O Boletim de Conjuntura Agropecuária, publicado pelo Departamento de Economia Rural (Deral) nesta quinta-feira (07), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab), tem uma análise sobre o mercado de perus. As informações têm base no Agrostat Brasil, plataforma do Ministério da Agricultura e Pecuária que acompanha o comércio exterior do setor agropecuário.
Entre os principais exportadores de peru, o Paraná teve um resultado positivo em receita no 1º semestre, com crescimento de 4%. O Paraná exportou 6.233 toneladas e arrecadou US$ 16,630 milhões, bom aumento em relação aos US$ 15,956 milhões anteriores.
Santa Catarina liderou a exportação com US$ 22,628 milhões e 9.239 toneladas. Mesmo assim, reduziu em 29,8% o volume e em 15,2% a receita em relação a igual período de 2024, quando exportou 13.164 toneladas, com faturamento de US$ 32,819 milhões. O segundo exportador foi o Rio Grande do Sul, com US$ 19,764 milhões e 8.296 toneladas, queda de 18% em volume (10.120 toneladas em 2024) e 22,3% (US$ 25,534 milhões) em receita.
No geral, as exportações brasileiras de carne de peru enfrentaram uma queda no primeiro semestre de 2025, com retração de 18,8% em volume e 20% em receita cambial. Os dados mostram que o País embarcou 24 mil toneladas do produto entre janeiro e junho, o que gerou uma receita de US$ 59,538 milhões. No mesmo período do ano anterior foram 29.571 toneladas, com a entrada de US$ 74,377 milhões.
Os principais mercados da carne de peru brasileira no primeiro semestre de 2025 foram: Chile (3.129 toneladas e US$ 10,534 milhões), África do Sul (2.734 toneladas e US$ 3,535 milhões), México (2.167 toneladas e US$ 5,738 milhões), Países Baixos (2.062 toneladas e US$ 8,944 milhões) e Guiné Equatorial (1.728 toneladas e US$ 2,823 milhões). “É notável que, apesar da retração geral, o Paraná conseguiu um resultado positivo em receita”, disse o analista do Deral, Roberto Carlos Andrade e Silva.
BOVINOS – O boletim do Deral registra ainda a expectativa que se criou de que a carne bovina estaria entre as exceções na aplicação de tarifa extra de 50% por parte do governo dos Estados Unidos, o que acabou não acontecendo no primeiro momento. A tarifa passou a valer na quarta-feira (06).
No entanto, pela demanda crescente da população norte-americana e o elevado preço da carne bovina ao consumidor naquele mercado, o segmento tem esperança que negociações amenizem a tarifa. No Brasil, o preço da arroba tem experimentado alta e no momento do fechamento do boletim se posicionava em R$ 301,00.
SUÍNOS – Em relação à suinocultura, o documento cita o porcentual de 98,88% da população suína paranaense com o rebanho atualizado na campanha organizada pela Adapar entre os meses de maio e junho. O resultado representou avanço em relação ao ano anterior, quando 98,71% tiveram os cadastros atualizados.
A espécie suína, que já tinha apresentado o melhor resultado em 2024, também liderou agora. A ela se seguem os bovinos, com 97,37% de atualizações, búfalos (95,23%), asininos (94,69%), equinos (92,33%), ovinos (92,13%) e caprinos (90,57%).
MILHO – A colheita da segunda safra de milho 2024/25 no Paraná alcançou 74% dos 2,77 milhões de hectares plantados. Se o clima continuar colaborando, a previsão é que tudo seja colhido ainda em agosto. A estimativa é de cerca de 17 milhões de toneladas neste ciclo no Estado.
A produção paranaense deve contribuir para que o País consiga alcançar as 131,9 milhões de toneladas estimadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Mato Grosso, no Centro-Oeste, que concentra a maior parte da produção, estima colher mais de 51 milhões de toneladas.
