Adapar recebe 17 veículos para reforçar a defesa agropecuária e ações de fiscalização

A Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná) renovou sua frota com a aquisição de 17 novos veículos Renault Duster, fruto de um investimento próprio de R$ 2,2 milhões. Os carros serão utilizados nas atividades de fiscalização e inspeção, ampliando a capacidade de atuação em todo o Estado. Desde 2019, já são 315 veículos adquiridos para ampliar a eficiência dos serviços prestados de defesa agropecuária.

Os veículos são fundamentais para o transporte de equipamentos especializados, insumos de controle sanitário e materiais destinados à coleta de amostras laboratoriais. Além disso, garantem que os fiscais da Adapar possam percorrer longas distâncias em inspeções a propriedades rurais, unidades produtivas e estabelecimentos comerciais. Os carros foram distribuídos para os Escritórios Regionais da agência para apoiar nas atividades locais.

O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Márcio Nunes, destacou a importância dos esforços na aquisição destes veículos. “A gente vai evoluindo, construindo e fazendo as coisas acontecerem. Esse momento também é de construção e representa algo muito importante para o sistema como um todo”, afirmou.

O diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins, enfatizou a modernização e os resultados que a nova frota traz. “Esses veículos trarão eficiência e modernização nos serviços prestados pela Adapar. Eles permitirão que nossos profissionais atuem com maior agilidade e precisão, ampliando a cobertura de inspeções, fiscalizações e monitoramento em todas as regiões do Paraná”, disse.

Martins destacou os avanços da agência nos últimos anos, com ênfase no trabalho de análise de risco em saúde animal após a retirada da vacinação contra febre aftosa e em outras frentes de biosseguridade. “Na saúde animal, após a retirada da vacina de febre aftosa, estamos focados em uma possível interrupção de doenças baseada em análise de risco. Hoje, a defesa sanitária não se faz sem biosseguridade”, afirmou.

Na área vegetal, o Estado enfrenta o desafio do greening nos pomares de citros, ao mesmo tempo em que avança em programas de educação sanitária voltados a produtores. Na última semana, a Operação Big Citros e Agro+ atuaram na contenção da doença na região Noroeste, com visitas a propriedades e orientação direta aos produtores.

Otamir também ressaltou iniciativas da Adapar que ampliam a competitividade das agroindústrias paranaenses, como o Susaf-PR, já implantado em 193 municípios e com 146 agroindústrias certificadas, e o Selo Adapar, que atesta a produção segura e de qualidade e já credenciou sete propriedades de morango na Região Metropolitana de Curitiba.

Representando os escritórios regionais, a chefe do Escritório Regional de Cascavel (Oeste), Odete Volz Medeiros, reforçou a importância da entrega. “Essa nova aquisição representa não só um apoio para nossos serviços regionais prestados, mas também um melhor serviço para a segurança agropecuária de todo o nosso Estado”, disse.

 

 

 

 

Por - AEN

 Biodigestores: Sanepar testa miniestações para tratamento de esgoto em áreas rurais

A Sanepar testa uma solução inovadora para o tratamento de esgoto em áreas rurais: o uso de biodigestores individuais em residências no campo. Foram instalados cinco biodigestores nos quintais de moradores da zona rural do município de Piraquara, próximos a uma grande represa que abastece Curitiba e Região Metropolitana. 

Nos próximos seis meses, a Companhia vai acompanhar o funcionamento dos sistemas com o objetivo de avaliar o desempenho e a viabilidade ambiental, social e econômica do uso dessa tecnologia para possível aplicação em larga escala.

Os biodigestores individuais são equipamentos que se assemelham a um tonel e que funcionam como “miniestações” de tratamento do esgoto, enterrados nos quintais dos domicílios.

“O governador Ratinho Júnior tem investido no fortalecimento do conhecimento técnico da Sanepar para desenvolver soluções inovadoras e acessíveis que ampliem o tratamento de esgoto em todo o Paraná. Esse projeto-piloto visa oferecer uma tecnologia alternativa para levar o saneamento não só no campo, mas também para áreas urbanas de difícil acesso para obras”, destacou o presidente da Companhia, Wilson Bley.

