O Paraná é o segundo estado que mais emprega pessoas na indústria de produção de alimentos no Brasil. Ao todo, são 237.004 trabalhadores contratados por indústrias do setor em todo o Estado.
Com isso, o Paraná só fica atrás de São Paulo, que tem 437 mil empregados formais, e supera estados como Minas Gerais (220 mil), Santa Catarina (150 mil), Rio Grande do Sul (147 mil) e Goiás (100 mil).
Os dados são referentes ao total de pessoas com carteira assinada em 2023 de acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), levantados pelo Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social).
Os dados da Rais apontam que o Paraná tem 758.454 pessoas contratadas com carteira assinada no setor industrial, o que significa que aproximadamente um terço dos empregados das indústrias paranaenses trabalham diretamente com a produção de alimentos.
Entre os diferentes segmentos da indústria alimentícia, a produção de carnes é a que mais emprega no Estado, com 129.408 trabalhadores com carteira assinada. Na sequência estão a fabricação de amiláceos e alimentos para animais (25.308), a produção de açúcar (17.555) e produção de laticínios (13.174).
ESTABELECIMENTOS – O Paraná tem 5.599 estabelecimentos industriais que produzem alimentos. Eles estão distribuídos por 364 municípios do Estado, mostrando a capilaridade da atividade por todas as regiões paranaenses.
De acordo com o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado, a alta prevalência de estabelecimentos e empregos nas indústrias de alimentos ajuda no desenvolvimento econômico do Estado e a reduzir as desigualdades regionais. “Com a contribuição da indústria de alimentos e de várias outras atividades, temos observado um processo de desconcentração econômica no Paraná, com o avanço do interior”, disse.
Os dados ainda mostram que grande parte dos empregos da indústria de alimentos se concentra em fábricas que tem 500 ou mais funcionários. Ao todo, 145.631 trabalhadores têm vínculo com empresas deste porte no Estado, o que representa 61% de toda a força de trabalho do setor industrial de alimentos.
40.554 funcionários trabalham em empresas de 100 a 499 empregados, outros 30.058 trabalhadores têm vínculo com fábricas de 20 a 99 funcionários, e 20.761 pessoas estão empregadas em empresas com até 19 contratados.
BRASIL – Em todo o país, 1.868.818 pessoas estão contratadas no segmento industrial de alimentos, segundo o levantamento. Este número representa 21% do total de pessoas empregadas na indústria em geral no Brasil. Os dados mostram que 612.258 estão empregados em indústrias de fabricação de carne e 278.510 pessoas são contratadas por empresas que fabricam e refinam açúcar.
Por - AEN
Mais 70 profissionais de nutrição vão apoiar e supervisionar as demandas do Programa Estadual da Alimentação Escolar – PEAE, coordenado pelo Instituto Fundepar, nos 32 Núcleos Regionais de Educação do Paraná (NRE).
O órgão é responsável pela compra e distribuição de alimentos para o preparo de cerca de 1,2 milhão de refeições por dia, servidas em cerca de 2 mil escolas, nos 399 municípios do estado do Paraná.
Os nutricionistas vão atuar diretamente nas escolas com a função de orientar as boas práticas nas cozinhas, elaborar preparações, verificar estoques, orientar as merendeiras, averiguar se o cardápio padronizado está sendo executado e observar a quantidade de alimentação consumida pelos alunos.
O reforço foi viabilizado por meio de contrato, via licitação, de uma empresa de consultoria. Na primeira quinzena de outubro os profissionais se integraram com a equipe técnica do Fundepar e já nesta segunda quinzena atuarão nas unidades de ensino estaduais.
“A principal função é orientar para que a qualidade dos alimentos não apenas continue excelente, mas para que avancemos ainda mais. Nós já somos a melhor alimentação e educação do Brasil, mas isso é para irmos além, garantindo uma segurança sanitária e nutricional dentro das escolas.” destacou a coordenadora de Planejamento da Alimentação Escolar do Instituto, Rosangela Mara Slomski Oliveira.
A diretora-presidente do Fundepar, Eliane Teruel Carmona reforçou que trata-se de uma iniciativa fundamental para garantir a qualidade e a segurança alimentar dos estudantes da rede estadual em todo o Paraná.
“Os nutricionistas desempenham um papel essencial no planejamento e na supervisão das refeições escolares, assegurando que os alunos tenham acesso a uma alimentação saudável e balanceada, que contribua para seu desenvolvimento e desempenho escolares”, disse ela.
