Dados do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) apontam que quase 300 ataques de cachorros já foram registrados em todo o Paraná em 2025. A maioria das ocorrências acontece dentro de casa.
No último domingo (21), o CBMPR atendeu a um chamado de ataque de cachorro a uma criança de 3 anos de idade em Piraquara, no quintal de casa. Tanto a criança quanto a babá que tentou parar o ataque ficaram machucadas. A menina teve ferimentos graves na cabeça e no rosto.
Nesta terça-feira (23), no bairro Cajuru, em Curitiba, um cão atacou uma mulher que precisou de atendimento do Siate. O animal, com idade de 16 anos, é da família desde filhote. Segundo o CBMPR, a vítima teve ferimentos em um dos braços.
A recomendação inicial do CBMPR ao se avistar um cachorro potencialmente agressivo em ambiente público ou privado é evitar o contato, manter distância e ligar para alguma autoridade, como a prefeitura do município ou os números de emergência.
“Quando se mexe na comida ou em um brinquedo do cachorro, ele pode se tornar muito agressivo”, afirma a capitã Luisiana Guimarães Cavalca. “Mesmo dóceis, os cães podem ter atitudes inesperadas por instinto de defesa, o que exige atenção".
Ao presenciar um ataque a uma pessoa ou a outro animal, a orientação é tomar cuidado para não ser atacado também. “Pode-se jogar água com um balde ou mangueira para assustar o animal. Mesmo um extintor de incêndio pode ser usado”, explica.
Segundo ela, um cabo de vassoura pode ser colocado entre os molares do cachorro, em casos extremos, para ele soltar a vítima. “É importante ressaltar que bater no cachorro ou puxá-lo não vai fazer com que solte e pode inclusive piorar a lesão de quem está sendo atacado”, afirma Luisiana.
Ela também reforça sinais de alerta momentos antes do ataque. A postura dos cães, com rosnados, olhares fixos e a cabeça baixa em relação ao corpo, podem significar que ele está alerta e pronto para atacar. “Nesse momento, o melhor a fazer é sair de perto e procurar um lugar seguro”, diz a capitã.
EMERGÊNCIA – Ao ver uma pessoa ou animal sendo atacado, antes de tudo deve-se chamar o Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) pelo telefone 193, relatar a ocorrência e aguardar o socorro.
ATAQUES NAS RUAS – Ataques de cães nas ruas podem gerar problemas com a Justiça. De acordo com o delegado-chefe da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), Guilherme Dias, os tutores de cães que cometam ataques a pessoas ou animais em vias públicas estão sujeitos à responsabilização por omissão de cautela. “Ou até mesmo por lesão corporal na posição de garantidor”, explica.
Segundo a Lei das Contravenções Penais, a omissão de cautela pode dar prisão de 10 dias a 2 meses ou multa. Já a pena por lesão corporal é de 3 meses a um ano. A orientação da Polícia Civil do Paraná (PCPR) é de sempre registrar boletins de ocorrência sobre ataques de cães que tenham donos, que podem ser feitos presencialmente nas delegacias ou on-line pelo link https://www.policiacivil.pr.gov.br/BO.
Por -AEN
O governador em exercício Darci Piana autorizou nesta quarta-feira (24), no Palácio Iguaçu, a construção de estruturas voltadas à população idosa paranaense em quatro municípios.
Com investimento de R$ 20,2 milhões por meio da Secretaria de Estado da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi), serão construídas duas Cidades do Idoso, em Coronel Vivida e Toledo, e dois Centros de Convivência, localizados em Candói e São Manoel do Paraná.
Piana destacou que esse investimento faz parte de uma política de cuidado do Estado que abrange desde o recém-nascido até a terceira idade. “Como diz o nosso lema: terra de gente que trabalha e cuida. Estamos cumprindo com o cuidado da nossa gente. A Semipi tem feito um trabalho extraordinário para os idosos fruto de um trabalho incansável do Governo do Estado de olhar para toda a população do Paraná, de todas as idades”, afirmou.
“O Complexo Social Cidade do Idoso e os centros de convivência são equipamentos inovadores, reunindo uma série de serviços com diversas áreas trabalhando juntas para que possamos preservar cada vez mais a qualidade de vida, a autonomia e a independência das pessoas idosas, trazendo também o olhar do cuidado àqueles que precisam”, complementou o governador em exercício.
