A Secretaria da Segurança Pública do Paraná (Sesp) promoveu nesta segunda-feira (18), em Curitiba, a aula inaugural da segunda edição do Curso de Análise Criminal, uma iniciativa que busca padronizar a leitura dos dados da violência no Estado para a criação de políticas públicas cada vez mais eficientes na prevenção ao crime. Participam, além de policiais civis e militares, membros do Ministério Público do Estado do Paraná (MPPR).
“Queremos usar uma política de gestão orientada por resultados, por dados, para que as forças de segurança utilizem as informações para a atividade operacional, seja da Polícia Militar no planejamento preventivo, ou da Polícia Civil com a investigação e inteligência”, explicou o chefe do Centro de Análise, Planejamento e Estatística (Cape) da Sesp, tenente-coronel, Cláudio Todisco Silveira.
De acordo com ele, a compreensão dos dados pelas forças de segurança pública e pelo MP gera clareza na elaboração de políticas públicas no enfrentamento ao crime, o que reflete na percepção de segurança da população. “Um estímulo para que os cidadãos procurem as polícias ao testemunharem um crime. Os registros são importantes para um desenho operacional com dados que reflitam a realidade”, disse Silveira.
O curso é de duas semanas com imersão completa a teorias e ferramentas que vão auxiliar nos trabalhos práticos dos policiais civis e militares e membros do Ministério Público. A aula inaugural foi ministrada pela professora, pesquisadora do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (Crisp) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Ludmila Mendonça Lopes Ribeiro.
Ela apresentou dados de análise de segurança pública globais, com comparativos entre as metodologias usadas nos Estados Unidos - referência por utilizarem a série histórica mais longa, União Europeia e estados brasileiros. De acordo com ela, a compreensão desses dados auxilia a polícia e Ministério Público a prestar um melhor serviço à população. O foco da palestra foi sobre os homicídios dolosos.
“O comparativo com dados de outras localidades ajuda a entender a realidade no Paraná para a elucidação de crimes e em que medida a análise de determinadas características permitem concentrar mais esforços”, explicou ela, destacando pontos como as prisões em flagrantes, tempo de investigação e tipo de arma e métodos utilizados no cometimento dos crimes.
“Um crime recente dá à polícia mais chances de elucidação do que um acontecido há mais de dois anos, por exemplo”, citou a professora. Segundo ela, a resposta rápida no esclarecimento dá à população uma sensação de segurança maior e gera comprometimento para que as pessoas sintam-se confortáveis para denunciar.
“Quanto mais delitos se elucidam, maior a chance de condenação e com isso, a prevenção e a percepção dos cidadãos de que os custos do cometimento dos crimes é efetivamente aplicado pelo Estado”, afirmou. “A população é quem mais percebe as mudanças, ela se torna mais suscetível a auxiliar nos trabalhos da polícia”.
INTEGRAÇÃO – Para o promotor de Justiça Ricardo Casseb Lois, do Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública do MPPR, a integração é fundamental para a análise dos dados da criminalidade. “Um trabalho direcionado pelos dados tem muito mais efetividade, nada melhor que as várias frentes que atuam no tema da segurança pública somem esforços para mostrar resultados à população”, afirmou.
“A integração traz muitos benefícios. O Ministério Público faz suas próprias análises, baseadas em nossos dados, mas a integração proporciona, por exemplo, aproveitar avanços da segurança pública paranaense, como o pioneirismo na criação do Boletim de Ocorrência Unificado ou dos Inquéritos Policiais Eletrônicos”, explicou.
O Curso de Análise Criminal acontece na Secretaria da Segurança Pública do Paraná, em Curitiba, com duração de duas semanas. São 30 inscritos que acompanham aulas de Fundamentos de Análise Espacial para Produção de Evidências; Métodos de Análise Criminal e Produção de Conhecimento; e Elaboração de Projetos de Intervenção. A primeira edição do curso aconteceu em maio.
Por - AEN
O Paraná bateu recorde positivo na balança comercial interestadual em 2024, com superávit de R$ 144 bilhões nas transações com outros estados brasileiros.
O valor representa o maior saldo positivo da história do Estado, de acordo com o levantamento do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), com base nos dados do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).
O superávit é resultado da diferença entre as vendas do Paraná para os demais estados, no valor total de R$ 981 bilhões ao longo do ano, e as compras de R$ 837 bilhões. O saldo positivo demonstra a robustez da economia paranaense e sua capacidade de abastecimento no mercado nacional.
