A Polícia Civil do Paraná (PCPR) está nas ruas na manhã desta quinta-feira (18) para cumprir 59 mandados judiciais contra uma organização criminosa investigada por despachar drogas pelo sistema dos correios para diversos estados do País. A operação acontece de forma simultânea em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, e em Curitiba.
Com a atuação de cães de faro e apoio aéreo de um helicóptero da PCPR, os policiais têm a missão de executar 29 ordens de busca e apreensão e 30 de prisão preventiva pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas e organização criminosa.
A ação é um desdobramento de uma investigação iniciada em novembro de 2024 com a interceptação e apreensão de 17 pacotes enviados via correios. Neles, foram encontradas porções de maconha e haxixe.
Com o aprofundamento da investigação, a PCPR mapeou a estrutura organizacional do grupo e identificou que ele operava de forma compartimentada e hierarquizada, contendo uma ampla gama de colaboradores com funções específicas. O envio dos entorpecentes ocorria tanto em âmbito municipal, quanto para vários estados do país.
“Diante do cenário delineado, a deflagração da operação mostrou-se indispensável não apenas para responsabilizar os agentes identificados, mas, sobretudo, para interromper a empreitada criminosa e coibir o tráfico interestadual no Paraná”, destaca a delegada Grazieli Schmitz.
Por - AEN
O Governo do Estado trabalha em conjunto com o setor produtivo para garantir um tratamento diferenciado do restante do País junto à União Europeia visando a ampliação das exportações de produtos da agroindústria paranaense. O assunto foi discutido nesta quarta-feira (17) em um encontro entre o governador Carlos Massa Ratinho Junior e integrantes dos órgãos estaduais envolvidos e do setor produtivo, no Palácio Iguaçu.
O objetivo é classificar o Paraná como um território de baixo risco ambiental, o que pode reduzir custos de certificação, agilizar o acesso ao mercado europeu e ampliar a competitividade dos produtos da agroindústria paranaense. Atualmente, o Estado está enquadrado junto com todo o Brasil no grau padrão, o que impõe auditorias presenciais e encarece as exportações.
O esforço do Governo do Estado em busca desta diferenciação é ainda mais importante porque, a partir de dezembro, entra em vigor uma nova regulamentação europeia que veta a importação de produtos oriundos de áreas desmatadas após 2020 ou que não cumpram normas ambientais e sanitárias. Com a análise segmentada, o Paraná, que é considerado o Estado mais sustentável do País, não deverá ter dificuldades em comprovar as exigências da União Europeia.
Para atender a essas regras e comprovar, de forma transparente e objetiva, a sustentabilidade das propriedades rurais, a estratégia definida pelo Governo do Estado é a criação da Plataforma Paraná Sustentável, que vai unificar os cadastros e dados ambientais por meio de Inteligência Artificial (IA). O cronograma estipulado prevê que a ferramenta seja lançada até dezembro deste ano.
CADASTRAMENTO ADIANTADO – O trabalho começou em fevereiro, com a criação da Superintendência Geral de Ordenamento Territorial do Paraná, que está coordenando o projeto. Atualmente, o Estado possui 244 mil propriedades com Cadastro Ambiental Rural (CAR) regularizado, o equivalente a cerca de 45% das mais de 500 mil propriedades existentes e a 36% de todos os CARs regulares em todo o Brasil, o que demonstra o estágio avançado em que o Paraná se encontra.
Segundo o superintendente-geral de Ordenamento Territorial, Benno Henrique Weigert-Detzer, a iniciativa responde a um pleito do setor produtivo. “O Paraná tem condições diferenciadas em relação ao restante do País, fruto de décadas de políticas públicas ambientais e boas práticas. O pedido é que o Estado seja reconhecido como ente subnacional e receba a classificação de baixo risco, o que permitiria análises documentais das exportações, sem a necessidade de auditorias em campo”, explicou.
Ele destacou que a chave do processo está no uso de tecnologia e Inteligência Artificial (IA) para consolidar informações de meio milhão de propriedades rurais. “Controlar manualmente todas essas unidades é impossível. Por isso, estamos utilizando Inteligência Artificial para cruzar bases de dados ambientais, sanitárias e produtivas, gerando um perfil único da propriedade. Isso vai comprovar que a produção paranaense atende aos protocolos de exportação”, completou.