Os municípios foram habilitados conforme a Resolução nº 25/2025 da Semipi, que trata sobre a transferência de recursos financeiros aos municípios para investimento em obras voltadas às políticas de direitos da mulher e da pessoa idosa. Eles foram aprovados pela pasta e também pelo Paranacidade, órgão vinculado à Secretaria de Estado das Cidades (Secid), que fará o acompanhamento das obras. Os recursos serão repassados fundo a fundo pela Semipi, com contrapartidas municipais.
A secretária de Estado da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, Leandre Dal Ponte, ressaltou que os espaços voltados ao público idoso são uma resposta ao cenário de transição demográfica pela qual passa não só o Paraná, mas o Brasil e o mundo.
“Mais do que a obra física é a finalidade dela: cuidar cada vez melhor da nossa gente. O Paraná é um estado que tem passado por uma mudança demográfica muito acelerada. Em 2027 teremos mais idosos do que crianças menores de 14 anos, então é mais uma demonstração do Governo do Estado de preparar os municípios para esse futuro, que é de uma vida longa, mas com qualidade, respeito e dignidade”, explicou.
“Hoje a gente inicia a liberação das obras, que somam ao todo R$ 150 milhões. O Paraná está muito à frente nessas políticas de cuidado, sendo referência nacional e internacional, reconhecido pela Organização Mundial da Saúde como Estado Amigo da Pessoa Idosa. Tudo isso é fruto de um trabalho de políticas públicas de Estado que estamos realizando no Paraná para cuidar bem da nossa gente”, acrescentou a secretária.
CIDADE DO IDOSO – O Complexo Social Cidade do Idoso é uma estrutura de grande porte que oferece atenção à saúde especializada, atividades físicas, esporte, lazer, convivência social e intergeracional, alimentação, aulas de informática, dança, música, cultura e apoio ao cuidado, tudo de maneira gratuita. A primeira Cidade do Idoso construída no Paraná foi em Irati, no Centro-Sul do Estado, funcionando em um modelo piloto.
Em Coronel Vivida, no Sudoeste do Estado, a Cidade do Idoso contará com quatro salas multiúso, saguão, praça de alimentação interna e externa, cozinha, dois auditórios e sala de atendimento, em um espaço de 1.896 metros quadrados. O investimento da gestão estadual para a obra é de R$ 7,5 milhões. Com uma população de 23 mil habitantes, Coronel Vivida possui cerca de 4,3 mil idosos, segundo o IBGE.
“Este é um momento muito importante, em que o Governo do Estado coloca à disposição dos municípios recursos voltados à população idosa. Este programa vai criar um ecossistema de atendimento à pessoa idosa, demonstrando a sensibilidade da gestão estadual para atender todos os paranaenses. Esses investimentos, pulverizados em todo o Paraná, vão melhorar a qualidade de vida da terceira idade, que é cada vez mais significativa”, disse o prefeito de Coronel Vivida, Anderson Barreto.
No Oeste do Estado, Toledo também ganhará uma Cidade do Idoso em breve. O espaço, de 2.111 m², terá sala multiúso, academia, salão/auditório com palco e camarim, cozinha, piscina para hidroterapia, sala para fisioterapia, consultórios médicos, sala de atendimento psicossocial, espaço de dança e de artes, entre outros. Serão R$ 7,8 milhões investidos para uma população idosa de 22 mil pessoas, em um universo de 150 mil habitantes.
Para o prefeito de Toledo, Mario Costenaro, a construção de espaços como esse é uma forma de reconhecimento àqueles que contribuíram tanto para o desenvolvimento local.
“São pessoas que já ajudaram tanto o nosso município a crescer e que possuem condições de continuar nesse processo de desenvolvimento por meio de várias atividades. Enquanto política pública, a parceria do Estado é importante no sentido de inclusão social, de valorização e reconhecimento do valor da pessoa idosa e das potencialidades que ela tem, inclusive para contribuir com a continuidade do desenvolvimento da cidade”, defendeu.
