Educação fará consultas para implementar novos colégios cívico-militares em novembro

A Secretaria de Estado da Educação publicou nesta segunda-feira (3) a lista dos 50 colégios que passarão por consulta para eventual adesão ao modelo cívico-militar a partir do ano letivo de 2026. Esse processo será realizado nos dias 17 e 18 de novembro e contará com envolvimento de toda a comunidade escolar: pais e responsáveis, alunos e professores.

As escolas ficam em 34 cidades: Curitiba, Apucarana, Sabáudia, Arapongas, Engenheiro Beltrão, Cafelândia, Cascavel, Vera Cruz do Oeste, Japurá, São Tomé, Assaí, Dois Vizinhos, Foz do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu, Marmeleiro, Guarapuava, Ivaiporã, Joaquim Távora, Abatiá, Laranjeiras do Sul, Loanda, Itaúna do Sul, Paiçandu, Maringá, Lobato, Antonina, Guaratuba, Paranaguá, Pontal do Paraná, Nova Esperança, Ponta Grossa, Toledo, Umuarama e Pérola. Elas reúnem 21,3 mil alunos e foram selecionadas a partir de critérios técnicos pelo Departamento de Educação.

A regulamentação completa das consultas, com formato e regras de votação, e novas informações serão publicadas nos canais oficiais da Secretaria da Educação nas próximas semanas.

Implantado pelo Governo do Estado em 2021, o modelo cívico-militar é coordenado pela Secretaria de Educação do Paraná (Seed-PR) e combina a gestão civil com a presença de militares da reserva nas atividades administrativas e no apoio à rotina e organização escolar. O Paraná tem o maior número de colégios da rede do País, com 312, reunindo cerca de 190 mil estudantes – o programa foi inclusive ampliado com a descontinuidade do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim). Se todos os novos colégios votarem favoravelmente, serão 362 unidades com cerca de 211 mil alunos.

Na semana passada, o governador Carlos Massa Ratinho Junior sancionou a lei que autoriza a adesão das escolas de educação em tempo integral da rede estadual de ensino o modelo cívico-militar. Das 50 unidades selecionadas, 20 são da educação em tempo integral e também serão consultadas.

As últimas notas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), referentes a 2023, comprovam o sucesso da metodologia. As unidades de ensino deste modelo obtiveram índices de 5,43 nos anos finais do ensino fundamental e de 4,75 no ensino médio, superando a média estadual. Que foi de 5,3 no ensino fundamental II e de 4,63 no ensino médio. No comparativo com o Ideb de 2021, quando ainda funcionavam no modelo tradicional, 64% dos colégios cívico-militares elevaram a sua nota Ideb.

Outro destaque é a participação dos estudantes no programa Ganhando o Mundo. Dos 2 mil jovens selecionados para intercâmbio em 2025, 417 estão matriculados em colégios cívico-militares, o equivalente a 20,6% do total.

 

 

 

 

 

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 Conexão Curitiba-Lisboa: Paraná terá voo para a Europa a partir de 2026

O governador Carlos Massa Ratinho Junior e diretores da TAP Air Portugal anunciaram nesta segunda-feira (3) a criação da primeira rota aérea regular que ligará o Paraná à Europa. A empresa aérea portuguesa, principal companhia europeia em operação no Brasil, vai iniciar em 2 de julho de 2026 os voos entre a região de Curitiba e Lisboa, com três voos por semana saindo do Aeroporto Internacional Afonso Pena, com início das vendas de passagens em 11 de novembro.

“A nova rota da TAP reforça o protagonismo do Paraná no cenário global. Essa ligação direta com Portugal a partir de Lisboa vai impulsionar o turismo, facilitar a vinda de visitantes europeus e ampliar as oportunidades de negócios com a Europa”, afirmou Ratinho Junior. 

O governador também lembrou que o Estado vive um momento de expansão no setor. “Somente neste ano, o número de turistas internacionais cresceu 22,9%, consolidando o Paraná como o quarto principal portão de entrada de estrangeiros no Brasil. Esse voo da TAP é mais um passo no processo de internacionalização do nosso Estado”, acrescentou o governador.