OUTROS BENEFÍCIOS – Além de dar segurança ao mercado europeu, o sistema trará ganhos internos. Ao final do projeto, todas as propriedades terão um “CEP Rural” e geolocalização definidos, o que permitirá melhor rastreabilidade e gestão territorial. A plataforma está sendo desenvolvida em parceria com a Google. A empresa financia a solução, que integra informações de diferentes bancos de dados estaduais e federais por meio de APIs, alimentando automaticamente o sistema e unificando os dados em uma única base.
Para o presidente do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Natalino Avance de Souza, o Estado tem credenciais sólidas para pleitear o reconhecimento europeu. “O Paraná é hoje o território mais sustentável do Brasil. Fomos considerados pelo Banco Mundial como modelo em boas práticas agrícolas. Queremos mostrar que essa trajetória nos credencia a um tratamento diferenciado, garantindo mais competitividade aos produtores”, afirmou.
Natalino ressaltou ainda que sanidade agropecuária e sustentabilidade são os dois fatores decisivos para acessar mercados internacionais. “Estamos trabalhando junto com os agricultores para mostrar que sustentabilidade não é contrária à competitividade. Pelo contrário: ela abre mercados, fortalece a economia e dá segurança a quem compra os nossos produtos”, disse.
A proposta foi construída em conjunto entre governo – incluindo as secretarias estaduais do Desenvolvimento Sustentável e da Agricultura e do Abastecimento, o Instituto Água e Terra (IAT) e o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR) – com apoio da Faep, Fiep, Fetaep e Ocepar. O próximo passo deverá ser a elaboração de uma carta de apresentação buscando ampliar a interlocução com o parlamento europeu.
Por - AEN
O Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP), em Cascavel, é referência em alta complexidade, especialmente para cirurgias bariátricas e procedimentos cardiovasculares, como as cirurgias de peito aberto para revascularização de miocárdio. Em 2024 e 2025, estes e outros atendimentos foram ampliados após investimentos de R$ 106 milhões do Governo do Paraná, por meio da Secretaria da Saúde (Sesa).
Deste total, R$ 70 milhões foram destinados a programas, incentivos e contratos com a Universidade do Oeste do Paraná (Unioeste). Outros R$ 36 milhões foram para compra de equipamentos.
Os valores possibilitaram ampliar os atendimentos para toda macrorregião Oeste e Sudoeste, como as cidades de Pato Branco, Francisco Beltrão, Foz do Iguaçu, Cascavel e Toledo, que reúnem cerca de dois milhões de habitantes, de 94 municípios paranaenses.
“O HUOP é um dos maiores projetos de extensão da Unioeste e visa integrar ciência e saúde, levando serviços essenciais para toda população”, destaca o secretário da Saúde, Beto Preto.
Os maiores investimentos foram na ampliação de leitos de UTI e UTI Pediátrica. “Tínhamos uma carência de leitos na região, que foi suprida com estes atendimentos”, diz o diretor-geral do HUOP, Rafael Muniz de Oliveira. “Com estes investimentos, conseguimos melhorar a qualidade na assistência a estes pacientes e aumentar o acesso à terapia intensiva”.
O diretor destaca que com o fechamento do Hospital do Coração de Cascavel (o Nossa Senhora da Salete, que possuía 44 leitos e 10 na UTI), o HUOP acabou absorvendo a demanda de cardiologia da região. Para isso, houve a aquisição de vários equipamentos, entre eles um específico de hemodinâmica, o que possibilitou a volta das cirurgias de revascularização do miocárdio com peito aberto.
“Reorganizamos as equipes, a folha de pagamento e compramos equipamentos, tudo financiado pela Sesa. Iniciamos com duas cirurgias por semana, em 2025 ampliamos para três e, desde julho, realizamos quatro delas por semana”, explica Rafael Muniz de Oliveira.
O setor ainda faz outras cirurgias do coração, como a troca de válvulas, incluindo a aórtica. “São cirurgias cardiológicas bem importantes para a nossa macrorregião.”
MATERNIDADE – Outra área que recebeu recursos foi a maternidade do HUOP, referência em partos e atendimentos, com ampliação e adequação do espaço, que hoje faz cerca de 450 partos por mês (antes eram 300), todos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Conquistamos maior conforto e humanização na hora do parto, tanto para as mães quanto para os bebês”, ressalta o diretor.