Eliane acrescentou que ao fortalecer a equipe com profissionais qualificados, investe-se diretamente na saúde e no futuro dos alunos. “E os benefícios vão além. Também promovemos práticas alimentares conscientes e saudáveis na comunidade escolar”, disse a diretora-presidente do Fundepar.
As escolas estaduais recebem ao longo do ano cinco remessas de alimentação, entre alimentos perecíveis e não perecíveis, com aproximadamente 3.420.234 kg de alimentos não perecíveis por remessa, garantindo assim refeições adequadas durante o período escolar. São 100% das escolas estaduais atendidas pelo programa, além das Ações Pedagógicas Descentralizadas (APEDS).
São distribuídos insumos como arroz polido, arroz polido orgânico, feijão carioca, feijão preto orgânico, fubá de milho, molho de tomate, canjiquinha, sucos, biscoito integral, biscoito polvilho salgado sem glúten, biscoito integral chocolate sem lactose, entre outros.
Além disso, há também a distribuição periódica de itens perecíveis, como carnes congeladas, pães, ovos, frutas e produtos da agricultura familiar.
A boa alimentação oferecida nas escolas é fundamental pois desempenha papel na educação nutricional dos alunos, pois fortalece o aprendizado, ajuda os estudantes a manterem-se mais concentrados em sala de aula e ensina hábitos saudáveis.
PROCESSO – Os gêneros alimentícios não perecíveis (a chamada merenda seca) são entregues pelos fornecedores na unidade armazenadora do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Os produtos são separados, pesados e acondicionados de acordo com o padrão de armazenagem e identificados por escolas, seguindo as guias de remessa emitidas pelo Fundepar, para então serem distribuídos.
MAIS MERENDA – Desde 2022, os mais de 1 milhão de alunos da rede estadual de ensino recebem três refeições por dia. O Mais Merenda oferece um lanche na entrada e outro na saída de cada turno, além da merenda regular que já é dada nos intervalos das aulas.
No Estado, 192 cooperativas vendem seus alimentos para a merenda da rede estadual, beneficiando cerca de 25 mil famílias de produtores. O investimento em alimentação previsto para todo o ano é de cerca de R$ 550 milhões.
Por - AEN
A criança de 9 anos matou mais de vinte animais em Hospital Veterinário de Nova Fátima, no norte do Paraná. O caso aconteceu no último domingo (13).
Câmera de segurança registrou quando o menino entra no hospital, que teve a 'fazendinha' inaugurada há poucos dias. Vinte e três animais foram mortos com crueldade. Três porquinhos da índia e 20 coelhos foram arremessados contra a parede e alguns deles tiveram as patas arrancadas. Além dos animais mortos, outros foram encontrados soltos pelo local.
No vídeo, o menino aparece pulando o cercado com seu cachorro e correndo no quintal do hospital. A criança fica cerca de 40 minutos no local.
A dona da 'fazendinha' percebe a movimentação pela câmera de monitoramento, vai até o local e se depara com os coelhos mortos. Nas imagens de imediato ela identificou que tratava-se de uma criança.
A Polícia Militar foi acionada pela proprietária do hospital, compareceu ao local e realizou o registro da ocorrência. A Polícia Civil foi informada do caso e segue com as investigações.
A criança foi identificada, o Conselho Tutelar foi informado e as medidas foram tomadas.
"Como uma criança de 9 anos é a autora, não há implicações criminais. O Boletim de Ocorrência e outras informações foram repassados ao Conselho Tutelar", diz Polícia Civil.
Por - Catve
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) empenhou R$ 4.461.963.460,43 em Ações e Serviços Públicos de Saúde (ASPS) no Paraná de janeiro a agosto deste ano.
O valor corresponde a mais de 12% da Receita Líquida de Impostos pelo Governo do Estado (R$ 35.559.617.585,38), que determina um gasto mínimo com ASPS de R$ 4.267.154.110,25 durante todo o ano. Dentre os valores empenhados, R$ 3,3 bilhões já foram liquidados, representando 9,42% do percentual em ASPS.
Os números fazem parte do Relatório Detalhado do segundo quadrimestre deste ano apresentado pelo secretário de Estado da Saúde, César Neves, na audiência pública realizada pela Comissão de Saúde Pública da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), em Curitiba, nesta terça-feira (15).
“Esse empenho de recurso foi um recorde em toda a nossa gestão do mandato do governador Ratinho Junior, com 12,55% da Receita, que perfaz o montante de R$ 4 bilhões. É um empenho nunca antes feito e isso demonstra o zelo, o cuidado e a responsabilidade da Secretaria de Estado da Saúde com o dinheiro público e com o aumento na qualidade do atendimento aos paranaenses”, afirmou o secretário.