O novo serviço internacional representa um marco histórico para o turismo e os negócios no Estado, o que promete ampliar o fluxo de turistas europeus para o Paraná, além de facilitar o facilitando o deslocamento de turistas e empresários paranaenses para o velho continente.

Os voos serão operados com aeronaves Airbus A330-200, que possuem capacidade para 269 passageiros. Eles seguirão o trajeto direto de Lisboa à Curitiba, com uma parada técnica no Rio de Janeiro no retorno à Capital Portuguesa. As partidas do Paraná serão às terças, quintas e sábados.

De acordo com Carlos Antunes, diretor da TAP para as Américas, a nova ligação reforça a estratégia da companhia de ampliar a presença no Brasil e fortalecer os laços entre os dois países. “O Brasil é um mercado estratégico para a TAP, e o Paraná passa a integrar essa rede de conexões com a Europa. Queremos aproximar ainda mais portugueses e brasileiros, oferecendo conectividade, conforto e eficiência”, disse.

DIVULGAÇÃO – Durante o anúncio, também foi assinado um protocolo de cooperação entre o Governo do Paraná – por meio do Viaje Paraná e Invest Paraná –, a concessionária Motiva Aeroportos, responsável pelo Bloco Sul de concessões, e a própria TAP Air Portugal. O objetivo é apoiar a divulgação da nova rota e promover o Paraná como destino turístico e de investimentos na Europa.

De acordo com o diretor-presidente do Viaje Paraná, Irapuan Cortes, o Estado já prepara uma série de ações de promoção turística voltadas ao mercado europeu. Segundo ele, a estratégia inclui participação em feiras internacionais como a Feira Internacional de Turismo de Madri (Fitur Madri), a Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL Lisboa) e a Internationale Tourismus-Börse Berlin (ITB Berlin), além de campanhas de comunicação e intercâmbio com influenciadores dos dois países.

“Vamos aproveitar essa nova conexão direta para ampliar a presença do Paraná na Europa, mostrando nosso potencial turístico e de negócios. Queremos atrair não apenas portugueses, mas também visitantes de outros países europeus, consolidando o Estado como um destino internacional”, comentou o diretor-presidente do Viaje Paraná. 

IMPULSO AO TURISMO – A nova rota se soma ao momento de expansão da malha aérea e do turismo internacional no Estado. Entre janeiro e setembro deste ano, o Paraná recebeu 826 mil turistas estrangeiros, um crescimento de 22,9% em relação a 2024, consolidando o Estado como o quarto que mais recebe visitantes internacionais.

Nos aeroportos de Curitiba e Foz do Iguaçu, o movimento somou 6 milhões de passageiros nos nove primeiros meses de 2025, alta de 8,3% sobre o mesmo período do ano passado. 

Apenas o Aeroporto Afonso Pena registrou 530 mil passageiros em setembro de 2025, um aumento de cerca de 7% em relação a setembro de 2024 (495 mil). O terminal de Foz do Iguaçu contabilizou mais de 184 mil passageiros, alta de 12% em relação às 164 mil pessoas no mesmo período do ano passado.

O voo da TAP se soma a outras operações recentes que ampliaram as conexões aéreas do Paraná. No fim de outubro, a Latam iniciou dois novos voos diretos a partir de Foz do Iguaçu, conectando a cidade na tríplice fronteira com São Paulo e Brasília, enquanto a Azul e a JetSMART seguem expandindo ligações internacionais a partir de Curitiba, fortalecendo o Estado como destino turístico e de negócios.

NA ROTA INTERNACIONAL – Nas conexões aéreas internacionais, o Paraná conta agora com oito voos, sendo três conquistados no ano passado. Além de Lisboa, o Aeroporto Afonso Pena já conta com duas rotas para Santiago (Chile) e uma para Buenos Aires (Argentina), Lima (Peru), Assunção (Paraguai) e Montevidéu (Uruguai). Foz do Iguaçu também conta com uma conexão com Santiago.

Para ampliar as conexões internacionais, o Governo do Estado também tem participado ativamente do projeto de construção da terceira pista no Aeroporto Afonso Pena, que é conduzido pela concessionária Motiva. A iniciativa, prevista para ser concluída até o fim de 2026, permitirá receber mais aeronaves de grande porte e viabilizar novas rotas internacionais, reforçando a infraestrutura do Estado para o crescimento do turismo e do comércio exterior.

