Os meses de junho e julho concentram a maior parte das ocorrências de incêndios provocados por balões de ar quente, segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR). A combinação de tempo seco e céu aberto, típica do inverno, eleva o risco de quedas desses artefatos sobre áreas de mata, residências e rede elétrica, com potencial para causar prejuízos e acidentes graves.
A prática de soltar balões é crime ambiental grave, com pena de um a três anos de prisão. Feitos geralmente de papel e com tochas inflamáveis, os objetos podem provocar incêndios florestais, interrupções no fornecimento de energia e até acidentes de trânsito, alerta a capitã Luisiana Guimarães Cavalca, do CBMPR. “Nos finais de semana ensolarados e sem chuva, especialmente em junho e julho, aumentam os registros de balões no céu”, afirma a capitã. Segundo ela, os riscos vão além do fogo. “Muitas vezes, os responsáveis não percebem que podem causar apagões em bairros inteiros ou acidentes em áreas densamente povoadas”.
Em 2023, um balão que caiu sobre a rede elétrica no bairro Jardim Botânico, em Curitiba, deixou a região sem energia por mais de uma hora. A queda ocorreu próxima ao Hospital da Polícia Militar. “Isso agrava a situação, pois envolve a segurança de pacientes que dependem de equipamentos ligados ininterruptamente, por exemplo”, diz Luisiana.
A oficial também chama a atenção para uma nova prática identificada pelos bombeiros: o uso de sacos de lixo inflados com ar quente. “Esses artefatos improvisados não provocam incêndios, mas representam risco adicional à aviação”, alerta.
Em 2024, sete pessoas foram presas em Curitiba e na vizinha cidade de São José dos Pinhais após cumprimento de nove mandados de busca e apreensão na operação Ninho de Fogo. Foram apreendidos equipamentos e materiais suficientes para a confecção de 51 balões.
“Os balões podem colocar a vida e o patrimônio das pessoas em risco pelas chamas que carregam. A Polícia Civil do Paraná já deflagrou diversas operações de combate a esses grupos criminosos em várias regiões do Brasil e apreendeu balões que chegavam a até 70 metros de altura, evitando incêndios e preservando vidas”, afirma o delegado Guilherme Dias, da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) da Polícia Civil,
DENÚNCIAS – Fabricar, vender, transportar ou soltar balões é crime previsto na Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998). A população pode denunciar casos de soltura ou fabricação de balões à Polícia Militar do Paraná pelo telefone 190. “É importante informar o local exato da ocorrência para facilitar a identificação dos responsáveis”, orienta a capitã.
E fica o alerta: em caso de incêndio nunca se coloque em perigo. Ligue imediatamente para o Corpo de Bombeiros Militar do Paraná pelo telefone 193.
Por - AEN
Pedras lisas, fundo cheio de lodo, correntezas e cabeças de água são alguns dos riscos escondidos na beleza das cachoeiras e quedas d’água. Outros são as cabeças de água e os buracos com correntezas, o que podem provocar inúmeros incidentes, inclusive com vítimas fatais.
Segundo a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), 76% das mortes por afogamento acontecem em rios, lagos e represas no Brasil. Homens correm em média 6 vezes mais riscos.
O Dia Mundial de Prevenção a Afogamentos, celebrado daqui a alguns dias, em 25 de julho, é uma data instituída pela Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de chamar atenção global para os riscos de afogamento, uma tragédia silenciosa que pode acontecer em poucos segundos, seja em rios, lagos, piscinas, no mar ou até mesmo dentro de casa.
O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR), em parceria com a Sobrasa, atua de forma contínua na promoção de campanhas educativas e preventivas para reduzir o número de vítimas. No Brasil, 16 pessoas morrem afogadas todos os dias, sendo que quatro são crianças. O afogamento é a segunda maior causa de morte acidental em crianças de 1 a 4 anos.
