Com apoio do Estado, empresa alavanca tecnologia para a produção de proteína alternativa

Uma proteína com sabor muito semelhante ao da carne animal, mas mais nutritiva, saudável e produzida através da fermentação da raiz dos cogumelos.

Isso é o micélio, uma proteína de fungos que pode ser usada para snacks e até sorvete. Ela é a base de produção da empresa Typcal, que integra o Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (Napi) Proteínas Alternativas, iniciativa da Fundação Araucária, do Governo do Paraná, que reúne pesquisadores ao redor de um tema. 

Embora sejam mais populares entre os consumidores vegetarianos e veganos, diante da crescente preocupação com o desenvolvimento sustentável, saúde humana e bem-estar animal, os estudos e o mercado de proteínas alternativas à carne ganham cada vez mais evidência. No Paraná, o Napi Proteínas Alternativas tem contribuído para entender os benefícios potenciais do setor, colaborando para o desenvolvimento de produtos que incorporem a identidade e marca do Paraná, a fim de reforçar o protagonismo do Estado nas diferentes frentes da indústria.

Criada em 2019, a empresa tem sede em São Paulo e uma fábrica em Curitiba. O cofundador e CEO, Paulo Unger Ibri, explica que a Typcal trabalha para a produção de alimentos mais saudáveis a partir de proteínas alternativas. “A estrutura dos fungos é muito mais próxima de uma proteína animal do que de uma proteína vegetal. Com esta proteína podemos desenvolver diferentes produtos e não apenas substitutos de carne animal”, explica. “Esse processo de biotecnologia que nós desenvolvemos é completamente inovador e pioneiro na América Latina”.

“Como esta tecnologia é super escalável, rápida e totalmente indoor, ou seja, não precisamos de terra, água ou sol como as outras proteínas de mercado, a nossa expectativa é de que em até cinco anos o preço destas proteínas seja até mais barato do que uma proteína animal”, enfatiza.

Além se empresas, pesquisadores de universidades e institutos de pesquisa também integram a rede, como destaca a articuladora do Napi e pesquisadora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Carla Forte Molento. “A presença das empresas dentro do Napi, como é o caso da Typcal, faz com que as inovações das pesquisas sejam imediatamente transferidas para as empresas e as demandas das empresas sejam respondidas pelas pesquisas”, ressalta. 

A importância desta nova indústria e do Napi Proteínas Alternativas fica evidente considerando as previsões. De acordo com alguns estudos acadêmicos, em torno de 60% do mercado global de carnes pode ser suprido por carnes vegetais e celulares em 2040. Atualmente a produção da empresa ocorre em escala-piloto já em testes com a grande indústria. A previsão é que o produto esteja disponível para o mercado ainda em 2024.

APOIO – Além do Napi, a Typcal participou de outro processo envolvendo a Fundação Araucária. Os avanços só foram possíveis com o apoio recebido no Programa Centelha, que tem como objetivo estimular o empreendedorismo por meio de capacitações para o desenvolvimento de bens, serviços e processos inovadores. Ele estimula a criação de empreendimentos inovadores e dissemina a cultura empreendedora no Brasil. A iniciativa conta com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Governo do Paraná.

“Conseguimos acelerar nossas pesquisas e desenvolvimento de produtos utilizando o recurso do Centelha, elaborando processos e, com isso, chegando a um produto que já está pronto para ser lançado no mercado”, salienta Ibri. 

A primeira chamada pública aconteceu em 2020 e uma nova deve ser lançada nos próximos meses. “O Centelha é uma excelente oportunidade de estimular o empreendedorismo inovador e apoiar a geração de empresas de base tecnológicas a partir da transformação de ideias inovadoras em empreendimentos que incorporem novas tecnologias aos setores econômicos estratégicos do Estado”, afirma o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fundação Araucária, Luiz Márcio Spinosa.

