Perseguição na BR-277: PCPR, PMPR e PRF interceptam carro com 468 kg de drogas no Oeste

A Polícia Civil do Paraná (PCPR), em ação integrada com a Polícia Militar do Paraná (PMPR) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), apreendeu 468 quilos de maconha. A ação aconteceu na quarta-feira (23), em Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste do Estado. Um homem foi preso e um adolescente apreendido.

A perseguição teve início na rodovia BR-277, nas proximidades da praça de pedágio de Santa Terezinha de Itaipu, quando equipes da PRF iniciaram acompanhamento tático a um carro com indicativo de furto ou roubo. O veículo seguiu em alta velocidade, desrespeitando sinalizações e colocando outros motoristas em risco.

A PCPR fez um bloqueio parcial da pista com viatura caracterizada e sinais luminosos e sonoros, mas o condutor não obedeceu à ordem de parada e chegou a investir contra os policiais, sendo necessário efetuar disparos contra os pneus. Ainda assim, o veículo prosseguiu em fuga, furando outro bloqueio da PMPR.

De acordo com o delegado Rodrigo Colombelli, a perseguição continuou até a área industrial da cidade, onde os ocupantes abandonaram o carro e tentaram fugir a pé. Um dos envolvidos portava uma arma de fogo e foi alvejado. Ambos foram alcançados e detidos em meio a uma plantação de milho, com apoio das demais equipes.

Dentro do carro foram encontrados diversos fardos de maconha. Os envolvidos informaram que receberiam R$ 4 mil cada para transportar a droga até o estado de São Paulo.

“Além da droga, o veículo utilizado no crime foi apreendido. Um dos suspeitos, maior de idade, sofreu lesão leve durante a abordagem e foi atendido na unidade de pronto atendimento local”, explicou o delegado.

O homem foi autuado em flagrante pelo crime de tráfico de drogas, corrupção de menores e tentativa de homicídio contra os policiais. O adolescente também será responsabilizado por condutas análogas ao do adulto preso e foi encaminhado a um Centro de Socioeducação (Cense).

DENÚNCIAS – A PCPR solicita a colaboração da população com informações que levem à apreensão de drogas e à prisão de traficantes. Denúncias podem ser feitas de forma anônima pelos telefones 197, da PCPR, ou 181, do Disque-Denúncia.

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

 123 mil registros: atendimentos do Procon-PR crescem 27% no primeiro semestre

O Departamento Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor do Paraná (Procon-PR), órgão vinculado à Secretaria da Justiça e Cidadania (Seju), registrou aumento de 27% nos atendimentos realizados de janeiro a junho de 2025, em comparação com o primeiro semestre do ano passado.

Ao todo, foram feitos 123.393 atendimentos nos primeiros seis meses do ano, sendo 53.158 presencialmente no Procon-PR e 70.235 registrados na plataforma consumidor.gov.br. Em 2024 foram 96.420.

Para efeito de comparação, a maior variação ocorreu no atendimento feito pela internet. Foram 46.282 registros online de janeiro a junho de 2024 e 70.235 de janeiro a junho de 2025, o que representa crescimento de 51,7%. Na sede do Procon-PR foram realizados 53.158 atendimentos presenciais, ante 50.138 nos primeiros seis meses do ano passado, uma alta de 6%.

Segundo Claudia Silvano, diretora do Procon-PR, o aumento de 27% no número de atendimentos é resultado da ampla divulgação dos canais acessíveis que o Procon-PR disponibiliza para a população. “É de suma importância a preocupação da Secretaria de Justiça e Cidadania e do Governo de Estado para que o atendimento facilite a jornada do consumidor. O trabalho do Procon-PR é de absoluta relevância porque diz respeito à cidadania”, afirma. 

Os bancos respondem pela maioria das reclamações feitas por consumidores tanto no primeiro semestre de 2024 como no de 2025, junto com empresas de telecomunicações e de varejo. Também integram a lista de 2025 saneamento, cadastros de inadimplentes e instituições sem fins lucrativos. No ano anterior, além das já citadas, estavam no topo reclamações referentes a shoppings e canais de desconto e de fábricas de móveis e colchões.

