Homicídios e roubos despencam em 2024, aponta Anuário; Paraná figura entre os mais seguros do Brasil
Os homicídios dolosos caíram 10% e o número de roubos reduziu 23,7% no Paraná em 2024, em relação a 2023. São dois dos dados mais expressivos da redução dos indicadores de violência do 19º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (24) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
O Paraná não tem nenhum município entre os mais violentos do País e está entre os seis com as menores taxas de mortes violentas intencionais, acima da média nacional.
O número absoluto de vítimas de homicídios passou de 1.837, em 2023, para 1.663 no ano passado. Com isso, o Paraná passou a uma taxa de 14,1 homicídios para cada 100 mil habitantes, abaixo da média nacional, que é de 17,1. Já o número de ocorrências desse tipo de crime caiu de 1.732 para 1.594 de um ano para outro, uma redução de 8,5%.
A taxa de mortes violentas intencionais foi de 18,4 por 100 mil habitantes, também abaixo da taxa brasileira, que também teve queda no período, ficando em 20,8/100 mil em 2024. O Estado registrou 2.263 casos em 2023 contra 2.170 casos em 2024. Além dos homicídios, também houve queda no número de latrocínios, que é o roubo seguido de morte. Foram cinco mortes a menos na comparação entre os dois anos, com 51 vítimas em 2023 e 46 vítimas em 2024, uma redução de 10,3%.
"Estamos investindo muito pesado em segurança pública, com novos equipamentos e contratação de policiais, aumentando a presença, as ações de inteligência e as investigações. E os resultados apontam um declínio consistente da violência nos últimos anos. Os dados do Anuário corroboram o monitoramento da própria Secretaria da Segurança Pública, que mostrou que em 2024 tivemos os menores índices da nossa história", diz o secretário da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira.
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO – As ocorrências de roubos tiveram uma taxa bem abaixo da nacional. Foram 153,1 casos por 100 mil habitantes no Paraná, contra 350,6 no Brasil no ano passado. O Estado passou de 23.584 ocorrências em 2023 para 18.104 em 2024, 23,7% a menos.
A maior queda foram nos roubos em estabelecimentos comerciais, que tiveram redução de 29,4% no período, passando de 3.054 para 2.169 ocorrências no intervalo de um ano. Também houve redução expressiva nos roubos contra transeuntes, que diminuíram 25,6%, passando de 16.297 casos em 2023 para 12.197 em 2024. Já os roubos contra residências apresentaram queda de 17%, com 2.198 casos em 2023 e 1.835 no ano passado.
O número de furtos e roubos de veículos também diminuiu, passando de 15.574 casos em 2023 para 13.326 em 2024, uma queda de 17,6%. A taxa paranaense nesse tipo de crime está bem abaixo da nacional, com 145,2 casos por 100 mil habitantes no Estado, contra 278 no País.
O Paraná tem a quarta menor taxa do Brasil nos roubos de veículos, com 22,9, quase cinco vezes a menos que a média nacional, de 102,2. Os roubos tiveram uma queda expressiva de 33,2% de um ano para outro, passando de 3.033 para 2.104 casos entre 2023 e 2024. Já os furto de veículos caíram 13,8% no período, com queda de 12.541 ocorrências em 2023 para 11.222 no ano passado.
O que também diminuíram foram os roubos e furtos de celulares, com uma redução de 21%, uma das maiores do Brasil. Foram registrados 40.723 casos em 2023, que passaram para 32.368 em 2024. Com taxa de 273,7, contra 400,2 no Brasil, o Paraná teve um aumento de 49,7% no número de celulares recuperados. As devoluções de aparelhos para seus donos passaram de 1.136, em 2023, para 1.711 em 2024.
Foi registrada, ainda, uma queda de 38,5% nos roubos a instituições financeiras, com 10 ocorrências em 2023 e seis em 2024; e de 34,7% no roubo de cargas, passando de 364 para 239 casos no intervalo de um ano.
Por - AEN
O Paraná registrou o maior crescimento da atividade econômica do Brasil nos primeiros cinco meses de 2025, com 6,9%, segundo dados do Banco Central.
É o dobro do mesmo resultado nacional no período, que foi de 3,4% (diferença de 3,5 pontos percentuais). O comparativo é com o mesmo período do ano anterior. Os dados foram reunidos pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).