PESQUISA CIENTÍFICA – De 8 a 11 de julho será realizada a I Conferência Internacional Cell Ag Brazil & I Encontro NAPI Proteínas Alternativas, na Universidade Federal do Paraná em Curitiba. O evento tem por objetivo reunir os principais atores envolvidos com a nova indústria de proteínas alternativas, em torno das necessárias discussões para a aceleração da agricultura celular no Brasil e na América Latina. O evento é organizado pelo NAPI Proteínas Alternativas e pela Associação Brasileira de Agricultura Celular. Confira a programação completa em AQUI.

NAPIS – A Fundação Araucária já organizou mais de 40 Napis sobre diferentes temas. Eles envolvem também Desenvolvimento em Pesquisa Genômica, Vulnerabilidade Climática, Produção de Hidrocarbonetos, Educação Científica, Computação de Alto Desempenho, entre outros, e podem ser encontrados nesta página.

 

 

 

 

 

 

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 Estado recebe estudo da ampliação do terminal ferroviário da Ferroeste em Cascavel

O Governo do Estado recebeu nesta segunda-feira (26) o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) da Adequação do Terminal Multimodal no Oeste do Paraná, o terminal da Ferroeste, e da construção do Terminal Multimodal de Foz do Iguaçu, que integra o planejamento da Nova Ferroeste, mais a longo prazo.

Os estudos foram contratados pela Paraná Projetos, vinculada à Secretaria do Planejamento, e tiveram financiamento da Itaipu Binacional (cerca de R$ 1,3 milhão). Eles já estão com a Secretaria de Infraestrutura e Logística, que dará sequência aos projetos.

A revitalização do terminal da Ferroeste é uma demanda antiga do Estado e do setor produtivo do Oeste. O investimento indicado no estudo é de R$ 250 milhões e prevê pavimentação, sinalização, iluminação, controle de acesso, construção de um pátio público para caminhoneiros e melhorias estruturais para atender as cooperativas e produtores que exportam pelo Porto de Paranaguá. Agora, a ideia da Ferroeste é de lançar projetos e editais específicos, começando pela pavimentação de cerca de 5,5 quilômetros, o que deve receber investimento de R$ 30 milhões, e seguindo com a construção dessa área de descanso para motoristas.

O presidente da Ferroeste, André Gonçalves, ressaltou a importância do trabalho da Paraná Projetos, que fez todo o processo de licitação e coordenação do estudo. “Esse é um projeto grande de infraestrutura. A parceria importante com a Itaipu Binacional ajudou a mapear essas melhorias no Oeste e agora estamos mais perto da modernização do terminal de Cascavel, um dos maiores terminais ferroviários do Sul do País, e já mapeamos o terminal de Foz do Iguaçu, que fará essa conexão entre os países sul-americanos”, disse.

O secretário de Estado do Planejamento, Guto Silva, destacou que a iniciativa está dentro do cronograma de transformar o Paraná num grande hub do setor logístico. “A Ferroeste tem demonstrado um grande desempenho nos últimos anos. Passou a dar lucro, está movimentando mais carga, acompanhando essa grande produção agro do Paraná que gera riqueza. O estudo pensa o futuro e vai ajudar a dar mais força para o modal ferroviário, ampliando uma estrutura que será vital para os próximos anos e décadas, com a Nova Ferroeste”, disse.

O secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, complementa que o EVTEA ajuda a mapear os próximos passos do setor. "Ele fez um grande diagnóstico da situação atual do terminal de Cascavel e propõe uma série de melhorias estruturais. É uma região distante do Litoral e que utiliza esse modal para escoamento da produção. O Paraná está pensando todos os modais de maneira integrada. No futuro teremos as novas concessões rodoviárias no Oeste e Sudoeste e também a Nova Ferroeste começando a estruturar essa nova conexão", afirmou.

O assessor especial da Diretoria de Coordenação da Itaipu, Natalino Bastos dos Santos, frisou que essa entrega reforça que a Binacional também foca em desenvolvimento econômico, social e ambiental. “Essa entrega é importante por conta do incentivo ao desenvolvimento regional. A Itaipu tem uma história de apoio ao desenvolvimento regional e a Ferroeste é muito importante, principalmente para Cascavel e Foz do Iguaçu”, disse.

