O trabalho conjunto entre a Central Estadual de Transplantes do Paraná (CET) e a Divisão de Transporte Aéreo (DTA) da Casa Militar tem sido essencial para que o Paraná mantenha sua posição como líder brasileiro na doação de órgãos.
Com o objetivo de aprimorar operação e aumentar o número de transplantes, equipes de plantonistas da CET e pilotos da DTA participaram de uma atividade de integração nesta terça-feira (18) no Aeroporto do Bacacheri, em Curitiba.
De acordo com os dados mais recentes do Registro Brasileiro de Transplantes (RBT) da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), com informações de janeiro a setembro de 2024, o Paraná é o líder em doações de órgãos no Brasil, com 42,8 doações por milhão de pessoas (pmp), com mais do que o dobro da média nacional, que é de 20,3 doações pmp.
O encontro faz parte de um trabalho de aproximação dos setores para que o Estado siga sendo uma referência na doação de órgãos. Um dos maiores desafios para a realização dos transplantes, principalmente entre doadores e receptores que estão distantes entre si, é a agilidade no transporte dos órgãos, já que eles não podem ficar muito tempo sem circulação sanguínea.
“A nossa intenção é integrar cada vez mais a Casa Militar com a Central de Transplantes, disponibilizando todo o aparato da Divisão de Transporte Aéreo para que possamos salvar cada vez mais vidas. Temos um número crescente de atendimentos, somos líderes nacionais nestes procedimentos, mas queremos ampliar o quanto for possível este trabalho”, afirmou o chefe da Casa Militar, coronel Marcos Antonio Tordoro.
AGILIDADE - Ao longo de 2024, 832 órgãos foram transplantados no Paraná, segundo dados do Sistema Estadual de Transplantes do Paraná (SET/PR). Deste total, 250 precisaram de transporte aéreo, sendo 30 corações transplantados, 103 fígados e 117 rins.
Cada um destes órgãos tem um prazo máximo de isquemia, que é o tempo que o órgão resiste entre a retirada do doador e o implante no receptor. O mais complicado deles é o coração, cujo prazo máximo é de 4 horas. Um fígado pode resistir cerca de 12 horas e um rim até 36 horas.
“É por isso que é importante ter uma dinâmica muito bem definida, com bons fluxos de comunicação, entre as equipes do transporte aéreo e os plantonistas que fazem a gestão destas informações. Estreitar estes laços entre as equipes pode salvar muitas vidas”, afirmou a capitã Jenifer Formanquevski, pilota do DTA.
Na prática, as equipes da CET fazem a gestão das informações de órgãos disponíveis para doação e de pacientes aptos para receber os implantes, de acordo com os critérios do Sistema Estadual de Transplantes. Ao mesmo tempo, eles ficam em comunicação com a Casa Militar para calcular a viabilidade de transporte destes órgãos caso o doador e o receptor estejam em cidades diferentes.
“Esta integração é fundamental para que as equipes entendam o fluxo de trabalho dos outros órgãos e consigam agilizar a melhor logística possível. O tempo de isquemia é muito curto e quanto mais conseguimos reduzir o tempo gasto com transporte, mais sucesso temos com os transplantes”, afirmou a coordenadora da Central Estadual de Transplantes, Juliana Ribeiro Giugni.
Atualmente, o Paraná tem três aeronaves e um helicóptero disponíveis 24 horas por dia para estas operações. Com uma boa disponibilidade de profissionais e aeronaves para fazer este transporte, o Paraná consegue, inclusive, buscar órgãos em outros estados para pacientes paranaenses.
Para melhorar este serviço, o Estado já fez a aquisição de outras duas aeronaves, que vão ampliar a oferta da Casa Militar no atendimento destas ocorrências. Foram investidos R$ 47 milhões em dois aviões, que começarão a operar até o início de maio.
REFERÊNCIA – Além de ter uma estrutura única para o transporte destes órgãos, o Paraná também se diferencia dos outros estados por contar com quatro Organizações de Procura de Órgãos (OPOs), localizadas em Cascavel, Curitiba, Maringá e Londrina, que prestam o apoio às instituições da rede de doações e transplantes.
Estas organizações ajudam o Estado a ter a menor taxa de recusa de doações do Brasil, com apenas 27% de recusa entre todas as entrevistas feitas com familiares de potenciais doadores. No Brasil, a média de recusa é de 45%.