MANDIOCA – A colheita da mandioca superou metade da área de 150,1 mil hectares. A expectativa é produzir 4,2 milhões de toneladas de raiz até o final do ano. Se confirmar, o número é 15% superior às 3,7 milhões de toneladas retiradas no ano passado, configurando-se em novo recorde produtivo no Paraná.
No entanto, desde dezembro de 2024 os preços estão recuando para os produtores. A média de julho ficou em R$ 527,23 a tonelada, enquanto neste início de agosto está em patamar inferior aos R$ 500,00. Os valores já se mostram insuficientes para cobrir os custos de produção total, estimados em aproximadamente R$ 560,00 a tonelada.
BATATA – O boletim do Deral registra ainda que a segunda safra de batatas está se encaminhando para a conclusão. Dos 10,6 mil hectares cultivados, 91% já foram colhidos, representando 9,7 mil hectares. Das áreas a colher, 97% apresentam boas condições e 3% são consideradas medianas.
O preço médio mensal no varejo paranaense para a batata lisa passou de R$ 3,11 o quilo em junho para R$ 4,07 em julho, o que representa 30,9% de reajuste. No entanto, comparativamente com os preços praticados em julho de 2024, há uma baixa de 53%, pois naquele período o quilo médio custava R$ 8,67 nas gôndolas.
Por - AEN
Após a formação de uma nova frente fria no oceano, chuvas atingem o Paraná entre quinta e sexta-feira (7 e 8) e uma massa de ar polar chega ao Estado trazendo temperaturas negativas no fim de semana. De acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), serão pelo menos três dias gelados em praticamente todas as regiões paranaenses, com previsão de geada nas áreas que registrarem temperaturas abaixo de 5°C e pouca ocorrência de vento.
Esta quinta-feira amanheceu com maior concentração de nuvens baixas e também nevoeiros do Centro ao Leste do Estado. Há potencial para pancadas de chuva de fraca intensidade na faixa Leste. A menor temperatura foi em Jaguariaíva, que registrou 6,1°C. A maior temperatura mínima no amanhecer foi de 15,8°C em Paranaguá.
Ainda durante a manhã o sol volta a aparecer nos Campos Gerais e na Região Metropolitana de Curitiba. Durante a tarde, as temperaturas se elevam e no Noroeste e Norte do Paraná, próximo a cidades como Paranavaí, Loanda e Paraíso do Norte, as temperaturas máximas ficarão ao redor dos 28°C.
Ainda na tarde desta quinta-feira (7) podem ocorrer pancadas de chuva muito isoladas em todas as regiões paranaenses, com maior intensidade e possibilidade de temporais localizados acompanhados de trovoadas no Oeste, Sudoeste e Centro-Sul.
“O cenário composto pela atuação de um sistema de baixa pressão no Litoral do Rio Grande do Sul e a formação de uma nova frente fria sobre o oceano favorecerá o desenvolvimento das instabilidades nessas regiões paranaenses. Em outras áreas do Estado, a chuva ocorrerá de forma mais isolada, com maior intensidade na divisa com Santa Catarina”, detalha Leonardo Furlan, meteorologista do Simepar.
Na sexta-feira (08), as instabilidades se espalharão por outras regiões, com maior intensidade no Sudeste, nos Campos Gerais e na faixa Leste. Nestas regiões, especialmente na divisa com São Paulo e na faixa litorânea, são esperados temporais localizados, com trovoadas, entre a tarde e a noite.
MASSA DE AR POLAR – Com o fim da chuva, virá o frio. “Na retaguarda da frente fria, teremos o avanço de uma nova massa de ar polar, que provocará uma queda acentuada nas temperaturas em todo o Paraná. As temperaturas mínimas serão registradas durante a noite de sexta-feira, fenômeno conhecido como inversão térmica, principalmente nas regiões Oeste, Sudoeste e Centro-Sul, e até mesmo em áreas do Noroeste. As temperaturas mínimas ocorrerão à noite, e não pela manhã, como é registrado normalmente”, ressalta Furlan.