CENTROS DE CONVIVÊNCIA – Assim como a Cidade do Idoso, os centros de convivência são espaços voltados à integração das pessoas maiores de 60 anos. Em Candói, no Centro-Sul do Estado, a estrutura será integrada em uma área onde hoje existe um destacamento da Polícia Militar do Paraná, Secretaria Municipal de Assistência Social, centro de hidroterapia e ginásio municipal. O espaço terá um salão com palco, pista de bolão, cozinha e roda de chimarrão externa. O investimento é de R$ 3,4 milhões.
“Somos um município de 15 mil habitantes e, desse total, cerca de 3 mil são idosos. Então é uma satisfação imensa poder fazer algo para essa população e receber investimentos para o nosso município”, comentou o prefeito de Candói Aldoino Goldoni Filho.
Em São Manoel do Paraná, no Noroeste, o Centro de Convivência da Pessoa Idosa contará com salas de convivência, recreativa e de capacitação, Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa, refeitório e cozinha. O aporte para o espaço é de R$ 1,3 milhão, beneficiando uma população de 484 idosos em um cenário de 2,1 mil habitantes.
O prefeito Vitor Hugo Rodrigues celebrou o apoio do Estado para a construção do Centro de Convivência. “É fundamental, pois sem essa ajuda não conseguiríamos recursos para executar a obra. Esse espaço vai atender as pessoas da terceira idade, funcionando como um centro-dia. O pessoal poderá ir até lá para fazer exercícios, participar de atividades físicas. É um espaço de integração e entretenimento dos idosos”, disse. “Não é uma obra qualquer, é algo que vai impactar muito a vida das pessoas.”
AMIGO DA PESSOA IDOSA – Tanto os centros de convivência quanto as Cidades do Idoso e Complexos atendem aos objetivos do Programa Paraná Amigo da Pessoa Idosa, como o de criar oportunidades para a participação cultural, econômica, política e social da terceira idade; promover atividades culturais, esportivas e de lazer adaptadas aos interesses e necessidades da pessoa idosa, visando à inclusão social e ao estímulo à vida ativa; e fomentar o desenvolvimento de espaços públicos de convívio intergeracional, com estrutura adequada para o acesso e permanência da população idosa.
Em agosto deste ano, o governador Carlos Massa Ratinho Junior e a secretária Leandre receberam em Washington D.C., capital dos Estados Unidos, o reconhecimento do Paraná como referência mundial em políticas para idosos, oferecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), braço da Organização das Nações Unidas (ONU).
O Paraná se tornou membro afiliado da Rede Global de Cidades e Comunidades Amigas das Pessoas Idosas da Organização Pan-Americana da Saúde e Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), fazendo parte de um grupo de países, estados e cidades reconhecidos pela eficiência dos seus programas e experiências para tornar os ambientes urbanos mais acolhedores, seguros e acessíveis para todas as idades.
A filiação à rede se deu por conta de uma série de políticas que vêm sendo conduzidas pelo Estado, coordenadas pela Semipi. Entre os programas estão as parcerias estratégicas com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para qualificação de cuidadores, fortalecimento da rede de proteção social, capacitação continuada de profissionais e construção de moradias adaptadas.
O Governo do Estado também conta com o projeto do Condomínio do Idoso, que oferece moradia para a terceira idade, que por sua vez pagam um aluguel social equivalente a 15% de um salário-mínimo nacional e residem no local o tempo que desejarem. Cinco unidades já foram entregues dentro de um pacote de 32 planejadas, que se encontram em fases de construção, licitação ou projetos.
Outra iniciativa pioneira é o financiamento imobiliário para idosos, dentro do programa Casa Fácil Paraná Terceira Idade. O Governo do Estado reservou R$ 80 milhões para que idosos com renda de até quatro salários-mínimos possam custear até R$ 80 mil nos valores de entrada de imóveis, reduzindo o tempo de financiamento, um dos entraves para liberação de crédito para esse público.
PRESENÇAS – Participaram da liberação de recursos o líder do Governo na Assembleia Legislativa, Hussein Bakri; os deputados estaduais Gugu Bueno, Ademar Traiano e Luiz Fernando Guerra; e a superintendente do Paranacidade, Camila Mileke Scucato.
