Após casos na Argentina, Saúde reforça vigilância contra sarampo em todo Paraná

Após a confirmação de oito casos de sarampo na província de Río Negro, Argentina, a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa), por meio do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS), emitiu um alerta de risco.

O objetivo é reforçar a vigilância e intensificar as medidas de prevenção em todo o Estado. Embora o Paraná não tenha registrado casos recentes da doença, a proximidade com a área afetada e o fluxo constante de pessoas entre os dois países aumentam o risco de importação do vírus.

O Brasil recebeu a certificação de eliminação do sarampo em 2016. No entanto, devido ao grande fluxo migratório e às baixas coberturas vacinais, o vírus voltou a circular entre 2018 e 2022, fazendo com que, em 2019, o país registrasse 21.704 casos confirmados, perdendo a certificação. Neste ano, até o momento, o Brasil contabiliza dois casos importados: um no Rio Grande do Sul, proveniente do Paquistão, e outro em Minas Gerais, com origem na Inglaterra.

No Paraná, entre agosto de 2019 e junho de 2020, foram registrados 2.081 casos de sarampo, sendo o último confirmado em junho de 2020. Desde então, o Estado não confirmou novos casos da doença.

O sarampo é uma doença altamente contagiosa, transmitida de forma direta por secreções liberadas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. As partículas virais podem permanecer suspensas no ar por várias horas, o que aumenta o poder de contágio.

A vacina é a principal forma de prevenir o sarampo. Os imunizantes que protegem contra a doença são a tríplice viral (que previne sarampo, caxumba e rubéola) e a tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela). Ambas as vacinas são oferecidas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sendo que a primeira é indicada para a população de 12 meses a 59 anos, enquanto a tetraviral é ofertada aos 15 meses de idade, conforme orientação do Programa Nacional de Imunização (PNI).

“A fácil transmissão da doença é preocupante, por isso voltamos a falar sobre a importância da vacinação. Essa é a única maneira efetiva de prevenção. É fundamental garantir que o maior número de pessoas seja imunizado para que o bloqueio da circulação do vírus seja realmente eficaz”, explicou o secretário de Saúde, César Neves.

ESQUEMA VACINAL - O esquema vacinal completo prevê duas doses para pessoas até 29 anos e uma dose para adultos de 30 a 59 anos. Nas crianças, a vacinação ocorre aos 12 e 15 meses de idade. Profissionais de saúde, independentemente da idade, devem receber duas doses. No Paraná, a cobertura vacinal para a primeira dose, aplicada em crianças de um ano, é de 95,72%.

" Alcançamos a meta de 95% de cobertura vacinal estabelecida pelo Ministério da Saúde, mas, para garantir a proteção da população, é fundamental manter esse índice elevado e homogêneo em todo Paraná”, reforçou Maria Goretti David Lopes, diretora de Atenção e Vigilância em Saúde.

SINTOMAS – Os sintomas mais comuns do sarampo são febre alta, tosse, coriza, conjuntivite e exantema (manchas avermelhadas na pele que aparecem primeiro no rosto e atrás das orelhas, espalhando-se em seguida pelo corpo). Outros sintomas, como dor de cabeça, indisposição e diarreia, também podem ocorrer. Como não há tratamento específico para o sarampo, é importante ficar atento ao aparecimento desses sinais. Os pacientes devem permanecer em isolamento domiciliar ou hospitalar por sete dias após o surgimento das manchas vermelhas no corpo.

NOTIFICAÇÃO – Para que seja realizada a investigação dos casos e identificação dos contatos para adoção das medidas de prevenção e controle, os casos suspeitos de sarampo devem ser notificados imediatamente às Secretarias Municipais de Saúde, Regionais de Saúde e Secretaria Estadual de Saúde.

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

 No mesmo dia, Instituto Água e Terra devolve gata-maracajá e coruja-orelhuda à natureza

Técnicos do Instituto Água e Terra (IAT), do escritório regional de Cascavel, no Oeste do Paraná, devolveram à natureza em único dia dois animais silvestres: uma gata-maracajá (Leopardus wiedii) e uma coruja-orelhuda (Asio clamator). Os animais, adultos, passaram por avaliação médica antes da soltura, que aconteceu nesta quinta-feira (17).

A gata-maracajá foi encontrada na última segunda-feira (14) em uma farmácia no município de Guaraniaçu, na região Oeste. A equipe da Defesa Civil foi acionada, e o animal encaminhado ao Centro de Apoio à Fauna Silvestre (CAFS) do Centro Universitário de Cascavel (Univel) para passar por exames veterinários. 

Durante o procedimento, foi constatado que a gata estava com um fecaloma, um acúmulo de fezes retidas e ressecadas no interior do intestino grosso que causa uma obstrução no animal. Após o tratamento da equipe veterinária, agentes do IAT puderam devolver o mamífero à natureza nesta quinta-feira (17).

O Leopardus wiedii é um felino silvestre de ocorrência em todo Brasil, com exceção da caatinga, de hábito noturno e com habilidades para escalar árvores. Tem, como característica, uma cauda mais longa do que seus membros posteriores e pelos amarelo-escuros na parte superior do corpo e na parte externa dos membros.