A principal dica em relação às cachoeiras é evitar mergulhos em águas turvas com pouca visibilidade. Outros fatores preponderantes são sempre entra na água com os pés primeiro para tatear o fundo e nunca mergulhar de cabeça sem conhecer a profundidade e o terreno submerso.
Confira outras dicas:
- Mergulhar sem precaução pode resultar em batidas na cabeça e lesões graves
- Pedras lisas e cobertas de limo podem causar escorregões e quedas
- Fundos com lodo e buracos escondidos podem levar ao afundamento repentino
- Correntezas fortes e súbitas aumentam o risco de afogamento
- Evite o consumo de bebidas alcoólicas, o álcool compromete a percepção dos riscos
Sinais de cabeças d’água e como agir:
- Presença súbita de galhos, mudança de cor da água, aumento repentino do volume
- Saia da água imediatamente e busque um local seguro
- Se for surpreendido, mantenha a calma, flutue e peça socorro
- Nunca tente realizar um salvamento sem preparo e não entre na água para tentar salvar outra pessoa. Ligue para o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193.
- Lance boias ou objetos flutuantes para ajudar a vítima até a chegada do resgate
A Sobrasa também disponibiliza em seu site uma série de materiais informativos sobre o tema. A instituição possui em sua diretoria bombeiros militares de diferentes corporações, o que ajuda a reforçar diuturnamente a campanha contra afogamentos.
Por- AEn
Dos 318 municípios que serão beneficiados pelo 5º ciclo do Programa Permanente de Esterilização de Cães e Gatos (CastraPet Paraná), previsto para começar neste segundo semestre, 84 receberão o projeto pela primeira vez (26,4%).
São cidades como Guaraqueçaba, Joaquim Távora, Doutor Ulysses e Francisco Beltrão, entre outras, que passarão a integrar uma das mais efetivas ações de cuidado com animais do País.
Ao final desta etapa, em 2026, a proposta voltada para a Saúde Única terá alcançado todas as 399 cidades paranaenses, cobrindo 100% do território. O investimento nesta fase será de R$ 19.790.000,00, totalizando R$ 45,2 milhões em pouco mais de cinco anos de programa.
“O Paraná sustentável cresce com mais esse investimento, de quase R$ 20 milhões, nesse importante programa de proteção animal, o CastraPet Paraná. Um projeto com o ideal de bem servir a população, evitando o abandono dos nossos pets”, destacou o secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável, Rafael Greca.
Inserido no Plano Paraná Mais Cidades (PPMC), estabelecido pelo Governo do Paraná para apoiar o desenvolvimento dos municípios paranaenses, o programa teve início em 2020 e atendeu 104.378 pets desde então. A proposta contempla exclusivamente pets da população de baixa renda, de organizações da sociedade civil ou de protetores independentes. Relaciona a saúde ambiental, animal e humana por meio do controle populacional de cães e gatos através da esterilização, prevenção de zoonoses e ações de educação ambiental.
“Buscamos promover a saúde pública por meio de um esforço contínuo direcionado à educação sobre a tutela responsável de cães e gatos. A iniciativa não se limita apenas a controlar a reprodução de animais, mas almeja promover uma comunidade mais compassiva, desempenhando um papel crucial na sensibilização sobre a importância da esterilização e da prática da tutela responsável, que está diretamente ligada à vacinação periódica”, explica Girlene Jacob, médica veterinária e chefe do Núcleo de Educação Ambiental e Bem-Estar Animal (NEA) do Instituto Água e Terra (IAT) – autarquia vinculada à Sedest.
O NEA oferece também palestras sobre zoonoses e orientações sobre a vacinação e desvermifugação de animais. A colaboração se estende a uma rede que une diversas ONGs e milhares de protetores independentes, todos compartilhando o objetivo comum de elevar a conscientização da sociedade em relação aos animais.
