Repasses estaduais aos municípios crescem quase 20% em setembro

Os cofres municipais das 399 cidades paranaenses receberam um reforço significativo ao longo do mês de setembro.

O Governo do Paraná, por meio da Secretaria da Fazenda, repassou mais de R$ 1,09 bilhão aos municípios, um aumento de 19,3% em relação a agosto, quando foram transferidos R$ 915,5 milhões. Em comparação com setembro de 2024, o crescimento também foi expressivo: 12% acima dos R$ 974,5 milhões enviados no mesmo período do ano passado.

A maior parte dos recursos veio do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), responsável por R$ 972,2 milhões do montante. Já o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) totalizou R$ 105 milhões no último mês.

Em relação às outras fontes, foram R$ 13,6 milhões do Fundo de Exportação, e R$ 806,1 mil em royalties do petróleo, reforçando as receitas municipais no mês.

Os repasses são oriundos de transferências constitucionais e integram as receitas públicas correntes, podendo ser utilizados pelas prefeituras em áreas essenciais como saúde, educação, segurança pública e transporte.

LEGISLAÇÃO – As transferências de recursos são feitas de acordo com o Índice de Participação dos Municípios (IPM), seguindo as normas constitucionais. Esses índices são calculados anualmente, considerando uma série de critérios estabelecidos pelas leis estaduais.

Os valores destinados a cada um dos municípios, assim como seu detalhamento, podem ser acessados no Portal da Transparência.

Confira as 10 cidades que mais receberam repasses em setembro de 2025:

Curitiba (R$ 107 milhões)

Araucária (R$ 63,9 milhões)

São José dos Pinhais (R$ 40,6 milhões)

Londrina (R$ 30,1 milhões)

Ponta Grossa (R$ 27,9 milhões)

Maringá (R$ 26,9 milhões)

Cascavel (R$ 24,8 milhões)

Foz do Iguaçu (R$ 20,8 milhões)

Toledo (R$ 18,3 milhões)

Guarapuava (R$ 15,3 milhões)

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Guinness confirma recorde de telecirurgia de maior distância do mundo para o Paraná

Agora está confirmado pelo Guinness - o Livro dos Recordes: a telecirurgia robótica de maior distância já registrada foi de um paciente no Paraná com o cirurgião operando do Kuwait, país do Oriente Médio, e vice-versa. A distância exata de 12.034,92 quilômetros foi confirmada pela publicação mundial nesta sexta-feira (3). A operação superou o recorde anterior feita entre as cidades de Casablanca, no Marrocos, e Xangai, na China.

No dia 23 de setembro, um paciente atendido pelo Hospital Cruz Vermelha, em Curitiba, foi operado pelo cirurgião Leandro Totti que operava do Kuwait a máquina no Jaber Al-Ahmad Hospital. A cirurgia foi de hérnia inguinal. Além disso, uma equipe médica enviada do Kuwait a Curitiba operou um paciente que estava no país asiático.

"Ambas as cirurgias foram concluídas com sucesso e segurança, reforçando a viabilidade da colaboração global em cuidados cirúrgicos e estabelecendo um novo padrão no campo da cirurgia robótica remota”, publicou o Guinness em seu site.

A ferramenta utilizada para a telecirurgia foi o robô cirúrgico MP1000 da Edge Medical, de última geração. Todo o procedimento foi apoiado por uma infraestrutura tecnológica robusta, que inclui dois robôs cirúrgicos e duas equipes de cirurgiões sêniors — um em cada país —, além de um sistema de decodificação de sinais de alta fidelidade, essencial para a comunicação remota. A Ligga Telecom foi responsável por viabilizar a conectividade nacional entre o hospital e o data center em São Paulo, garantindo estabilidade e ultra baixa latência.