CORUJA-ORELHUDA - O segundo animal atendido pelo IAT foi uma coruja-orelhuda encontrada no Centro Nacional de Atletismo de Cascavel. A ave foi capturada após ter ficado escondida dois dias em um galpão do local. Os técnicos do Instituto logo constataram a saúde do animal, e puderam devolvê-lo à natureza ao mesmo dia. 

A Asio clamator é uma ave com plumagem marrom-acanelado e face branca, contornada por uma fina listra negra e íris escura. Apresenta no topo da cabeça dois tufos de penas de coloração castanho-escuro que lembram orelhas, origem do nome popular. De hábitos noturnos, se alimenta principalmente de pequenos mamíferos, como roedores, morcegos e marsupiais.

COMO PROCEDER - Ao avistar animais machucados ou vítimas de maus-tratos, tráfico ilegal ou cativeiro irregular, o cidadão deve entrar em contato com a Ouvidoria do Instituto Água e Terra ou da Polícia Militar do Paraná.

Se preferir, a pessoa pode ligar para o Disque Denúncia 181 e informar de forma objetiva e precisa a localização e o que aconteceu com o animal. Quanto mais detalhes sobre a ocorrência, melhor será a apuração dos fatos e mais rapidamente as equipes conseguem fazer o atendimento.

 

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Paraná faz mais de 1.800 cirurgias eletivas por dia, número é o maior da década

O Paraná continua avançando quando o assunto é cirurgia eletiva, chegando à marca de 442.259 procedimentos de janeiro a agosto de 2024.

São 1.819 cirurgias por dia, 75 por hora. Mesmo ainda sem contabilizar os quatro últimos meses do ano, o número de eletivas já pode ser considerado o maior registrado nos últimos 10 anos. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

Do total de cirurgias, 95,47% (442.201) referem-se às cirurgias em unidades próprias e também em serviços parceiros credenciados, e 4,53% (20.068) estão dentro do Programa Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas (PNRF), do Ministério da Saúde. O quantitativo do governo federal foi pactuado com a rede estadual para cirurgias oftalmológicas, urológicas, ginecológicas, entre outras.

A expectativa de é que mais serviços de saúde se credenciem para as cirurgias de maior demanda no Estado, que são das vias aéreas e superiores, da face, da cabeça e do pescoço; do aparelho da visão; do aparelho digestivo; do sistema osteomuscular e do aparelho geniturinário. Atualmente, existe uma rede de 342 hospitais que compõem o Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado.

Esses resultados somente foram possíveis após importantes ações voltadas exclusivamente para as eletivas. Dentre as iniciativas mais importantes estão o aumento dos repasses para custeio das internações de urgência e emergência no âmbito do SUS, o Programa Opera Paraná, uma estratégia permanente para a redução das filas, com investimento total de R$ 300 milhões do Tesouro do Estado, além da abertura de leitos de enfermaria e de UTI.

EVOLUÇÃO DOS NÚMEROS – Em 2013, nesse mesmo período (janeiro a agosto) foram 207.592 cirurgias. Nos anos seguintes, de 2014 a 2019, a média desse período foi de 286.367. Mas, apesar da pandemia, das mudanças ocorridas para enfrentar a crise sanitária, as eletivas deram continuidade e desde 2022 os números vêm aumentando. No ano passado, nos primeiros oito meses do ano, o Paraná fez 393.352 eletivas.

“Estamos avançando, e muito, na saúde do Paraná, ampliando a realização de cirurgias, levando os procedimentos mais próximos do cidadão paranaense. Nosso trabalho é permanente, já que a fila é dinâmica. Quando um paciente está operando, outros estão entrando na fila”, disse o secretário de Estado da Saúde. Cesar Neves.

DINÂMICA DAS FILAS – A Sesa trabalha em várias frentes e linhas de ação para organizar a fila de espera e conseguir agilizar os procedimentos eletivos. Uma delas é a qualificação do paciente, com busca ativa daqueles mais antigos para avaliar corretamente a condição de cada paciente e diminuir a fila. Outra é sobre o tempo de espera para novos pacientes, com a intenção de não deixar acumular os procedimentos.

A força-tarefa vem dando certo: nos últimos dois anos o tempo médio de espera entre a solicitação da cirurgia e a realização do procedimento de pacientes inseridos na Central de Acesso a Regulação do Paraná (Care/PR) baixou 38%. Em 2022, a média de tempo de espera era de 105 dias (mais de três meses), e em 2023 os pacientes aguardaram em média 65 dias, pouco mais de dois meses. Neste ano o tempo de espera diminuiu, passando agora para 63 dias.

Segundo dados do Care, que reúne a demanda nos serviços sob gestão estadual, 75.246 pacientes têm indicação de cirurgia eletiva no Estado e aguardam pelo procedimento.

“A fila nunca cessa, mas o que precisamos é garantir que as cirurgias sejam feitas no prazo. Acelerar os que já estão lá há anos e os que entram todos os dias. Precisamos balancear esse processo, que é grande e envolve muita gente”, acrescentou o secretário.

 

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

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