“O CastraPet Paraná assumiu um papel crucial na conscientização ambiental, especialmente entre crianças e adolescentes. Por isso, dentre as condições para que os municípios sejam integrados à proposta, está também o monitoramento das atividades de educação ambiental organizadas pelas cidades parceiras. Queremos conscientizar as pessoas cada vez mais cedo”, afirma a veterinária.
MUNICÍPIOS – Confira as cidades que serão contempladas pela primeira vez pelo CastraPet Paraná: Agudos do Sul, Altamira do Paraná, Araucária, Barracão, Bela Vista da Caroba, Boa Esperança do Iguaçu, Boa Vista da Aparecida, Bom Jesus do Sul, Braganey, Cafelândia, Cafezal do Sul, Campina do Simão, Campo Magro, Castro, Cerro Azul, Chopinzinho, Congonhinhas, Coronel Domingos Soares, Cruz Machado, Cruzeiro do Iguaçu, Diamante d’Oeste, Diamante do Sul, Doutor Ulysses, Espigão Alto do Iguaçu, Fernandes Pinheiro, Florestópolis, Francisco Beltrão, Guamiranga, Guaraqueçaba, Guaratuba, Ibaiti, Iguatu, Iracema do Oeste, Ivaí, Ivaté, Jaguariaíva, Jataizinho, Joaquim Távora, Kaloré, Lidianópolis, Mallet, Mandirituba, Manfrinópolis, Mangueirinha, Marmeleiro, Mato Rico, Morretes, Nova Aurora, Nova Esperança do Sudoeste, Nova Laranjeiras, Nova Santa Rosa, Ortigueira, Palmeira, Paulo Frontin, Piên, Pinhal de São Bento, Pinhalão, Pinhão, Piraí do Sul, Pitanga, Planaltina do Paraná, Porto Amazonas, Porto Barreiro, Porto Rico, Porto Vitória, Pranchita, Reserva do Iguaçu, Rio Branco do Ivaí, Rio Branco do Sul, Salgado Filho, Santa Lúcia, Santo Antônio do Caiuá, Santo Antônio do Paraíso, São José da Boa Vista, São José das Palmeiras, São Pedro do Ivaí, Saudade do Iguaçu, Serranópolis do Iguaçu, Teixeira Soares, Telêmaco Borba, Terra Roxa, Tunas do Paraná, Tupãssi e Vitorino.
Por - AEN
O Governo do Paraná, por meio da Secretaria do Trabalho, Qualificação e Renda, informa que há 22.174 vagas de emprego disponíveis nas Agências do Trabalhador e postos avançados em todas as regiões do Estado. Confira a lista completa
.As oportunidades contemplam ofertas com diferentes níveis de escolaridade e perfis profissionais, abrangendo desde quem busca o primeiro emprego até trabalhadores com experiência em funções específicas.
As ocupações com maior número de oportunidades são para alimentador de linha de produção, com 6.159 vagas, seguida por abatedor, com 1.025 vagas, operador de caixa, com 795, e magarefe (cortador de carne), com 771.
Entre as regionais com maior volume de vagas estão Cascavel, com 5.236 oportunidades, Curitiba e Região Metropolitana, com 4.153, Campo Mourão, com 3.117, e Londrina, com 2.483.
Em Curitiba, a Agência do Trabalhador oferece 834 vagas, com destaque para faxineiro (90), atendente de lojas e mercados (65), vendedor de comércio varejista (59) e auxiliar nos serviços de alimentação (54).
O levantamento semanal também inclui as vagas ofertadas pelo Master Job, que reúne 55 oportunidades em Curitiba para cargos técnicos e especializados. Entre os destaques estão funções como assistente administrativo, eletricista, gerente de loja e supermercado, advogado previdenciário e supervisor de atendimento ao cliente. Além dessas, há três vagas de estágio disponíveis nas áreas de marketing, nutrição e educação física.
Em Campo Mourão, as principais vagas são na indústria, com 1.325 para alimentador de linha de produção e 452 para magarefe. Em Cascavel, são 1.488 vagas para alimentador de linha de produção, 184 para operador de caixa e 160 para trabalhador da avicultura de corte.
