Forças de segurança trabalham em várias frentes para prevenir e elucidar feminicídios no Paraná

O Dia Estadual de Combate ao Feminicídio, 22 de julho, foi instituído pela Lei 19.873/2019, sancionada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, e simboliza um esforço conjunto de diversas esferas da sociedade na proteção às mulheres, incluindo as forças de segurança e as várias ações do Governo do Estado. A data foi escolhida em referência à morte da advogada Tatiane Spitzner, em Guarapuava e, além da lembrança, é um dia de mobilização.

“No Paraná, o combate ao feminicídio é tratado de forma ampla e integrada entre as forças de segurança, das Delegacias da Mulher aos atendimentos diários da Polícia Militar. Nesse contexto, em 2024, a Secretaria da Segurança Pública (Sesp) criou o Programa Mulher Segura, que traz uma série de ações para coibir crimes praticados contra mulheres. Neste ano, ele foi expandido a todos os 399 municípios paranaenses. Queremos continuar atuando de maneira muito séria e estratégica nessa área”, ressalta o secretário da Segurança Pública, Hudson Teixeira.

O Programa Mulher Segura tem por objetivo o enfrentamento aos diversos tipos de violências de gênero contra a mulher, tais como o feminicídio, estupro e outras modalidades de violência doméstica, com ações de prevenção. O programa trabalha com dois segmentos: o Mulher Segura e o De Homem Para Homem. O primeiro é voltado para mulheres e o segundo para os homens, buscando o engajamento deles no combate à violência de gênero.

A Polícia Civil do Paraná (PCPR), como parte integrante deste trabalho, atua na investigação e esclarecimento dos crimes. As delegacias da PCPR estão plenamente preparadas para apurar as ocorrências de feminicídios ou casos de violência contra a mulher. Nos últimos anos, os índices de solução de feminicídios seguem em torno de 100%.

Para Luciana Novaes, delegada-chefe da Divisão de Polícia Especializada, o número reflete mais do que o trabalho comprometido das equipes policiais, pois elucidar crimes significa também combater. “Isso é uma resposta aos agressores. Estes crimes não passarão em branco. Enquanto houver feminicídio, haverá uma Polícia Civil preparada para investigar, identificar autores e levá-los até a justiça.”

A PCPR também promove de ações educativas e conta com salas de atendimento especializado a mulheres nas delegacias, as chamadas “salas de acolhimento”. O objetivo é evitar que o feminicídio aconteça e difundir conhecimentos para que elas reconheçam o que é a violência e saibam como procurar ajuda.

O trabalho de combate à violência doméstica no Paraná também é realizado de forma ostensiva e estratégica por meio da Patrulha Maria da Penha, um programa consolidado da Polícia Militar (PMPR). Indo muito além do atendimento emergencial, o serviço se tornou uma peça-chave na proteção de mulheres, atuando diretamente para quebrar o ciclo da violência com uma abordagem dupla: de um lado, um olhar humano e acolhedor para a vítima; do outro, a mão firme da lei sobre o agressor.

O atendimento da Patrulha é iniciado após o registro oficial da violência, seja por um Boletim de Ocorrência, uma denúncia anônima pelo Disque 181 ou por encaminhamento direto do Poder Judiciário. O acompanhamento ocorre com visitas periódicas, que representam a presença do Estado na segurança da mulher. A partir da concessão de uma Medida Protetiva de Urgência (MPU), as equipes especializadas também entram em ação, analisando o risco de cada caso e incluindo a vítima em um programa de acompanhamento.

O comandante-geral da Polícia Militar do Paraná, coronel Jefferson Silva, reforça a filosofia do programa. "A Patrulha Maria da Penha personifica o equilíbrio da nossa missão, que é estender a mão com empatia e acolhimento à vítima ao mesmo tempo em que aplicamos a força da lei com rigor sobre o agressor. Não se trata apenas de reagir à violência, mas de preveni-la ativamente, fiscalizando as medidas protetivas e deixando claro que a impunidade não tem espaço no Paraná. Cada visita é um ato de proteção à vida e de reafirmação da dignidade", conclui.

Durante a visita à vítima, as equipes compostas por policiais, homens e mulheres com capacitação em escuta qualificada e abordagem sensível, oferecem orientação sobre seus direitos, informam sobre a rede de apoio do município e estabelecem um canal de confiança, mostrando que ela não está desamparada. O objetivo é fortalecer sua autonomia e garantir que tenha as ferramentas para seguir em frente com segurança. Vale ressaltar que o agressor também é acompanhado e passa por visitas.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, muitas vezes a mulher precisa de apoio, além da fiscalização, como acolhimento no hospital ou busca de um local seguro para ficar. A PMPR tem integração com fundações sociais, CREAS, Ministério Público, prefeitura e até outros batalhões, porque o zelo pela vida dessas mulheres exige articulação.