FIM DE SEMANA – O amanhecer de sábado (9) será muito frio, com temperaturas negativas no Centro-Sul, Sudeste e em alguns municípios do Sudoeste e dos Campos Gerais. Em localidades como Palmas e General Carneiro, as temperaturas poderão atingir -2°C. Nestas regiões há possibilidade de geada moderada, que poderá ser forte em áreas de baixada e vales, onde a proteção contra o vento favorece ainda mais o fenômeno.
“Essa massa de ar polar avança rapidamente pelo sul do Brasil, resultando em um amanhecer gelado em todas as regiões do Paraná, diferente do que vem ocorrendo durante os últimos invernos, com frentes frias afetando mais intensamente a metade sul”, afirma Furlan.
Em cidades da região metropolitana de Curitiba, como por exemplo a Lapa, as temperaturas ficarão próximas de 0°C no amanhecer de sábado. Em diversas regiões paranaenses, as temperaturas mínimas ficarão abaixo de 5°C, incluindo áreas do Noroeste, como Umuarama e Cianorte, e do Norte Pioneiro, como Londrina. As máximas também vão cair. Em Maringá, por exemplo, que tem previsão de máxima de 27°C nesta quinta (7), deve fazer apenas 18°C da tarde de sábado (8).
No domingo (10), o amanhecer permanecerá frio, com temperaturas negativas no Centro-Sul, Sudeste e em alguns pontos dos Campos Gerais. As temperaturas poderão variar entre -2°C no Centro-Sul e Extremo Sul, e 0°C no Sudeste e nos Campos Gerais. Na Região Metropolitana de Curitiba, as temperaturas também podem ficar próximas de 0°C. No Norte Pioneiro, a temperatura poderá ser ainda mais baixa do que a de sábado (09).
PRÓXIMA SEMANA – Na segunda-feira (11), as temperaturas mínimas permanecerão abaixo de 10°C em grande parte do Paraná, com possibilidade de geada restrita ao Sudoeste e Centro-Sul. “Isso ocorre porque a circulação marítima transportará umidade para o continente na faixa Leste e nos Campos Gerais, dificultando a queda acentuada da temperatura e a formação de geada nessas áreas, onde as mínimas ficarão em torno de 7°C a 8°C”, explica Furlan.
No Interior, o frio perderá força, e a massa de ar polar começará a se afastar, resultando em temperaturas mais elevadas.
Por - AEN
O Paraná apresentou uma queda expressiva nos indicadores da dengue neste ano. Um levantamento da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) aponta que entre janeiro e julho de 2025 o número de casos confirmados da doença caiu 85,72% em relação ao mesmo período do ano passado, passando de 613.371 em 2024 para 87.598 neste ano.
A redução também foi observada nos óbitos, que passaram de 729 em 2024 para 129 em 2025, numa queda de 82,30%. Já o número de notificações da doença teve redução de 72,13%, caindo de 910.855 para 253.889.
Assim como no ano passado, os sorotipos circulantes da doença no Paraná são o DENV-1, 2 e 3. Os dados podem ser analisados nos boletins divulgados pela Secretaria da Saúde neste site. Atualmente, a divulgação do boletim é realizada quinzenalmente.
“A expressiva redução de casos e óbitos por dengue é resultado de um trabalho intenso que vem sendo realizado em parceria com os municípios. Estamos investindo em tecnologias mais eficazes para o monitoramento e controle do vetor, capacitando nossas equipes e fortalecendo a atuação na atenção básica e na vigilância em saúde”, disse o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.
OVITRAMPAS – Alguns municípios já utilizavam as armadilhas ovitrampas como método de monitoramento do Aedes aegypti, e este ano, após a implementação da estratégia como política pelo Ministério da Saúde, o Paraná reforçou a ação. As ovitrampas funcionam como um criadouro para que a fêmea do mosquito deposite seus ovos.
Após a instalação dessas armadilhas, os municípios vistoriam essas unidades periodicamente, contando e identificando laboratorialmente a quantidade de ovos encontrados em cada ovitrampa. Esse dado representa a densidade do vetor nas áreas urbanas e permite que as ações de combate sejam direcionadas com maior precisão.