Por - AEN
O Paraná entrou para a história da medicina mundial na terça-feira (23), quando foi realizada a telecirurgia robótica de maior distância já registrada. Um paciente, atendido no Hospital Cruz Vermelha de Curitiba, foi operado por um cirurgião localizado no Hospital Jaber Surgery, no Kuwait, a mais de 13 mil quilômetros de distância, numa cirurgia de hérnia inguinal.
A confirmação feita pelo Guinness World Records após consulta aponta que essa é a operação com maior separação geográfica já realizada, superando o recorde anterior de pouco mais de 12 mil quilômetros, estabelecido entre Marrocos (Casablanca) e China (Xangai).
A ferramenta utilizada para a telecirurgia foi o robô cirúrgico MP1000 da Edge Medical, considerado de última geração. Todo o procedimento foi apoiado por uma infraestrutura tecnológica robusta, que inclui dois robôs cirúrgicos e duas equipes de cirurgiões seniors — um em cada país —, além de um sistema de decodificação de sinais de alta fidelidade, essencial para a comunicação remota. A Ligga Telecom foi responsável por viabilizar a conectividade nacional entre o hospital e o data center em São Paulo, garantindo estabilidade e ultra baixa latência.
O idealizador e coordenador da iniciativa, Marcelo Loureiro, da Scolla Centro de Treinamento Cirúrgico, disse que esse marco representa uma nova era na medicina brasileira e mundial. “Hoje mostramos que é possível realizar cirurgias complexas à distância, com total segurança, eficiência e qualidade. Essa tecnologia permite que profissionais qualificados atendam pacientes em qualquer lugar do planeta, promovendo maior acesso e equidade na saúde”, afirma.
A tecnologia já havia sido testada em agosto, quando pela primeira vez na América Latina foi realizada uma cirurgia robótica à distância. Da sala de simulação do Hospital do Câncer de Cascavel (CEONC), o cirurgião digestivo Paolo Salvalaggio conduziu a retirada da vesícula de um suíno (animal de experimentação) em Campo Largo, a quase 500 quilômetros de distância.
O procedimento mobilizou uma infraestrutura tecnológica de ponta, composta por dois robôs — um no CEONC, equipado com console de comando, e outro na Scolla, com braços articulados — além de um módulo de telecirurgia para decodificação de sinais. A tecnologia de comunicações envolve fibra óptica, internet móvel 5G, 6G e satélite, garantindo uma transmissão estável.
PARANÁ NA VITRINE – A infraestrutura inovadora tem impacto direto no ensino superior paranaense, pois alunos e professores do curso de Medicina da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) terão acesso a aulas práticas com o mesmo robô cirúrgico usado no procedimento. A iniciativa é fruto de parceria entre a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI) e o Centro de Treinamento Cirúrgico Scolla, em Campo Largo.
O Governo do Paraná, por meio da SETI, investiu R$ 2 milhões do Fundo Paraná em dois projetos apresentados pela Unioeste dentro do Programa de Fomento à Inovação na Educação Médica: treinamento em cirurgia robótica e o diagnóstico por imagem. O programa estimula o uso de tecnologias como inteligência artificial, telemedicina, simulação realística e robótica para preparar professores e acadêmicos da área da saúde.
Os projetos, recém-iniciados, vão acelerar após a telecirurgia histórica e beneficiar docentes e estudantes do curso de Medicina da Unioeste. Para o secretário Aldo Bona, o feito projeta o Paraná como protagonista da inovação em saúde, com impacto direto na qualidade de vida da população e na democratização do acesso à medicina de ponta.
“O Paraná está dando um salto na formação de futuros médicos, trazendo para dentro das universidades estaduais a vivência com tecnologias que já são realidade nas grandes potências mundiais. Isso coloca nossos estudantes e professores em contato direto com o que há de mais moderno e inovador na prática médica”, destacou o secretário.
O reitor da Unioeste, Alexandre Webber, ressaltou que o investimento é de enorme importância para a instituição. “Nossos cursos de Medicina avançam para um novo patamar, incorporando inovação e tecnologia também no ambiente de formação. Essa cirurgia histórica só foi possível graças à parceria estabelecida entre diferentes entes públicos e privados, um esforço conjunto que fortalece tanto a assistência em saúde quanto a formação de futuros profissionais”, reforçou.