Por - AEN
O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Planejamento, apresentou nesta terça-feira (18) a Plataforma de Gestão Territorial, pela qual o cidadão poderá se cadastrar e apresentar sugestão de projetos, que serão analisados e, se aprovados, seguem com estudos de viabilidade e busca por recursos, podendo se tornar realidade.
A plataforma é vinculada ao programa Paraná Produtivo, que foi criado em 2021 para identificar potenciais e carências das regiões e planejar um desenvolvimento produtivo integrado entre os municípios. O programa tem como bases o protagonismo regional e a efetividade na implementação das ações propostas. O lançamento aconteceu durante uma reunião ordinária do Conselho Gestor do programa.
A plataforma foi criada para agilizar o andamento dos projetos propostos, além de intensificar o relacionamento entre os diversos participantes das etapas do projeto, a fim de dar mais efetividade às políticas públicas e proporcionar resultados que possam ser vistos pela população em geral.
Os projetos sugeridos via plataforma tecnológica serão analisados pelos conselhos regionais do programa, que identificarão a viabilidade e, caso aprovado, encaminharão busca de recursos.
O vice-governador Darci Piana disse que o Paraná Produtivo é um programa orientado para todo o Estado. “Com essa plataforma, vamos equalizar o Paraná, com toda sua diversidade econômica, permitindo ajudarmos as diversas regiões”, afirmou.
PRIMEIRA VERSÃO – A Plataforma de Gestão Territorial está em sua primeira versão. Nos próximos dias, serão realizados treinamentos com os servidores da Secretaria de Planejamento e, em seguida, os gestores regionais do Paraná Produtivo. Também haverá um período de treinamentos, de 24 de março até 6 de abril, e a previsão é que seja liberada em 7 de abril.
De acordo com o secretário de Estado do Planejamento, Guto Silva, o Paraná Produtivo é um instrumento de governança, que tem possibilitado fazer um planejamento de baixo para cima, dando oportunidade para que a comunidade seja ouvida, de fato, e transportar esses desejos diretamente para o orçamento do Governo do Paraná.
“O lançamento dessa grande plataforma permite ter uma escuta ativa, que permite ouvir a todos. E a ideia é poder colocar isso tudo dentro do orçamento do Estado para que o governo tenha capacidade de realizar os investimentos pontuais que vão transformar o dia a dia da população”, complementou Silva.
Marcos Marini, diretor de Projetos da Secretaria de Planejamento, explica que a Plataforma de Gestão Territorial é uma ferramenta que possibilita que o cidadão paranaense possa interagir com o Paraná Produtivo, cadastrando suas demandas e propostas. “Além disso, todos os conselhos regionais do Paraná Produtivo, e também o conselho estadual poderão deliberar e acompanhar as ações que estão sendo desenvolvidas pelo programa”, disse.
“A plataforma é um instrumento fantástico, que vai permitir gestão e governança de dados, que é o combustível para se tomar as melhores decisões”, acrescentou o secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona. .
A Celepar tem participação no desenvolvimento desta plataforma. Segundo André Telles, diretor de Mercado da Celepar, a ferramenta une participação cidadã, governança, políticas públicas e tecnologia. “Trata-se de uma plataforma que gera evidências e governança, além de criar uma cultura de dados no Paraná, permitindo que os municípios desenvolvam seus projetos e que o governo acompanhe o andamento dessas iniciativas”, completou.
PARTICIPAÇÃO – Estiveram também presentes na reunião a secretária interina da Secretaria da Administração e Previdência, Marta Guizelini; o diretor-geral da Secretaria da Indústria, Comércio e Serviços, Christiano Puppi; a diretora técnica da Secretaria de Infraestrutura e Logística, Manuela Toppel Portes; o diretor-geral da Secretaria do Trabalho, Qualificação e Renda, Kevin Bossa; Francisco Inocêncio, responsável pelo Paraná Competitivo; o superintendente da Faciap, Luciano Justino; os analistas técnicos da Federação da Agricultura do Paraná, Luiz Eliezer da Gama Ferreira e Bruno Vizioli; o assessor da presidência da Fecomercio PR, Giovanni Diego Cauduro Bagatini; o presidente da Federação dos Transportes do Paraná, Sérgio Luiz Malucell;, o presidente da Federação das Indústrias do Paraná, Edson José de Vasconcelos; o superintendente da Ocepar, Robson Mafioletti; e o diretor do Sebrae, Cesar Reinaldo Rissette. Também participaram representantes dos conselhos gestores de todas as regionais do Paraná Produtivo.