A instituição orienta que em situações de urgência a vítima ligue para o 190, destacando a importância das denúncias anônimas, incentivando vizinhos e familiares a não se omitirem diante de sinais de agressão.

TECNOLOGIA – Outro destaque é a monitoração de possíveis agressores de mulheres que tenham medida protetiva e usem tornozeleiras. O equipamento dará um sinal para um celular da mulher sob possível ameaça e ao mesmo tempo alertará a Polícia Militar. Esse programa foi lançado pelo Governo do Paraná através da Sesp, com investimento de R$ 4,8 milhões por parte do Estado e está em fase de implantação.

A ação faz parte do Mulher Segura e conta com uma atuação especial da Polícia Penal do Paraná (PPPR). A primeira etapa terá como piloto as cidades de Curitiba (nos primeiros seis meses) e, na sequência, Foz do Iguaçu, no Oeste, com o restante do Estado incluído após o primeiro ano do projeto.

CAMINHADA – Neste 22 de julho acontece a Caminhada do Meio-Dia, uma mobilização promovida pela Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi). O evento está em sua 3ª edição e ocorrerá simultaneamente em 179 municípios do Paraná com o objetivo de sensibilizar a sociedade para o enfrentamento da violência contra a mulher. Em Curitiba, a concentração é na Praça Santos Andrade, com saída ao meio-dia rumo à Boca Maldita (Praça Osório).

CANAIS – Além do 190, que é utilizado para quando o fato está ocorrendo, as vítimas podem recorrer ao telefone 181 para denunciar anonimamente a violência. A PCPR conta ainda com fone 197 para denúncias.

O Boletim de Ocorrência pode ser registrado na delegacia mais próxima ou via internet, no portal da PCPR (www.policiacivil.pr.gov.br/BO). No registro presencial, a equipe vai colher todas as informações do crime e, dependendo do caso, poderá ser solicitada uma medida protetiva, que vai determinar o afastamento do agressor do convívio da mulher. O registro online pode ser feito em casos de lesão corporal (violência doméstica), ameaça, injúria, calúnia, difamação e contravenção de vias de fato cometidos contra a mulher, nos termos da Lei Maria da Penha.

- Disque-denúncia 181 | 181.pr.gov.br/

- Programa Mulher Segura Paraná | seguranca.pr.gov.br/Mulher-Segura

- Patrulha Maria da Penha | pmpr.pr.gov.br/Pagina/Patrulha-Maria-da-Penha

- Ampara | ampara.defensoriapublica.pr.def.br/

- Violência contra a Mulher | policiacivil.pr.gov.br/mulher

Confira os sinais de alerta:

- Ciúme excessivo e possessividade

- Controle sobre a vítima

- Isolamento da vítima de amigos e familiares

- Explosões de raiva e comportamento agressivo

- Desvalorização e humilhação

- Nunca assumir a culpa. Sempre atribuir essa culpa para a vítima

- Ameaçar e intimidar

- Minimizar ou negar comportamentos abusivos

- Histórico de relacionamentos abusivos

- Controle financeiro

- Todos esses elementos ficam mais graves em caso de uso/abuso de álcool e drogas

 

 

 

 

 

por -AEN

 Sanepar monitora os mananciais em tempo real e garante qualidade da água distribuída

Água segura. Esta é a premissa que baseia todas as atividades na operação dos sistemas de abastecimento de água da Sanepar, desde a captação nos rios, lagos e aquíferos, passando pelo tratamento, com análises de hora em hora, até a distribuição da água.  

O trabalho de monitoramento do ciclo completo do processo de abastecimento é realizado na Sanepar desde 2021, com ações qualitativas e quantitativas. Atualmente o Programa Água Segura (PSA) abrange os 643 sistemas de abastecimento operados pela Sanepar. O programa direciona a definição e a manutenção de estruturas de tratamento compatíveis com as necessidades de cada local, planejamento de ações de manutenção das redes e reservatórios de distribuição de água e de treinamento e capacitação de profissionais.

Com ferramentas, procedimentos e normativas, o PSA da Sanepar visa atender a Portaria 888/2021 do Ministério da Saúde (MS), metodologia da Organização Mundial da Saúde (OMS) e norma ABNT 17.080 de 02/02/2023. “Água segura é uma ideia tão elementar que todos nossos operadores estão preparados para atuar na manutenção da qualidade da água captada”, explica o diretor-presidente da Sanepar, Wilson Bley.