Depois do Paraná aparecem no ranking Santa Catarina (6,1%), Goiás (6%) e Pará (5,6%). Os piores estados nesse indicador são Rio Grande do Sul (0,6%) e Pernambuco (-0,9%). O Banco Central pesquisa treze Unidades da Federação todos os meses. O Índice de Atividade Econômica Regional é uma das ferramentas utilizadas para medir o ritmo da economia e antecipa tendências do Produto Interno Bruto (PIB).
"Esse resultado reflete o dinamismo da nossa economia e o forte planejamento estratégico do Governo, que é parceiro do setor produtivo", afirma o secretário de Planejamento, Ulisses Maia.
O crescimento do Paraná é observado em todos os setores. A indústria paranaense acumula alta de 5,7% entre janeiro e maio, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal. É o segundo melhor resultado do Brasil, atrás apenas do Pará (9,6%). O Paraná também tem a segunda maior variação no acumulado de 12 meses, com crescimento de 6,4% entre junho de 2024 e maio de 2025 ante o mesmo período do ano anterior.
O comércio varejista do Paraná cresceu praticamente o triplo da média nacional entre janeiro e maio, de acordo com dados da Pesquisa Mensal do Comércio. A alta do Paraná no período foi de 3%, enquanto o crescimento médio do Brasil foi de 1,1%. O segmento de vendas de móveis e eletrodomésticos teve alta de 10,5%.
O Paraná ainda registra aumento de 5,7% no volume de vendas de atividades turísticas em 2025, desempenho superior a estados como Pernambuco (2,7%), Rio Grande do Sul (4,9%) e Minas Gerais (-0,5%). Na agropecuária, o Paraná manteve a liderança nacional na produção de aves no 1º trimestre (último dado divulgado), com uma cadeia bem industrializada, e é o segundo estado que mais produz grãos, com exportações que chegam a mais de 200 países e territórios.
O mercado de trabalho também é outro fator preponderante para esse resultado. O Paraná foi o terceiro estado que mais gerou empregos no Brasil entre janeiro e maio de 2025, com 84.882 novos postos formais de trabalho. O crescimento foi registrado em 81,7% as cidades paranaenses.
Segundo Jorge Callado, diretor-presidente do Ipardes, o crescimento da atividade econômica do Paraná mostra o dinamismo e resiliência de todos os setores. “Tivemos um bom primeiro semestre e os indicadores deixam isso bem claro. O Paraná tem a quarta maior economia do Brasil e continua em processo de expansão”, analisa.
Confira os comparativos:

Para enfrentar com mais eficiência as crises climáticas, o Governo do Estado está equipando o Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná) com tecnologia de ponta.
Computadores de alta performance, drones com sensores que fazem cálculos em tempo real, e modernos equipamentos de topografia para hidrometria e aerolevantamento passam a reforçar a estrutura do órgão com um investimento de R$ 3,7 milhões, por meio da Secretaria da Inovação e Inteligência Artificial (SEIA).
Os investimentos contemplam a modernização da infraestrutura, a compra de equipamentos de última geração e o aumento da capacidade de processamento de dados, com o objetivo de tornar o monitoramento ambiental mais preciso e ágil. O Termo de Convênio entre o Simepar e a SEIA foi firmado no fim de 2024. A primeira parcela do repasse foi feita em fevereiro, e a segunda parcela em julho deste ano.
O secretário da Inovação e Inteligência Artificial, Alex Canziani, explica que a modernização é importante para fortalecer a atuação do Simepar. “É um investimento para que o Paraná esteja cada vez mais preparado para enfrentar os desafios climáticos, protegendo a população e o meio ambiente com informações mais precisas e rápidas”, afirma.
O convênio permitiu a realização de estudos para saber quais investimentos poderiam ser feitos para ampliar o monitoramento ambiental e fortalecer a capacidade de resposta do Estado a catástrofes climáticas. Teve início, então, o projeto Simepar Inovador, dividido em dois eixos: a modernização e revitalização da estrutura física do Simepar para melhor atendimento; e a inovação do conjunto de equipamentos da instituição, para obter dados mais precisos e de forma mais objetiva, com maior capacidade de processamento.
Um exemplo de equipamento já adquirido com o valor repassado pela SEI é um drone Lidar, equipado com um sensor de mapeamento a laser. Ele é capaz de realizar a topografia em áreas de cobertura vegetal, estimar volumes de minério, ou então calcular uma estimativa de madeira em uma determinada área e relacionar com estoque de carbono, por exemplo.
A equipe do Simepar foi capacitada na última semana para utilização do equipamento, e ele será utilizado em Prudentópolis, no Centro-Sul do Estado, para geração de modelo digital de terreno em altíssima resolução para modelagem hidrodinâmica e geração de manchas de inundação.