O deputado estadual e presidente da Comissão de Saúde da Alep, Tercílio Turini, ressaltou a importância da apresentação das metas. “Isso é fundamental para esclarecer, não só aqui a Assembleia Legislativa, mas também para esclarecer à população, para as pessoas realmente acompanharem e saberem o que está sendo cumprido com relação às metas da Secretaria”, disse.
METAS – Segundo o Monitoramento das Diretrizes do Plano Estadual de Saúde (PES 2024/2024) e da Programação Anual de Saúde (PAS – 2024), a Sesa também se destacou no fortalecimento da Atenção Primária à Saúde (APS) neste período. Enquanto a meta do ano é de 86% de cobertura da APS no Paraná, o Estado já atingiu 91,95%.
A qualificação da Linha de Cuidado de Saúde Bucal também se destacou. A meta de ampliação da cobertura de Saúde Bucal na APS das equipes financiadas pelo Ministério da Saúde é de 41,50%, enquanto o Estado já atingiu 44,92%.
A Linha de Cuidado à Saúde da Mulher, ligada à Atenção Materno-Infantil, com a proposta de aumentar o número de gestantes com sete ou mais consultas pré-natal, também está acima do esperado. A meta de 86% já foi superada, com atuais 87,9% das gestantes com mais de sete consultas.
Dentro da estratégia de qualificação da Linha de Cuidado à Pessoa com Deficiência, a meta é atingir 90% dos nascidos vivos com quatro testes de triagem neonatal realizados. O Paraná já registra 92,85% dos nascidos vivos com testes realizados. Para o cuidado com os idosos, a meta era ampliar em mais 16 municípios a realização da Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa, e esse cuidado já foi ampliado para 62 municípios.
PRESENÇAS – Participaram da audiência a deputada estadual e vice-presidente da Comissão de Saúde da Alep, Márcia Huçulak e os deputados estaduais Arilson Chiorato e Luís Corti. Pela Sesa, participaram o diretor executivo, Ian Sonda; a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, Maria Goretti David Lopes; o diretor de Planejamento da Atenção Especializada, Vinícius Filipak; o diretor-executivo do Fundo Estadual de Saúde, Adriano Rissati; o diretor Administrativo, Carlos Batista e o diretor-geral do Complexo do Hospital do Trabalhador (CHT) e das Unidades Próprias da Sesa, Guilherme Graziani.
Por - AEN
O Governo do Paraná reforça a regionalização da saúde com novos equipamentos e maternidades nos municípios.
Estão em construção ou já encaminhados 31 Pronto Atendimentos Municipais (PAM), 12 de Unidades Mistas de Saúde (UMS) e quatro maternidades também municipais, somando R$ 188,5 milhões só Governo do Estado, além das contrapartidas das prefeituras. As estruturas fazem parte das mais de 800 obras atualmente em andamento para levar o atendimento mais próximo da casa dos cidadãos. Os dados são da Diretoria de Obras da Secretaria da Saúde (Sesa).
Os projetos dos PAMs são pioneiros no Estado e objetivam descentralizar os atendimentos dos grandes centros para estruturas menores e resolutivas. Eles foram elaborados pelo governo estadual e as liberações de recursos acontecem por meio de convênio com as prefeituras.
“Com o apoio do governador Carlos Massa Ratinho Junior, em parceria com as prefeituras, desenvolvemos grandes projetos de novas obras na saúde do Estado, para fortalecer a regionalização e levar um atendimento mais humanizado e de qualidade, para mais perto das pessoas”, afirma o secretário estadual da Saúde, César Neves.
PRONTO ATENDIMENTO – Um Pronto Atendimento Municipal possui 812,89 metros quadrados e tem a proposta de oferecer atendimento 24 horas para serviços de baixa e média complexidade. A unidade deve ofertar consultas, triagem, exames, suturas e atendimento de emergência, além de aplicação de medicamentos e apoio diagnóstico para pacientes. A estimativa é que cada PAM realize cerca de 2,1 mil atendimentos mensais.
Até agora, 24 PAMs receberam entre R$ 3,5 milhões e R$ 4,5 milhões de investimentos, além das contrapartidas municipais, somando R$ 92 milhões do Governo do Estado e R$ 25,4 milhões das prefeituras.
Chega a 17 o número de unidades que já iniciaram as obras: Pontal do Paraná (90,55% de execução), Rio Bonito do Iguaçu (82,77%), Bela Vista do Paraíso (92%), Astorga (88,27%), Curiúva (72,33%), Reserva (72,40%), Paraíso do Norte (38,65%), Alto Paraná (45,59%), Rolândia (22,67%), Rio Negro (21,76%), Londrina – Zona Norte (18,96%), Londrina – Zona Leste (17,50%), Londrina – Zona Sul (17,97%), Cruzeiro do Oeste (12,50%), Almirante Tamandaré (2,80%) e Ipiranga e Colombo, ainda sem medições.