“O aumento no número de atendimento é reflexo direto da aproximação do Procon Paraná com aqueles que buscam ajuda pare resolver problemas nas relações de consumo”, diz o secretário de Estado da Justiça e Cidadania, Valdemar Jorge.

“Para facilitar esse acesso da população, o Procon diversificou os canais de atendimento, realizou mutirões de conciliação, publicou orientações contra golpes e tem ficado cada vez mais acessível, cumprindo assim seu papel de orientar, educar, proteger e defender os consumidores contra abusos praticados por fornecedores de bens e serviços”, acrescenta.

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Parlamentares buscam consenso para licença paternidade de 60 dias

A Frente Parlamentar Mista pela Licença Paternidade e a bancada feminina no Congresso Nacional articulam apoio para que a regulamentação da licença paternidade no Brasil garanta um período de 60 dias para os genitores, ainda que implementado de forma gradual, a partir de 30 dias.

Na semana passada, a Câmara dos Deputados aprovou requerimento de urgência para votação de um dos diversos projetos de lei que tramitam na Casa. O PL 3.935/2008, que já passou pelo Senado Federal, estipula a licença paternidade de 15 dias, período considerado insuficiente por especialistas e organizações da sociedade civil que acompanham o tema.

"A gente acha que é possível ampliar a licença paternidade no Brasil, [mas] não é da noite para o dia. E é isso que a gente está negociando. Então, esse texto mais antigo, que é o primeiro da árvore [de projetos de lei], que veio do Senado, fala em 15 dias. O que a gente trouxe nos últimos tempos é chegar a 60 dias. Para isso, topamos negociar quanto tempo a gente leva para fazer essa transição, com quantos dias a gente começa. Então, é isso que está em debate", afirmou a deputada federal Tábata Amaral (PSB-SP), que é presidente da Frente Parlamentar.

A declaração foi dada a jornalistas após Tábata participar, no Palácio do Planalto, da sanção da lei que estabelece cota de 30% para mulheres em conselhos de empresas estatais.

São Paulo (SP), 03/04/2024 - A deputada federal, Tabata Amaral, participa do lançamento do programa Pé-de-Meia na Secretaria de Estado de Educação de São Paulo. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
A presidente da Frente Parlamentar Mista pela Licença Paternidade, deputada Tabata Amaral - Rovena Rosa/Arquivo/Agência Brasil

"Conseguimos a aprovação da urgência, sendo designado o relator [deputado federal Pedro Campos]. Agora é essa construção, na qual a nossa articulação política versa principalmente por garantir que o texto seja aprovado na Câmara e saia direto para sanção da Presidência da República", disse a deputada federal Jack Rocha (PT-ES), coordenadora da bancada feminina.

Jack Rocha prevê votação para os próximos meses, a partir da volta do recesso parlamentar.

Brasília (DF), 24/07/2024 - A deputada federal Jack Rocha durante o encontro “Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha - Pela Saúde das Mulheres Negras”, no Palácio Itamaraty. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A deputada Jack Rocha, coordenadora da bancada feminina - Marcelo Camargo/Arquivo/Agência Brasil

"Começa com 15 ou 30 dias – este seria o ritmo de progressão. Mas estamos consensuados, da esquerda à direita, na Câmara e no Senado, em caminhar junto e que, em algum momento, vai chegar aos 60 dias", reforçou Tábata Amaral.

Segundo a deputada, já existe um acordo em construção com diferentes agrupamentos políticos, como a Frente Parlamentar da Primeira Infância, a bancada evangélica e partidos de diferentes espectros ideológicos.

Tábata disse que, entre os obstáculos ao avanço do projeto, está o impacto fiscal da medida, estimado em 0,05% do orçamento da Previdência. "É um impacto pequeno, mas é um contexto complexo do ponto de vista fiscal. Então, a gente está trabalhado com o governo para encontrar essa compensação."

Como funciona  

Atualmente, a licença para pais é de cinco dias consecutivos nos casos de nascimento de filho, adoção ou de guarda compartilhada. O direito está previsto na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e foi criado com a promulgação da Constituição de 1988.

Pelo Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), regras criadas com a promulgação da Constituição, a licença de cinco dias deveria permanecer até o Congresso aprovar uma lei complementar para implementação definitiva, votação que até hoje, após 37 anos, não ocorreu.