Recentemente, a Motiva também concluiu a homologação da pista ampliada do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu. Com 2.700 metros de comprimento, ela tornou-se a maior pista da região Sul do Brasil. 

Segundo a diretora de Negócios da Motiva, Monique Henriques, a nova rota da TAP consolida um objetivo antigo da concessionária. Ela ressaltou que o projeto da terceira pista vai ampliar ainda mais a capacidade operacional e abrir caminho para novas conexões internacionais. 

“Essa é uma conquista importante não só para Curitiba, mas para todo o Paraná. A nova pista vai permitir a chegada de mais companhias e rotas de longo curso, fortalecendo o turismo e a conectividade com outros estados e países”, declarou Monique. 

 

 

 

 

 

 

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 Frio fora de época: outubro registrou até 2°C abaixo da média histórica no Paraná

O que a população do Paraná sentiu ao longo de outubro foi constatado pelos dados das estações meteorológicas do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar). As temperaturas médias do mês ficaram até 2°C abaixo da média histórica. Já o volume acumulado de chuva, que deu a impressão de ter sido historicamente alto por conta da chuva constante ao longo do mês, ficou abaixo da média em mais da metade das estações. 

Como a média de chuva para outubro é muito alta, entre as 43 estações meteorológicas do Simepar que possuem mais de cinco anos de operação, 25 registraram volume de chuvas abaixo da média histórica, e 18 acima da média para o mês. O destaque fica para Jaguariaíva, onde o acumulado de chuva médio para outubro é de 168,3 mm e choveu apenas 42,8 mm; e para Altônia, que registrou 118 mm de chuva acima da média histórica para outubro. 

Cornélio Procópio, Guaíra, Maringá e Paranaguá atingiram a média histórica de acumulado de chuva para outubro 11 dias antes de o mês acabar. Um dos fatores que influenciou a situação da chuva no décimo mês do ano foram vários sistemas meteorológicos de média escala, ou seja, tempestades que duram poucas horas, causando muitos transtornos para a população, que são características da primavera.

Mas não apenas isso. “Houve também a passagem de algumas frentes frias pelo oceano Atlântico, que favoreceram transporte de umidade, contribuindo para a intensificação desses sistemas de tempo severo”, explica Reinaldo Kneib, meteorologista do Simepar. “Outro fenômeno que atuou ao longo do mês foi a oscilação Antártica, que quando está na sua fase negativa favorece com que os sistemas frontais sejam mais frequentes sobre o Sul do País”.

O mês também foi marcado por fortes rajadas de vento. No dia 16, por exemplo, as rajadas chegaram a 110,5 km/h em Cascavel, às 16h. Em Nova Tebas (INMET), por volta das 19h do mesmo dia, foi registrada uma rajada de 103,7 km/h.

MÊS FRIO – Com relação a temperaturas, a maior diferença do Estado foi em Cascavel, que tem média para outubro historicamente de 21,6°C e registrou apenas 19,5°C em 2025, ou seja, uma temperatura dois graus abaixo da média.

Outras cidades tiveram a temperatura média entre 1°C e 2°C abaixo da média para o mês: Altônia, Antonina, Apucarana, Capanema, Cerro Azul, Cianorte, Cornélio Procópio, Guarapuava, Irati, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Guaíra, Jaguariaíva, Lapa, Laranjeiras do Sul, Loanda, Maringá, Palmas, Palotina, Paranavaí, Pinhão, Guaraqueçaba, Santa Helena, Santo Antônio da Platina, São Miguel do Iguaçu, Toledo e Ubiratã.

“Tivemos a atuação de algumas massas de ar frio sobre o Sul do País, o que não é muito comum para essa época do ano. Elas também foram favorecidas pela oscilação Antártica. Isso culminou na diminuição dos dias quentes, que são mais característicos dessa época do ano. Esse reflexo foi sentido no dia a dia, e os números comprovam”, ressalta Kneib.

