Pistas de concreto: a escolha ambientalmente correta das rodovias do Paraná

Maior durabilidade e segurança, menos emissão de CO2 com redução na média das temperaturas urbanas, alto potencial de reciclagem e garantia do bem-estar animal.

Esses são alguns dos benefícios ambientais do programa de pavimentação de rodovias em concreto em execução pelo Governo do Paraná. Ao todo, são 13 diferentes trechos que somam cerca de 340 quilômetros entre projetos concluídos, em execução ou planejados, com investimento superior a R$ 1 bilhão.

Entre as estradas que foram pavimentadas por meio da concretagem, destaque para a PRC-280, que liga o Oeste e o Sudoeste do Estado, e a fase inicial da Rodovia dos Minérios, em Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba, ambas já concluídas. Outros exemplos em andamento são o Corredor Metropolitano de Curitiba e as ligações entre Guarapuava e Turvo e entre Matinhos e Pontal do Paraná.

Coordenadora do setor de Licenciamento e Empreendimentos Viários do Instituto Água e Terra (IAT), autarquia vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), Zilda Romanovski explica que a substituição da manta asfáltica por concreto otimiza a relação entre o meio ambiente e a urbanização. Cita, como exemplo, o impacto direto no clima. Segundo ela, a temperatura média de construções em asfalto gira em torno de 46ºC, reduzindo cerca de 10ºC nas intervenções em concreto.

“A claridade do concreto reflete mais luz solar, ao contrário do asfalto, que a retém. Isso faz com que a temperatura de uma pista em concreto, por exemplo, fique na casa dos 36ºC, ou seja, consideravelmente mais baixa do que os pisos em asfalto”, afirma a coordenadora. “Vale lembrar que a redução das temperaturas médias é um dos grandes objetivos do Paraná em tempos de mudanças climáticas. Por isso a utilização do concreto nas rodovias nos coloca vários passos à frente nessa caminhada pelo bem-estar ambiental”, complementa Zilda.

Essa diminuição é essencial para combater o fenômeno chamado “ilhas de calor”, concentrado em centros urbanos. “Com o resfriamento das vias o consumo de energia diminui, os riscos de incêndios florestais caem e a qualidade de vida da população melhora. Além disso, os animais silvestres que caminham pelas rodovias têm mais segurança e menos riscos de sofrer queimaduras”, diz a técnica.

Chefe do escritório regional do IAT em Toledo, Volnei Bisognin ressalta que o projeto está em sintonia direta com as diretrizes ambientais estabelecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU). “O Brasil tem metas ousadas para a redução do CO₂, estabelecidas nos acordos da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP) de 2024. E, mais uma vez, o Paraná sai na frente ao priorizar o concreto em ligações rodoviárias importantes do Estado”, destaca ele.

“Ao contrário da massa asfáltica, o concreto não leva petróleo, que é um dos responsáveis pela emissão de gases do efeito estufa, na sua composição. Assim, ecologicamente e economicamente, o concreto tem muito mais vantagens”, acrescenta Bisognin.

O diretor-presidente do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), Fernando Furiatti, afirma que a vantagem ambiental do piso de concreto é confirmado por um estudo elaborado pela autarquia. “Realizamos um estudo em parceria com a Votorantim, utilizando a PRC-280 entre Palmas e o Trevo Horizonta, em General Carneiro, com análise dos dados pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV, levando em consideração desde a extração da matéria-prima até a manutenção da pista, anos após sua conclusão, que comprovou a vantagem do pavimento rígido quanto às emissões de CO₂”, aponta. “A obra de restauração em concreto da PRC-280 utilizando a técnica whitetopping é pioneira no Paraná, combinando inovação e sustentabilidade. Além do conforto e segurança proporcionado pelo pavimento rígido de concreto, ao longo de sua vida útil ele resulta em uma emissão menor de gás carbônico em relação ao pavimento asfáltico”, conclui.