FERROESTE E NOVA FERROESTE – A Ferroeste administra o trecho ferroviário entre Guarapuava a Cascavel, com 248 quilômetros. Pelos trens da Ferroeste são escoados, anualmente, cerca de 800 mil contêineres, principalmente grãos (soja, milho e trigo), farelos e contêineres, com destino ao Porto de Paranaguá. No sentido importação, a ferrovia transporta principalmente insumos agrícolas, adubo, fertilizante, cimento e combustíveis. O terminal, localizado em Cascavel, tem moegas de recepção, tulhas para expedição ferroviária, balanças ferroviárias, silos, e galpões de armazenagem e movimentação de produtos de empresas e cooperativas.

Já a Nova Ferroeste, ainda em estudo, vai ligar por trilhos Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. O projeto tem 1,5 mil quilômetros de extensão e vai promover a redução de 30% no custo do transporte de insumos e produtos, a maioria grãos e proteína animal. Cascavel deve ser o ponto central da rodovia, porque a partir desse terminal haverá conexões com Foz do Iguaçu, Chapecó, Guaíra (e o Mato Grosso do Sul) e Guarapuava e o Litoral.

 

 

 

 

 

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 Modelo mais moderno: concessionárias assumem rodovias do Paraná nesta quarta

A partir desta quarta-feira (28), entram em operação os primeiros dois lotes das novas concessões rodoviárias do Paraná. A formalização do processo de transferência da administração das rodovias para as concessionárias aconteceu nesta segunda-feira (26), na sede do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR), em Curitiba.

A Via Araucária e a EPR Litoral Pioneiro, empresas responsáveis pelos Lotes 1 e 2, respectivamente, vão realizar obras de melhorias que somam mais de R$ 30 bilhões ao longo dos próximos 30 anos. Neste período, elas também deverão prestar serviços de manutenção e atendimento aos usuários em mais de mil quilômetros de rodovias que compõem os dois trechos.

Segundo o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, o início das operações marca um ponto de virada para a população paranaense, com o maior contrato de concessões do Brasil, e cujo modelo já está servindo de exemplo para outros estados. “É uma virada de página em que os paranaenses vão deixar o antigo pedágio, que era meramente uma tarifação de passagem, para uma verdadeira concessão, com tarifas menores, obras de melhorias e ampliação da malha rodoviária”, afirmou.

Envolvido desde o início das negociações junto ao governo federal, o secretário lembrou que prevaleceu o modelo defendido pelo Governo do Estado, fruto de um amplo debate com a sociedade paraense. “Tivemos um processo transparente, com participação do setor produtivo, das entidades de classe e da população, que levará desenvolvimento, segurança e industrialização, fazendo com que o Paraná se transforme no grande hub logístico da América do Sul”, acrescentou o secretário.

O início da operação não significa que haverá retomada imediata das cobranças, que devem ser retomadas até o fim de março, conforme previsão da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT). O órgão federal deverá comunicar com um prazo mínimo de 10 dias de antecedência a data exata em que as tarifas serão cobradas nas praças de pedágio, bem como os valores. O comunicado será feito em Diário Oficial.

De acordo com o diretor da ANTT, Luciano Lourenço, os contratos de concessão rodoviária elaborado pelo Governo do Paraná em parceria com o governo federal contêm o que existe de mais moderno em concessões públicas. “É uma modelagem que alia tarifas justas com investimentos, que pela primeira vez na história teve a segurança viária como fator determinante para as prioridades de investimento a serem feitos”, declarou.

O diretor-geral do DER-PR, Fernando Furiatti, enfatizou que a experiência prévia das empresas que assumirão as rodovias a partir de quarta-feira é um bom sinal de que as concessões seguirão aquilo que está previsto em contrato. “São duas concessionárias que já têm um histórico de mercado e que vão trazer para o Paraná aquilo que elas já fazem em outras rodovias do Brasil. As equipes do DER-PR, DNIT e da ANTT vão fiscalizar para garantir isso”, comentou.