Cornélio Procópio registrou 10,4°C no dia 20, a temperatura mais baixa para outubro desde a instalação da estação na cidade, em 2018. No mesmo dia, Laranjeiras do Sul teve 8,3°C, a menor temperatura já registrada na estação no mês de outubro desde a instalação, em 2017.

No dia 19, o distrito de Horizonte, em Palmas, teve 4,7°C, a temperatura mais baixa para outubro desde a instalação da estação, em 2019. Já Santo Antônio da Platina, no dia 20, teve 10,1°C de mínima: a mais baixa desde o início da série histórica, em 2019. Outras doze estações meteorológicas tiveram as temperaturas máximas mais baixas da série histórica para o mês, indicando que as temperaturas não subiram muito ao longo do dia. 

Com tantos dias frios, fica até difícil lembrar que o mês começou com calor. No dia 5 foi registrada a temperatura mais alta de 2025 até o momento nas estações meteorológicas do Simepar em Apucarana (34,1°C), Campo Mourão (35,7°C), Cianorte (35,6°C), Cornélio Procópio (35,6°C), Loanda (39,5°C), Londrina (36°C), Maringá (36,4°C), Paranavaí (37,8°C), Santo Antônio da Platina (36°C), São Miguel do Iguaçu (37,5°C), Toledo (36,6°C), Ubiratã (35,9°C) e União da Vitória (33,4°C).

A temperatura de Loanda naquela data foi a segunda mais alta em todo o Paraná em 2025 até o momento. Só perde para os 42,5°C registrados em Capanema em 27 de abril. Entre as estações do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), também foi registrada a temperatura mais alta do ano em Cidade Gaúcha (37,8°C), Japira (34,3°C) e Joaquim Távora (36,6°C).

CHUVA E FRIO COMBINADOS – Os fenômenos meteorológicos em outubro atingiram com mais intensidade as regiões do Interior do Paraná. “No Centro-Leste, principalmente na Região Metropolitana e Litoral, o maior impacto foi de sistemas frontais, que são as frentes frias que ficaram estacionadas por vários dias consecutivos sobre esses setores do Estado”, detalha Kneib. 

Curitiba, por exemplo, teve apenas nove dias sem chuva durante todo o mês de outubro (e alguns deles, mesmo sem chuva, estavam nublados). Já a estação meteorológica de Antonina ficou com o pluviômetro zerado em apenas sete dias de outubro. Em Paranaguá, foram apenas seis dias sem chuva no mês. 

Durante o mês de outubro, a Capital passou mais de 78 horas com temperaturas máximas abaixo de 15°C em plena primavera. Às 3h45 do dia 7 Curitiba registrou 14,9°C. No dia 8 a temperatura máxima foi de 11,9°C. No dia 9 a temperatura máxima foi de 14,2°C. Às 10h45 do dia 10 a cidade atingiu 15°C novamente. A máxima do dia 10 foi de 15,7°C e no dia 11, com algumas aberturas de sol e sem chuva, os termômetros registraram máxima de 21,2°C.

Essas temperaturas máximas em Curitiba estão entre as mais baixas já registradas no mês de outubro desde 1997, quando foi instalada a estação meteorológica do Simepar na Capital. As mais baixas para o mês foram 10,1°C em 03/10/1999, 11°C em 04/10/1999, 11,9°C em 03/10/2010 e 11,9°C em 08/10/2025.

Estações meteorológicas que terminaram outubro com o volume de chuvas abaixo da média:

Estação / média histórica / quanto choveu

APPA Antonina / 188,4 mm / 169 mm

Capanema / 277,2 mm / 211,6 mm

Cambará / 146 mm / 73,2 mm

Cândido de Abreu / 198,9 mm / 182 mm

Cerro Azul / 140 mm / 107,4 mm

Cianorte / 220,8 mm / 148 mm

Curitiba / 161,6 mm / 119,4 mm

Distrito de Entre Rios, em Guarapuava / 224,7 mm / 221,4 mm

Irati / 186,4 mm / 168,8 mm

Foz do Iguaçu / 250 mm / 192 mm

Francisco Beltrão / 263,3 / 236,8 mm

Guarapuava / 223,4 mm / 219,4 mm

Jaguariaíva / 168,3 mm / 42,8 mm

Lapa / 163,3 mm / 116,4 mm

Laranjeiras do Sul / 263,3 mm / 244,4 mm

Loanda / 161,9 mm / 157,4 mm

Palmas / 255,2 mm / 180 mm

Distrito de Horizonte, em Palmas / 254,3 mm / 186,8 mm

Palotina / 179,6 mm / 120 mm

Pinhais / 151,6 mm / 106,2 mm

Ponta Grossa / 166,4 mm / 87,4 mm

São Miguel do Iguaçu / 221,6 mm / 182,6 mm

Telêmaco Borba / 164,2 mm / 158,6 mm

Toledo / 237,2 mm / 214,6 mm

União da Vitória / 218,8 / 146,2 mm

Estações meteorológicas que terminaram outubro com o volume de chuvas acima da média:

Estação / média histórica / quanto choveu

Altônia / 226 mm / 344 mm

Antonina / 224,8 mm / 315,8 mm

Apucarana / 172,7 mm / 177 mm

Campo Mourão / 229,3 mm / 232 mm

Cascavel / 238,5 mm / 277,4 mm

Cornélio Procópio / 150,1 mm / 200 mm

Fazenda Rio Grande / 157,2 mm / 171 mm

Guaíra / 192,3 mm / 252,4 mm 

Guaratuba / 220 mm / 309,8 mm

Londrina / 170 mm / 226,6 mm

Maringá / 162,3 mm / 214,4 mm

Paranaguá / 140,6 mm / 180,6 mm

Paranavaí / 150,7 mm / 183,8 mm

Pinhão / 237,8 mm / 268,6 mm

Guaraqueçaba / 214,5 mm / 235,4 mm

Santa Helena / 203,7 mm / 204,6 mm

Santo Antônio da Platina / 115,9 m / 126,4 mm

Ubiratã / 218,9 mm / 257,2 mm.

 

 

 

 

 

 

 

 

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 Chuvas do fim de semana já bateram recorde de novembro e continuam ao longo da semana

O fim de semana foi marcado por temporais severos no Paraná, que agora demanda resposta ágil do Estado com a liberação de R$ 50 milhões para auxiliar as prefeituras na reconstrução. Em apenas dois dias, três estações meteorológicas do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) chegaram ao volume histórico de chuvas para todo o mês de novembro. As rajadas de vento superaram os 90 km/h. A previsão do tempo indica que, ao longo da semana, a chuva continuará no Estado de forma mais irregular. 

O volume de chuvas foi tão alto que, em apenas dois dias, Campo Mourão, Cianorte e Santa Helena já ultrapassaram a média histórica de acumulado de chuva para novembro. Em Campo Mourão, onde historicamente em novembro o acumulado de chuva é de 128,8 mm, já choveu 147 mm. Em Cianorte, onde no mês chove em média 100,1 mm, já choveu 127,8 mm. Já em Santa Helena, onde em novembro historicamente chove um acumulado de 152,5 mm, já choveu 210,6 mm.

As rajadas de vento também foram intensas. No domingo, Cornélio Procópio registrou rajada de 95,5 km/h às 2h, e Santo Antônio da Platina registrou 91 km/h à 0h. Houve registro de granizo em várias cidades, entre elas Mandaguari, Jandaia do Sul, Cianorte, Mandaguaçu, Entre Rios do Oeste, Planalto e Campo Mourão.

“Essas tempestades foram formadas e se desenvolveram, associadas à combinação de calor e umidade, que estavam elevados na atmosfera, e também a intensificação de uma área de baixa pressão atmosférica, entre Paraguai e Norte-Argentina, e mesmo sobre o estado do Paraná”, explica Reinaldo Kneib, meteorologista do Simepar.

A chuva continuou desde a madrugada desta segunda-feira, porém de forma irregular. Até as 10h15, o acumulado de chuva já chegou a 55,6 mm em Cândido de Abreu, 39,6 mm em Ubiratã, e 20 mm em Cianorte. 

“Ao longo da tarde, as instabilidades se intensificam, provocando precipitações localmente fortes e bem distribuídas, com destaque para as regiões Norte, Campos Gerais e Leste, onde os modelos indicam maior atividade convectiva”, explica Bianca de Ângelo, meteorologista do Simepar.