A performance excepcional reflete a diversificação e o fortalecimento do parque produtivo paranaense, que consegue atender não apenas à demanda interna, mas também gerar significativos excedentes para distribuição em todo o território nacional.
Para o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado, os dados mostram que o Paraná é um fornecedor estratégico de diversos segmentos da economia brasileira. “O Estado tem se destacado como protagonista na produção de alimentos, combustíveis, eletrodomésticos e veículos, por exemplo, com vários destes produtos sendo distribuídos para todo o País, o que evidencia o alto patamar produtivo paranaense”, disse.
EVOLUÇÃO – O saldo recorde é fruto também de uma evolução constante registrada desde 2019, resultado do bom ambiente de negócios vivido pelo Paraná nos últimos anos. Neste período de cinco anos, o saldo da balança interestadual paranaense saltou de R$ 23,6 bilhões em 2019 para os R$ 144 bilhões registrados em 2024, um crescimento de mais de seis vezes no superávit estadual.
Ao longo deste período, o Estado recebeu mais de R$ 300 bilhões em investimentos privados para a construção de novas fábricas ou para a ampliação de plantas industriais.
O aumento no saldo é fruto de um crescimento tanto nas saídas quanto nas entradas de produtos no Paraná. Em relação às vendas, o crescimento foi de 175%, saindo de R$ 356,4 bilhões em 2019 para R$ 981,7 bilhões em 2024. Nas compras, o aumento foi R$ 332,7 bilhões em 2019 para R$ 837,7 em 2024, o que significa um crescimento de 151%.
O crescimento tanto nas entradas quanto nas saídas, revela o dinamismo da economia local, que tem se especializado na industrialização de produtos agropecuários. “Alta produção significa geração de emprego e renda no Estado, beneficiando a população local”, afirmou o secretário do Planejamento do Estado do Paraná, Ulisses Maia.
ESTADOS – A análise por estado revela que o Paraná mantém saldos positivos com a maioria das unidades federativas do País. Os maiores superávits de 2024 foram registrados com São Paulo (R$ 26,37 bilhões), Santa Catarina (R$ 22,70 bilhões), Mato Grosso (R$ 16,18 bilhões), Rio Grande do Sul (R$ 13,80 bilhões), Minas Gerais (R$ 12,97 bilhões) e Bahia (R$ 9,67 bilhões) o que evidencia a integração comercial com os principais polos econômicos do País.
Entre os produtos vendidos pelo Paraná estão aqueles do complexo agrícola (feijão, cevada, milho, soja e frutas), alimentos (leite, carnes e bebidas) e industrial automotivo (veículos, peças e eletroeletrônicos).
Por - AEN
O volume de chuvas abaixo da média no mês de julho no Paraná ocasionou o registro de seca fraca no Sul do Estado e também na Região Metropolitana de Curitiba.
As informações são do Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas (ANA), publicado nesta segunda-feira (18). O estudo é realizado em parceria com vários institutos, entre eles o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar).
No relatório anterior, referente a junho, os registros de seca desapareceram na região Sudoeste do Paraná, e a área de seca moderada recuou no Noroeste, Oeste e Sul do estado. Em julho, a seca fraca retornou ao Sul paranaense, porém com menos intensidade do que no relatório de maio. A Região Metropolitana de Curitiba, que não registrava seca desde 2022, em julho de 2025 passou a ter seca fraca.
O mapa paranaense ficou, portanto, com seca moderada apenas na área de divisa com São Paulo, e seca fraca no Norte, Noroeste, Leste e Sul. Os impactos são de curto prazo no Leste e Sul, ou seja, com consequências maiores na agricultura, e de curto e longo prazo nas demais áreas: além da agricultura, o impacto também ocorre no abastecimento de água.
Apenas oito estações meteorológicas do Simepar atingiram ou ultrapassaram a média histórica de chuva para o mês de julho neste período de 2025: Altônia, Capanema, Cascavel, Foz do Iguaçu, Loanda, Santa Helena, São Miguel do Iguaçu, Toledo. A média de todo mês nestas cidades foi atingida em pouquíssimos dias. O resto do mês foi seco.
Em outras 36 estações, a média de chuva não foi atingida. A cidade que teve menos chuva em comparação a média foi Telêmaco Borba, onde a média para julho é de 94,7 mm e choveu no mês em 2025 apenas 11,8 mm, ou seja, uma diferença de 82,7 mm.