Atualmente, 170 municípios já iniciaram a implantação de armadilhas ovitrampas, representando 43% do território estadual. A nova metodologia tem permitido uma análise mais frequente da infestação e o redirecionamento das equipes para áreas com maior densidade do vetor.
A Sesa também oferece apoio técnico aos municípios para implantação de tecnologias como a borrifação residual intradomiciliar e o método Wolbachia, que já resultou na liberação de mais de 94 milhões de mosquitos em Londrina e Foz do Iguaçu. O método consiste na liberação de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, que quando presente no mosquito impede o desenvolvimento dos vírus da Dengue, Chikungunya e Zika Vírus, reduzindo a transmissão dessas doenças.
CAPACITAÇÃO – Outra estratégia são as capacitações contínuas promovidas pela Coordenação de Vigilância Ambiental da Sesa para o fortalecimento das ações de saúde. As Oficinas Macrorregionais sobre as novas diretrizes nacionais para o controle das arboviroses têm qualificado profissionais de todos os municípios, incluindo coordenadores, supervisores e agentes de combate a endemias.
Também estão em andamento treinamentos sobre manejo clínico em todo o Estado, além de ações voltadas à vigilância epidemiológica e à atenção primária, previstas para o segundo semestre.
WOLBITOS – O Paraná também ganhou recentemente a maior biofábrica do mundo de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, os chamados Wolbitos, no Parque Tecnológico da Saúde do Governo do Paraná, em Curitiba. Ela vai ampliar a produção em larga escala de mosquitos utilizados no controle biológico do vetor transmissor da Dengue, Chikungunya e Zika Vírus.
Desenvolvido e aplicado no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o método Wolbachia é uma estratégia para o controle de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Desde 2024, a técnica faz parte das estratégias nacionais de combate às arboviroses do Ministério da Saúde.
A implantação da unidade, com capacidade estimada de até 100 milhões de ovos de mosquitos por semana, foi viabilizada com uma parceria com o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), e priorizará municípios com alto risco de transmissão de arboviroses. Com mais de 3,5 mil metros quadrados de área construída, equipamentos de ponta para automação e criação dos mosquitos com a bactéria Wolbachia, e uma equipe com cerca de 70 funcionários, a nova fábrica da Wolbito do Brasil supre a crescente demanda nacional pelo Método Wolbachia.
PLANO DE AÇÃO E CONTINGÊNCIA – Paralelamente, o Estado está revisando seu Plano de Ação e Contingência e orienta que os municípios atualizem seus respectivos planos locais para que estejam preparados para o enfrentamento de possíveis surtos ou epidemias por dengue ou outra arbovirose. Os planos devem contemplar os cinco eixos do Programa Nacional de Controle de Dengue: controle vetorial, vigilância epidemiológica, atenção à saúde, gestão e comunicação.
Desde 2021, o Paraná realiza o repasse de incentivo financeiro aos 399 municípios como parte do Programa Estadual de Fortalecimento da Vigilância em Saúde (Provigia). O programa já destinou mais de R$ 227 milhões para reforçar as ações da Vigilância em Saúde no SUS, incluindo o enfrentamento das arboviroses.
Por - AEN
Agosto começou com a passagem de várias frentes frias pelo Paraná. Houve altos volumes de chuva em alguns locais e garoas em outros.
Em Cascavel, Foz do Iguaçu e Toledo, por exemplo, já choveu mais de 40 mm. Já em Curitiba, o volume de chuva não chegou a 2 mm. Esse monitoramento diário é feito pelo Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) utilizando dados de satélites, pluviômetros, e principalmente, dos radares.
O monitoramento das chuvas é frequente e não aconteceria nessa escala se não fosse esses grandes radares. É através destes gigantes, atualmente instalados em três cidades diferentes, que os meteorologistas identificam a localização, deslocamento e intensidade de precipitações como chuva e granizo.
