Além da tabela comum de levantamento do preço das terras divulgado anualmente, o Departamento de Economia Rural (Deral) divulgou também, na segunda-feira (28), a tabela que é repassada à Receita Federal com uma nova metodologia que incorpora o coeficiente de variação médio dos preços levantados.
A divulgação prévia dos valores dessa tabela, que já era anualmente encaminhada à Receita Federal como sugestão, em um processo interno, contribui para uma informação mais padronizada no Sistema de Preços de Terra (SIPT), facilitando também para que os produtores declarem valores mais compatíveis com a Receita Federal.
Na divulgação prévia foi descontado das médias municipais o coeficiente de variação médio da pesquisa. O responsável pelas publicações, Hugo Godinho, explica como o cálculo beneficia os produtores. “Foi aplicado um desconto baseado na variação dos preços observados, para mostrar melhor a partir de que valor as terras costumam ser negociadas com mais frequência a fim de evitar que proprietários que possuam valores abaixo da média sejam prejudicados”, afirma.
O documento do Deral destaca que a publicação da tabela não interfere na autonomia dos municípios em definir os valores de terras a serem informados para Receita Federal, pois a subjetividade da definição permite interpretações alternativas.
AUMENTO DE 6% - A oscilação dos preços de 2025 em relação a 2024 ficaram em média 6% maiores. Este valor está próximo dos valores de alguns índices importantes de inflação, como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI). Segundo o chefe do Deral, Marcelo Garrido, isso mostra como o mercado de terras permanece com preços desaquecidos após a grande valorização das commodities ocorrida em anos anteriores a estes
Garrido também explica como aconteceu este aumento. “As áreas mais aptas ao cultivo de grãos puxaram essa variação média para baixo, assim como regiões onde o clima tem sido recorrentemente desfavorável nas últimas safras, principalmente considerando as precipitações irregulares e abaixo da média”, disse.
Por - AEN
Novo levantamento da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) mostra que até o início desta terça-feira (29) foram aplicadas 864.353 doses de vacina contra a gripe.
Este ano, o Paraná iniciou a Campanha Nacional de Imunização contra a Influenza de forma antecipada, em 1.º de abril. A meta do Ministério da Saúde é imunizar 90% do grupo prioritário, que somam 4,9 milhões de pessoas no Paraná.
Até agora o Estado já recebeu e distribuiu 2.968.000 doses aos 399 municípios. O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, falou sobre a importância da imunização neste período. “A hora de vacinar é agora. Já recebemos quase três milhões de doses e distribuímos aos municípios, e estamos próximos da marca de um milhão de doses aplicadas. Vacinar antes do inverno para garantir proteção quando o frio chegar”, disse.
Entre os grupos prioritários estão crianças de seis meses a menores de 6 anos (5 anos, 11 meses e 29 dias), idosos com 60 anos ou mais, gestantes, profissionais de saúde, puérperas, professores dos ensinos básico e superior, povos indígenas, pessoas em situação de rua, integrantes das forças de segurança e de salvamento, e militares das Forças Armadas.
Também estão incluídos indivíduos com doenças crônicas ou condições clínicas especiais, pessoas com deficiência permanente, caminhoneiros, trabalhadores do transporte coletivo e de longo curso, portuários, funcionários do sistema penitenciário e a população privada de liberdade, incluindo jovens sob medidas socioeducativas entre 12 e 21 anos.
REFORÇO – Para ampliar a cobertura, a Sesa definiu 10 de maio como o Dia D de Multivacinação, promovendo a aplicação de doses contra gripe, Covid-19 e febre amarela, além das vacinas do Calendário Nacional de Imunizações.
Desde 14 de abril, a vacinação também está ocorrendo dentro das escolas, em parceria com a Secretaria de Estado da Educação. A iniciativa segue até 31 de maio, permitindo que estudantes atualizem suas carteiras de vacinação sem precisar se deslocar aos postos.
DADOS – De acordo com o 3º Informe Epidemiológico de Monitoramento dos Vírus Respiratórios deste ano, divulgado pela Sesa no último dia 10, o Paraná registrou 81 casos e seis mortes por Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) associadas à Influenza. Entre os óbitos, cinco foram por Influenza A (H1N1) e um por Influenza B. Mais informações podem ser consultas no boletim AQUI.
Por- AEN
A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) divulgou nesta terça-feira (29) o novo informe semanal da dengue.
Foram registrados mais 5.802 casos da doença e sete óbitos. Os dados do novo ano epidemiológico 2025 totalizam 161.706 notificações, 48.604 diagnósticos confirmados e 40 óbitos em decorrência da dengue no Estado.