O superintendente regional no Paraná do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Hélio Gomes, lembrou dos esforços do órgão e do DER-PR para garantir a manutenção das rodovias ao longo dos últimos dois anos e quatro meses, o que reforça a importância das novas concessões. Apenas o Estado investiu mais de R$ 180 milhões.

“Este é um momento importante para o Paraná, em que passamos a responsabilidade para as concessionárias com a expectativa de termos rodovias em excelentes condições, ótimos serviços prestados à população e a ampliação da estrutura rodoviária do Estado”, disse.

OBRAS – As duas concessionárias que assumem os serviços nesta quarta-feira já têm um cronograma para os três primeiros anos de concessão. O primeiro será de requalificação das vias, com atualização das sinalizações, serviço de manutenção e ajustes emergenciais, bem como o início do atendimento de guinchos, ambulâncias, retiradas de animais das pistas, entre outros serviços. No segundo ano virão os investimentos em si, em especial na duplicação das rodovias. No terceiro ano, a previsão é do início da entrega das obras.

“Até o terceiro ano da concessão teremos 70 km de duplicação em cinco frentes de trabalho nas BRs 277 e 376. Inclusive já começamos a trabalhar para regularizar licenças ambientais, tanto no Ibama quanto no IAT [Instituto Água e Terra]”, apontou o diretor-presidente da concessionária Via Araucária, Sérgio Santillan.

O cronograma da EPR Litoral Pioneiro é semelhante: requalificação das vias e início dos serviços no primeiro ano, investimentos mais profundos de obras no segundo ano e início da entrega das obras no terceiro ano. A previsão é também de 70 km de duplicação.

“Os primeiros 12 meses da concessão serão de requalificação das rodovias com foco nas áreas críticas e que tenham maior impacto na população, como nos entornos das cidades. A partir do segundo ano serão investimentos mais profundos de infraestrutura. E no terceiro começam as entregas”, explicou o diretor-executivo da EPR Litoral, Roberto Longman.

LOTE 1 – O primeiro lote engloba 473 quilômetros das rodovias BR-277, BR-373, BR-376, BR-476, PR-418, PR-423 e PR-427 que passam por Curitiba, Região Metropolitana, Região Centro-Sul e Campos Gerais. Vencedora do leilão do Lote 1 das rodovias, a Via Araucária vai operar com 420 colaboradores e 37 viaturas, entre os quais quatro guinchos pesados, seis guinchos leves, dois caminhões para resgate de animais, dois caminhões-pipa para apoio do Corpo de Bombeiros, dez ambulâncias (sendo 3 com UTI) e 13 veículos para inspeção de tráfego.

O contrato prevê a implementação de 344 quilômetros de duplicações, 215 quilômetros de faixas adicionais, 32 quilômetros de vias marginais, 27 quilômetros de ciclovia e 63 viadutos e trincheiras. Entre as principais obras, estão a duplicação total da BR-373, entre Ponta Grossa e Prudentópolis, a duplicação da BR-277 entre Balsa Nova e Prudentópolis e do Contorno Norte de Curitiba entre o trevo de Campo Largo e o acesso a Colombo, além da construção de faixas adicionais no Contorno Sul de Curitiba e obras na RMC.

Segundo Santillan, a concessionária está preparada para dar início imediato ao trabalho. “Nos últimos três meses, nossas equipes trabalharam diariamente para a instalação das bases de operação para que a partir da primeira hora do dia 28 estejamos trabalhando de forma eficiente ao longo de todos os trechos sob nossa responsabilidade”, afirmou.

LOTE 2 – O segundo trecho leiloado envolve 605 quilômetros das rodovias BR-153, BR-277 e BR-369 e das estaduais PR-092, PR-151, PR-239, PR-407, PR-408, PR-411, PR-508, PR-804 e PR-855 em trechos que passam por Curitiba, Litoral, Campos Gerais e Norte Pioneiro. O contrato com a EPR Litoral Pioneiro inclui a duplicação de 350 quilômetros, 138 quilômetros de faixas adicionais, 73 quilômetros de vias marginais e 72 quilômetros de ciclovias. Serão ainda 107 novos viadutos, 52 passarelas, 35 pontos de correção de traçado e oito passa-faunas.