Apesar da chuva, as temperaturas permanecem elevadas, chegando perto dos 30°C no Oeste do Estado, especialmente em cidades como Altônia, Santa Helena e Foz do Iguaçu. Já no Leste, os valores são mais amenos, em torno dos 22°C.

A PARTIR DE TERÇA – Na terça-feira, as chuvas reduzem. No Oeste, o sol volta a predominar favorecendo a elevação das temperaturas, que devem ultrapassar os 30°C. No Leste, o sol aparece entre nuvens principalmente no período da tarde. Há possibilidade de chuva fraca, especialmente no Litoral.

A chuva volta com força ao Estado na quarta-feira. “A formação de um novo sistema de baixa pressão sobre o Paraguai deve provocar chuvas intensas no Oeste paranaense, que avançam em direção às demais regiões ao longo do dia, perdendo força gradualmente”, detalha Bianca. As temperaturas apresentam leve queda, mas as máximas permanecem acima dos 25°C.

Na quinta-feira, a intensidade das precipitações diminui, mas ainda são esperadas pancadas de chuva isoladas em todo o Estado, com maior concentração na região Oeste.

 

 

 

 

 

 

 

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 Estado destina R$ 50 milhões para fundo de calamidade e amplia apoio a municípios atingidos por temporais

O governador Carlos Massa Ratinho Junior autorizou nesta segunda-feira (3) o repasse de R$ 50 milhões do Tesouro Estadual ao Fundo Estadual para Calamidades Públicas (Fecap), medida que vai garantir apoio imediato aos municípios paranaenses atingidos pelos fortes temporais do último fim de semana.

A decisão foi definida durante reunião no Palácio Iguaçu com secretários de Estado e prefeitos das cidades afetadas, que discutiram as medidas já adotadas e as próximas ações para auxiliar as famílias afetadas. Os prefeitos relataram casas destelhadas e prédios públicos e estradas danificadas, entre outros eventos.

Segundo o governador, o foco inicial das ações será nos 38 municípios mais atingidos. Até o momento, 13 municípios já sinalizaram que enviarão ao Estado os pedidos para decretar situação de emergência, medida que permite o acesso mais rápido a recursos, além de facilitar contratações emergenciais de obras e serviços essenciais.

“Estamos destinando R$ 50 milhões para o Fecap para que o Estado possa apoiar de forma imediata as prefeituras nas ações de recuperação. Esse recurso pode ser usado, por exemplo, para a compra de óleo diesel para os maquinários municipais, limpeza de ruas, abastecimento de caminhões-pipa e reparos em estradas rurais”, afirmou Ratinho Junior. 

Criado em outubro de 2023, o Fundo Estadual para Calamidades Públicas tem a função de apoiar ações de resposta e recuperação a desastres naturais em todo o Paraná. Em maio deste ano, o governador sancionou uma lei que ampliou a abrangência do fundo, permitindo também o uso dos recursos em obras de prevenção e mitigação de riscos, além daquelas de apoio após os desastres. Desde sua criação o Estado já havia repassado R$ 61,2 milhões para 102 municípios, em diferentes situações de emergência. 

Em outra ação, a Fomento Paraná vai criar uma linha de crédito a juro zero, subsidiado pelo Estado, que vai disponibilizar até R$ 10 mil a famílias que tiveram suas casas danificadas possam fazer reparos. As empresas que foram afetadas também terão apoio do Estado por meio do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), que vai disponibilizar uma linha de crédito com juros subsidiados. O objetivo é apoiar a reconstrução de barracões, reposição de maquinário e retomada de atividades produtivas nas cidades atingidas o mais breve possível. 

Além do aporte financeiro, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER/PR) vai disponibilizar cerca de 20 máquinas e operadores para auxiliar na reconstrução de vias e pontes em diferentes regiões. A Secretaria de Infraestrutura e Logística (Seil) também colocou à disposição recursos para reconstrução de pontes, bueiros e pontilhões danificados pelas chuvas.