Para a viabilização dos testes, cinco famílias moradoras da área rural de Piraquara aceitaram participar voluntariamente do projeto e permitiram a instalação dos biodigestores em suas propriedades. A Sanepar fez, em julho, a instalação das “miniestações”, cada conjunto formado por biodigestor, caixa de gordura, caixa de lodo e sumidouro. Pelos próximos seis meses, técnicos da companhia vão acompanhar continuamente o funcionamento e performance de cada conjunto.

Antes mesmo dos primeiros resultados, o aposentado Dirceu Rain, 72 anos, que permitiu a instalação do equipamento para testes em seu quintal, aprovou a solução. “Esse projeto-piloto da Sanepar só traz benefícios para o meio ambiente e, com certeza, vai se sustentar. É um processo de tratamento que permite ter água para reúso, que poderemos usar para lavar a calçada e molhar uma horta. Estamos muito satisfeitos em participar de um estudo que elimina o uso de fossas, que podem contaminar lençóis freáticos”, disse.

ALTA EFETIVIDADE – Entre os quesitos que serão avaliados nos testes, a Sanepar vai mensurar a eficiência do sistema na remoção de carga orgânica, gases odoríferos (mau cheiro) e como será feita a retirada do lodo (com que frequência, com qual destinação), funcionamento do conjunto em geral, além da viabilidade econômica para replicação em larga escala.

“Estes biodigestores podem atingir até 80% de remoção de poluentes orgânicos da água, uma efetividade bastante alta. Eles tratam o esgoto por meio da ação de bactérias que atuam sem oxigênio (sistema anaeróbio). As principais vantagens são que não requer o uso de energia elétrica, quase não gera lodo e odor, tem manutenção bastante fácil e esporádica, e ainda o efluente pode ser utilizado em fertirrigação”, explica o especialista da Diretoria de Inovação e Novos Negócios da Sanepar Charles Carneiro.

Os biodigestores testados têm capacidade de tratamento de até 750 litros de água efluente por dia, o que permite que seja instalado em casas de até sete pessoas.

O esgoto que sai da residência vai para uma caixa de gordura e segue para o biodigestor. Ali, permanece até 24 horas, período em que o sistema anaeróbio faz a decomposição da maioria dos poluentes. Posteriormente os resíduos sólidos seguem para a caixa de lodo, onde permanecem, e a água tratada vai para o sumidouro e poderá ser captada para reúso, se desejável.

APROVADO PELOS VOLUNTÁRIOS – Uma das orientações repassadas aos moradores foi a de que o sistema precisa de um tempo de entre três e seis meses para atingir o melhor funcionamento. Essa era uma dúvida do vigilante Anderson Godoi Rain, 42 anos, filho de Dirceu. A Sanepar instalou um sistema biodigestor na casa dele. Nos primeiros dias, notou que a água no sumidouro ainda estava bastante turva.

“Ligamos o biodigestor à saída já existente nas casas. Nos primeiros meses, as bactérias que fazem a decomposição das impurezas estão se formando, é normal que o sistema não esteja em seu melhor desempenho. O tempo para chegar à estabilidade também será analisado no estudo", explicou o operador da Sanepar Laercio Mateus Squiba ao vigilante.

Anderson aprovou o sistema e quer abandonar de vez o esgotamento por fossas. “Já estava na segunda fossa e, mais para frente, ia ter de fazer a terceira. Esse biodigestor vai ajudar muito o pessoal da área rural que não tem rede de esgoto a evitar o despejo de água suja na natureza”, disse.

A dona de casa Suelen Cristina da Silva, 43 anos, também viu vantagens no seu dia a dia. A ligação do esgoto à miniestação de tratamento incluiu a saída da água da máquina de lavar roupas, que antes era dispensada diretamente no solo. “Não fica mais tudo enlameado cada vez que preciso lavar roupa”, disse.

 

 

 

 

 

Por -Agência Brasil

 Paraná Rosa: Estado distribui 150 mil cartilhas que orientam sobre saúde integral da mulher

A Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde (Sesa-PR), vai distribuir 150 mil exemplares da Cartilha Saúde da Mulher, elaborada pela pasta. O material foi pensado como um manual de orientações para todas as fases da vida, abordando saúde e direitos femininos, incluindo a prevenção e o diagnóstico precoce de doenças como câncer de mama e colo do útero.

A publicação também traz temas como violência contra a mulher, saúde mental, envelhecimento, alimentação saudável e a integralidade no cuidado. A iniciativa vai chegar às 22 Regionais de Saúde, contemplando mulheres dos 399 municípios do Paraná.