“A chuva ficou abaixo da média por conta de um bloqueio atmosférico sobre o sul do continente, que impediu que as frentes frias - sistemas meteorológicos que provocam chuva nesta época do ano - chegassem até o Paraná. Isto agravou a condição de seca em algumas regiões do estado”, explica Reinaldo Kneib, meteorologista do Simepar.
BRASIL – No País, o Monitor de Secas aponta no relatório de julho duas áreas de seca extrema no Nordeste, rodeadas por uma grande área de seca grave. Também há registro de seca grave em uma área ao norte de São Paulo. Além do Paraná, também registram áreas com seca moderada o extremo norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Goiás, Minas Gerais, uma pequena área no Espírito Santo, todos os estados do Nordeste, Tocantins, Acre e um pequeno espaço no Amazonas.
A seca fraca, além do Paraná, atinge boa parte da área amazônica, Rondônia, Mato Grosso do Sul, e também está em algumas áreas de Santa Catarina, Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Piauí, e uma pequena área a leste no Pará. Mato Grosso, Amapá e Roraima são os únicos estados que não registram seca.
MONITOR – O Monitor de secas iniciou em 2014 focado no semiárido, que sofria desde 2012 com a seca mais grave dos últimos 100 anos. Desde 2017 a ANA articula o projeto entre as instituições envolvidas e coordena o processo de elaboração dos mapas.
O Simepar todos os meses faz a análise das regiões Sul e Sudeste, utilizando dados como precipitação, temperatura do ar, índice de vegetação, níveis dos reservatórios e dados de evapotranspiração (a relação entre a temperatura e a evaporação da água). A cada três meses, o Simepar ainda coordena a elaboração do mapa completo.
Por - AEN
1º secretário da Aleo destaca que medida vai reforçar investigações e ampliar a participação da população
O deputado Gugu Bueno (PSD), primeiro-secretário da Assembleia Legislativa do Paraná, destacou a aprovação do Programa Estadual de Pagamento de Recompensas como um avanço na segurança pública do Estado. O projeto de lei nº 154/2024, de autoria do governo, foi aprovado nesta segunda-feira (18) com 45 votos favoráveis e apenas um contrário.
Para o parlamentar, o novo mecanismo representa uma inovação que coloca o Paraná em sintonia com práticas já utilizadas em países desenvolvidos.
“Esse é um programa importante porque fortalece a participação da população nas investigações e dá mais agilidade à segurança pública. São R$ 2 milhões já garantidos para recompensar informações que realmente façam diferença, seja na elucidação de crimes ou na localização de pessoas desaparecidas”, afirmou Gugu Bueno.
O programa funcionará por meio do canal Disque Denúncia 181, da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp/PR). As informações poderão ser enviadas de forma anônima e só gerarão pagamento se comprovadamente forem determinantes para impedir, interromper ou solucionar crimes, bem como para localizar vítimas ou capturar criminosos.
Segundo Gugu Bueno, a medida complementa os investimentos já feitos pelo governo em efetivo policial e tecnologia.
“O Paraná já alcançou os menores índices de criminalidade de sua história sob a gestão do governador Ratinho Júnior. Esse programa não substitui outras políticas, mas agrega eficiência, garantindo que informações valiosas cheguem mais rápido às forças de segurança”, reforçou.
A lei prevê que o pagamento será feito apenas em casos considerados prioritários, avaliados pela Sesp com base em critérios técnicos de risco, urgência e impacto social. A recompensa também poderá ser dividida entre diferentes denunciantes quando mais de uma informação for considerada relevante para as investigações.
Com orçamento inicial de R$ 2 milhões em 2024, os recursos virão do Fundo Especial do Sistema Único de Segurança Pública (Funsusp/PR). O Poder Executivo ficará responsável por regulamentar valores, regras e procedimentos para a execução do programa.
Por - Assessoria
Quase 10% das empresas optantes do Simples Nacional no Paraná podem ser excluídas do regime em 2026 por causa de dívidas com a Receita Estadual. São mais de 28 mil contribuintes com pendências que precisam regularizar sua situação para não serem retiradas do regime tributário simplificado.
O Simples Nacional é um regime tributário criado pela Lei Complementar n.123/2006 voltado para micro e pequenas empresas e que conta com um sistema favorecido e simplificado de recolhimento de tributos. Das cerca de 300 mil empresas paranaenses optantes pelo Simples Nacional, 28.834 foram notificadas pela Receita Estadual por causa de débitos tributários.
