Uma pesquisa inédita está investigando os casos não diagnosticados de lesões pulmonares causadas pelo uso dos chamados vapes, conhecidos como cigarros eletrônicos. O estudo preliminar aponta que há pessoas que, apesar de apresentarem lesões, ainda não sabem do problema.
O objetivo da pesquisa pode parecer pequeno, mas o impacto para a saúde pode ser enorme. O uso do cigarro eletrônico pode causar lesões pulmonares, muitas delas irreversíveis. A condição é chamada de Evali, uma doença que afeta o pulmão e pode resultar em sérias complicações.
Para alertar a população sobre os riscos, pesquisadores da IANEC (Instituto de Atenção à Saúde e Educação), localizado na Cidade do Leste, no Paraguai, já estão realizando ações educativas. Em um experimento, um pulmão artificial simula a tragada de um cigarro eletrônico. Em poucos minutos, o pulmão se enche de fumaça, representando o dano causado pela substância.
O cigarro eletrônico usado na pesquisa contém nicotina, o que já é um risco considerável à saúde. Cada tragada no vape é equivalente ao consumo de 900 cigarros convencionais. O algodão no pulmão artificial, que representa os alvéolos pulmonares, já apresenta manchas pretas, indicando o início de um problema respiratório.
De acordo com o diretor de pesquisa da IANEC, Walter Abrantes, uma pesquisa preliminar revelou que cerca de 12% dos 95 entrevistados sobre o uso de vapes podem ter Evali sem saber. Os sintomas da doença incluem falta de ar, tosse, dor no peito e outros problemas respiratórios.
Nos últimos cinco anos, a Receita Federal apreendeu mais de 4,3 milhões de cigarros eletrônicos. Quem usa vapes por longos períodos precisa ficar atento aos sinais de problemas respiratórios.
As ações de conscientização continuam e os resultados oficiais da pesquisa devem ser divulgados em um ano. Até lá, é importante ouvir o recado dos especialistas.
Por -Catve
A Junta Comercial do Paraná (Jucepar) registrou 133.130 novas empresas no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) em 2025, contra 107.767 negócios no mesmo período do ano anterior, o que representa 23,5% mais empresas, de acordo com
divulgado pelo órgão nesta quarta-feira (7).Foram abertas 40.021 empresas em janeiro, 33.286 em fevereiro, 30.229 em março e 29.594 em abril. Atualmente, o Paraná soma 1.837.121 empresas ativas, sendo 1.756.187 matrizes e 80.934 filiais.
Somente em abril houve um crescimento de 5,32% em comparação ao mesmo mês em 2024, quando foram registradas 28.100 empresas. Também houve 15.322 baixas no mês passado.
Com isso, o saldo de empresas – diferença entre o número de aberturas e fechamentos de negócios – foi de 58.800 no primeiro quadrimestre deste ano, contra de 47.506 de janeiro a abril de 2024, o que representa 23,77% de aumento.
BAIXO RISCO – O relatório da Jucepar também oferece dados sobre empresas enquadradas como Baixo Risco, benefício oferecido desde 31 de janeiro de 2024, pelo decreto nº 3.434 de 2023, que dispensa 771 atividades econômicas da emissão de alvarás de funcionamento e licenciamentos do Corpo de Bombeiros, Vigilância Sanitária, Meio Ambiente e Defesa Agropecuária. O selo não se aplica a microempreendedores individuais (MEI), que já são dispensados de alvarás.
De janeiro a abril, foram beneficiadas 14.687 empresas, sendo 60,04% na abertura de empresas e 39,96% em alterações. Duas em cada dez empresas abertas nesse quadrimestre no Estado, exceto MEIs, foram beneficiadas com o Selo. Os dez municípios mais beneficiados com o Selo do Baixo Risco, no acumulado até abril, foram Curitiba (4.825), Maringá (1.298), Londrina (913), São José dos Pinhais (579), Cascavel (486), Ponta Grossa (443), Foz do Iguaçu (329), Pinhais (289), Pato Branco (206) e Arapongas (200).