As unidades de Fazenda Rio Grande, Piraí do Sul, Cambé, Umuarama, Apucarana, São Mateus do Sul e Pato Branco estão em processo de finalização da parte contratual para início das obras. Há, ainda, sete projetos para construções de PAM nos municípios de Tupãssi, Marechal Cândido Rondon, Pinhão, Mandaguaçu, Ventania, Piraquara e Imbaú, que deverão contar com mais R$ 31,5 milhões em recursos do Governo do Estado.
UNIDADES MISTAS – Já as Unidades Mistas de Saúde (UMS) são destinadas ao atendimento de Atenção Básica e Pronto Atendimento de baixa complexidade com funcionamento 24 horas e previsão de cerca de 3,1 mil atendimentos mensais. Cada unidade possui 653,64 metros quadrados.
Os 12 projetos de UMS receberam entre R$ 3 milhões e R$ 3,8 milhões cada, além das contrapartidas municipais. Em recursos do governo estadual são R$ 29,4 milhões. Destas obras, oito já estão em andamento nos municípios de Maria Helena, a primeira obra dessa modalidade, quase pronta, com 96,54% de execução; Quatro Pontes (75,79%); Ivaté (57,28%); Jaguapitã (22,26%); Mariluz (29,08%); São Sebastião da Amoreira (18%), Jataizinho (6,96%) e Boa Esperança, ainda sem medição.
A unidade de São Jorge do Oeste já foi licitada e aguarda início das obras e a de Fernandes Pinheiro está em processo de licitação. Há, ainda, projetos de construções de UMS em Cantagalo e Telêmaco Borba, que deverão somar R$ 7,6 milhões do Estado.
MATERNIDADES – A Secretaria da Saúde também possui projetos de maternidades municipais para ampliar atendimentos a gestantes e recém-nascidos, conforme proposta da Linha de Cuidado Materno Infantil do Estado. Essas estruturas são complementares aos municípios que possuem obras de PAM. Elas terão 867,83 metros quadrados e devem realizar cerca de 400 atendimentos mensais, entre partos, exames e consultas.
Até agora o Paraná liberou recursos para quatro obras dentro dessa proposta, localizadas nos municípios de Reserva, Bela Vista do Paraíso, Pinhão e Marechal Cândido Rondon. Cada uma terá investimento de R$ 7 milhões, somando R$ 28 milhões do Governo do Estado, além das contrapartidas municipais.
A unidade de Reserva já teve a obra iniciada, Bela Vista do Paraíso já licitou e deve começar a construção em breve e as prefeituras de Pinhão e Marechal Cândido Rondon estão em fase de processos contratuais.
EQUIPAMENTOS – A Sesa também disponibilizou recursos adicionais por meio da Resolução n° 484/2024, que habilita os municípios a receberem repasses financeiros para aquisição de equipamentos e materiais permanentes. A medida é voltada à consolidação e expansão da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) no Paraná, na modalidade fundo a fundo, para o exercício de 2024.
Segundo o documento, oito municípios já foram habilitados para receber o recurso, no valor total de R$ 23,3 milhões. Astorga, Curiúva, Paraíso do Norte, Pontal do Paraná, Reserva, Santa Isabel do Ivaí, Bela Vista do Paraíso, Campo Magro e Rio Bonito do Iguaçu receberão R$ 2 milhões cada e Cerro Azul receberá R$ 1,5 milhão para compra de equipamentos para seus respectivos PAMs. Maria Helena e Quatro Pontes receberão R$ 1,9 milhão cada para equipamentos das UMS.
Por - AEN
O Governo do Estado está finalizando dois importantes projetos para tornar o Paraná mais resiliente a eventos naturais extremos.
Desenvolvidos em parceria pelo Instituto Água e Terra (IAT) e o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), os programas Monitora Paraná e o Monitora Litoral começarão a ser implementados ainda neste ano. A proposta é focada no aprimoramento da estrutura de monitoramento de desastres ambientais por meio da coleta de dados, ações de mapeamento, aprimoramento de sistemas de alertas de desastres, aquisição de novos equipamentos e modernização de sistemas de informação.
O investimento é de R$ 140 milhões, metade para cada proposta, e será financiado em parte com os recursos pagos pela compensação do acidente ambiental da Petrobras em 2000 em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, liberados neste ano pela Justiça Federal. O IAT e o Simepar são órgãos vinculados à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Sustentável (Sedest).