Além do drone, serão adquiridos barcos motorizados, outros equipamentos de topografia para hidrometria e aerolevantamento, além de equipamentos com configurações mais atualizadas, como um notebook que vai permitir simulação de ecos de terreno que exigem processamento serial e manipulação de dados. Todos os novos produtos do Simepar irão permitir uma precisão maior nas análises, e processamento maior de dados.
No espaço físico do Simepar, além de reforma e modernização de equipamentos já antigos (muitos com mais de 30 anos de uso), serão implementados espaços inovadores que possam integrar cada vez mais o Simepar e o Governo do Estado. O Simepar Inovador, somado ao Monitora Paraná e Monitora Litoral, que utilizarão recursos da indenização da Petrobrás para aquisição de radares meteorológicos e outros equipamentos de monitoramento ambiental, é mais um passo para que o Estado chegue à maior cobertura meteorológica do Brasil.
“O Estado do Paraná mais uma vez demonstra sua preocupação com a resposta às crises climáticas e meteorológicas, dando aos pesquisadores e técnicos do Simepar as condições adequadas para o cumprimento de sua missão junto à população do Paraná”, afirma Paulo de Tarso, diretor-presidente do Simepar.
AUMENTO DA COBERTURA – O Governo do Estado também publicou nesta segunda-feira (21), no Diário Oficial do Paraná, o edital de concorrência internacional eletrônica para a implementação do projeto Monitora Paraná. A iniciativa prevê a aquisição de três novos radares meteorológicos de última geração, com investimento de US$ 6.869.937,77 (aproximadamente R$ 38,4 milhões na cotação atual), fazendo com que o Paraná tenha a melhor e mais completa cobertura meteorológica do Brasil.
Na sequência, o Estado prevê a abertura de novo processo licitatório, desta vez para a aquisição de mais três radares, uma boia oceanográfica e na ampliação da rede de estações meteorológicas e hidrológicas, dentro do Monitora Litoral. Os equipamentos vão reforçar o setor de monitoramento que acompanha o nível dos rios e as condições oceanográficas – dados que ajudam a Coordenadoria da Defesa Civil na tomada de decisões em caso de enxurradas, alagamentos ou ressacas.
O investimento total nos dois Monitoras é de cerca de R$ 70,4 milhões. Os recursos utilizados são provenientes da indenização da Petrobras em razão de um derramamento de óleo causado pela empresa no Rio Iguaçu, em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), em julho de 2000.
Por - AEN
Os produtores paranaenses encerraram nesta semana o plantio de trigo, que cobre uma área estimada de 833,4 mil hectares. A informação consta no relatório semanal de colheita e cultivo divulgado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.
Essa extensão representa 27% a menos que os 1,13 mil hectares do ano passado. “As condições estavam excelentes até 25 de junho, porém as geadas impactaram as lavouras em estágios reprodutivos, que se concentravam à época na região Norte”, disse o analista da cultura no Deral, Carlos Hugo Godinho.
No dia 31 de julho o departamento divulga a primeira estimativa de produção de trigo após esse evento climático. Há possibilidade de que esteja abaixo dos 2,7 milhões projetados em julho. Na safra 2023/24 foram produzidas 2,3 milhões de toneladas, enquanto a safra 2022/23 rendeu 3,6 milhões de toneladas de trigo.
Segundo Godinho, o principal indicativo de redução é a análise da condição das lavouras a campo. Atualmente 82% da área estão classificadas como boas, 11% como médias e 7% estão ruins. Antes do frio intenso havia 99% boas e 1% em condição média. “Também já preocupa o grande número de dias sem chuvas na maior parte dos municípios do Estado, sendo as precipitações previstas para os próximos dias aguardadas com muita ansiedade no campo”, afirmou Godinho.
Por - AEN
As temperaturas subiram gradativamente no Paraná na última semana. De acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), nesta quarta-feira (23), até as 13h, em todo o Estado elas estavam entre 18°C e 29°C.
Por conta do aumento da umidade e do calor, áreas de instabilidade se formarão nesta quinta-feira (24), trazendo chuva para regiões onde não caiu um pingo de água há mais de 20 dias.
Não se trata de uma frente fria seguida de massa de ar frio, como ocorreu várias vezes ao longo do inverno. Desta vez há previsão de chuva fraca a moderada na metade sul do Paraná, do extremo Oeste ao Leste, incluindo a parte sul da região Noroeste. Apenas no Oeste e Sudoeste há possibilidade de incidência de raios, mas sem um acumulado expressivo de chuva.