ESPÍRITO EMPREENDEDOR – Na avaliação do presidente da Jucepar, Marcos Rigoni, os resultados de abril reforçam o espírito empreendedor e a capacidade de inovação dos paranaenses diante de cenários econômicos nacional e internacional desafiadores. “Nos quatro primeiros meses de 2025, foram abertas, em média, mais de 33 mil empresas por mês, aproximadamente 1.109 empresas por dia. Esses números expressivos refletem o crescimento consistente em relação ao ano anterior e a força da economia local”, diz.
Em relação ao Selo do Baixo Risco, Rigoni garante que o governo estadual continua focado em aprimorar ainda mais iniciativas que facilitem a rotina empresarial. “Nosso compromisso é seguir trabalhando para manter o Paraná entre os líderes nacionais no incentivo ao empreendedorismo e na geração de oportunidades econômicas e sociais para a população”, finaliza.
Para ter informações mais detalhadas sobre a abertura e fechamento de empresas, acesse o Empresas PR, que oferece dados por atividade econômica, por natureza jurídica, município e porte empresarial.
Por - AEN
O GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), cumpriu, nesta quarta-feira (7) mandados de busca e apreensão em endereços situados nos municípios de Cascavel, Quedas do Iguaçu, Cafelândia e Maringá, no âmbito de investigação que apura a prática de crimes contra a administração pública.
As diligências foram autorizadas pelo Poder Judiciário e têm como objetivo a obtenção de provas relacionadas a supostas irregularidades em processos licitatórios ocorridos ao longo da última década, envolvendo serviços prestados a uma unidade hospitalar pública de Cascavel.
As apurações indicam a possível existência de favorecimento indevido a empresa contratada, bem como pagamentos suspeitos a um servidor público vinculado à fiscalização dos contratos.
A investigação, do Núcleo do GAECO de Cascavel, teve início após o recebimento de denúncia formal que relatava a atuação coordenada de pessoas físicas e jurídicas em práticas ilícitas como corrupção ativa, corrupção passiva e fraude em licitação, especialmente no fornecimento de serviços especializados de radiologia na área da saúde.
Documentos, mídias e equipamentos eletrônicos foram apreendidos e serão analisados pelo Ministério Público, com o apoio de equipes técnicas.
Por - Catve
O governador Carlos Massa Ratinho Junior defendeu nesta terça-feira (6) em uma palestra na sede do Secovi, em São Paulo, que cada estado tenha a sua própria legislação penal, diferenciando as regras de punição para os crimes. Segundo ele, é uma das formas mais rápidas de resposta aos bandidos porque garante punições mais severas.
Ele afirmou que a proposta envolve uma emenda constitucional que permitiria a delegação sobre a legislação penal aos estados. Atualmente a Constituição Federal afirma que a competência sobre direito penal é privativa da União e com a medida ela passaria a ser concorrente, como nas questões de legislação ambiental e programas habitacionais.
Com essa competência concorrente, a União poderia tipificar as normas gerais e os estados poderiam trabalhar em cima das particularidades e criar as suas próprias penalizações. Nesse sentido, um estado poderia transformar um roubo de celular em uma qualificadora, por exemplo, projetando o impacto que isso tem na vida das pessoas, uma vez que ele reúne aplicativos de banco e de saúde, sem precisar passar por aprovação e discussão federal.
“Com uma medida simples resolvemos rapidamente a violência no Brasil. Eu faria uma emenda na Constituição delegando aos estados a competência para fazer a sua legislação penal. A sociedade não aguenta mais ver bandido ser tratado como anjinho. O cidadão de bem não pode mais viver trancado em casa. É uma inversão da lógica. Estados precisam ter autonomia para endurecer as penas. Punição mais dura para criminoso significa, no final do dia, tranquilidade para as famílias brasileiras viverem em liberdade”, afirmou.