Um dos radares fica em cima do prédio do Simepar, no campus Politécnico da Universidade Federal do Paraná, no bairro Jardim das Américas, em Curitiba. De tecnologia japonesa e banda X, o equipamento detecta precipitações em até 100 quilômetros de distância.
Os outros dois radares são de banda S e atuam em um raio de até 480 quilômetros. Um deles está localizado em Teixeira Soares, no Centro-Sul do Estado, e outro em Cascavel, no Oeste. Ambos ficam protegidos por uma redoma no alto de torres de mais de 25 metros de altura, para atuarem sem qualquer tipo de obstrução, até mesmo durante tempestades severas.
Nestas torres gigantescas, há uma sala de operações um andar abaixo do radar. Nela fica o equipamento denominado Magnetron, que é o coração da torre. Ele emite pulsos eletromagnéticos, que são conduzidos até o radar e distribuídos em forma de micro-ondas em uma varredura em 360 graus e em vários níveis da atmosfera. O radar passa 24 horas girando e mudando a inclinação.
“As ondas viajam na atmosfera até encontrar um bloqueio, que pode ser poeira, gota d'água, ou granizo, por exemplo. No momento em que essa onda identifica o objeto, parte do sinal retorna para o radar. O tempo que demora para o sinal ir e voltar até a antena faz eu entender qual é a distância do radar ao objeto. O tipo de sinal que retorna identifica o que é esse objeto”, explica Sheila Paz, gerente de meteorologia do Simepar.
Um software recebe os dados recebidos do radar e mapeia em três dimensões a área de alcance, indicando o movimento e intensidade da chuva. Além do monitoramento individual destes radares pelos meteorologistas, um mosaico com a sobreposição dos dados dos três radares do Simepar é disponibilizado para a população com atualizações a cada dez minutos, 24 horas por dia. O mapa fica na página inicial do site do Simepar: www.simepar.br.
A composição dos três radares meteorológicos do Simepar abrange completamente o Estado do Paraná e chega a áreas vizinhas. Através da visualização da sequência de imagens compostas por este mosaico é possível acompanhar o posicionamento, deslocamento e intensidade das áreas de chuva: os tons em vermelho e rosa estão associados a chuvas mais intensas, e até mesmo tempestades, enquanto que as tonalidades de amarelo e verde representam chuvas de menor intensidade.
“No site do Simepar tem previsão do tempo para 15 dias para os 399 municípios do Paraná, mas também tem dados em tempo real das estações e radares. Informações como esta podem auxiliar as pessoas a programarem seus dias, agricultores a protegerem e otimizarem suas produções, e empresas a organizarem sua operação”, ressalta Sheila.
NOVOS INVESTIMENTOS – E essa rede de radares do Simepar vai aumentar. O Governo do Estado do Paraná publicou em julho o edital de concorrência internacional eletrônica para a implementação do projeto Monitora Paraná. A iniciativa prevê a aquisição de três novos radares meteorológicos, com investimento de US$ 6.869.937,77 (aproximadamente R$ 38,4 milhões na cotação atual), fazendo com que o Paraná tenha a melhor e mais completa cobertura meteorológica do Brasil.
Os novos radares são do tipo Doppler com polarização dupla. O processo, conduzido pelo Simepar em parceria com o Instituto Água e Terra (IAT), está estruturado em três lotes, cada um voltado à aquisição de um tipo específico de radar: um dos novos radares será de banda X em Pontal do Paraná, no Litoral; o outro será de banda C, em Campo Magro, na Região Metropolitana de Curitiba; e o terceiro de banda S, em Jandaia do Sul, no Vale do Ivaí.
Na sequência, o Estado prevê a abertura de novo processo licitatório do projeto Monitora Litoral, para a aquisição de mais três radares. Um deles irá substituir o radar de Teixeira Soares, que já tem mais de 28 anos de operação. Também serão adquiridos uma boia oceanográfica e mais estações meteorológicas e hidrológicas. Os equipamentos vão reforçar o setor de monitoramento que acompanha o nível dos rios e as condições oceanográficas – dados que ajudam a Coordenadoria da Defesa Civil na tomada de decisões em caso de enxurradas, alagamentos ou ressacas.