O idealizador e coordenador da iniciativa, o médico Marcelo Loureiro, da Scolla Centro de Treinamento Cirúrgico, afirma que esse marco representa uma nova era na medicina brasileira e mundial. “Pela primeira vez, foram realizados procedimentos sequenciais em ambas as direções (Kuwait-Brasil e Brasil-Kuwait), demonstrando reprodutibilidade e confiabilidade. A telecirurgia evoluiu de demonstração experimental para prática clínica viável, transformando fundamentalmente o acesso à saúde especializada”, afirma.

“O projeto exemplifica um novo modelo de cooperação internacional em saúde, envolvendo governos, instituições médicas e empresas de tecnologia. Este marco posiciona o Brasil na vanguarda da inovação médica global, abrindo novos caminhos”, diz o médico.

A tecnologia já havia sido testada em agosto, quando pela primeira vez na América Latina foi realizada uma cirurgia robótica à distância. Da sala de simulação do Hospital do Câncer de Cascavel (CEONC), o cirurgião digestivo Paolo Salvalaggio conduziu a retirada da vesícula de um suíno (animal de experimentação) em Campo Largo, a quase 500 quilômetros de distância. Na próxima semana deve acontecer outra telecirurgia entre o Paraná e a Paraíba.

PARANÁ NA VITRINE – A infraestrutura inovadora tem impacto direto no ensino superior paranaense, pois alunos e professores do curso de Medicina da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) terão acesso a aulas práticas com o mesmo robô cirúrgico usado no procedimento. A iniciativa é fruto de parceria entre a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI) e o Centro de Treinamento Cirúrgico Scolla, em Campo Largo.

O Governo do Paraná, por meio da SETI, investiu R$ 2 milhões do Fundo Paraná em dois projetos apresentados pela Unioeste dentro do Programa de Fomento à Inovação na Educação Médica: treinamento em cirurgia robótica e o diagnóstico por imagem. O programa estimula o uso de tecnologias como inteligência artificial, telemedicina, simulação realística e robótica para preparar professores e acadêmicos da área da saúde.

Os projetos, recém-iniciados, vão acelerar após a telecirurgia histórica e beneficiar docentes e estudantes do curso de Medicina da Unioeste. Para o secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, o feito projeta o Paraná como protagonista da inovação em saúde, com impacto direto na qualidade de vida da população e na democratização do acesso à medicina de ponta.

“O Paraná está dando um salto na formação de futuros médicos, trazendo para dentro das universidades estaduais a vivência com tecnologias que já são realidade nas grandes potências mundiais. Isso coloca nossos estudantes e professores em contato direto com o que há de mais moderno e inovador na prática médica”, destaca o secretário.

O reitor da Unioeste, Alexandre Webber, ressaltou que o investimento é de enorme importância para a instituição. “Nossos cursos de Medicina avançam para um novo patamar, incorporando inovação e tecnologia também no ambiente de formação. Essa cirurgia histórica só foi possível graças à parceria estabelecida entre diferentes entes públicos e privados, um esforço conjunto que fortalece tanto a assistência em saúde quanto a formação de futuros profissionais”, reforça.

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

Gugu Bueno acompanha entrega de 541 tablets em Assis e destaca modernização da educação

Investimento de R$ 822 mil beneficia 18 escolas da rede estadual da região da Assis Chateaubriand

A modernização da educação no Paraná avançou nesta quinta-feira (2) com a entrega de 541 tablets para 18 escolas estaduais de Assis Chateaubriand, em um investimento de R$ 822,2 mil do Governo do Estado. A iniciativa integra a estratégia de ampliar o uso da tecnologia em sala de aula e reforça o compromisso do Estado com a qualidade do ensino público.

O 1º secretário da Assembleia Legislativa, deputado Gugu Bueno (PSD), acompanhou a entrega e destacou que a medida representa um passo decisivo na transformação da educação pública.