“A intenção é manter sempre uma ação preventiva em relação à saúde das mulheres, seja ofertando o atendimento ou fazendo esse importante trabalho de orientação. Uma pessoa bem informada saberá onde procurar ajuda, como buscar atendimento, e é essa informação que a Cartilha leva para nossas mulheres”, destaca o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

A diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa-PR, Maria Goretti David Lopes, destaca que a Cartilha é um instrumento de divulgação das ações e serviços prestados pelo SUS no Paraná, como, por exemplo, como buscar atendimento. “São orientações sobre todos os cuidados necessários para todas as fases da vida da mulher. É o Paraná fortalecendo a política de atenção integral às mulheres”, afirma.

A Cartilha também apresenta informações sobre as vacinas disponíveis, métodos contraceptivos, para que as mulheres exerçam seus direitos sexuais e reprodutivos, e cuidados relacionados ao pré-natal, parto e puerpério.

A violência contra esse público é outro tema abordado, com informações sobre violência capacitista, obstétrica, doméstica e familiar, explicando de que forma afeta as mulheres e como buscar ajuda. Há ainda dicas sobre fitoterápicos e orientações sobre o climatério, tudo explicado de forma simples e prática.

AÇÕES – O Cartilha faz parte de um conjunto de ações do Paraná Rosa 2025, como a Carreta Saúde da Mulher, que leva exames como mamografia, ultrassonografia e papanicolau a regiões mais afastadas, e a Corrida da Vigilância em Saúde, uma iniciativa que promove a atividade física e a conscientização sobre a saúde da mulher.

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Agora é lei: como o Paraná conseguiu reduzir o IPVA para o menor valor do Brasil

A lei proposta e sancionada pelo Governo do Estado que reduziu o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) dos atuais 3,5% do valor venal de automóveis, caminhonetes e motocicletas para históricos 1,9% a partir de 2026 é fruto de um longo trabalho de solidez fiscal que o Paraná vem construindo nos últimos anos. Para se conquistar a menor tarifa do país e aliviar carga tributária sobre o cidadão, o Estado precisou fazer o dever de casa e alcançar um nível de estabilidade ímpar.

Durante a assinatura da sanção do corte de mais de 45% do tributo, feito nesta terça-feira (23), o governador Carlos Massa Ratinho Junior destacou justamente a situação conquistada pelo Paraná, reconhecida sobretudo com a nota A+ na classificação de Capacidade de Pagamento (Capag) da Secretaria do Tesouro Nacional. 

“Essa é a maior nota de todas, o que mostra que o Paraná passou a ter a maior e a melhor saúde fiscal e financeira do Brasil. Isso é fruto de muita redução de custos e cortes de mordomias”, afirmou o governador, que destacou, ainda, que esse nível de solidez foi uma peça-chave para reduzir o imposto de forma tão drástica. “É uma medida de justiça tributária e respeito ao cidadão”.

CONTAS EM DIA – O primeiro grande fator que permitiu o corte de impostos é o fato de que o Paraná é um dos poucos estados brasileiros com as contas em dia, com mais dinheiro em caixa do que dívidas – uma situação compartilhada por apenas sete das 27 unidades da federação.

De acordo com números do próprio Tesouro Nacional, o Estado possui uma dívida negativa de R$ 7,7 bilhões. Isso significa que o Paraná teria capacidade de quitar todos os seus débitos e ainda restariam quase R$ 8 bilhões em seus cofres. É o melhor resultado de todo o país, à frente de Mato Grosso (R$ -7,69 bilhões), Espírito Santo (R$ -2,8 bilhões), Maranhão (R$ -1,9 bilhões), Paraíba (R$ -1,8 bilhões), Amapá (R$ -444 milhões) e Rondônia (R$ -334 milhões).

Como explica o secretário da Fazenda do Paraná, Norberto Ortigara, esse é um cenário de bastante conforto que dá ao Estado a capacidade de fazer essa redução de impostos. “Temos a menor dívida consolidada líquida do Brasil, fruto de uma gestão eficiente e responsável que nos coloca em uma posição única em todo o país. E mais do que ser referência para os outros estados, queremos que esse bom resultado chegue também aos nossos cidadãos”, diz.