O investimento total nos dois editais do Monitora Paraná é de cerca de R$ 70,4 milhões. Os recursos utilizados são provenientes da indenização da Petrobras em razão do derramamento de óleo causado pela empresa no Rio Iguaçu, em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), em julho de 2000.
MODERNIZAÇÃO EM CASCAVEL – Também há outro investimento em andamento para modernização do radar de Cascavel, inaugurado em 2014. A Defesa Civil do Paraná firmou contrato de R$3,5 milhões com a empresa Enterprise Electronics Corporation (EEC) para a execução de troca de hardware e software, isto é, peças e programas necessários para garantir o funcionamento correto do radar.
A contratação ocorreu por meio de recursos provenientes do programa Paraná Eficiente, uma iniciativa do governo estadual voltada à melhoria da gestão do Estado, sendo que uma das vertentes é a atuação na gestão de riscos. O contrato tem duração de 20 meses.
“São peças mecânicas, tecnologias que ficam defasadas e precisam ser modernizadas. Algumas delas estão quase no final de sua vida útil, por isso estes investimentos são tão importantes. Além de melhorar a estrutura que já temos, faremos a ampliação da rede para chegar a uma das maiores coberturas meteorológicas da América Latina”, afirma Sheila Paz.
Por- AEN
O vice-governador Darci Piana assinou nesta quarta-feira (6) a
que regulamenta o Sistema de Registro Nacional de Veículos em Estoque (Renave). A nova medida desburocratiza a revenda de veículos e permite que os processos, que antes demoravam até três dias para serem efetivados, possam ser finalizados em poucas horas.Com a nova regra, os próprios despachantes podem revisar, inserir os documentos necessários para a transferência dos veículos no sistema do Detran-PR e finalizar os processos, sem que a documentação precise ser encaminhada previamente à Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran).
“Estamos conseguindo agilizar as negociações de veículos usados, desburocratizando as entradas e saídas de carros nas lojas, com processos mais modernos e inovadores. Simplificar a economia é algo que beneficia diretamente os empreendedores e a população em geral”, afirmou Piana.
Apesar da desburocratização, a medida mantém a responsabilidade dos estabelecimentos, despachantes e órgão regulador na efetivação das negociações, com transparência nos processos e segurança nas operações.
“Com essa nova regulamentação, queremos mais eficiência, mais rapidez, menos filas e mais autonomia para lojistas e despachantes, com garantias de controle seguro dos estoques. Esta é uma mudança que mostra que Detran do Paraná segue como uma referência nacional, simplificando a vida do cidadão”, afirmou o diretor-presidente do Detran, Santin Roveda.
IMPACTO – Para os estabelecimentos comerciais, a medida representa redução de custos operacionais e eliminação de documentação física desnecessária. Feirões e eventos automotivos realizados nos finais de semana, por exemplo, podem ter processos finalizados imediatamente, sem aguardar reabertura dos órgãos públicos.
Para despachantes documentalistas, a regulamentação permite oferta de serviços mais completos aos clientes. Atualmente, 80% dos processos veiculares do Paraná envolvem despachantes.
“O Paraná é reconhecido na área de trânsito como departamento que sempre esteve à frente, sempre inovou, sempre teve entregas efetivas, e o despachante aqui no Paraná tem uma visão para desburocratizar, porque ele está incluído nessa inovação tecnológica.”, afirmou o presidente do Conselho Regional dos Despachantes Documentalistas do Paraná (CRDD-PR), Douglas Bienert.
Na ponta, os processos de compra tornam-se mais ágeis para os consumidores, com a dispensa de reconhecimento de firma e digitalização completa dos documentos. A certificação digital garante segurança jurídica nas transações.
“Esta é uma mudança que beneficia a todos, dando autonomia ao mercado, mantendo a segurança, e agilizando os processos para o consumidor final, que também consegue ter o processo finalizado mesmo em um final de semana, sem precisar esperar”, afirmou o presidente da Associação dos Revendedores de Veículos do Paraná, César Lanzoni.