A nova ala materno-infantil Elvira Feiten Franz tem cinco mil metros quadrados construídos, com três andares e toda estrutura médica e clínica, totalizando 70 leitos adultos e 98 berços, incluindo de Unidade de Cuidado Intensivo Neonatal (UCI) e UTI, em um investimento total de R$ 19.070.703,87.
HOSPITAL – O HUOP é um hospital-escola vinculado à Unioeste e possui atualmente 373 leitos, ambulatórios de especialidades, centro cirúrgico, centro obstétrico, UTI adulto, pediátrica e neonatal, pronto-socorro, diagnóstico por imagem, radiologia e banco de leite humano. Ao todo, são de 21,6 mil metros quadrados de estrutura e 1.964 profissionais envolvidos.
Em 2024, os atendimentos ambulatoriais atingiram 85.334 pacientes e as cirurgias de urgência e emergência foram 6.434, além de 1.800 cirurgias eletivas, totalizando mais de 8 mil procedimentos cirúrgicos realizados no HUOP. O número representa um aumento de 27% em comparação a 2023, que registrou 6.473 atendimentos.
Por - AEN
A Secretaria de Saúde do Paraná faz uma alerta para problemas cardiovasculares em adolescentes e jovens adultos, de 15 a 30 anos, um perfil que não se enquadra no grupo considerado de risco para esse tipo de doença, mas que, muitas vezes, tem adotado comportamentos que podem levar a essa condição.
Entre eles, alimentação pobre em nutrientes, sedentarismo e o uso indiscriminado de bebidas energéticas e medicamentos como tadalafila, indicado para disfunção erétil, mas utilizado com a intenção de ganho de massa muscular, algo que não tem qualquer comprovação científica.
“É preciso ter cuidado com o consumo exagerado de energéticos, pois além de arritmia, ele pode causar ansiedade e insônia, o que vai afetar todo o organismo. Já os medicamentos, só devem ser utilizados por solicitação de um médico. Jamais devemos fazer a automedicação”, destacou o secretário de Saúde, Beto Preto.
O consumo excessivo de cafeína, ingrediente das bebidas energéticas, pode provocar problemas cardíacos, como o coração bater mais rápido, palpitação, aumento da pressão arterial e infarto. Pesquisa recente realizada pela empresa Kantar indica um aumento no consumo, alcançando 38% dos lares brasileiros. Essa alta também é registrada fora dos domicílios, como em bares, com 22% do público.
Da mesma forma, o consumo irregular e sem prescrição médica de medicamentos como tadalafila pode causar queda de pressão e severos riscos cardiovasculares. “Esse medicamento está sendo utilizado por muitos jovens de forma recreativa, como pre-treino em academias. Eles esperam o aumento da massa muscular, algo que não tem comprovação científica e que pode causar dependência e riscos severos à saúde”, reforçou Beto Preto
CENÁRIO – Em 2024, a secretaria estadual da Saúde registrou atendimento hospitalar de 1.183 pacientes entre 15 e 30 anos por questões cardiovasculares, sendo 566 com idade entre 15 e 24 anos. No primeiro semestre de 2025, foram 759 atendimentos entre o público de 15 e 30 anos, o que corresponde a 64% de todo o ano anterior. Destes, 390 na faixa etária de 15 a 24 anos, o que equivale a 70% dos registros em 2024.
Foram constatados problemas como insuficiência cardíaca, arritmias, crise hipertensiva e, até mesmo, infarto.
No ano passado, houve 107 atendimentos de na faixa etária de 15 a 30 anos com arritmia cardíaca. No primeiro semestre de 2025 foram 68 – 65% dos casos de todo o anterior.
Os casos de crise hipertensiva (aumento da pressão arterial) foram responsáveis por 220 atendimentos no ano passado. Em 2025 já são 160 casos no primeiro semestre, o equivalente a 73% dos registros de 2024.
Considerando o perfil entre 15 e 24 anos, foram 75 atendimentos de crise hipertensiva no primeiro semestre de 2025, o que corresponde a 80% de todo o ano anterior, quando 95 atendimentos foram feitos.