De acordo com o balanço do DER/PR, 20 ocorrências foram registradas na malha estadual em razão dos temporais, principalmente quedas de árvores e escorregamentos de aterro. Doze já foram solucionadas por administração direta ou contratos em andamento, e oito seguem em fase de contratação para reparos, sem nenhum ponto de rodovia interditado.

"Com essa rede de apoio conseguimos atender rapidamente as nossas cidades. Estamos acompanhando a situação desde os alertas das chuvas e agora colocamos todas as equipes à disposição para recuperar prédios públicos, casas, áreas rurais e todos que foram impactados no Paraná", complementou Ratinho Junior.

APOIO À POPULAÇÃO – A Defesa Civil Estadual já iniciou, desde domingo (2), o envio de ajuda humanitária, com a distribuição de telhas, colchões, kits de higiene e limpeza, kits dormitório, lonas e cestas básicas a partir das solicitações feitas pelos municípios. O órgão também mantém estoque de 100 mil telhas para atendimento emergencial das famílias que tiveram casas danificadas.

Durante a reunião, a Defesa Civil também orientou as cidades sobre a documentação necessária para acessar recursos, com reconhecimento do estado de emergência. No site também é possível cadastrar o telefone para receber alertas de eventos extremos.

“As equipes regionais da Defesa Civil, junto com o Corpo de Bombeiros, estão desde o início das ocorrências trabalhando junto com as prefeituras para atender as demandas dos municípios. Houve muitos danos no campo, na agricultura, e também nas cidades, tanto nas casas como nos prédios públicos, como em creches, escolas e paços municipais”, explicou o coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Fernando Shünig.

Ele ressaltou que, além do apoio nas cidades, a Coordenadoria Estadual da Defesa Civil também está enviando kits de ajuda humanitária às cidades afetadas. “No mesmo dia das ocorrências entregamos lonas às famílias que tiveram as casas destelhadas, para um atendimento emergencial, então já iniciamos no domingo o envio de telhas e kits de higiêne, limpeza e dormitório. Também podemos disponibilizar colchões para quem precisar”, explicou.Estado destina R$ 50 milhões para fundo de calamidade e amplia apoio a municípios atingidos por temporais

Reunião de emergência no Palácio Iguaçu. Foto: Felipe Henschel/AEN


SITUAÇÃO NOS MUNICÍPIOS – De acordo com o último boletim da Coordenadoria Estadual da Defesa Civil, mais de 32 mil pessoas foram afetadas pelos temporais. 284 pessoas estão desabrigadas – ou seja, precisaram deixar suas casas e estão em abrigos públicos – e 3.968 estão desalojadas, hospedadas temporariamente em casas de familiares ou amigos.

As chuvas atingiram praticamente todas as regiões do Estado, com maior intensidade no Norte, Noroeste e Oeste. Em alguns municípios, como Santa Helena, o acumulado de chuva chegou a 138,6 milímetros, próximo da média histórica de todo o mês de novembro.

Em Jandaia do Sul, no Vale do Ivaí, houve registro de granizo com pedras de até 100 gramas, e em Cornélio Procópio, os ventos chegaram a 95 km/h. Rajadas acima de 50 km/h foram registradas em ao menos 15 municípios.

Em Barbosa Ferraz, no Noroeste do Estado, houve danos nas áreas rurais, com problema em pontes e estradas, mas as regiões mais afetadas foram na zona urbana. Praticamente todos os prédios públicos foram danificados, incluindo escolas e a própria prefeitura, e entre mil e 1,2 mil famílias tiveram suas casas atingidas.

Praticamente toda a cidade de Jandaia do Sul, tanto na parte urbana, como a rural, foi afetada pela forte chuva de granizo. “Já distribuímos 24 mil metros de lonas e estamos agora fazendo a limpeza da cidade. Mais de mil casas foram danificadas e as famílias estão precisando de telha, mas desde o início a Defesa Civil está colaborando com o município”, disse o prefeito Ditão Pupio.

RECUPERAÇÃO DA REDE ELÉTRICA – As equipes da Copel trabalham desde a noite de domingo (2) para restabelecer o fornecimento de energia nas regiões mais afetadas. Mais de 24 mil unidades consumidoras já tiveram o serviço normalizado nas regiões Norte, Noroeste e Oeste.