Mesmo com a inovação, o Detran-PR mantém função fiscalizadora para assegurar qualidade dos serviços e conformidade com normas vigentes. Os estabelecimentos credenciados respondem integralmente pelas informações inseridas no sistema. A regulamentação preserva procedimentos de verificação e validação documental.
PRESENÇAS – Também estiveram presentes no a diretora de Operações do Detran-PR, Viviane da Paz; o chefe da Divisão Especializada em Atendimento Veicular do Detran-PR, Eduardo Schuelter; o presidente do Sindicato dos Despachantes do Paraná, Marcos dos Santos Junior; o vice-presidente do Sindicato dos Despachantes do Paraná, Francisco Arestides da Silva; e demais autoridades e lideranças do setor automotivo.
Por -AEN
O Paraná bateu recorde no tempo para abertura de empresas no mês de julho com média 7 horas e 52 minutos. A média nacional foi de 1 dia e 6 horas, ou seja, o Paraná é cerca de 23 horas menos burocrático.
O
foi divulgado nesta quarta-feira (6) pela Junta Comercial do Paraná (Jucepar), órgão do Governo do Estado vinculado à Secretaria da Indústria, Comércio e Serviços (Seic).Até então, o recorde do Paraná era de abril de 2024, com uma média de 8 horas e 4 minutos. Em junho de 2025, o tempo ficou em 8 horas e 5 minutos, o terceiro melhor tempo registrado no Estado na época.
Para o presidente da Jucepar, Marcos Rigoni, julho de 2025 entra para a história do Paraná e consolida o Estado como referência nacional em agilidade e eficiência no ambiente de negócio. O desempenho é ainda mais expressivo considerando o aumento no número de processos analisados, que subiu de 6.576 em junho para 7.204 em julho.
“Reduzir o tempo para abrir uma empresa significa estimular o empreendedorismo, atrair investimentos e gerar empregos. Esse resultado é uma vitória do empreendedor e uma conquista de todos os paranaenses”, comenta.
O Paraná segue como o terceiro estado mais rápido. No topo do ranking estão Piauí, com tempo médio de 5 horas e 33 minutos, e Sergipe, com 6 horas e 26 minutos. No entanto, esses estados analisaram volumes significativamente menores de processos: 921 e 654 processos, respectivamente, contra 7.204 do Paraná.
Os piores desempenhos nacionais foram no Pará (73 horas e 39 minutos), São Paulo (53 horas e 25 minutos) e Mato Grosso (32 horas e 1 minuto). No Sul, Santa Catarina aparece com 18 horas e 24 minutos e Rio Grande do Sul com 19 horas e 18 minutos.
AVANÇOS EM MAIS INDICADORES – Outro indicador que apresentou melhora foi o tempo de viabilidade total, que inclui a análise do nome empresarial e de endereço. O indicador caiu de 6 horas e 41 minutos em junho para 6 horas e 29 minutos em julho, elevando o Paraná da 6ª para a 3ª posição no ranking neste quesito. Já o tempo de registro na Junta Comercial foi reduzido em um minuto, também contribuindo para a ascensão do Estado do 5º para o 3º lugar nacional.
Já o tempo Médio de Consulta Prévia de Viabilidade Total, que leva em consideração a média do tempo na etapa de viabilidade de nome (a cargo das juntas comerciais), e o tempo de viabilidade do local para instalação da empresa (de responsabilidade das prefeituras), ficou em 6 horas e 29 minutos, 3º melhor do país. No mês anterior o Estado ficou em 7º lugar.
O Tempo Médio de Registro, que considera o tempo de análise do processo na Junta Comercial (ou na OAB), desde a sua disponibilização para análise até o seu deferimento, foi de 1 hora e 21 minutos em julho, também o 3º melhor tempo do País. No mês anterior, o Paraná ocupava o 4º melhor tempo neste critério.
Por - AEN