Não há previsão de temporais, e a temperatura no período da tarde ficará mais baixa do que nos últimos dias. Na sexta (25) ainda pode ter registro de chuva ocasional na madrugada. O tempo seca durante o dia e as temperaturas aumentam. No sábado (26) o tempo permanece seco, mas no domingo (27) o tempo volta a ficar instável em todas as regiões.
“O ar quente e úmido vem da região Amazônica, passando pelo Centro-Oeste na direção do Sul do país, mas não atua de maneira uniforme. Por isso não teremos chuvas persistentes”, ressalta Reinaldo Kneib, meteorologista do Simepar.
ALÍVIO – Vários municípios estavam sem chuva há um período entre 20 e 24 dias. Passaram por um mês de junho de 2025 com chuvas acima da média, e em julho tiveram pouco ou nenhum acumulado até o momento. A situação muda nesta semana, trazendo um pouco de alívio principalmente no período da tarde, que vinha registrando umidade relativa do ar abaixo de 50% em muitas cidades ao longo do mês.
Em Guaíra choveu 6,2 mm em 26 de junho e teve garoa nos dias 27 e 30 de junho. Depois disso não choveu mais. Em junho de 2025 choveu 114,8 mm e a média histórica é de 78,7 mm. Já em julho a média é de 57,6 mm e ainda não choveu.
Em Jaguariaíva choveu 6,8 mm em 30 de junho e garoou nos dias 1 e 2 de julho. Depois a cidade não registrou chuva nos pluviômetros. Em todo o mês de junho de 2025 choveu 167,8 mm e a média histórica para o período é de 93,5 mm. Já em julho, a média histórica é de 76,4 mm e até o momento o acumulado não chega nem a 1 mm.
Em Cascavel os últimos registros de chuva foram de 33,4 mm em 26 de junho e apenas 2,6 mm no dia 27. Em todo o mês de junho de 2025 choveu 242,6 mm e a média histórica para o período é de apenas 124,8 mm. Porém, em julho, a média é de 76,9 mm e ainda não choveu.
Em Guarapuava, os últimos registros de chuva foram de 4,6 mm em 30 de junho, e de garoa nos dias 1 e 2 de julho. Em junho de 2025 choveu na cidade 263,2 mm, e a média histórica para o período é de 159 mm. Já em julho, a média histórica é de 104,1 mm e choveu apenas 1,4 mm até o momento.
As últimas chuvas em Ponta Grossa foram de 6,6 mm em 1 de julho e garoa em 2 de julho. Em todo o mês de junho de 2025 choveu 123,2 mm, próximo da média histórica para o período que é de 103,2 mm. Já em julho a média é de 89 mm e choveu apenas 7,6 mm.
SEM CHUVA – No Norte do Estado ainda não há previsão de chuva até sexta-feira. Em Londrina, nos dias 21, 22 e 23 de junho os pluviômetros na cidade registraram menos de 7 mm de chuva. Em 26 e 27 de junho houve garoa. Depois destes dias, não choveu mais. Em todo o mês de junho de 2025 choveu 125,2 mm em Londrina, sendo que a média histórica é de 86 mm. Já em julho, a média é de 68,1 mm e ainda não choveu nada.
Em Apucarana, em 22 de junho, choveu 12,4 mm. No dia 23 teve garoa, nos dias 26 e 27 do mesmo mês choveu menos de 3 mm, e o último registro de chuva na cidade foi novamente de garoa, em 7 de julho. Em todo o mês de junho choveu 95,4 mm e a média histórica é de 81,7 mm. Em julho a média de chuvas é de 74 mm, mas até o momento choveu apenas 1,2 mm.
Em Maringá choveu 9,2 mm em 22 de junho, teve garoa em 23 de junho, e choveu 3 mm no dia 26 e no dia 27 de junho. Depois disso, não choveu mais na cidade. Em todo o mês de junho choveu 154 mm, muito acima da média histórica de 83,3 mm. Em julho, entretanto, a média é de 66,5 mm e neste mês de 2025 ainda não choveu.
“Em julho já é comum registrarmos vários dias sem chuva e o volume médio mensal ser atingido em poucos episódios. Em 2025 tivemos, também, um bloqueio atmosférico no Sul da América do Sul, que impediu que as frentes frias, que ocasionam chuvas nesta época do ano, se formassem na nossa região. Isso favoreceu maior atuação de massas de ar seco”, explica Kneib.