O secretário do Trabalho, Qualificação e Renda do Paraná, Do Carmo, ressalta o compromisso do Governo em ampliar oportunidades de emprego. "O Paraná segue firme na geração de empregos, com vagas para todos os perfis e regiões, fruto de articulação das nossas Agências. Nosso objetivo é garantir oportunidades reais para que cada paranaense possa crescer e contribuir com o desenvolvimento do Estado", disse.
Outras cidades do Paraná também ofertam vagas em diversos setores. Em Guarapuava, por exemplo, há ofertas para faxineiro e servente de obras; em Jacarezinho, são 65 ofertas para embalador; Londrina e Ponta Grossa têm mais de 160 vagas para motoristas de caminhão; e em Umuarama um dos destaques é costureiro.
Os interessados devem procurar a Agência do Trabalhador mais próxima com os documentos pessoais e se possível, o currículo atualizado, ou acessar o site trabalho.pr.gov.br/trabalho para conferir as vagas disponíveis.
EMPREGO EM ALTA – O Paraná segue consolidando sua força como motor do emprego formal no Brasil. Segundo dados do Caged, até maio de 2025 todos os setores da economia no Estado apresentaram saldo positivo, com destaque para o setor de serviços, responsável por 43.585 novas vagas, seguido pela indústria (20.573), construção civil (10.239), comércio (9.715) e agropecuária (2.206).
Dos 399 municípios do Paraná, 326 registraram saldo positivo na criação de empregos formais entre janeiro e maio de 2025. Proporcionalmente, isso significa que 81,7% das cidades paranaenses tiveram mais contratações do que demissões nos cinco primeiros meses do ano.
Por - AEN
O Governo do Paraná alcançou um marco histórico em 2025 ao registrar o maior volume de investimentos liquidados no primeiro semestre de toda a sua história.
Entre janeiro e junho deste ano, foram mais de R$ 1,56 bilhão – o que representa um crescimento de 54,4% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o montante foi de pouco mais de R$ 1 bilhão.
É o maior volume de obras dos últimos 25 anos. Em termos comparativos, o valor representa um aumento de mais de 12 vezes em relação ao mesmo período de 2000, com R$ 131,2 milhões. Os investimentos liquidados são aqueles que já saíram do papel em termos orçamentários. Se o recorte for empenho, que é uma espécie de garantia de pagamento, o valor chega a R$ 3,07 bilhões.
“Esse resultado é fruto de um esforço contínuo para aprimorar a gestão pública, melhorar a execução orçamentária e garantir que o investimento realmente chegue aonde importa: na vida do cidadão paranaense. Nosso compromisso é com entregas concretas, que gerem desenvolvimento, qualidade de vida e resultados duradouros para o Estado”, destaca o secretário da Fazenda, Norberto Ortigara.
Outro dado que chama a atenção é a velocidade com que esses investimentos estão sendo realizados. No início do ano, o Paraná já havia quebrado o recorde de maior investimento liquidado no primeiro quadrimestre do ano, com R$ 655 milhões. Nos dois meses seguintes, maio e junho, esse valor mais do que dobrou, com a execução ultrapassando a marca dos R$ 900 milhões.
Para se ter uma ideia do que representa essa aceleração, o volume executado nesses dois meses mais recentes é praticamente equivalente ao total executado durante todo o primeiro semestre de 2022 (R$ 950 milhões). “Os números comprovam que o ritmo de entregas está mais acelerado, refletindo a eficiência da gestão pública e o foco em resultados concretos para a população”, diz Ortigara.
OBRAS – Dentro desse R$ 1,56 bilhão do semestre, cerca de R$ 418 milhões foram investidos em obras e instalações, abrangendo rodovias, infraestrutura urbana e edificações públicas como escolas e hospitais. Um exemplo emblemático dessa cifra recorde é a Ponte de Guaratuba, uma das maiores intervenções em execução no Paraná e que segue em ritmo acelerado com 65% da obra já concluída. A previsão de entrega é para o início de 2026.