Ele também disse que a proposta teria amplo apoio entre os diversos segmentos da sociedade. “Eu tenho certeza que se eu mandar um projeto para a Assembleia do Paraná falando que um criminoso que matou um trabalhador vai ficar 40 anos preso, ela aprova. A mesma coisa com casos de feminicídio, falando que um homem que mata a mulher tem que ficar 30 anos na cadeia, ela aprova. Não é possível um assassino pegar pouco tempo de cadeia e logo ser solto”, complementou Ratinho Junior.
O governador do Paraná recebeu a ideia de juristas e apoia a iniciativa. Segundo ele, é uma forma de ser mais veloz e preciso na resposta aos criminosos.
“O crime organizado e a dinâmica do crime mudam muito rápido. Se não tem a decisão da punição rápida, regional, ficaremos discutindo teses que não resolvem a situação na prática. E os crimes são diferentes regionalmente, alguns lugares sofrem mais ou menos com algumas situações que poderiam ter respostas mais severas. O problema do Brasil não tá na prisão, as polícias trabalham e prendem, mas na punição, que é branda”, acrescentou.
Por - AEN
Nos primeiros 58 dias do ano, o Paraná realizou uma média de mais de 2 mil cirurgias eletivas por dia ou 85 procedimentos por hora. Ao todo, entre janeiro e fevereiro foram registrados 119.152 procedimentos cirúrgicos eletivos em 598 estabelecimentos de saúde do Estado.
Os dados são resultado do Opera Paraná, o maior programa de ampliação de cirurgias eletivas do País, implantado pelo Governo do Estado em 2022.
Uma dessas cirurgias foi a de Lindomar da Silva, de 58 anos. Ele reside em Santa Izabel do Oeste e em fevereiro realizou a colocação de prótese no quadril no Hospital Regional do Centro-Oeste Deputado Bernardo Ribas Carli (HRCO), em Guarapuava. “Desde os exames para indicação da cirurgia foram 23 dias para me chamarem. Fui muito bem atendido, por todas as enfermeiras, médicos, fico muito agradecido. Este mês voltei para o retorno, já fiz o raio-x pra ver como a prótese está, e está tudo certinho, mil maravilhas”, disse.
Há, ainda, um período de 60 dias entre a realização dos procedimentos e a inserção dos dados no sistema. Ou seja, se a média diária permanecer, o Paraná poderá registrar cerca de 750 mil cirurgias eletivas durante este ano, o maior número da história do Estado.
Desde o início do programa, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa), já destinou mais de R$ 973,7 milhões para ampliar a oferta de serviços e reduzir as filas, resultando em aumento de 107% no número de cirurgias realizadas entre 2021 e 2024 – passando de 331.787 para 687.245 procedimentos.
Em março deste ano, durante o evento Saúde em Movimento, realizado pela Sesa em Foz do Iguaçu, o governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciou mais R$ 350 milhões para o programa, resultando em um investimento total que ultrapassa R$ 1,3 bilhão.
O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, celebrou os resultados do programa. "Os números não mentem, o Paraná é o estado que mais faz cirurgia eletiva no país, com investimentos direto do Fundo Estadual de Saúde. Vamos continuar fazendo ainda mais pelos paranaenses, para diminuir a espera daqueles que aguardam nas filas por procedimentos cirúrgicos eletivos”, afirmou.
Os procedimentos contemplados pelo programa incluem desde cirurgias de baixa complexidade, como a remoção de amígdalas e o tratamento cirúrgico de varizes, até intervenções mais complexas, visando garantir uma melhor qualidade de vida à população.
FILA DE ESPERA – A Sesa também investe na qualificação do paciente, com busca ativa daqueles mais antigos para avaliar corretamente a condição de cada paciente e diminuir a fila. A força-tarefa vem dando certo: nos últimos três anos o tempo médio de espera entre a solicitação da cirurgia e a realização do procedimento de pacientes inseridos na Central de Acesso a Regulação do Paraná (Care/PR) baixou 32%. Em 2022, a média de tempo de espera era de 105 dias (mais de três meses), e agora, o tempo médio é de 71 dias de espera.