Por - AEN
A Lactalis Brasil, líder na captação de leite no País, está investindo, com apoio do Governo do Paraná, cerca de R$ 285 milhões para ampliação da linha de produção de suas fábricas em Carambeí, nos Campos Gerais, e Londrina, no Norte do Estado.
Diretores da empresa apresentaram nesta terça-feira (18) ao governador Carlos Massa Ratinho Junior um panorama dos investimentos do grupo, que conta com incentivos do programa Paraná Competitivo.
“Nosso trabalho é incentivar que novas empresas, nacionais ou internacionais, e aquelas que já atuam no Paraná possam ampliar suas fábricas, linhas de produção, gerando emprego e renda para a nossa gente. Isso tudo passa pela desburocratização de processos, envolvendo o trabalho de diversas secretarias”, afirmou Ratinho Junior. “É motivo de orgulho para nós termos empresas como a Lactalis operando no Estado em um setor que somos referência, que é a produção de leite com qualidade.”
O CEO da Lactalis Brasil, Roosevelt Junior, ressaltou o potencial do Paraná na produção de leite e o apoio dado pelo Governo do Estado às empresas que aqui se instalam. “O Paraná é um estado estratégico para a nossa empresa. É o segundo em produção de leite no Brasil, com 4 bilhões de litros anuais, e o que mais cresce na produção nos últimos dez anos. A nossa empresa é do ramo do leite, então a primeira questão que procuramos é a disponibilidade, que encontramos aqui”, disse.
“É também um estado que acolhe muito bem as indústrias, parceiro do empreendedor e que dá condição de trabalho, tanto na parte fiscal quanto também de treinamento e disponibilidade dos nossos recursos humanos, então estamos muito animados com essa parceria com o Estado”, acrescentou.
No Paraná, a produção da Lactalis é comercializada principalmente com a marca Batavo, criada em 1928 em Carambeí e adquirida pela multinacional em 2015. Por meio de parceria com a cooperativa Castrolanda e a aquisição da Cativa Cooperativa Agropecuária, de Londrina, a empresa faz a captação de 600 milhões de litros de leite por ano e conta com 1.500 colaboradores.
Entre 2015 e 2022, a Lactalis investiu R$ 377 milhões em suas atividades no Estado. Outros R$ 20 milhões foram aportados em 2024 para ampliação do Centro de Distribuição de Carambeí, com uma área total de 6.400 metros quadrados. Agora, com o novo investimento dentro do Paraná Competitivo, de quase R$ 285 milhões, serão R$ 682 milhões em 10 anos.
Os recursos estão alocados principalmente na fábrica de Carambeí, polo de produção da marca Batavo no Brasil. Serão ampliadas a linha para produção de pudim de leite; de iogurtes, leites fermentados e bebidas lácteas; e de sobremesas e creme de queijo. De acordo com Roosevelt, a empresa cresce, em média, 10% ao ano no setor de iogurte, sendo a Batavo a segunda marca do Brasil no segmento.
O Centro de Distribuição em Carambeí serve de hub logístico na distribuição das marcas da empresa. É de lá que as cargas refrigeradas são consolidadas e distribuídas para todo o Brasil. Na fábrica de Londrina, os recursos estão sendo utilizados para modernização da planta, que hoje produz leite UHT, pasteurizado e em pó, composto lácteo, soro em pó e manteiga.
PARANÁ COMPETITIVO – O programa Paraná Competitivo, ao qual o investimento da Lactalis Brasil integra, é coordenado pela Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) e pela Invest Paraná, agência de captação de investimentos para o Estado. O principal objetivo do programa é fomentar a economia do Paraná, atraindo novos investimentos nacionais e internacionais que gerem emprego, renda e riqueza. O diferencial é que ele permite que empresas enquadradas pleiteiem incentivos fiscais sustentados pela legislação vigente, sem configurar renúncia fiscal.
Por meio do programa, empresas que tenham projetos de implantação, expansão, diversificação ou reativação no Estado recebem incentivos como o parcelamento do ICMS incremental, diferimento do ICMS nas operações de energia elétrica (Copel) e gás natural (Compagas), além da possibilidade de transferência de créditos próprios de ICMS para aquisição de ativos.
Para o secretário da Fazenda, Norberto Ortigara, o investimento aumentará a capacidade produtiva do Estado, ao mesmo tempo em que trará benefícios significativos para a região, gerando empregos e impulsionando a economia local. “Demonstra a confiança da Lactalis no Paraná, comprometendo-se com o desenvolvimento sustentável na diversificação de seus produtos, diminuindo a busca de itens em outras localidades e contribuindo para a geração de riquezas ao Estado”, afirmou.
O diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin, afirmou que o programa estadual ajuda no fortalecimento de cadeias produtivas. “Eles começaram com 40 milhões de litros de leite, estão em 600 milhões e querem chegar a 1 bilhão de litros de leite nos próximos quatro anos. É um setor em que eles vão investir e pagar melhor para quem produz”, salientou. “A base disso é o Paraná Competitivo, que traz segurança para a empresa investir no nosso Estado, onde ela tem o retorno, os benefícios e os incentivos para isso.”
PRODUÇÃO DE LEITE – O Paraná tem a segunda maior bacia leiteira do Brasil, com 15,4% de participação, atrás apenas de Minas Gerais, com 24,9%, e à frente de Santa Catarina, que aparece em terceiro lugar, com 13%. Segundo dados da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, do Leite, do Couro e da Produção de Ovos de Galinha, divulgada nesta terça-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram produzidos no Paraná 3,9 bilhões de litros de leite em 2024. Somente no 4º trimestre, foram 1,08 bilhão de litros captados no Estado.
EMPRESA – O Grupo Lactalis é líder mundial no mercado de lácteos, com produtos vendidos em mais de 150 países, com 270 fábricas e 80 mil colaboradores. No Brasil, é líder em captação de leite, considerando o número de produtores parceiros, com 2,7 bilhões de litros por ano. Conta com 23 plantas fabris espalhadas (sendo três no Paraná) e 13 mil funcionários. Além da Batavo, estão no portfólio do grupo marcas como Parmalat, Elegê, Itambé e Président.
PRESENÇAS – Participaram do anúncio de investimentos o secretário estadual da Agricultura e Abastecimento, Natalino Avance de Souza; o diretor-geral da Sefa, Luiz Budal; o chefe da Assessoria de Assuntos Econômico-Tributários da Sefa, Francisco de Assis Inocêncio; e o diretor de Comunicação, Assuntos Corporativos e Regulatórios da Lactalis Brasil, Guilherme Portella.
Por - AEN
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), por meio da Coordenadoria Estadual de Vigilância Ambiental, publicou nesta terça-feira (18) o novo informe semanal da dengue. Foram registrados 3.508 novos casos da doença e duas mortes.
Os dados do novo ano epidemiológico 2025 totalizam agora 69.066 notificações, 15.501 diagnósticos confirmados e 12 óbitos em decorrência da dengue.
Os óbitos são de duas mulheres, uma delas de 64 anos, sem comorbidade, e outra com 83 anos, com comorbidades, ambas residentes no município de Alvorada do Sul, na 17ª Regional de Saúde de Londrina.
No total, 387 municípios já apresentaram notificações da doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, e 298 possuem casos confirmados.
As regionais com os maiores números de casos confirmados neste período epidemiológico são a 14ª Regional de Saúde de Paranavaí (4.458), 17ª de Londrina (3.168), 15ª de Maringá (1.456), 12ª de Umuarama (1.302) e 18ª de Cornélio Procópio (809).
OUTRAS ARBOVIROSES – A publicação traz, ainda, dados sobre Chikungunya e Zika, doenças que também têm como vetor o mosquito Aedes aegypti. Foram confirmados 595 casos de Chikungunya, com um total de 1.706 notificações da doença no Estado. Quanto ao Zika Vírus, até o momento foram registradas 26 notificações e nenhum caso foi confirmado.
INFESTAÇÃO PREDIAL – A Sesa divulgou também o novo boletim de infestação predialque apresenta o levantamento entomológico para o Aedes aegypti. O Paraná tem 394 municípios infestados, representando 98,7% do Estado.
No período de 1º de janeiro a 28 de fevereiro, dos 399 municípios do Paraná, 33 estavam classificados em situação de risco de epidemia, 181 em alerta e 96 em situação satisfatória para o IIP (Índice de Infestação Predial). Outros 66 não enviaram informações ou não realizaram o monitoramento. A cidade com maior índice de infestação predial é Florai, com IIP de 13,4%.
Confira o Informe Semanal completo AQUI. Mais informações sobre a dengue estão neste LINK.
Por - AEN
O Governo do Estado destinou um total de R$ 6.525.281.995,89 para a área da saúde, em 2024.
O montante é o equivalente a 12,24% das receitas estaduais, índice superior à ao mínimo estabelecido por lei. Esse desempenho foi um dos pontos de destaque na prestação de contas do último quadrimestre do ano passado, que a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) fez nesta terça-feira (18) à Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa (Alep).