MAIS BENEFÍCIOS – Os benefícios, porém, vão além. A instalação otimizada e a produção do concreto consomem menos recursos não-renováveis que o asfalto. Além disso, ao não levar petróleo na combinação, reduz significativamente a emissão de gás carbônico, impactando na melhoria da qualidade de vida da população.

Já na parte da instalação, o concreto também requer uma escavação mínima, diminuindo os custos de movimentação do solo e a produção de resíduos. Além disso, uma grande vantagem desse tipo de pavimento é que é possível reciclar o concreto.

Um dos métodos da instalação é o chamado whitetopping, que consiste na aplicação de uma grossa camada de concreto por cima de uma manta asfáltica já existente. Essa técnica barateia a obra, além de torná-la ainda mais rápida e prática. O trecho entre General Carneiro e Palmas foi o primeiro do Paraná a ser revitalizado por meio da tecnologia, em março de 2023.

Lista de obras em concreto:

- Três lotes da revitalização da PRC-280 (General Carneiro a Pato Branco)

- Revitalização da ligação entre Goioerê e Quarto Centenário

- Duplicação do Contorno Oeste de Cascavel

- Duplicação da ligação entre Guarapuava e Turvo (três lotes)

- Duplicação da ligação entre Matinhos e Pontal do Paraná

- Pavimentação da ligação entre Mandirituba e São José dos Pinhais

- Revitalização da PR-151, entre Ponta Grossa e Palmeira

- Corredor Metropolitano da Capital - Novo Contorno Sul de Curitiba

 

 

 

 

 

Por - AEN

 PCPR usa óculos de visão noturna para encontrar adolescente desaparecido

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) localizou com auxílio de um óculos de visão noturna um adolescente de 14 anos que estava desaparecido há mais de 30 horas.

O garoto foi encontrado desorientado, sexta-feira (18), com fome e frio, às margens de uma rodovia na região de Terra Rica, no Noroeste do Estado.

A ação bem-sucedida contou com o uso de equipamentos de alta tecnologia, entre eles os óculos que permitiram aos policiais percorrer áreas com visibilidade reduzida e prosseguir com a busca mesmo durante a noite. O jovem, que é morador da cidade de Guairaçá, foi avistado durante uma varredura noturna e resgatado com segurança.

Segundo o delegado da PCPR José Júlio Bolzani Soares, a atuação dedicada da equipe, aliada aos recursos tecnológicos avançados, foi essencial para o rápido desfecho do caso. “Cada minuto era crucial. A utilização dos óculos de visão noturna possibilitaram ampliar significativamente nosso campo de busca mesmo durante a noite”, explica. 

O adolescente foi entregue aos familiares, pois não apresentava ferimentos. A família, que já havia feito o boletim de ocorrência, agradeceu aos policiais pelo empenho e pela agilidade na localização do garoto.

A PCPR segue investigando as circunstâncias do desaparecimento garoto.

 

 

 

 

 

Por - AEN

Sete pessoas morreram durante a Operação Semana Santa – Tiradentes 2025 no Paraná

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou 110 acidentes, 119 pessoas feridas e sete mortes durante a Operação Semana Santa – Tiradentes 2025, realizada nas rodovias federais do Paraná entre os dias 17 e 21 de abril.

Entre os acidentes fatais, três envolveram atropelamentos de pedestres, registrados nas BRs 376 e 277, nos municípios de São José dos Pinhais, Mandaguaçu e Morretes, todos no período noturno. Os demais acidentes com morte foram provocados por colisões: duas frontais (em Quitandinha e Corbélia), uma lateral (Ibiporã) e uma com objeto estático sobre a pista (Morretes, à tarde).

A análise dos dados mostra que 42,8% das mortes ocorreram por atropelamento e 57,2% em colisões. A maioria das ocorrências aconteceu no período da noite e sob pista seca, embora um dos casos tenha ocorrido em curva e com pista molhada, na BR-369.