A consolidação dos procedimentos se dá pelo PSA como uma estratégia para mitigar riscos nos sistemas de abastecimento. “Temos um elevado rigor quando se trata de disponibilizar água para os nossos clientes. Atendemos 100% da legislação, monitorando o processo desde as fontes de onde retiramos a água até os cavaletes das residências, com análises de conformidade em modernos laboratórios da Sanepar”, diz Bley. “É um trabalho ininterrupto, pois é imprescindível para a saúde pública”.

A partir da capacitação e treinamento do programa os técnicos dos sistemas dominam as medidas de controle para reduzir ou eliminar riscos, além de facilitar a verificação da eficiência da gestão preventiva.

“Para além do que fazemos internamente, o Programa Água Segura prevê convênios e parcerias com diferentes instituições relacionados à proteção, recuperação e conservação de áreas de mananciais”, pondera a gerente de Recursos Hídricos da Companhia, Ester Mendes. “É assim que mantemos parcerias com o Simepar e Tecpar, por exemplo, para o monitoramento e alerta para situações de secas, cheias, segurança de barragens e qualidade ambiental dos mananciais, bem como para mapeamento, avaliação e gerenciamento de riscos relacionados à qualidade das águas”.

“Isto tudo tendo em vista que os mananciais de abastecimento são ocupados por diversas atividades, com usos múltiplos de suas águas, o que geram impactos nas águas de captação”, complementa Ester.

PARADAS EMERGENCIAIS – O gerente geral da Sanepar na Região Nordeste, Antônio Gil Gameiro, menciona que já vivenciou algumas situações de paradas emergenciais por alterações na água de mananciais. Acidentes com caminhões de óleo em rodovias, além da proliferação de algas e despejos irregulares diversos, em razão dos múltiplos usos dos mananciais.  

Ele explica que, se existe algum risco no processo, a captação é interrompida. São feitas análises necessárias para identificar que tipo de elemento está presente na água, além de uma equipe que percorre o rio visando detectar a origem do lançamento. Os sistemas ficam parados até a garantia, através das análises de água, de que a água bruta captada está oferecendo segurança para o tratamento. “Isso é um procedimento de segurança da Sanepar, de fazer isto todas as vezes que existe este risco”, explica.

Gameiro exemplifica a questão com uma ocorrência recente no Ribeirão Alambari, fonte de abastecimento da cidade de Cambará. “Quando nós detectamos que havia uma alteração, imediatamente nós suspendemos a captação, fizemos as coletas, as verificações, identificamos um ponto de lançamento e fizemos todas as análises”, conta.

“Verificamos que, neste caso, não era um produto que causava mal à saúde. Verificamos a sua origem, acionamos o órgão de defesa do meio ambiente”, diz o gerente geral. A situação foi um despejo acidental de uma indústria de tintas, que providenciou toda a limpeza do manancial. O processo foi devidamente acompanhado por técnicos do Instituto Água e Terra (IAT) junto com a Sanepar.

“Após toda a garantia dos resultados, retomamos a captação em regime normal”, destaca Gameiro. Segundo ele, a cidade não sofreu desabastecimento, pois o sistema é composto por outras fontes e, com apenas um dia de paralisação da fonte principal, foi possível dar suporte à distribuição de água com o auxílio de caminhões-pipa, completando os reservatórios.

 

 

 

 

 

Por- AEN

 Com economia em alta, Paraná atinge marca de 1 bilhão de notas fiscais emitidas no 1º semestre

O Estado do Paraná alcançou uma marca inédita em sua história fiscal com mais de 1,02 bilhão de notas fiscais emitidas entre janeiro e junho de 2025.

O número recorde reflete tanto o bom momento da atividade econômica paranaense como também o aumento de solicitação do documento por parte dos consumidores, consolidando um hábito cada vez mais presente no cotidiano das compras.

O volume representa um aumento de 4% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram emitidas 985,2 milhões de notas fiscais. Os dados referem-se à Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e), principal documento utilizado em transações com o consumidor final, como em supermercados, farmácias e outros estabelecimentos do varejo.

Para efeito de comparação, em 2015, ano em que teve início o Programa Nota Paraná, foram emitidas cerca de 2,04 milhões de notas no primeiro semestre. O salto para mais de 1 bilhão em 2025 representa um crescimento de mais de 500 vezes em uma década.