“É um volume significativo de recursos para essa área, em que estamos buscando a inovação e a precisão na prevenção de eventos críticos. Tanto IAT quanto Simepar vão exercer papéis importantes no monitoramento, compartilhando a operação em prol da modernização dos sistemas, de respostas rápidas para a segurança da população paranaense”, destaca secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável, Everton Souza.
Os projetos têm como base o monitoramento, previsão e alerta hidrometeorológico de pontos estratégicos do Estado, porém com enfoques diferentes.
O Monitora Paraná objetiva ações de identificação de vulnerabilidades em áreas de proteção ambiental, como Unidades de Conservação (UCs), Corredores Ecológicos e Áreas Estratégicas de Conservação e Restauração (AECR), espaços que reúnem ecossistemas que podem ser prejudicados por eventos climáticos extremos, como os incêndios florestais que assolaram o Estado nos últimos meses. O índice de vulnerabilidades levará em conta padrões de precipitação, temperatura e fragilidade do ecossistema, e será usado como base para a criação de planos de adaptação, mitigação e monitoramento dos locais para torná-los mais resilientes às crises. “Ou seja, quanto maior o índice, mais atenção do Estado aquele local requer. É assim que vamos trabalhar”, explica Souza.
Além disso, a iniciativa envolve a aquisição de novos equipamentos para complementar a estrutura de monitoramento existente no Paraná, como radares, estações hidrológicas e meteorológicas automáticas e novos sistemas computacionais.
Já o Monitora Litoral busca construir uma estrutura de monitoramento ao longo de pontos críticos dos sete municípios da região (Antonina, Morretes, Paranaguá, Pontal do Paraná, Guaraqueçaba, Matinhos e Guaratuba). incluindo ecossistemas costeiros que apresentam fragilidades específicas, como as baías de Paranaguá e de Guaratuba. Os equipamentos instalados serão capazes de medir aspectos como o nível do mar, altura de ondas e correntes marítimas, para a construção de uma modelagem oceanográfica do Paraná, capaz de ajudar na prevenção de eventos climáticos extremos. A implementação completa das iniciativas levará em torno de três a quatro anos.
“É um grande avanço. O Paraná deixa de ser apenas reativo para atuar de fato na prevenção dos eventos climáticos, atuando antes dos acontecimentos. É um novo momento na história da humanidade, mas que o Estado passa a se habilitar por meio desse programa Monitora Paraná, com modernização e instrumentalização adequada”, afirma o diretor-presidente do Simepar, Paulo de Tarso.
ESTRUTURA EXISTENTE – Os novos projetos se juntam ao arcabouço já existente do Governo do Estado para a prevenção de desastres naturais. Com uma estrutura de 120 estações meteorológicas telemétricas automáticas, três radares meteorológicos e cinco sensores de descargas meteorológicas, o Simepar é responsável por fornecer dados meteorológicos para órgãos como a Coordenadoria Defesa Civil e a Sedest, de modo a facilitar ações de resposta a situações extremas. São monitoradas desde situações causadas por chuvas extremas, como enxurradas, deslizamentos e alagamentos, até situações como incêndios e secas.
Outra dessas iniciativas é o Inovação Ambiental do Paraná, o i9 ambiental, operacionalizado pelo Núcleo da inteligência Geográfica e da informação (NGI) do IAT. A parceria com a Defesa Civil inclui a aquisição de novas estações telemétricas hidrológicas e de um novo sistema de informação capaz de cruzar os dados meteorológicos de forma mais precisa para o envio de informações à população paranaense. Além disso, haverá por parte do IAT a elaboração de mapeamentos específicos em locais vulneráveis a enchentes e deslizamentos. As ações já estão em andamento.
A Sedest também atua nesse campo por meio do Programa Paranaense de Mudanças Climáticas (Paranaclima), da Coordenação de Ação Climática e Relações Internacionais. Um dos principais resultados do programa é o Plano de Ação Climática, instituído como um instrumento da Política Estadual sobre Mudanças do Clima para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e fortalecer a capacidade de adaptação às novas necessidades.
Entre as iniciativas do plano destaca-se uma análise climática dos municípios do Estado, focando na identificação de pontos mais vulneráveis a eventos climáticos extremos. O resultado do levantamento foi o Índice de Vulnerabilidade dos Municípios, uma ferramenta para fortalecer medidas de combate a essas situações. O plano também prevê a pesquisa e desenvolvimento de soluções inovadoras para questões climáticas e ações de educação ambiental para conscientizar a população sobre o tema.
Por - AEN