Além do atendimento a acidentes, a PRF intensificou as ações de fiscalização e combate a infrações. Durante os cinco dias de operação, foram 10.667 pessoas fiscalizadas e 8.374 veículos abordados. Os policiais realizaram 7.440 testes de etilômetro, resultando na prisão de quatro motoristas por embriaguez ao volante. No total, foram lavrados 5.225 autos de infração e 325 veículos foram recolhidos por irregularidades.

Outro destaque foi o uso de radares para coibir o excesso de velocidade, que resultou em 14.069 flagrantes de motoristas acima do limite permitido. Isso representa uma média de aproximadamente 1,95 por minuto — ou seja, quase dois motoristas multados por minuto por desrespeitarem os limites de velocidade.

Radar
Fiscalização com radar

 

Radar
Radar

As ocorrências com morte foram registradas nas seguintes rodovias:

DataRodoviaMunicípioPeríodo do diaCondição climáticaTipo de acidenteCausa presumívelNº de Mortes
117/04/2025BR-277MorretesTardePista secaColisão com objeto estáticoQueda de árvore sobre a pista1
217/04/2025BR-376São José dos PinhaisNoitePista secaAtropelamento de pedestrePedestre na pista1
318/04/2025BR-369CorbéliaTardePista molhadaColisão frontalChuva intensa1
421/04/2025BR-369IbiporãNoitePista secaColisão lateralFalta de reação do condutor1
521/04/2025BR-376MandaguaçuNoitePista secaAtropelamento de pedestrePedestre na pista1
621/04/2025BR-116QuitandinhaNoitePista secaColisão frontalColisão entre caminhão e motocicleta1
721/04/2025BR-277MorretesNoitePista secaAtropelamento de pedestrePedestre atingido por dois veículos1

 

 

 

 

 

Por - PRF

 Estado compra R$ 130 milhões da agricultura familiar e distribui 19 mil toneladas de alimentos

Criado em 2020, em meio aos desafios da pandemia da Covid-19, o Programa Compra Direta Paraná foi transformado, no ano seguinte, em uma política pública permanente que impacta positivamente a segurança alimentar e nutricional da população paranaense.

De 2020 a 2024, o Governo do Paraná adquiriu de produtores da agricultura familiar – dando preferência para os produtos orgânicos – R$ 130 milhões. Para 2025 a previsão é destinar R$ 70 milhões para a compra de alimentos que são distribuídos a quem mais precisa.

Os produtos comprados são entregues a entidades da rede socioassistencial, garantindo alimentação saudável para pessoas e famílias em situação de vulnerabilidade social, além de gerar renda para pequenos produtores de todo o Estado. A política integra o conjunto de ações do Paraná no Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN), do qual o Estado é protagonista, com 343 municípios integrados – o maior número do país –, respondendo por 23% do total nacional.

Desde seu lançamento, o Compra Direta Paraná quase quadruplicou os investimentos, saltando de R$ 18,3 milhões em 2020 para R$ 70 milhões neste ano. Cerca de 19 mil toneladas de alimentos já foram distribuídas para todos os municípios paranaenses. A expectativa é chegar ao final de 2025 com 8,3 mil toneladas de alimentos entregues no ano.

“A gente percebe a alegria das pessoas em poderem acessar alimentos que normalmente não conseguiriam. São 63 produtos adquiridos da agricultura familiar, entre hortaliças, grãos, frutas, ovos, pães e sucos, que chegam diretamente a hospitais públicos e filantrópicos, restaurantes populares, cozinhas comunitárias, casas de longa permanência e aos Centros de Referência da Assistência Social”, detalha a chefe do Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, Marcia Stolarski.