Segundo o coordenador do curso de Medicina da Unioeste, Marcius Benigno, utilizar dessa tecnologia e inserir a robótica na graduação do acadêmico de Medicina vai ao encontro do conceito global de atualização. “As operações cirúrgicas com o auxílio da robótica já são uma realidade e vieram para ficar, portanto, poder oferecer uma oportunidade como essa aos cirurgiões e médicos residentes das áreas cirúrgicas é muito representativo”, destacou.
Por - AEN
Alep debate impactos das importações e do dumping na cadeia leiteira paranaense
A Assembleia Legislativa do Paraná debateu nesta terça-feira (23) a crise que afeta o setor leiteiro no estado. Produtores e lideranças apontaram que o aumento das importações, aliado à prática de dumping, tem derrubado o preço do leite e comprometido a atividade. O encontro contou com a presença do 1º secretário da ALEP, deputado Gugu Bueno (PSD), representando a Mesa Diretora, do deputado Luís Corti (PSB), autor da proposição, demais deputados e de lideranças rurais de todo o Paraná.
Gugu Bueno destacou que a situação exige mobilização ampla. “Essa é uma questão que atinge milhares de famílias, mas não depende apenas da Assembleia ou do governador Ratinho Júnior. É uma responsabilidade do governo federal, que precisa defender os nossos produtores. A cadeia do leite tem se tornado insustentável diante da concorrência desleal das importações.”
O parlamentar ressaltou ainda que a Assembleia cumpre seu papel ao articular soluções. “Estamos convocando debates, mobilizando a sociedade e pressionando em Brasília para que medidas concretas sejam tomadas contra esse dumping perverso.”
O deputado Luís Corti lembrou iniciativas já em andamento. “Temos dois projetos de lei em tramitação: um proíbe a reidratação de leite importado no Paraná e outro obriga as indústrias a estabelecerem preços diários para o litro do leite”, explicou.
Produtores alertaram que o custo de produção no Brasil é muito superior ao valor do leite importado e que apenas no primeiro semestre cerca de 1 bilhão de litros entrou no país, colocando em risco a sobrevivência de pequenos e médios produtores.
Por - Assessoria
A Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa) ampliou em 138% o número de municípios atendidos pelo serviço de telediagnóstico em eletrocardiograma (ECG) em 2025. A estratégia passou de 67 municípios em 2024 para 160 em 2025. Só neste ano foram realizados, até agora, 106.588 exames. Desde o início da implantação, em 2021, foram mais de 204 mil exames no Paraná.
O secretário estadual da Saúde, Beto Preto, ressalta que o avanço fortalece a atenção cardiovascular em todo o Estado, garantindo diagnósticos mais rápidos, precisos e acessíveis à população. “O telediagnóstico em eletrocardiograma é uma ferramenta fundamental para ampliar o acesso da população a diagnósticos precisos e em tempo oportuno, principalmente em municípios menores e mais distantes. Essa expansão demonstra o compromisso do Paraná em fortalecer o cuidado cardiovascular em todo o Estado”, afirma.
As doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morte no Brasil e no Paraná. Por isso, a detecção precoce de alterações no eletrocardiograma — como arritmias, bloqueios de ramo ou sinais de isquemia — é essencial para orientar o atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS), reduzir atrasos em tratamentos, evitar internações e prevenir mortes.
Na prática, os exames são realizados diretamente nos serviços de saúde — como unidades básicas, prontos atendimentos, ambulatórios e hospitais — e transmitidos pela internet para laudo remoto de especialistas. O tempo médio de resposta é de até 10 minutos nos casos de urgência e de até 2 horas nos exames de rotina. Em 2025, dos 106.588 exames realizados, 31.124 (29%) foram classificados como urgentes e 75.464 (71%) como rotina.
SERVIÇO EM EXPANSÃO – Atualmente, o Paraná conta com 237 serviços de saúde nos 160 municípios utilizando o telediagnóstico em ECG. Com a expansão, o Paraná se consolida como o 4º estado brasileiro que mais utiliza a oferta, ficando atrás apenas de Minas Gerais, Bahia e Pernambuco. A meta agora é ampliar ainda mais a cobertura e alcançar 80% dos municípios paranaenses até 2027.