Outras obras de grande porte em andamento são a revitalização em concreto da PRC-280, com 140 quilômetros entre Pato Branco e General Carneiro, concluída há alguns dias, e as duplicações em concreto das Rodovias dos Minérios (Grande Curitiba) e da PRC-466, entre Guarapuava e Pitanga, na região central. Há ainda a pavimentação da ligação entre Mandirituba e São José dos Pinhais.
Além das obras viárias, o Estado também destinou cerca de R$ 192 milhões para a aquisição de viaturas policiais, ambulâncias, aparelhos médico-odontológicos e outros bens voltados à saúde. As forças de segurança receberam equipamentos novos e armamentos no primeiro semestre. Outro destaque foram os recursos destinados ao Casa Fácil Paraná, principalmente na modalidade Valor de Entrada, que ajudaram milhares de famílias a adquirirem a casa própria.
Esse desempenho no primeiro semestre de 2025 é reflexo da gestão fiscal responsável e do equilíbrio das contas públicas, construído ao longo dos últimos anos. “Esse cenário tem permitido ao Estado acelerar a execução de investimentos e transformar o orçamento em entregas reais”, conclui o secretário.
Por - AEN
A maior biofábrica do mundo de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, os chamados Wolbitos, foi inaugurada neste sábado (19), no Parque Tecnológico da Saúde do Governo do Paraná, em Curitiba. Ela vai ampliar a produção em larga escala de mosquitos utilizados no controle biológico do vetor transmissor da Dengue, Chikungunya e Zika Vírus.
Desenvolvido e aplicado no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o método Wolbachia é uma estratégia para o controle de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Desde 2024, a técnica faz parte das estratégias nacionais de combate às arboviroses do Ministério da Saúde.
A implantação da unidade, com capacidade estimada de até 100 milhões de ovos de mosquitos por semana, foi viabilizada com uma parceria com o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), e priorizará municípios com alto risco de transmissão de arboviroses. Com mais de 3,5 mil metros quadrados de área construída, equipamentos de ponta para automação e criação dos mosquitos com a bactéria Wolbachia, e uma equipe com cerca de 70 funcionários, a nova fábrica da Wolbito do Brasil supre a crescente demanda nacional pelo Método Wolbachia.
A nova unidade atenderá a demanda do Ministério da Saúde e vai garantir a distribuição dos mosquitos Wolbitos para diversas regiões do Brasil, priorizando municípios com alto risco de dengue. A previsão é que aproximadamente 140 milhões de brasileiros possam ser beneficiados com a implementação do método em diversos municípios do país, ao longo de 10 anos de atividade.
“A inauguração desta unidade coloca o Paraná em destaque nacional no uso de tecnologia avançada e sustentável no combate às arboviroses para todo o País”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
A biofábrica será coordenada pelo Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) e pelo World Mosquito Program (WMP), instituição que detém a patente da tecnologia. O IBMP é fruto de uma parceria entre a Fiocruz e o Governo do Paraná, por meio do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar).
O diretor-presidente do Tecpar, Eduardo Marafon, ressaltou que a escolha do Paraná para a implantação da unidade, reforça o compromisso do Governo do Estado em promover soluções inovadoras para a saúde pública.
“O Parque Tecnológico da Saúde é uma iniciativa do Governo do Estado para promover a área de biotecnologia, atrair novas empresas e apoiar o fornecimento de novas soluções para o país. Neste espaço, três empresas que são referência, Tecpar, Fiocruz e IBMP, têm trabalhado juntas em projetos importantes. A inauguração da fábrica da Wolbito vem se somar a estes esforços em prol da saúde pública do Paraná e do Brasil”, afirmou.