O tema voltou a ganhar impulso depois do fim do prazo dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para que o Congresso regulamentasse a licença. A decisão, proferida pelo STF em 2023, foi resultado de ação protocolada em 2012 pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS) a favor do benefício.  

Pelo menos 10 países, entre os quais a Espanha, a Holanda e a Finlândia, concedem licença paternidade de 30 dias ou mais. Na maioria dos países, a licença ainda é inferior a 15 dias.    

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

 Documentação irregular pode provocar cancelamento de inscrição estadual, alerta Receita

Mais de 17,8 mil empresas tiveram suas inscrições estaduais canceladas no primeiro semestre de 2025 no Estado.

Embora o número represente uma queda de 32,8% em comparação com o mesmo período de 2024, quando foram registrados 26.552 cancelamentos, o volume ainda é motivo de atenção. Segundo a Receita Estadual do Paraná, esse total é quase o dobro do registrado em 2023, sinalizando a importância dos contribuintes manterem suas obrigações em dia.

A inscrição estadual é o registro que toda empresa precisa ter para comercializar produtos físicos, sendo necessária a contribuição do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e a emissão de notas fiscais. Por isso, manter a documentação em dia é mais do que fundamental para o funcionamento de qualquer estabelecimento.

“Quando há irregularidades, o processo de cancelamento pode levar tempo e, durante esse período, o contribuinte fica impedido de emitir notas fiscais. E isso compromete toda a operação do negócio”, destaca a auditora fiscal e coordenadora do Setor de Cadastro do ICMS da Receita Estadual, Silvia Guérios de Domenico.

A maior parte dos cancelamentos ocorre por falhas no cumprimento de obrigações fiscais, como problemas na entrega de documentos obrigatórios ou na omissão da entrega da Escrituração Fiscal Digital (EFD) sem movimentação por três meses consecutivos ou três vezes em cinco meses.

Também estão entre os motivos o fim das atividades sem a paralisação temporária ou baixa da inscrição, a não localização da empresa no endereço cadastrado e o envolvimento com práticas ilícitas, como adquirir, estocar ou revender produtos furtados ou roubados.

AVISOS DE CANCELAMENTOS – Antes do cancelamento definitivo, a Receita Estadual envia uma notificação por e-mail e publica aviso no Diário Oficial, informando a situação de pré-cancelamento. A regularização depende do tipo de pendência. Casos mais simples, como a entrega de documentos fiscais, podem ser resolvidos rapidamente. Já alterações cadastrais, como mudança de endereço, exigem abertura de protocolo e podem levar mais tempo.

“A orientação é que os contribuintes mantenham seus dados atualizados e estejam em dia com todas as obrigações fiscais para evitar transtornos e a interrupção das atividades empresariais”, conclui a coordenadora.

COMO REATIVAR – Para as empresas que já estão com sua inscrição cancelada e querem fazer a reativação, a solicitação pode ser feita diretamente no portal da Receita Estadual a partir do menu “Alteração Cadastral > Situação Cadastral > Reativação”. Com a abertura do protocolo e a regularização das pendências, a situação será analisada por um auditor, que vai avaliar se a empresa está apta a operar.

 

 

 

 

 

Por- AEn

 Boletim Agropecuário analisa estágio da safra do café e variação dos preços

A entrada da nova safra de café tende a promover redução nos preços do produto ao consumidor, mas os valores ainda devem ficar significativamente acima dos registrados no ano passado, quando em julho o valor médio estava em R$ 16,10, praticamente metade dos R$ 31,34 cotados agora.

A estimativa do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, é de que a atual safra de café paranaense resulte em 718 mil sacas (43,1 mil toneladas) produzidas em 25,4 mil hectares, o que representa 1% da safra nacional. Segundo os técnicos, o Paraná colheu até agora 68% da área plantada.

“Esse avanço na colheita resultou em uma forte redução nos preços pagos aos cafeicultores paranaenses neste mês”, ponderou o agrônomo Carlos Hugo Godinho. As estimativas apontam média próxima de R$ 1,5 mil por saca, cerca de 40% inferior ao valor de junho, com cotações que superavam R$ 2 mil.