O aumento da emissão de notas também é atribuído à ampliação do uso de documentos fiscais eletrônicos por microempreendedores individuais (MEIs) e à maior conscientização da população sobre os benefícios de pedir a nota. Além de indicar um potencial aumento nas transações comerciais de modo geral, o crescimento das emissões ajuda no combate à sonegação.

“A marca histórica simboliza mais que um número. Ela representa a evolução da relação entre o cidadão, o comércio e o Estado, promovendo transparência, justiça tributária e desenvolvimento econômico”, destaca o auditor fiscal da Receita Estadual, Lhugo Tanaka.

Outro destaque é o crescimento nas emissões da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), utilizada nas operações entre empresas. Foram 306 milhões de documentos emitidos no primeiro semestre de 2025, um crescimento de 15,9% em comparação às 263,9 milhões registradas no mesmo período de 2024.

A NF-e é a nota fiscal comum emitida nas transações que envolvem pessoa jurídica, incluindo compra e venda, devolução de mercadorias, transferências e até exportações.

 

 

 

 

 

 

 

Por- AEN

 PCPR deflagra operação contra grupo que movimentou R$ 4,3 milhões com tráfico de drogas

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) está nas ruas na manhã desta terça-feira (22) para cumprir 65 mandados judiciais, sendo 34 de prisão preventiva e 31 de busca e apreensão, em uma operação contra um grupo criminoso que atuava no armazenamento, transporte, distribuição e comercialização de entorpecentes.

A ação ocorre nas regiões Centro e Oeste do Paraná e no estado de Santa Catarina e conta com apoio da Polícia Militar do Paraná (PMPR),

As ordens judiciais estão sendo cumpridas simultaneamente em sete cidades: Toledo, Cascavel, Foz do Iguaçu, Marechal Cândido Rondon, Laranjeiras do Sul e Guarapuava, no Paraná, e Itajaí, em Santa Catarina. A ação também conta com o apoio da Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC) e da Guarda Municipal.

Cerca de 150 policiais civis e militares participam da ofensiva, que tem como base uma investigação iniciada há cerca de um ano.

As apurações indicam que o grupo criminoso movimentou mais de R$ 4,3 milhões com a atividade ilegal. A investigação identificou estruturas logísticas utilizadas para escoar mais de uma tonelada de drogas na região.

O objetivo da operação é desarticular a cadeia de atuação da organização criminosa, atingindo integrantes com funções estratégicas em diferentes etapas do esquema.

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Procon-PR e Procons municipais notificam Senacon sobre débitos automáticos não autorizados

A Coordenação Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor do Paraná (Procon-PR), em um trabalho conjunto com os Procons municipais do Paraná, notificou a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) para garantir maior segurança nas operações que envolvam débitos automáticos em contas bancárias.

De acordo com Valdemar Jorge, secretário estadual da Justiça e Cidadania, a existência de mais de três mil reclamações nos últimos 12 meses acende um alerta sobre o tema. “O consumidor, que já é vulnerável nas relações de consumo, acaba sendo ainda mais fragilizado, já que os mecanismos para autorização de débitos automáticos nas suas contas correntes nem sempre exigem sua manifestação expressa”, explica.

No documento enviado à Senacon, os Procons informam que foi constatada a existência dessas reclamações e alertam que a Resolução do Banco Central nº 4.790/2020, de 26 de março de 2020, que dispõe sobre procedimentos para autorização e cancelamento de autorização de débitos, “não prevê de forma expressa de que modo deve ser coletada a autorização do consumidor”.

“Acredita-se ser também de extrema relevância que as instituições depositárias, ou seja, onde o consumidor mantém sua conta corrente ou conta salário, sejam obrigadas, após receber a solicitação de débito automático pela instituição destinatária (credor dos valores que serão transferidos), a proceder verificação junto ao cliente sobre a legitimidade da concessão da referida autorização (liberação de pendência em site ou aplicativo)”, diz o texto.

No caso dos descontos nas contas corrente dos clientes, os consumidores relataram não reconhecer a cobrança de valores relativos a seguros, clubes de benefícios, associações, entre outros.

Claudia Silvano, coordenadora do Procon-PR, alerta que é fundamental que o consumidor/correntista confira com regularidade o extrato de sua conta bancária. “Se identificar algum desconto que não reconheça, deve entrar em contato imediatamente com seu banco”, afirma.

Caso não haja solução espontânea, o consumidor pode utilizar os canais de atendimento do Procon-PR para fazer a sua reclamação, disponíveis no link https://www.procon.pr.gov.br/Pagina/Formas-de-Atendimento.

 

 

 

 

Por - AEN

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