Ao todo, 396 municípios já apresentaram notificações da doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, e 353 possuem casos confirmados. Os sete novos óbitos ocorreram entre janeiro e março, sendo cinco mulheres e dois homens com idades entre 33 e 81 anos. Os pacientes residiam em Alto Paraná, na 14ª Regional de Saúde (RS) de Paranavaí; Maringá, Ourizona e Paiçandu, na 15ª RS de Maringá; e Cambé, na 17ª RS de Londrina.
As regionais com os maiores números de casos confirmados neste período epidemiológico são a 17ª RS de Londrina (11.466); 14ª RS de Paranavaí (9.780); 15ª RS de Maringá (6.113); 19ª RS de Jacarezinho (3.342); e 12ª RS de Umuarama (3.177).
OUTRAS ARBOVIROSES – A publicação inclui ainda dados sobre Chikungunya e Zika, doenças também transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Foram confirmados 2.361 casos de Chikungunya, num total de 5.772 notificações da doença no Estado. Quanto ao vírus Zika, até o momento foram registradas 54 notificações sem nenhum caso foi confirmado.
Confira o Informe Semanal completo AQUI. Mais informações sobre os dados da dengue estão neste LINK.
por - AEN
O Governo do Estado, por meio dos 19 viveiros florestais do Instituto Água e Terra (IAT), distribuiu 549 mil mudas de espécies nativas do Paraná no 1º trimestre de 2025, um aumento de 31,3% em relação ao mesmo período do ano anterior (418 mil).
O montante equivale a uma área de 500 hectares de restauração ambiental (500 campos de futebol). O levantamento divulgado nesta terça-feira (29) foi elaborado pela gerência de Restauração Ambiental do IAT, autarquia vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest).
O escritório regional de Curitiba, responsável pela Região Metropolitana da Capital, liderou a produção, viabilizando o plantio de 57 hectares – 63,9 mil mudas distribuídas. Outros viveiros que se destacaram foram os de Guarapuava, com 58.218 mudas, e Pitanga, com 56.164, ambos na área central do Estado; Ivaiporã, no Vale do Ivaí, com 51.727; Francisco Beltrão, no Sudoeste, com 38.407; e Toledo, no Oeste, com 37.830.
Chefe da Divisão de Produção de mudas nativas do IAT, o engenheiro florestal Alexandre Mastella atribuiu o aumento na distribuição de mudas às ações de recuperação de áreas degradadas e à grande participação de escolas em campanhas de plantio, como no Dia Mundial da Água, celebrado em março, em ação fomentada pelo programa Paraná Mais Verde.
“Foram mais de 8 mil mudas plantadas e cerca de 2.600 pessoas envolvidas nos plantios, em uma parceria com todos os escritórios regionais do Instituto”, explicou ele, destacando que apenas na data comemorativa do Dia da Água foram restaurados 264 hectares.
“A distribuição das mudas é essencial para diversas atividades, como restauração de Áreas de Preservação Permanente, de áreas de Reserva Legal e adequação ambiental de imóveis rurais”, acrescentou Mastella.
ESPÉCIES POR REGIÃO – As espécies de mudas fornecidas gratuitamente pelo IAT variam de acordo com a região fitogeográfica em que os viveiros estão instalados. Na região da Grande Curitiba, de Floresta Ombrófila Mista, por exemplo, as espécies mais solicitadas são a Araucária (Araucaria angustifólia) e plantas frutíferas silvestres, que atraem pássaros e estimulam a recuperação ecológica.
Mais para o Litoral, na Floresta Ombrófila Densa, são entregues várias mudas de palmeira juçara (Euterpe edulis Martius) e guanandi (Calophyllum brasiliens), uma madeira nobre. No Norte do Paraná, região da Floresta Estacional Semidecidual, espécies como jequitibá (Cariniana ianeirensis), peroba (Aspidosperma polyneuron) e ipê (Handroanthus) são as mais pedidas.
“O IAT fornece essas mudas de maneira gratuita como forma de valorizar a questão social da restauração ambiental”, destacou Mastella.
PARANÁ MAIS VERDE – O programa incentiva o plantio de mudas de espécies nativas do Paraná como forma de aliar o desenvolvimento ambiental, econômico e social, bem como incentivar a população a plantar árvores, seja em área urbana ou rural, para colaborar no equilíbrio do clima. As mudas são plantadas em áreas que precisam ser recuperadas ou melhor arborizadas.