Uma das obras mais aguardadas é a instalação de faixas adicionais na BR-277 em 81 quilômetros entre Curitiba e Paranaguá, que terá três pistas e acostamento nos dois sentidos logo nos primeiros anos de contrato. Também serão instaladas vias marginais, viadutos e trincheiras no perímetro urbano de Paranaguá, próximo ao Porto de Paranaguá. 

O contrato engloba as duplicações de 14 quilômetros da PR-407 entre Paranaguá e Pontal do Paraná, 123 quilômetros da PR-092 entre Jaguariaíva e Santo Antônio da Platina e 71 quilômetros da PR-239 entre Piraí do Sul e Jaguariaíva, além de obras na BR-153 no Norte Pioneiro e na BR-369 entre Cornélio Procópio e a divisa de São Paulo.

O presidente da EPR Litoral Pioneiro, José Cassaninga, garantiu que os paranaenses já poderão sentir a diferença no atendimento de imediato. “Vamos iniciar no dia 28 uma operação muito qualificada e os usuários já vão perceber um incremento significativo dos serviços nas estradas, que vão trazer segurança, conforto e desenvolvimento sustentável para o Paraná”, afirmou.

 

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O início da operação não significa que haverá retomada imediata das cobranças, que devem ser retomadas até o fim de março, conforme previsão da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT). Foto: Geraldo Bubniak/AEN


INOVAÇÕES – Além da isenção para motos, os usuários frequentes das rodovias concedidas que instalarem tags de cobrança automática nos seus veículos terão descontos progressivos nas tarifas de pedágio. Todas as vezes que passarem em uma mesma praça em um mesmo mês pagarão tarifas mais baratas, com desconto aplicado progressivamente da 1ª até a 30ª passagem do veículo pela praça dentro de um mesmo mês. A Agência Estadual de Notícias fez uma simulação desse sistema com a projeção tarifária dos editais. Confira AQUI.

As concessionárias também deverão disponibilizar internet nos pontos de atendimento ao usuário e áreas de descanso para caminhoneiros, e sistema de comunicação Wi-fi em 100% da rodovia, para acesso ao canal de atendimento ao usuário.

PRESENÇAS – Também participaram da cerimônia de início das concessões os secretários estaduais do Planejamento, Guto Silva; da Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros; os deputados estaduais Fabio Oliveira e Alisson Wandscheer; superintendente de Rodovias da ANTT, Roger Pêgas; o presidente da Fiep, Edson Vasconcelos; o presidente da Fetranspar, coronel Sérgio Malucelli; o presidente da Ferroeste, André Gonçalves; o diretor-presidente do Detran-PR, Adriano Furtado; o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia; o superintendente da Polícia Rodoviária Federal no Paraná, Fernando Cesar Borba; o vice-presidente da Fecomércio Paraná, Paulo Salesbram; o presidente do Movimento Pró-Paraná, Marcos Domakoski; o presidente da Elejor, Nelson Baptista; e os prefeitos de Arapoti, Irani Barros, de Astorga, Suzie Pucillo, de Balsa Nova, Marcos Antonio Zanetti, de Campo Largo, Maurício Rivabem, de Fernandes Pinheiro, Cleonice Schuck, de Morretes, Junior Brindarolli, de Palmeira, Sérgio Belich, de Paranaguá, Marcelo Roque, e de São José dos Pinhais, Nina Singer.

 

 

 

 

 

 

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 Com bons indicadores, programa do Estado ajuda população a parar de fumar

Seguindo uma tendência mundial, o Paraná tem registrado uma queda contínua nas taxas de consumo de tabaco, assim como maior interesse das pessoas em deixar o vício em cigarros.

Considerado um grave problema de saúde pública, a doença epidêmica, caracterizada pela dependência da nicotina, é um fator de influência para diversas outras doenças, como cardiovasculares, respiratórias e cânceres.