O programa tem mudado a vida dos pequenos produtores paranaenses, como os de Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba. “O Compra Direta, para nós, é muito importante porque nos ajuda a escoar a produção e tem a vantagem de ser uma venda garantida o ano inteiro. Além disso, por aqui somos produtores certificados de orgânicos e, por isso, conseguimos um preço diferenciado”, explica José Cassiano Gomes dos Reis, presidente da Cooperativa Agropecuária de Quatro Barras.

Segundo ele, a cooperativa, que tem 140 produtores cadastrados, distribuiu 180 toneladas para o Compra Direta no ano passado. “É gratificante saber que essas entidades estarão recebendo alimentos de primeira qualidade, e o produtor tem receita garantida o ano inteiro”, diz.

COMO FUNCIONA - Para participar, os produtores devem fazer parte de associações ou cooperativas e acessar o edital anual do programa, publicado pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. O resultado do edital de 2025 foi publicado na segunda quinzena de abril e teve 188 cooperativas de todas as regiões do Estado classificadas.

“As entidades socioassistenciais, por sua vez, também devem se cadastrar nos núcleos regionais de agricultura e se preparar para receber as entregas semanais dos produtores. É um complemento importante na alimentação saudável das pessoas”, afirma a coordenadora do Compra Direta Paraná, Angelita Avi Pugliesi.

Durante toda a participação no programa, os produtores recebem o apoio dos técnicos do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná). “Auxiliamos os produtores com a programação da produção e incentivamos o plantio daquilo que o edital do Compra Direta pede. Além disso, ajudamos na etapa da documentação, na legislação ambiental da propriedade e na assistência técnica em toda a cadeia de produção”, explica a extensionista rural do IDR-PR em Quatro Barras, Karla Piekarski.

IMPACTO NA PONTA - Além dos agricultores, quem recebe os alimentos também sente os reflexos dessa política pública. Um dos exemplos é o Asilo São Vicente, em Curitiba, que atende cerca de 150 idosas e participa do programa desde 2021.

“Servimos seis refeições todos os dias. São mais de mil refeições diárias, e contamos com parcerias como essa, do Governo do Estado. Quando a gente recebe alimentos saudáveis, com folhas bonitas, é maravilhoso. Sabemos que não estamos falando de qualquer produto, estamos falando de produtos de qualidade, para que a instituição faça os melhores alimentos para quem atende”, afirma o padre José Aparecido, coordenador da Ação Social do Paraná, mantenedora da instituição.

No ano passado, a instituição recebeu por meio do programa 25 toneladas de alimentos, entre hortaliças, frutas, feijão e farinhas.

SEGURANÇA ALIMENTAR - Hoje, o Paraná possui o segundo melhor índice de segurança alimentar do Brasil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O avanço é resultado de um conjunto de políticas públicas, como o próprio Compra Direta Paraná, o Programa Leite das Crianças, que atende diariamente 102 mil crianças; o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o apoio à implantação de Equipamentos Públicos de Segurança Alimentar e Nutricional (Epsan), como cozinhas comunitárias, restaurantes populares, hortas comunitárias e bancos de alimentos.

No final de 2024, o Governo do Paraná lançou o IV Plano Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional, com validade até 2027. O plano é dividido em nove eixos, alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, e conta com 83 metas e mais de 170 ações desenvolvidas de maneira integrada entre as secretarias da Agricultura, Educação, Saúde, Adapar, IDR-PR e municípios. O documento pode ser acessado AQUI.

“Parece paradoxal: o Brasil é um grande produtor de alimentos e, ao mesmo tempo, temos uma grande quantidade de pessoas com obesidade, por não terem acesso a uma alimentação saudável. E, mesmo quem tem recursos financeiros, muitas vezes acaba fazendo escolhas erradas. Esse é um trabalho que a gente também quer avançar, levando informação para que as pessoas tenham uma alimentação correta. E também ter em mente que a produção na agricultura reflete muito naquilo que as pessoas consomem”, analisa a chefe do Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, Marcia Stolarski.

 

 

 

 

 

Por - AEN

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