 2025, até o momento, já constatou 258 focos de calor no Paraná. No ano passado, constatou 2.704 focos de calor. Em 2023 foram 1.439. Em 2022 foram 1.778. Em 2021, 3.701.
Importante ressaltar que nem todos os focos de calor são incêndios. Quando um foco de calor suspeito é identificado, a Defesa Civil e o Simepar informam o Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR), que verifica a situação no local indicado. Segundo os dados do CBMPR, os incêndios florestais foram responsáveis por 10,8% de todos os atendimentos feitos pela Instituição em 2024. Houve 13.558 ocorrências no total – mais do que o dobro (109%) dos registros em 2023, com 6.484.
Por - AEN
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu oito pessoas em flagrante durante uma operação de repressão qualificada ao tráfico de drogas em Cascavel, no Oeste do Estado.
A ação aconteceu na tarde desta quarta-feira (7) e contou com o apoio da Polícia Militar (PMPR), da Polícia Penal (PPPR) e da Secretaria de Segurança Pública Municipal.
Catorze ordens judiciais de busca e apreensão foram executadas em endereços nos bairros Santa Cruz, Interlagos, Floresta, Periolo, Santa Felicidade e 14 de Novembro. Elas são decorrentes de uma investigação da PCPR que identificou os locais como pontos recorrentes de comercialização e armazenamento de drogas.
Com auxílio de um cão farejador da PCPR, nos endereços os policiais também apreenderam porções de drogas, dinheiro em espécie, celulares e balanças de precisão. Além dos oito autuados em flagrante, uma pessoa foi conduzida à unidade policial, onde foi lavrado um termo circunstanciado por porte de droga para consumo pessoal.
A preparação para a operação envolveu um criterioso trabalho de análise criminal, vigilância e cruzamento de dados, possibilitado pela atuação coordenada dos núcleos de inteligência de cada instituição envolvida.
As operações de repressão qualificada são oriundas de investigações mais apuradas, que envolvem técnicas especializadas e intenso trabalho de investigação. São ações que têm como foco a desestruturação de organizações criminosas.
“Além da repressão direta, a ação busca desarticular redes criminosas, ampliar a presença do Estado em áreas vulneráveis e restabelecer a sensação de segurança”, afirma o delegado Ian Lasalvia Baptista de Leão. Os presos foram encaminhados ao sistema penitenciário.
DENÚNCIAS – A PCPR solicita a colaboração da população no combate ao tráfico de drogas. Denúncias podem ser feitas de forma anônima pelos telefones 197, da PCPR, ou 181, do Disque-Denúncia. Se o crime estiver acontecendo no momento, a PMPR deve ser acionada pelo telefone 190.
POr - AEN