“Não existe nenhum lugar no mundo que produza a quantidade de mosquitos que será produzida aqui com essa tecnologia. A inauguração dessa fábrica coloca o Brasil, por meio dessa associação da Fiocruz com o Tecpar aqui no Paraná, na linha de frente dessa tecnologia para todo mundo. É importante contar com instituições públicas como essas, que nos permite expandir cada vez mais as parcerias com empresas nacionais e internacionais para a produção de novas tecnologias, gerando emprego, renda, tecnologia e conhecimento aqui no Estado do Paraná”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que participou da inauguração.
ENFRENTAMENTO – A implementação do método Wolbachia reforça as ações de enfrentamento à dengue, Zika e Chikungunya que estão sendo desenvolvidas no Paraná. Desde 2019, a partir da criação do Comitê Intersetorial de Controle da Dengue, o Governo do Estado tem intensificado as estratégias de prevenção e combate à doença.
Esse trabalho envolve diversas iniciativas junto aos municípios, seja incentivando e orientando na adoção das novas tecnologias, com o aval do Ministério da Saúde, capacitações e treinamentos, ou ainda promovendo ações de interface com a sociedade, como incentivo à eliminação de criadouros por meio de mutirões com a população, campanhas de conscientização, aplicação de inseticidas - popularmente conhecido como fumacê - e atendimento clínico qualificado para os casos suspeitos.
Em julho de 2024 o Paraná iniciou o método em Foz do Iguaçu e Londrina, onde foram liberados aproximadamente 94 milhões de mosquitos. Essas biofábricas foram desmontadas em maio e junho deste ano, após finalizarem o projeto. A Sesa já oficiou e deu início às tratativas junto ao Ministério da Saúde para a continuidade e expansão do método Wolbachia nas duas cidades, contemplando 100% do território dos dois municípios.
TECNOLOGIA – Desenvolvido na Austrália, o Método Wolbachia consiste na liberação de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, que ao se reproduzirem com a população local, formam uma nova geração de mosquitos com a mesma bactéria.
Em laboratório, os pesquisadores do WMP conseguiram introduzir a bactéria Wolbachia, presente em aproximadamente 50% dos insetos no mundo, dentro dos ovos de Aedes aegypti. Quando presente nesse mosquito, ela impede o desenvolvimento dos vírus da Dengue, Chikungunya e Zika Vírus, reduzindo a transmissão dessas doenças.
O método não envolve modificação genética e, ao longo do tempo, se torna autossustentável, mantendo-se na população de mosquitos sem necessidade de novas liberações, o que o torna uma estratégia eficaz, segura e acessível a longo prazo. Até agora ele implantado em oito cidades brasileiras: Niterói (RJ), Rio de Janeiro (RJ), Londrina (PR), Foz do Iguaçu (PR), Campo Grande (MS), Joinville (SC), Belo Horizonte (MG) e Petrolina (PE). A seleção dos municípios é feita pelo Ministério da Saúde, e a implementação é realizada pela Wolbito do Brasil, com o apoio da Fiocruz.
DADOS – De acordo com o último boletim epidemiológico de arboviroses, divulgado pela Sesa nesta terça-feira (15), o Paraná já registrou este ano 85.611 casos confirmados e 107 óbitos por dengue. De Chikungunya já foram confirmados 5.135 casos e cinco mortes, e por Zika Vírus, não há confirmações de casos e óbitos neste período.
PRESENÇAS – Participaram da inauguração o presidente da Fiocruz, Mario Moreira; o diretor da Fiocruz Paraná, Fabiano Borges Figueiredo, o Ceo da WMP, Scott O’neill, o diretor-presidente do IBMP, Pedro Ribeiro Barbosa; a secretária municipal da Saúde de Curitiba, Tatiane Correa da Silva Filipak; o diretor-geral da Sesa, César Neves; a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes; os diretores do Tecpar: Lanes Randal Prates Marques (Tecnologia e Inovação); Iram de Rezende (Industrial da Saúde); Celso Kloss (Novos Negócios e Relações Institucionais) e Erland Manys (Administração e Finanças).
Por - AEN