Os recursos aplicados em procedimentos hospitalares, as cirurgias eletivas, a estratégia de regionalização dos serviços de saúde, o cumprimento da meta fiscal exigida por lei, além da vacinação e do fortalecimento da Atenção Primária em Saúde, foram alguns dos principais temas durante a reunião.
“Tratamos de pontos essenciais para a saúde pública, ouvimos atentamente as sugestões dos deputados e esclarecemos dúvidas com total transparência. O Paraná sai fortalecido dessa audiência, assim como a nossa rede de atendimento à população”, afirmou o diretor-geral da Sesa, César Neves.
Um dos destaques da apresentação foi o avanço das cirurgias eletivas no Estado, impulsionado pelo Programa Opera Paraná. Apenas no último quadrimestre de 2024, foram realizados 41.013 procedimentos cirúrgicos. Desde a criação do programa, em 2021, o SUS no Paraná já contabiliza 687.245 cirurgias realizadas, com investimentos que ultrapassam R$ 600 milhões.
Na última semana, o governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciou um aporte adicional de R$ 350 milhões para a terceira etapa do Opera Paraná, garantindo a continuidade da ampliação dos procedimentos. “Os números mostram o impacto positivo dos investimentos da Sesa na rede hospitalar do Paraná. Esses recursos garantem atendimento ágil e regionalizado, beneficiando diretamente os pacientes que aguardam por cirurgias”, destacou o diretor-geral.
Os serviços especializados registraram grandes avanços no ano passado. O número de pacientes que aguardavam há mais de 12 meses por cirurgias eletivas teve uma redução de 37,13%, superando a meta inicial de 30%. O atendimento ambulatorial nas unidades próprias do Estado também foi ampliado, com um crescimento de 11,61%, mais do que o dobro da meta estipulada de 5%.
REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE – Outro avanço destacado durante a audiência foi a ampliação da cobertura da Atenção Primária – prestada nos municípios, porta de entrada para o SUS. A meta inicial era atingir 86% da população, mas ao final de 2024, o índice chegou a 91,95%, garantindo atendimento básico para um número ainda maior de paranaenses.
“A Atenção Primária é um dos pilares da saúde pública e tem recebido prioridade na gestão do governador Ratinho Junior. A ampliação da cobertura fortalece nossa capacidade de atendimento e assegura que mais pessoas tenham acesso a serviços essenciais”, ressaltou Neves.
A saúde da mulher também teve indicadores positivos. A taxa de gestação na adolescência caiu para 9,1%, abaixo da meta estipulada de 9,5%. Além disso, 88,3% das gestantes realizaram pelo menos sete consultas de pré-natal, superando a meta de 86%. Dados positivos também foram colhidos na saúde bucal, que alcançou uma cobertura de 44,9% de equipes financiadas pelo Ministério da Saúde no Estado, superando a meta de 40%.
OUTROS TÓPICOS – A vacinação foi outro ponto de destaque na audiência. O Paraná superou a média nacional de cobertura vacinal em todos os imunizantes de rotina, com índices elevados para BCG, Meningo C, Rotavírus, Tríplice Viral e Pneumo, que também ultrapassaram as metas designadas pelo Plano Nacional de Imunização. Ainda neste escopo, um destaque especial se dá pela vacinação pediátrica: 48,12% dos municípios atingiram a cobertura vacinal adequada para crianças com até 12 meses de idade, superando a meta de 45%.
No fortalecimento da vigilância ambiental, o Paraná conseguiu reduzir o percentual de sistemas coletivos de abastecimento de água considerados inseguros. A meta era diminuir esse índice para 56,6%, mas o resultado foi ainda melhor, atingindo 54,45%. E 63,9% dos municípios tiveram planos de contingência para arboviroses aprovados pelos Conselhos Municipais de Saúde. Para este, a meta era de 50%.
Em relação ao atendimento de urgência e emergência, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) manteve cobertura de 100%. Neste recorte, o destaque é o serviço aeromédico. Somente no terceiro quadrimestre, foram realizados 1.237 atendimentos aéreos, totalizando 3.923 ao longo do ano.
"O SUS atende mais de 75% da população brasileira, sendo fundamental para a saúde pública, e é essencial defender e aprimorar esse sistema. No Paraná, um exemplo é o programa Opera Paraná, que tem avançado na produção de cirurgias eletivas", disse o presidente da Comissão de Saúde da Alep, Tercílio Turini. "A prestação de contas da Secretaria de Saúde na Assembleia Legislativa é fundamental para garantir transparência e informar a população sobre os investimentos e avanços na área".