Uma alternativa que se apresenta ao consumidor diante do preço elevado do café tradicional é o café solúvel. O produto tem custos menores e forte presença no Paraná, onde está um dos maiores parques industriais no segmento. O Estado lidera a exportação do produto.

No primeiro semestre de 2025 foram embarcadas 15.240 toneladas do café solúvel paranaense, gerando US$ 199,6 milhões em receitas. O volume representa 35% das 43.478 toneladas exportadas pelo Brasil. Os Estados Unidos são o principal mercado desse produto, absorvendo 15% das exportações paranaenses.

“Por isso, a tarifa adicional de 50% anunciada pelo governo Donald Trump representa uma ameaça relevante ao segmento, com potencial de impactar as fábricas locais e, consequentemente, seus fornecedores, que não se restringem ao Paraná”, comentou Godinho.

A análise completa sobre a tendência do preço do café é um dos assuntos do Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 18 a 24 de julho. O documento do Departamento de Economia Rural (Deral) também analisa eventuais consequências da tarifa anunciada pelo governo dos Estados Unidos sobre outros produtos agropecuários paranaenses.

BOVINOS E PEIXES – As exportações da cadeia bovina estão aquecidas este ano. Até mesmo para os Estados Unidos, que impuseram tarifas maiores para vários mercados, os envios brasileiros tiveram crescimento superior a 100%, passando de 85 mil toneladas no primeiro semestre de 2024 para 181 mil toneladas agora.

No entanto, o anúncio da tarifa adicional de 50% pelo governo americano já provocou pressão na cotação da arroba bovina para o mercado interno brasileiro. Esta semana a arroba chegou a ser comercializada a R$ 296,10, segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). É a primeira vez que fica abaixo de R$ 300,00 desde outubro do ano passado.

O boletim do Deral também analisa que, para o setor de piscicultura paranaense, o aumento na tarifa de importação dos EUA não deve causar impactos mais significativos. No ano passado foram exportadas 7,6 mil toneladas, sendo quase a totalidade para o mercado norte-americano, rendendo US$ 34,3 milhões (cerca de R$ 200 milhões).

“Caso o aumento tarifário se concretize, é possível que as duas principais cooperativas paranaenses envolvidas na exportação optem por reduzir os preços praticados porque neste momento o foco principal da operação é a abertura e consolidação de um novo segmento de mercado, e não necessariamente a obtenção de lucro”, disse Edmar Gervásio, analista de piscicultura no Deral.

Juntas, essas cooperativas somam um faturamento anual superior a R$ 32 bilhões, e o impacto financeiro da medida representaria menos de 1% desse total. “Num cenário mais extremo, em que as exportações se tornem inviáveis e sejam totalmente interrompidas, o mercado doméstico tem plena capacidade de absorver esse volume sem gerar oscilações de preços ou desequilíbrios na oferta”, completou Gervásio.

SUÍNOS E FRANGOS – O documento do Deral fala também sobre o custo médio de produção de suínos no Paraná, que ficou em R$ 6,17 por quilo vivo no primeiro semestre. O valor representa um aumento de R$ 0,57 sobre o custo no mesmo período do ano passado. O reajuste deve-se principalmente à elevação no preço da ração.

Para o frango vivo, o custo de produção atingiu R$ 4,72 o quilo em junho. Representa um aumento de 3,1% (R$ 0,14 por quilo) em relação a junho de 2024, quando o custo estava em R$ 4,58 o quilo. Considerando os últimos doze meses, as principais altas foram em genética e sanidade.

LARANJA – O Brasil produziu 12,8 milhões de toneladas de laranjas na safra 2024/25. O País responde por 79% de todo suco de laranja comercializado no mundo, de acordo com a Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR). Os Estados Unidos têm uma participação de 41,7% nas exportações, cujas receitas foram de US$ 1,31 bilhão na safra 2024/25.

O Paraná é o terceiro produtor, com 804,3 mil toneladas. No ano passado os exportadores paranaenses enviaram 29,2 mil toneladas de suco para o Exterior, gerando US$ 141 milhões em receitas. A Bélgica e os Países Baixos são os principais parceiros, recebendo 74% do volume. Os Estados Unidos compraram 2,2 mil toneladas, ao custo de US$ 9,4 milhões, o que representa 6,6% do montante financeiro do suco de laranja paranaense exportado.

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

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