Por - AEN
A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) realizou nesta quarta-feira (23), em Curitiba, a 4ª Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) de 2025.
O encontro reuniu secretários municipais de Saúde de todas as regiões do Estado para pactuar ações estratégicas que impactam diretamente a Atenção Primária, a Assistência Farmacêutica e, especialmente, a ampliação do acesso às cirurgias eletivas por meio do programa Opera Paraná.
Implantado em 2022, o Opera Paraná tem promovido uma verdadeira transformação na saúde pública do Estado, garantindo atendimento a milhares de pessoas que aguardavam por cirurgias eletivas. Entre 2021 e 2024, o número de procedimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Paraná saltou de 331.787 para 2.079.521 — um crescimento de 526%. Atualmente, o Estado realiza cerca de 2.100 cirurgias por dia, o equivalente a 87,5 por hora.
Esse avanço expressivo foi possível graças a um investimento superior a R$ 1,3 bilhão pelo Governo do Estado, por meio da Sesa. O programa passou por duas fases importantes: a primeira com aporte de R$ 150 milhões, resultando em aumento de 47% no número de cirurgias de 2021 para 2022; e a segunda, com R$ 450,6 milhões, garantindo crescimento adicional de 20% entre 2022 e 2023.
Em março deste ano, durante o evento Saúde em Movimento, em Foz do Iguaçu, o governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciou mais R$ 350 milhões para a terceira fase do programa.
De acordo com o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, o programa é exemplo de gestão comprometida com resultados e tem contribuído significativamente para a redução das filas no SUS.
“O Paraná é hoje o estado que mais realiza cirurgias eletivas no país. Nosso programa Opera Paraná é um sucesso e o investimento veio do próprio Governo do Estado, mais de R$ 1 bilhão nos últimos dois anos e meio. Essa é a vontade do governador, eliminar essas filas, dar resposta às pessoas, e nós estamos diminuindo a espera. Seguimos trabalhando, pois ainda temos muito a avançar”, afirmou.
MEDICAMENTOS – Outro ponto de destaque da reunião foi a pactuação do Incentivo à Organização da Assistência Farmacêutica (IOAF) e a redefinição da contrapartida federal do Componente Básico da Assistência Farmacêutica. O novo modelo estabelece repasses que variam entre R$ 8,20 e R$ 9,05 por habitante, somando um total de R$ 95,2 milhões aos 399 municípios paranaenses. Já a contrapartida estadual varia entre R$ 5,80 e R$ 6,90 por habitante, com média de R$ 6,01, totalizando R$ 68,7 milhões.
A maior parte desses recursos é gerida pelo Consórcio Paraná Saúde, responsável pela aquisição de medicamentos para os municípios. A exceção é Curitiba, que executa suas próprias compras com os valores recebidos diretamente em seu Fundo Municipal de Saúde. Esses repasses fortalecem a capacidade das unidades básicas de saúde, garantindo mais regularidade e qualidade na oferta de medicamentos da atenção primária.
Além disso, o incentivo estadual voltado à estruturação da Assistência Farmacêutica nos municípios também tem apresentado crescimento contínuo. Baseado no número de pacientes cadastrados no Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF) atendidos nos municípios, o repasse é destinado ao custeio de ações e aquisição de equipamentos para farmácias e almoxarifados.
Em 2025, o incentivo deve chegar a R$ 26 milhões — um aumento em relação aos R$ 23 milhões repassados em 2024, impulsionado pelo crescimento de 18% no número de pacientes atendidos.
Atualmente, 65% dos usuários do componente especializado — o que representa mais de 533 mil pessoas — já são atendidos diretamente nos municípios, reforçando a importância da descentralização e do fortalecimento da rede local para ampliar o acesso aos medicamentos de maior complexidade.
Durante a reunião, o secretário também ressaltou o papel estratégico da CIB para o fortalecimento do SUS no Paraná.
“Todas as nossas reuniões da Comissão Intergestores Bipartite trazem temas sensíveis, que impactam diretamente na ponta, no município, na Atenção Primária. Por isso, precisamos valorizar esse momento de escuta e construção conjunta. Esse avanço só acontece graças à união de esforços entre os secretários municipais, o Cosems e a Secretaria de Estado. O Governo Ratinho Junior é municipalista, olha para todos os municípios e tem fortalecido a saúde em todo o Estado”, concluiu Beto Preto.
Por - Agência Brasil