“É uma entrega muito importante. A educação do Paraná vive um momento histórico. Essa semana o governador protocolou na Assembleia Legislativa o orçamento da educação para o ano que vem, que vai chegar a R$ 19 bilhões, o maior da história. Boa parte desse investimento é em tecnologia”, afirmou.

Segundo ele, a modernização das salas de aula é prioridade. “A gente não pode ter salas de aula em 2025 iguais às da década de 70 ou 80. Então a entrega desses tablets é de fato um investimento fundamental, que dá outra condição de aprendizado para os alunos e torna as aulas muito mais interessantes.”

Bueno também lembrou que os investimentos não se restringem à tecnologia. “São vários investimentos em educação, não apenas em equipamentos. Muitas escolas estão recebendo grandes reformas, melhorias e ar-condicionado em todas as salas de aula. Não é à toa que a educação pública do Paraná hoje é a melhor do Brasil. Isso é fruto de muito investimento de verdade, não apenas no discurso, mas em ações concretas.”

O deputado destacou ainda que a Assembleia Legislativa tem atuado em sintonia com o Governo do Estado para consolidar o setor como prioridade. “Com um orçamento histórico de R$ 19 bilhões para a educação em 2026, o Paraná reafirma seu compromisso com professores, alunos e com o futuro do Estado.”

 

 

 

 

 

 

Por - Assessoria

 Paraná detém 14,6% da produção nacional de mel e se torna líder do setor no País

O Paraná é o maior produtor de mel do País. De acordo com o último levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2024, o estado produziu 9,8 mil toneladas de mel, 16% a mais que em 2023.

A informação faz parte do Boletim Semanal do Deral (Departamento de Economia Rural) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab). A publicação ainda mostra detalhes das exportações de soja e de bovinos, bem como o avanço da colheita de trigo, e mapeia as produções suínos para reprodução, gramados e plantas perenes ornamentais.

O Paraná detém 14,6% da produção nacional de mel. Em seguida estão o Piauí (12,6%), Rio Grande do Sul (12%), Minas Gerais (10,9), São Paulo (10%) e Ceará (9%). A região Nordeste continua se destacando como a maior produtora nacional, com um total de 26.527 toneladas.

Dois municípios paranaenses se destacam no pódio da produção nacional de mel. Arapoti é o segundo maior produtor nacional, com 1.125.130 quilos, e Ortigueira está em quinto lugar, com 805.000 quilos, os dois municípios estão localizados nos Campos Gerais.

Segundo o IBGE, a produção nacional de mel de 2024 ficou em 67.304 toneladas e é o mais alto valor já registrado na série histórica da pesquisa, desde 2016. O setor vem alcançado recordes a cada ano. O veterinário Roberto Carlos Andrade e Silva, do Deral, lembra que a produção vem se mantendo, apesar das adversidades climáticas, ameaça dos agrotóxicos, desmatamentos e poluição ambiental.

SOJA E TRIGO – De janeiro a agosto deste ano as exportações de soja alcançaram 11,15 milhões de toneladas. Quanto a próxima safra, de acordo com os levantamentos do Deral, na última semana o plantio atingiu 26% da área estimada, 5,77 milhões de hectares.

Para os produtores de trigo, a informação é que neste início de mês a saca do cereal foi cotada a R$ 65. O Paraná plantou 825 mil hectares e deve produzir 2,68 milhões de toneladas de trigo.

Com mais de 53% da área colhida no Paraná a oferta de trigo chegou a 1 milhão de toneladas em setembro. Até o fim deste mês essa oferta deve dobrar. Hugo Godinho, do Deral, explicou que a demanda mensal brasileira é próxima de 1 milhão de toneladas, o que deve gerar um excedente na oferta no fim deste mês. Mesmo com o encerramento da colheita do trigo paranaense em novembro, os baixos preços devem continuar com a pressão das colheitas no Rio Grande do Sul e Argentina.