São seis linhas de ação: Revitaliza Viveiros, Viveiros Socioambientais, Incentivo a Espécies Ameaçadas de Extinção, Datas comemorativas, Parques Urbanos e Poliniza Paraná.
Por - AEN
O frio chegou com força ao Paraná nesta terça-feira (29).
Entre as 49 estações meteorológicas do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) instaladas no estado, 39 registraram a menor temperatura do ano nesta terça. As mais baixas foram em Palmas (4°C) e Pinhão (4,5°C). A sensação térmica nestas duas cidades foi ainda mais baixa: por volta das 7h era de 0,6°C e 2,9°C, respectivamente.
A madrugada também registrou a primeira geada do ano no Estado. Mesmo que de baixa intensidade, a geada foi constatda em cidades como Cruz Machado, Guarapuava, Ponta Grossa e General Carneiro.
Na capital paranaense às 7h a temperatura era de 10,3°C, a menor temperatura registrada até aqui em 2025 - a anterior foi no dia 5 de abril, quando a Capital registrou 12.3°C. Esta temperatura mínima ainda é considerada alta se comparada ao dado histórico de -2.6°C, a menor temperatura já registrada na Capital pelo Simepar, em 17/07/2000.
ORVALHO OU GEADA? Moradores de cidades das rebiões Sul e dos Campos Gerais fotografaram campos com gramados esbranquiçados no amanhecer desta terça-feira, mas em algumas imagens era possível afirmar que era geada, e em outras não. Isso porque a geada fraca, como a que ocorreu nesta terça-feira, é muito sutil e pode ser confundida com orvalho.
O orvalho é a condensação do vapor em líquido. “O orvalho ocorre quando a umidade relativa do ar atinge o ponto de saturação, resultando na transformação do vapor d'água em forma de gotas líquidas (condensação) sobre superfícies com valores abaixo do ponto de orvalho, mas não atinge 0 °C”, explica Júlia Munhoz, meteorologista do Simepar.
Já a geada precisa de temperaturas mais baixas para acontecer, e é a transformação do vapor diretamente em gelo. “A geada ocorre quando a temperatura das superfícies atinge 0 °C ou valores inferiores, fazendo com que a umidade presente no ar se transforme diretamente de vapor para gelo (sublimação), ou, em alguns casos, se condense primeiro em gotas líquidas e depois congele”, conta Munhoz.
PREVISÃO - Para quarta (30) e quinta-feira (1.º), as temperaturas ao amanhecer na metade sul do estado ainda deverão ficar abaixo ou perto dos 10 °C. Nas regiões Sudoeste, Centro-Sul e Sudeste, as mínimas devem variar entre 5 °C e 8 °C. “No entanto, a partir de quarta-feira, a possibilidade de ocorrência de geada é reduzida devido à incursão de ar úmido no interior do estado, o que favorece a formação de nebulosidade baixa durante a madrugada. Essa condição pode ocasionar a formação de nevoeiros, especialmente desde a Região Metropolitana de Curitiba, estendendo-se pelos Campos Gerais até o Centro-Sul”, afirma Munhoz.
Na quarta-feira, na metade Norte do estado, as temperaturas mínimas aumentam nos municípios mais próximos da divisa com São Paulo, ficando entre 14 °C e 16 °C. Já na quinta-feira, espera-se uma redução das mínimas nessa região, com valores entre 11 °C e 13 °C. A partir de sexta-feira, as temperaturas mínimas voltam a subir gradualmente, alcançando valores próximos de 10 °C na metade Sul do Paraná e entre 14 °C e 16 °C na metade Norte.