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde de 2019, levantamento mais recente do Ministério da Saúde, dos 1.344.046 fumantes acima de 18 anos no Paraná, 586.004 (43,6%) tentaram parar de fumar e cerca de 140.641 procuraram tratamento com profissional de saúde. Em nível nacional, dos 21.113.773 fumantes, 9.839.018 (46,6%) tentaram parar.

Segundo a PNS 2019, 14,6% da população paranaense acima de 18 anos ainda faz uso do tabaco (cigarro, charuto, cigarrilha, cachimbo, cigarros de cravo e narguilé) ou produtos derivados do tabaco que não fazem fumaça, como fumo para mascar ou rapé. Em 2013, esse índice era de 17,8%, o que representa uma redução três pontos percentuais e milhares de pessoas em seis anos, até 2019.

O Governo do Paraná tem contribuição importante na luta contra o tabaco, com legislação antifumo iniciada em 1952 e em 1979, e a criação do Programa Estadual de Controle do Tabagismo (PECT), que visa reduzir a prevalência de fumantes e a morbimortalidade decorrente do consumo de produtos derivados do tabaco. O programa engloba capacitações, comunicação ativa, ações educativas junto à população, prevenção da iniciação do tabagismo, proteção acerca do tabagismo passivo, cessação do tabagismo, entre outras.

Em 2023, no registro mais recente do PECT, outras 12.880 pessoas buscaram tratamento para cessar a dependência do tabagismo. “O tabagismo é atualmente a principal causa de morte evitável, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), sendo considerada uma doença pediátrica, pois a maioria dos fumantes se torna dependente até os 19 anos de idade”, salienta a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, Maria Goretti David Lopes.

PROGRAMA – O atendimento à pessoa tabagista no Paraná é realizado por equipes multiprofissionais de saúde, prioritariamente na atenção primária, tendo como eixo principal a abordagem cognitiva, que prevê uma mudança de comportamentos e escolha de hábitos saudáveis de vida.

Este cuidado prevê o acolhimento do usuário, avaliação clínica, aferição do grau de dependência à nicotina, apoio ao tratamento, sessões em grupo e terapia medicamentosa se necessário. Além disso, a interação no grupo incentiva e propicia a mudança de crenças e comportamentos relacionados ao consumo de tabaco.

“Todos os profissionais de saúde devem perguntar sobre o uso do tabaco e convivência com fumantes, a fim de aconselhar e apoiar o início do tratamento de cessação do tabagismo”, enfatiza a chefe da Divisão de Prevenção e Controle de Doenças Crônicas e Tabagismo da Sesa, Rejane Cristina Teixeira Tabuti.

Atualmente, o programa é ofertado em 299 municípios pelo SUS. De acordo com a Sesa, 75% dos municípios paranaenses contam com, ao menos, uma equipe que oferta tratamento do tabagismo, tanto nas Unidades de Saúde da Atenção Primária, como na Atenção Especializada.

Para Elaine Cristina Vieira, coordenadora de Promoção da Saúde da Secretaria da Saúde, o Estado tem empenhado esforços para que todos os 399 municípios ofertem o tratamento de cessação do tabagismo. “Todas essas medidas geram um reflexo positivo na queda de prevalência de fumantes em um contexto geral. Parar de fumar a qualquer tempo, traz benefícios. Procure uma Unidade de Saúde e informe-se sobre o tratamento”, complementa.

TABAGISMO – Segundo o Relatório Mundial sobre Tendências na Prevalência do uso de Tabaco 2000 - 2030, publicado pela OMS em janeiro, com dados de 165 países, apesar da tendência de queda, metade dos homens (49,1%) e cerca de uma em cada seis mulheres (16,3%) com 15 anos ou mais ainda utilizam algum tipo de tabaco. A taxa média de consumo no mundo entre os jovens com idades entre 15 e 24 anos diminuiu de 20% em 2000 para cerca de 13% em 2022, e prevê-se que atinja 12% em 2030.

 

 

 

 

 

 

 

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