O boletim desta semana destaca ainda a produção de gramados e plantas perenes ornamentais que geram uma renda bruta de R$ 164,7 milhões ou 60,6% do VBP (Valor Bruto de Produção) dos produtos da floricultura.

A região de Maringá lidera a produção de gramas com 28,3% desse total, seguida pelas regiões de Curitiba (24,5%), Londrina (16,1%), Cascavel (14%). De acordo com o Deral, Marialva, no Noroeste, é o município com a maior área de grama no estado, 3,7 milhões de m². Porém, o negócio do cultivo de gramados está presente em 47 municípios.

Já as plantas perenes ornamentais movimentaram R$ 35,2 milhões em VBP com a produção de 1,72 milhão de unidades. As regiões de Curitiba e Maringá são as maiores produtoras.

SUÍNOS E BOVINOS – Na área da suinocultura, o Paraná apresentou um aumento de 33,9% na criação de animais com finalidade de reprodução. São animais, fêmeas e machos, provenientes de granjas comerciais, voltados ao melhoramento genético dos rebanhos. Priscila Marcenovicz, do Deral, informou que no período analisado o VPB de suínos fêmeas apresentou crescimento de 5,5%, chegando a R$ 668,4 milhões. O VPB de suínos machos reprodutores teve um aumento mais significativo, 145%, atingindo R$ 395,5 milhões em 2024.

Ouro Verde do Oeste é líder na produção de suínos reprodutores, com 21,6% do total estadual. Toledo, com 16,7%, está em segundo lugar e São Pedro do Iguaçu, com 8,9%, ocupa a terceira posição. Priscila ressalta que esses resultados evidenciam a relevância da suinocultura de reprodução na economia paranaense e sua importância estratégica para diversos municípios.

As exportações continuam sustentando os preços da carne bovina. Em agosto foram embarcadas 295 mil toneladas de carne brasileira, gerando US$ 1,6 bilhão. O produto continua valorizado no mercado externo. A carne vem sendo comercializada a US$ 5,40/kg, contra os US$ 4,35 no mesmo mês do ano passado. No mercado interno os preços seguem em alta. No atacado paranaense o quilo do dianteiro foi comercializado a R$ 18,33, em média, ao longo de setembro. O traseiro atingiu R$ 24,95. Esses valores estão 32% e 15% mais altos, respectivamente, que no mesmo mês de 2024.

FRANGOS – O custo de produção do frango vivo no Paraná, criado em aviários climatizados, está em queda. De acordo com a Central de Inteligência de Aves e Suínos (CIAS) da Embrapa Suínos, o valor de R$ 4,59/kg, em agosto deste ano, é 0,2% menor em relação ao mês anterior, mas é 1,3% maior que o valor de agosto do ano passado. Ainda assim fica abaixo dos custos de produção de outros estados como Santa Catarina (R$5,08/kg) e Rio Grande do Sul (R$ 5,04).

No acumulado do ano, o ICPFrango apresentou uma variação negativa de 4,09%. Em comparação ao mês anterior, o índice registrou quedas nos gastos com ração das aves e genética, mas houve aumento nos preços da energia elétrica. Levando-se em conta os últimos doze meses, foram registradas baixas nos custos de ração (2,53%) e mão de obra (2,31%). Houve também uma alta nos custos da genética (16,5%), sanidade (9,2%), transporte (1,8%) e energia elétrica (1,45%).

No Paraná a alimentação dos frangos de corte atingiu o valor de R$ 2,94/kg, passando a representar 64,05% do custo total de produção (R$ 4,59/kg). Esse valor é 3,97% menor do que em agosto de 2024, quando atingiu R$ 3,02/kg. Em agosto deste ano o preço nominal médio do frango vivo ao produtor ficou em R$ 4,92/kg, com uma retração de 1,8% em relação ao preço médio de julho, que ficou em R$ 5,01/kg e 6% acima do praticado em agosto do ano passado (R$ 4,64/kg).

 

 

 

 

Por - AEN

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