A ampliação do telediagnóstico também impacta em economia de recursos financeiros. Somente em 2025, a iniciativa possibilitou uma economia superior a R$ 2 milhões para os cofres públicos, evidenciando a importância da tecnologia tanto para a saúde da população quanto para a sustentabilidade financeira do sistema.
PARANÁ EFICIENTE – A expansão do telediagnóstico em eletrocardiograma integra as metas do Programa Paraná Eficiente, executado pela Sesa em articulação com a Oferta Nacional de Telediagnóstico do Ministério da Saúde. A iniciativa do Governo do Estado busca modernizar a gestão pública e qualificar os serviços de saúde por meio de investimentos e do uso de tecnologias da informação.
Para apoiar essa expansão, o Paraná conta ainda com um Núcleo de Telessaúde, instituído pela Resolução SESA nº 1048/2021, responsável por coordenar a implantação e integração do telediagnóstico em ECG e de outras estratégias, como em dermatologia e estomatologia.
Por - AEN
Cerca de 86% dos municípios paranaenses registraram emplacamento de novos veículos nos 10 dias que sucederam o anúncio de redução da alíquota do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), feito pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior em 20 de agosto e com lei sancionada nesta terça-feira (23), após aprovação da Assembleia Legislativa. Das 399 cidades, 345 tiveram automóveis emplacados, contra 330 nos 10 dias anteriores ao anúncio.
Na comparação entre os dois períodos, 41 municípios que não haviam registrado emplacamentos entre 10 e 19 de agosto tiveram ao menos um veículo registrado de 20 a 29 do mesmo mês. Dentro desse recorte, Indianópolis, na região Noroeste, teve 24 emplacamentos, sendo 20 em um único dia. A cidade tem uma população estimada de 4.544 habitantes, segundo a última estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Barbosa Ferraz, no Centro-Oeste, teve seis novos emplacamentos apenas no período analisado. Santa Amélia, no Norte, teve cinco veículos emplacados. As cidades de Boa Vista da Aparecida, Califórnia, Ibaiti, Iretama, Rebouças e Santa Isabel do Ivaí tiveram quatro novos veículos registrados depois do anúncio da redução de 45% do IPVA.
Luiziana, Nova Esperanca do Sudoeste, São José da Boa Vista e São Tomé tiveram três emplacamentos cada uma; Barra do Jacaré, Diamante do Sul, Florestópolis, General Carneiro, Guaporema, Juranda, Mariópolis, Nova Aliança do Ivaí, Salto do Itararé, Santa Cecília do Pavão, Saudade do Iguaçu, Sulina, Tunas do Paraná e Uniflor registraram dois emplacamentos cada.
Com um veículo emplacado após o anúncio estão as cidades de Altamira do Paraná, Antonio Olinto, Corumbataí do Sul, Foz do Jordão, Inajá, Mato Rico, Mirador, Nossa Senhora das Graças, Pinhal do São Bento, Porto Vitória, Quarto Centenário, Quatiguá, São José das Palmeiras e Virmond.
O número de emplacamentos no Paraná já vinham em cenário de alta em 2025, com a mudança na alíquota do IPVA impulsionando ainda mais esse cenário. Outros 25 municípios que não tiveram registros nos 10 dias posteriores ao anúncio tiveram veículos registrados nos 10 dias anteriores.
São eles: Abatia, Campo Bonito, Congonhinhas, Goioxim, Guaraci, Itaúna do Sul, Ivaté, Jardim Olinda, Lidianópolis, Manfrinópolis, Mangueirinha, Maria Helena, Marquinho, Moreira Sales, Nova Laranjeiras, Novo Itacolomi, Paula Freitas, Planaltina do Paraná, Ramilândia, Rosário do Ivaí, Santa Inês, Santa Mônica, Santo Antônio do Caiuá, São Jorge d’Oeste e Sertaneja.
GRANDES CIDADES – A lei que reduziu o IPVA de 3,5% para 1,9% provocou um aumento nos emplacamentos também das maiores cidades paranaenses. A alta mais significativa foi registrada em São José dos Pinhais, com crescimento de 104,8%, seguida por Maringá, com 68,4%, Campo Largo, com 53,1%, Cascavel, com 34,7%, e Apucarana, com 34,6%.
Por - AEN