Durante o pico dos temporais, cerca de 59 mil domicílios ficaram sem energia devido à queda de torres e postes e aos danos severos na rede elétrica. Na manhã desta segunda-feira, 34,7 mil unidades ainda estavam desligadas, com 2,8 mil frentes de serviço em andamento em todo o Estado.

Os temporais derrubaram seis torres de alta tensão e causaram danos a subestações e mais de 115 postes em cidades como Alvorada do Sul, Prado Ferreira, Santa Fé e Porecatu. As equipes seguem atuando na substituição das estruturas e na reconstrução de redes destruídas por ventos e quedas de árvores. 

Usuários que ainda estejam com falta de energia podem informar o problema pelo aplicativo da companhia, site ou pelo WhatsApp (41) 3013-8973.

 

 

 

 

 

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 Paraná inicia novembro com 25,5 mil vagas abertas nas Agências do Trabalhador

O Paraná inicia o mês de novembro com  25.499 vagas de emprego abertas nas Agências do Trabalhador . As principais funções disponíveis continuam ligadas à indústria e aos serviços, com destaque para alimentador de linha de produção (6.873 vagas), abatedor (1.337), magarefe (964) e auxiliar nos serviços de alimentação (909). 

No Interior, Cascavel lidera o número de oportunidades, com 6.446 vagas abertas, especialmente nas áreas de produção e abate industrial. Em seguida, aparece Campo Mourão, com 3.787 vagas, concentradas em atividades da indústria alimentícia e frigorífica, com grande demanda por alimentadores de linha de produção (1.385) e magarefes (530).

No Oeste, Foz do Iguaçu soma 2.565 vagas, com demanda concentrada em alimentadores de linha de produção (889), operadores de caixa (133) e repositores de mercadorias (127). Já a Regional de Londrina tem 2.433 vagas, voltadas principalmente para o setor industrial e de comércio, com procura por repositores (92), operadores de caixa (89) e vendedores (86).

Na região Sudoeste, Pato Branco registra 1.620 vagas, a maioria na indústria de alimentos e construção civil, enquanto Maringá (Noroeste) oferece 1.141 vagas, com destaque para a agroindústria e o setor de cultivo de árvores frutíferas.

Outras regionais também se destacam, como Umuarama (944 vagas), Guarapuava (704), Paranaguá (588), Ponta Grossa (497) e Jacarezinho (334).

A Região Metropolitana de Curitiba contabiliza 4.440 oportunidades, com destaque para funções de operador de caixa (283), auxiliar nos serviços de alimentação (227) e auxiliar de logística (218). Somente na Agência do Trabalhador de Curitiba, são 979 vagas, incluindo posições para operadores de telemarketing (130), atendentes de lojas e mercados (107) e vendedores de comércio varejista (61).

Além das vagas operacionais e industriais, a plataforma Master Job, voltada a profissionais técnicos e de nível superior, está com 54 vagas abertas e 10 oportunidades de estágio em áreas como administração, contabilidade, engenharia, direito, pedagogia e marketing. As oportunidades estão disponíveis tanto em Curitiba quanto na Região Metropolitana.

Segundo o secretário do Trabalho, Qualificação e Renda do Paraná, Do Carmo, os números reforçam o dinamismo do mercado de trabalho paranaense e o papel das Agências do Trabalhador como elo entre quem busca uma vaga e quem precisa contratar.

“O Paraná segue criando emprego e renda em todas as regiões. Esses números mostram que nossas políticas públicas estão chegando onde precisam: nos municípios, nas empresas e nas pessoas que buscam uma colocação. O trabalho do Governo, em parceria com o setor produtivo, tem garantido resultados sólidos e um mercado de trabalho cada vez mais forte e inclusivo”, destacou.

EMPREGO EM TODO O ESTADO – Dos 399 municípios do Paraná, 341 registraram um volume de contratações de empregados com carteira assinada acima das demissões entre janeiro e setembro deste ano, segundo dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Isso significa que mais de 85% das cidades paranaenses têm saldo positivo de empregos no ano, um reflexo direto dos mais de 121 mil postos de trabalho formais gerados no Estado em 2025. 

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

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