Segundo Ortigara, a dívida negativa representa sustentabilidade nas contas e é o que permite que o Paraná tenha condições tanto de executar programas e investimentos recordes, como de adotar medidas ousadas como o corte no IPVA. “Ao invés de gastar com o pagamento de juros, estamos devolvendo esse bom momento para a sociedade na forma de justiça tributária”.

APLICAÇÕES – Essa sustentabilidade financeira citada pelo secretário é outro ponto do segredo por trás da alíquota de 1,9% do IPVA. A administração da dívida e o bom controle do caixa fizeram com que as aplicações financeiras do Estado, em 2024, rentabilizassem quase R$ 2 bilhões a mais do que os juros da dívida para o período - o melhor resultado do Brasil. 

Com isso, o Governo Estadual não precisa alocar recursos do orçamento para esse fim. Isso permite que mais recursos do orçamento sejam destinados a investimentos ou mesmo fazer uma redução de impostos sem grandes prejuízos.

Parte disso está ligado ao chamado Tesouro Estratégico, um conjunto de medidas adotadas pela Secretaria da Fazenda para tornar o Tesouro Estadual muito mais eficiente. Trata-se de mudanças de metodologias e práticas que otimizam as aplicações e rendimentos, garantindo melhores resultados.

RESPONSABILIDADE FISCAL – Durante o anúncio da sanção da alíquota de 1,9% para o IPVA 2026, o governador Ratinho Junior também citou mais de uma vez que a justiça tributária era fruto não apenas da situação confortável do Paraná, mas também de medidas de economia adotadas pela atual gestão.

O corte de mordomias a que ele se refere está ligado a uma série de decretos que visam sobretudo reduzir as despesas não essenciais do Estado – as Outras Despesas Correntes (ODC), como são classificadas no orçamento estadual. São gastos do dia a dia, como compra de materiais, custeio de viagens, realização de eventos e outras despesas não relacionadas à execução de programas e à prestação de serviços.

O Decreto 5.919/2024, por exemplo, passou a limitar o crescimento dessas ODCs, estabelecendo um teto com base na variação da Receita Corrente Líquida (RCL) paranaense. O objetivo é justamente o controle orçamentário e garantir a sustentabilidade financeira do Poder Executivo. E a medida deu certo. De acordo com uma estimativa da Sefa, foram economizados cerca de R$ 1,13 bilhão desde sua implementação, em maio de 2024.

Mais recentemente, em junho de 2025, outro decreto fez um corte significativo de gastos da máquina pública. Também visando essas ODC, o decreto 10.255/2025 prevê remanejamento de gastos não essenciais de secretarias e órgãos e deve ter impacto de R$ 2,3 bilhões apenas para este ano – ou seja, quase os R$ 2,8 bi que deixarão de ser arrecadados com a redução da alíquota do IPVA.

“Para entregar essa redução de impostos ao cidadão, o Governo do Paraná adotou medidas para enxugar sua própria estrutura”, afirma Norberto Ortigara. “Ao melhorar a qualidade dos gastos, é possível buscar esse equilíbrio: tiramos de gastos não essenciais para abrir espaço para uma queda expressiva nos impostos. Assim, temos um Estado comprometido com sua população, mas sem abrir mão da responsabilidade fiscal”.

APOIO AOS MUNICÍPIOS – E a expectativa é que os municípios não sejam impactados com perdas de arrecadação. O Governo do Paraná transferiu mais de R$ 10,2 bilhões aos municípios entre janeiro e agosto de 2025, o que representa um crescimento nominal de 84% ao longo dos últimos sete anos. Nos primeiros oito meses de 2018, por exemplo, o total repassado às prefeituras foi de R$ 5,5 bilhões.

Além do crescimento nominal, houve aumento real de 27% ao longo dos últimos sete anos, período em que as transferências constitucionais cresceram de forma contínua, com velocidade expressiva após a pandemia, até chegar à marca histórica registrada neste ano.

Esses recursos são provenientes de transferências constitucionais e correspondem à parcela dos municípios de impostos como o ICMS e o IPVA, além do fundo de exportação e dos royalties do petróleo. Assim, eles fazem parte das receitas públicas correntes das prefeituras e podem ser aplicados pelos municípios em áreas essenciais como saúde, educação, segurança pública e transporte.

 

 

 

 

 

Por - AEN

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