O número é mais do que o dobro do registrado no ano passado, quando pouco mais de 14 mil contribuintes foram notificados.
Essas notificações são originadas por dívidas pendentes em impostos estaduais, como IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores), ICMS (Imposto sobre Mercadorias e Serviços), TA (Termo de Acordo de Parcelamento) e a Dívida Ativa.
Somadas, as pendências somam quase R$ 129 milhões. O regulamento do Simples Nacional exige que estejam em dia tanto com os impostos federais quanto os estaduais.
"É muito comum empresas ficarem em vias de serem excluídas do regime por se esquecerem de pagar o IPVA, por exemplo, já que não é um imposto decorrente da sua atividade empresarial”, explica a diretora da Receita Estadual, Suzane Gambetta. “Ainda assim, é fundamental estar em dia com o fisco para evitar dores de cabeça”.
REGULARIZAÇÃO – Segundo a Receita Estadual, as empresas notificadas têm 90 dias a partir da ciência do termo para acertar as contas, ou serão excluídas desse regime a partir de 1º janeiro de 2026.
A regularização pode ser feita por meio de pagamento integral do débito, via parcelamento ou por meio de outras medidas previstas no artigo 151 do Código Tributário Nacional (CTN) que suspendam a exigibilidade dos débitos.
A consulta aos termos de exclusão está disponível aos contribuintes e a seus representantes contábeis na área restrita do Portal do Simples Nacional, na opção "Domicílio Tributário Eletrônico do Simples Nacional".
Após a regularização dos débitos dentro do prazo, não há a necessidade de acionar a Receita Estadual. Como a verificação é efetuada de forma eletrônica, a regularização é feita automaticamente.
Para o caso de apresentar impugnação à exclusão, o pedido deverá ser protocolado no Sistema de Protocolo Integrado (eProtocolo) ou na repartição fiscal do domicílio tributário do contribuinte dentro do prazo de 90 dias da ciência do termo.
Por - Assessoria
Quase 10% das empresas optantes do Simples Nacional no Paraná podem ser excluídas do regime em 2026 por causa de dívidas com a Receita Estadual. São mais de 28 mil contribuintes com pendências que precisam regularizar sua situação para não serem retiradas do regime tributário simplificado.
O Simples Nacional é um regime tributário criado pela Lei Complementar n.123/2006 voltado para micro e pequenas empresas e que conta com um sistema favorecido e simplificado de recolhimento de tributos. Das cerca de 300 mil empresas paranaenses optantes pelo Simples Nacional, 28.834 foram notificadas pela Receita Estadual por causa de débitos tributários.
O número é mais do que o dobro do registrado no ano passado, quando pouco mais de 14 mil contribuintes foram notificados.
Essas notificações são originadas por dívidas pendentes em impostos estaduais, como IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores), ICMS (Imposto sobre Mercadorias e Serviços), TA (Termo de Acordo de Parcelamento) e a Dívida Ativa.
Somadas, as pendências somam quase R$ 129 milhões. O regulamento do Simples Nacional exige que estejam em dia tanto com os impostos federais quanto os estaduais.
"É muito comum empresas ficarem em vias de serem excluídas do regime por se esquecerem de pagar o IPVA, por exemplo, já que não é um imposto decorrente da sua atividade empresarial”, explica a diretora da Receita Estadual, Suzane Gambetta. “Ainda assim, é fundamental estar em dia com o fisco para evitar dores de cabeça”.
REGULARIZAÇÃO – Segundo a Receita Estadual, as empresas notificadas têm 90 dias a partir da ciência do termo para acertar as contas, ou serão excluídas desse regime a partir de 1º janeiro de 2026.
A regularização pode ser feita por meio de pagamento integral do débito, via parcelamento ou por meio de outras medidas previstas no artigo 151 do Código Tributário Nacional (CTN) que suspendam a exigibilidade dos débitos.
A consulta aos termos de exclusão está disponível aos contribuintes e a seus representantes contábeis na área restrita do Portal do Simples Nacional, na opção "Domicílio Tributário Eletrônico do Simples Nacional".
Após a regularização dos débitos dentro do prazo, não há a necessidade de acionar a Receita Estadual. Como a verificação é efetuada de forma eletrônica, a regularização é feita automaticamente.
Para o caso de apresentar impugnação à exclusão, o pedido deverá ser protocolado no Sistema de Protocolo Integrado (eProtocolo) ou na repartição fiscal do domicílio tributário do contribuinte dentro do prazo de 90 dias da ciência do termo.
Por - AEN