Por - AEN
A Assembleia Legislativa do Paraná esteve presente nesta terça-feira (16) da abertura oficial da ExpoMatcon 2025, principal feira do varejo de material de construção do estado, realizada no Expotrade Convention Center, em Pinhais.
Representando o Legislativo estadual, o deputado Gugu Bueno (PSD), primeiro-secretário da Casa e coordenador da Frente Parlamentar do Setor de Materiais de Construção, destacou a força do segmento e o compromisso da Assembleia com o fortalecimento do setor. A Frente Parlamentar foi criada com foco na desburocratização, melhoria do ambiente de negócios e estímulo à geração de emprego e renda no segmento.
“O setor do varejo de material de construção é fundamental para a economia do Paraná. Se tem obra no estado, esse setor está presente. Reconhecendo essa importância, criamos a Frente Parlamentar, hoje com 22 deputados. Mais do que apoiar institucionalmente a feira, estamos aqui para ouvir, debater soluções e fortalecer essa cadeia produtiva que movimenta emprego, renda e desenvolvimento”, afirmou Gugu Bueno.
O deputado também destacou que está em discussão com o Governo do Estado a criação de uma cesta básica de material de construção, com itens essenciais da cadeia produtiva. “Não é um tema simples, pois envolve tributos, mas temos certeza que contará com a sensibilidade do governador Ratinho Júnior e do vice-governador Darci Piana. Nosso objetivo é estimular o consumo, facilitar o acesso a materiais e incentivar novas construções”, completou.
O vice-governador Darci Piana também participou da abertura. “O setor de material de construção é grandioso no nosso estado, gera muito emprego e arrecadação. Esta feira une quem precisa comprar com quem precisa vender, e esse relacionamento fortalece todos os elos, movimentando a economia”, declarou.
Para o presidente do Simaco PR e da Acomac Curitiba, Ademilson Milani, a presença do Legislativo estadual contribui diretamente para o crescimento do setor. “A aproximação com a Assembleia Legislativa, por meio da Frente Parlamentar, foi fundamental para ampliar a visibilidade do setor e dar voz aos lojistas. A ExpoMatcon cria um ambiente pensado para gerar negócios, conectar a indústria ao varejo e fortalecer a competitividade das nossas empresas”, afirmou.
A feira segue até quinta-feira (18) e deve movimentar mais de R$ 500 milhões em negócios. São esperados mais de 5 mil visitantes, com caravanas de lojistas vindos de todas as regiões do estado. O evento reúne mais de 120 marcas, além de apresentar espaços inéditos como a Arena do Conhecimento, o AcomacCast e a Rodada de Negócios em parceria com o Sebrae PR.
Segundo dados do Simaco PR, o Paraná conta atualmente com 11.641 lojas varejistas de material de construção, registrando o maior crescimento da região Sul no último ano, com aumento de 1,13% no número de estabelecimentos.
Também participaram da feira a deputada Márcia Huçulak e o deputado Márcio Pacheco.
Por - Assessoria/ALEP
O governador Carlos Massa Ratinho Junior sancionou nesta quarta-feira (17) uma nova lei estadual que estabelece atendimento gratuito da Defensoria Pública do Estado do Paraná (DPE-PR) a Pessoas com Deficiência (PcD).
A medida tem como objetivo ampliar o acesso desse público às políticas públicas e combater violações de direitos, com prestação dos serviços nos 399 municípios paranaenses, independentemente da renda dos solicitantes, desde que a demanda esteja relacionada à deficiência do cidadão.
“Com muita alegria sancionamos essa lei que garante atendimento jurídico gratuito às pessoas com deficiência. É uma medida que demonstra o olhar do nosso governo para esse público, oferecendo amparo e assessoria em causas que antes exigiriam a contratação de um advogado”, afirmou Ratinho Junior
O governador também ressaltou o caráter social e a ampla abrangência da medida. “Esse atendimento estará disponível em todo o Paraná, inclusive com integração às unidades do Poupatempo. A ideia é estar cada vez mais próximo das pessoas, seja por meio da tecnologia, com acesso pelo celular, seja em espaços físicos preparados para garantir esse suporte”, completou.
O serviço é voltado para qualquer questão jurídica relacionada às PcDs, desde demandas sobre o acesso a políticas públicas até situações que configurem barreiras de participação plena na sociedade, como questões de saúde, educação, assistência social, previdência e trabalho. Também estão previstas ações em áreas como acessibilidade, cultura, lazer e esporte.