Confira a lista completa de estações meteorológicas que constataram a menor temperatura do ano nesta terça-feira (29) e o horário do registro:
Altônia: 11.9°C às 7h
Assis Chateaubriand: 10.7°C às 6h
Capanema: 9.8°C às 3h
Campo Mourão: 11.4°C às 7h
Cândido de Abreu: 12.3°C às 7h
Candói: 11.0°C às 7h
Cascavel: 6.9°C à 1h
Cerro Azul: 13.1°C às 6h
Cianorte: 13.3°C às 6h
Cruzeiro do Iguaçu: 9.3°C às 7h
Curitiba: 10.3°C às 7h
Fazenda Rio Grande: 8.3°C às 7h
Fernandes Pinheiro: 7.7°C às 7h
Foz do Iguaçu: 8.4°C às 6h
Francisco Beltrão: 6.1°C às 7h
Guaira: 10.5°C às 7h
Guarapuava: 5.7°C às 6h
Guarapuava (distrito de Entre Rios): 5.0°C às 3h
Jaguariaiva: 11.6°C às 6h
Lapa: 5.6°C às 7h
Laranjeiras do Sul: 8.5°C às 7h
Loanda: 12.6°C às 7h
Londrina: 14.6°C às 6h
Maringá: 12.2°C às 7h
Palmas: 4.0°C às 7h
Palmital: 9.0°C às 7h
Palotina: 8.5°C às 7h
Paranavaí: 12.6°C às 7h
Pato Branco: 7.3°C às 5h
Pinhais: 10.7°C às 7h
Pinhão: 4.5°C às 7h
Ponta Grossa: 8.4°C às 7h
Santa Helena: 11.1°C às 7h
São Miguel do Iguaçu: 10.0°C às 7h
Telêmaco Borba: 10.6°C às 6h
Toledo: 6.5°C às 6h
Ubiratã: 11.0°C às 6h
Umuarama: 10.7°C às 7h
União da Vitória: 7.0°C às 3h
Por - AEN
Com casos de sarampo confirmados este ano no Rio de Janeiro, Distrito Federal e, mais recentemente, em São Paulo e Rio Grande do Sul — ainda que possam ser casos importados — a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) alerta sobre a importância da vacinação para manter o Estado protegido contra a doença. O Paraná não registra casos de sarampo desde 2020 e óbitos desde 1998.
O sarampo é uma doença altamente contagiosa, transmitida de forma direta por secreções liberadas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. As partículas virais podem permanecer suspensas no ar por várias horas, o que aumenta o poder de contágio.
“Precisamos manter a nossa vigilância em saúde atenta, focada, e reforçar a vacinação, não apenas de crianças, mas também adolescentes e adultos, para não deixar que o vírus do sarampo volte a circular no Paraná”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
A Sesa já está intensificando a vacinação, principalmente nos municípios que fazem divisa com São Paulo, imunizando especialmente trabalhadores de postos de combustíveis, hotéis e outros serviços que possuem contato direto com pessoas do estado vizinho.
Além disso, a secretaria também solicitou mais vacinas ao Ministério da Saúde para definir novos esquemas de atuação. “Queremos imunizar todas as pessoas que tenham tomado a vacina há mais de dez anos, para reforçar essa vacinação e garantir que os paranaenses fiquem protegidos”, acrescentou o secretário.
VACINA – Os imunizantes contra o sarampo são a tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e a tetraviral (inclui varicela), ambos oferecidos gratuitamente pelo SUS. A tríplice viral é indicada para pessoas de 12 meses a 59 anos, e a tetraviral para crianças de 15 meses.
O esquema vacinal prevê duas doses até os 29 anos e uma dose entre 30 e 59 anos. Profissionais de saúde, independentemente da idade, devem receber duas doses. No Paraná, a cobertura da tríplice viral atingiu 100% na primeira dose e 88,13% na segunda no último ano. Em 2025, os índices são de 110% e 75%, respectivamente.
A vacinação contra o sarampo será reforçada no Dia D de Multivacinação em 10 de maio, além de estar sendo realizada durante a campanha de vacinação nas escolas, em parceria com a Secretaria de Estado da Educação.
RECOMENDAÇÕES – A Sesa orienta os municípios a intensificarem a busca de pessoas de 12 meses a 59 anos com vacinação pendente ou incompleta para atualização conforme o Calendário Nacional de Vacinação. Todas as cidades possuem doses disponíveis para imunização.
Para que seja feita a investigação dos casos e identificação dos contatos para adoção das medidas de prevenção e controle, os profissionais de saúde da rede pública e privada devem estar atentos à identificação precoce de casos suspeitos, garantindo a coleta adequada de amostras para exames laboratoriais e notificar imediatamente às Secretarias Municipais de Saúde, Regionais de Saúde e Secretaria Estadual de Saúde.
SINTOMAS – Os sintomas mais comuns do sarampo são febre alta, exantema (manchas avermelhadas na pele que aparecem primeiro no rosto e atrás das orelhas, espalhando-se em seguida pelo corpo) seguidos de tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite. Outros sintomas, como dor de cabeça, indisposição e diarreia, também podem ocorrer. Como não há tratamento específico para o sarampo, é importante ficar atento ao aparecimento desses sinais. Os pacientes devem permanecer em isolamento domiciliar ou hospitalar por cinco dias após o surgimento das manchas vermelhas no corpo.
Por - AEN