Segundo dados da Care, que reúne a demanda nos serviços sob gestão estadual, 65.493 pacientes têm indicação de cirurgia eletiva no Estado e aguardam pelo procedimento. As informações do Care são preliminares e os pacientes são inseridos neste sistema pelas secretarias municipais de saúde. A cirurgia é confirmada pelos prestadores dos serviços. Os municípios de gestão plena (como Curitiba) possuem sistemas próprios, e por este motivo, existem pacientes que são regulados pela própria secretaria municipal.
Por - AEN
A iniciativa pioneira do Paraná de criar um “Plano Safra estadual” para potencializar o agronegócio vai servir de modelo para o restante do Brasil.
A Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) e a Fomento Paraná apresentaram nesta terça-feira (06), de forma online, as bases do Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Paraná FIDC) a representantes do Comitê Nacional de Secretários da Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz) para que a estrutura possa ser replicada no restante do País.
Anunciado em dezembro, o Paraná FIDC vai oferecer uma alternativa às condições de financiamento do Plano Safra e de outros recursos destinados ao crédito rural e agroindustrial. A ideia é promover investimentos estratégicos para impulsionar ainda mais o agronegócio no Paraná. Para isso, o Estado vai aportar R$ 350 milhões para financiar essas iniciativas e espera gerar R$ 2 bilhões em negócios no campo.
Um dos pontos destacados na apresentação feita ao Comsefaz foi justamente a diferença da iniciativa paranaense em relação àquilo que o Plano Safra já oferece. Enquanto o programa federal concentra a maior parte dos recursos para o custeio e comercialização da produção, o foco do Paraná FIDC estará na oferta de crédito para melhorias e ampliação das atividades agrícolas.
O fundo deve contribuir ainda na promoção do crescimento econômico, com a segurança alimentar, com a preservação do meio ambiente e com o fortalecimento das comunidades rurais, podendo ser usados para sistemas de irrigação, expansão da produção, armazenagem, equipamentos e outras linhas.
Como explica o secretário da Fazenda, Norberto Ortigara, um dos objetivos do fundo é justamente promover a industrialização e modernização do campo. “Queremos incentivar o processamento e a agregação de valor de tudo o que sai da roça. Para isso, é importante motivar investimentos locais e atrair investidores de fora para que façam aqui plantas, novas integrações, novas cooperativas fortalecidas”, disse. “Assim, o crédito será oferecido para financiar essa expansão agroindustrial, a modernização de plantas, a instalação de novas indústrias que produzam alimentos no Paraná”.
Outra característica única do Paraná FIDC é que as empresas que aplicarem recursos no fundo poderão contar com a devolução de créditos do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) homologados via Siscred em 24 parcelas. Com isso, a expectativa é atrair mais empresas que queiram investir na agroindústria paranaense.
“É um avanço importante e o Brasil inteiro está de olho nisso – o que é bom. Tem muita gente interessada querendo saber como é que nós inventamos essa nova forma de financiar a atividade agroindustrial e estamos aqui para exportar essas boas ideias. Queremos levar para o restante do Brasil o jeito de fazer do Paraná”, destaca o secretário.
NTUSIASMO DO MERCADO – Ainda na apresentação aos representantes do Comsefaz, o diretor-presidente da Fomento Paraná, Claudio Stabile, reforçou o entusiasmo com que o mercado aguarda o lançamento do Paraná FIDC, o que demonstra o quanto a iniciativa já nasce bem-sucedida. “O mercado está sedento por esse tipo de produto”, apontou.
Segundo ele, todo esse interesse pelo fundo de investimento é algo que permite ao Paraná prospectar um crescimento não apenas na produção agroindustrial, mas também na economia e na própria qualidade de vida dos paranaenses.
“É importante destacar que todo o investimento fica no estado. Então ele fomenta a receita, emprego, tributo. É um ambiente que fortalece o agro, mas toda a cadeia é beneficiada para que a Secretaria da Fazenda, por exemplo, possa injetar recursos em outras áreas”, acrescentou Stabile. “Todo o estado ganha com isso”.
Por - AEN