Um dos diferenciais da legislação é que as demandas individuais ligadas à condição de deficiência ficam dispensadas de avaliação socioeconômica, etapa normalmente exigida para o acesso à Defensoria Pública. A medida coloca o Paraná em sintonia com a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, a Lei Brasileira de Inclusão e o Estatuto da Pessoa com Deficiência do Estado.
A DPE-PR trabalha para lançar o serviço até o fim de outubro, após a conclusão do processo de estruturação da equipe interna que atuará no atendimento ao público-alvo. O assessoramento poderá envolver tanto a busca pela resolução de questões judiciais quanto extrajudiciais.
Segundo o defensor público-geral do Paraná, Matheus Cavalcanti Munhoz, ainda que Defensoria não esteja fisicamente presente em todos os municípios, o serviço será ofertado em todo o Estado, de forma 100% gratuita. “Estamos estruturando uma equipe especializada e adaptando nossas plataformas digitais para garantir um atendimento inclusivo e acessível”, explicou.
Ele destacou que a medida abrange todas as situações relacionadas à deficiência. “Seja em casos de saúde, educação, mercado de trabalho, acessibilidade ou até de preconceito e capacitismo, a Defensoria estará preparada para atuar. O objetivo é assegurar que mais de 700 mil paranaenses com deficiência tenham acesso amplo e desburocratizado à Justiça e aos seus direitos”, concluiu Munhoz. A primeira subdefensora Pública-Geral, Lívia Martins Salomão Brodbeck e Silva, também participou da assinatura.
O deputado estadual Pedro Paulo Bazana, que representou a Assembleia Legislativa na sanção do projeto, destacou o caráter pioneiro da iniciativa. “É uma conquista histórica, que coloca o Paraná como referência no Brasil. Mais de 700 mil pessoas com deficiência e suas famílias terão acesso gratuito à assessoria jurídica, garantindo direitos e oportunidades. Quando o Estado acolhe a PcD, toda a família é beneficiada”, declarou.
ESTRUTURAÇÃO – Para garantir a execução da lei, a Defensoria Pública organizará uma estrutura específica subordinada ao Núcleo da Pessoa com Deficiência (Nuped). O texto sancionado prevê a criação de 10 novos cargos.
As despesas decorrentes da lei correrão por conta de dotações orçamentárias da própria Defensoria. Também está autorizada a celebração de convênios, parcerias e acordos de cooperação técnica com órgãos públicos, instituições de ensino e entidades da sociedade civil, tanto para aprimorar o atendimento quanto para promover ações de capacitação e educação em direitos.
O Nuped também atuará de forma coletiva, o que significa que, além do serviço para cada pessoa que acionar a Defensoria Pública, também poderá representar grupos ou todo o recorte populacional, inclusive com contribuições para a formulação e o aprimoramento de políticas públicas voltadas às PcD.
De acordo com o defensor público Luis Gustavo Purgatto, que coordena o Nuped, a nova lei inaugura um ciclo inédito de acesso à Justiça no Paraná. “Estamos há dois anos estruturando o projeto e capacitando servidores, que está sendo concluído agora com a seleção e o treinamento da equipe para oferecer um atendimento acessível, inclusivo e tecnológico. Com isso, garantimos que todos possam exercer plenamente seus direitos, por meio de uma multiplicidade de canais de atendimento”, disse.
ATENDIMENTO – O atendimento será prioritariamente remoto, por meio da plataforma Luna, que já dispõe de recursos de acessibilidade. Também haverá opções via telefone, e-mail ou presencialmente nas 30 sedes da Defensoria Pública no Estado. Quando não for possível garantir o atendimento integral de forma digital, será assegurado o suporte presencial na unidade mais próxima ao domicílio do solicitante.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados em maio a partir dos resultados preliminares do Censo 2022, 7,3% da população brasileira com 2 anos ou mais, ou seja, cerca de 14,4 milhões de pessoas, têm algum tipo de deficiência. No Paraná, esse grupo representa aproximadamente 6,4% da população, o equivalente a 732 mil pessoas.
Por - AEN





