PRESENÇAS – Participaram da audiência os deputados Hussein Bakri, líder do Governo, Márcio Pacheco, Arilson Chiorato, Dr. Leônidas e Márcia Huçulak. Pela Sesa, estiveram presentes o diretor de Atenção Especializada, Vinícius Filipak; a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, Maria Goretti David Lopes; o diretor-executivo do Fundo Estadual de Saúde, Adriano Rissati; a diretora do Setor de Obras da Sesa, Mariana Cardoso; o diretor do Setor de Unidades Próprias da Sesa, Guilherme Graziani; e o chefe de gabinete, Ian Sonda.
Por - Agência Brasil
Para além dos atendimentos individuais voltados a pessoas de baixa renda, o Programa Permanente de Esterilização de Cães e Gatos (CastraPetParaná) atua como catalisador de uma corrente a favor da causa animal no Estado. Reúne, em uma grande rede de apoio, diversas ONGs e milhares de protetores independentes.
Foi o que aconteceu em São José dos Pinhais. A passagem de sete dias, entre 10 e 16 de março, pela cidade mais populosa da Região Metropolitana de Curitiba, beneficiou 687 pets, que foram castrados, vacinados e microchipados. Além disso, os tutores, muitos deles vinculados ao terceiro setor, receberam conteúdos de educação ambiental, como a tutela responsável, conscientização e bem-estar animal, com orientações sobre zoonoses, vacinação e desvermifugação.
É o caso da protetora e presidente do Instituto Seres e Vidas, Delzi Moura. Ela abriu o centro de apoio a partir da perda de um animal de estimação em um momento conturbado da vida, em que se recuperava de uma depressão pós-Covid-19. Um dia, a cachorra simplesmente desapareceu e nunca mais voltou, uma busca que dura até hoje. Jornada que obrigou a tutora a entrar em contato e conhecer grupos de proteção animal de todo o País. O laço estava formado.
“O diferencial do Instituto é a percepção de que por trás de um animal vítima de maus tratos pode haver um tutor com problemas, por isso montamos uma espécie de miniprefeitura, com várias pastas, que envolvem a assistência social, doação de cestas básicas, roupas, medicamentos e tudo aquilo que é necessário, seja para o animal ou para o tutor”, conta. “É importante destacar que o CastraPet nos permite trabalhar juntos para criar um mundo melhor para os animais. Protetores, veterinários e comunidade, todos juntos em favor de uma causa comum”.
Ivana Carraro também é protetora em São José dos Pinhais, responsável pela ONG Grãos de Areia. “Uma luta de 30 anos pela causa”, diz. Durante o mutirão do CastraPet, levou oito gatos para serem atendidos pela equipe médica. Apenas parte de uma população de 26 gatos e 18 cachorros que esperam por adoção.
“Sou só um grãozinho na imensidão do abandono, mas quando consigo bons adotantes, é como se o grão de areia produzisse uma pérola”, explica ela, contando detalhes de uma dessas pérolas que ajudou a salvar. “O Buddy foi um gato que resgatei com esporotricose, 90% do corpo tomado. Ele ficou um ano e quatro meses em tratamento na ONG, foi adotado e hoje mora nos Estados Unidos”, ressalta, sem esconder o sorriso de gratidão.
Quem também sempre aproveita as ações de castração é Osana Tereza Albrecht. Ela mora em Piraquara, também nos arredores da Capital, mas percorre as cidades vizinhas em busca de apoio. Nesse caso, o suporte do CastraPet Paraná. “Os animais são bem cuidados, é feito o pós-operatório. Uma mão na roda essa parceria com o Governo do Estado, nos ajuda muito”, afirma, tutora de 115 cães à espera de um novo lar.
PROGRAMA – Implementado pela Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do Paraná (Sdest), em 2020, o CastraPet Paraná está no quarto ciclo. Essa etapa começou em novembro de 2024 e vai até abril deste ano, com a estimativa de esterilizar 35.282 animais, entre cães e gatos, de 175 municípios de todas as regiões do Paraná.
Inserido no Plano Paraná Mais Cidades (PPMC), estabelecido pelo Governo do Estado para promover o desenvolvimento dos municípios paranaenses, o programa terá investimento nesta etapa de R$ 9.625.000,00. Ao fim deste ciclo, o CastraPet Paraná terá atendido mais de 107 mil animais de 324 municípios (81% do Estado) desde que foi implementado.
A proposta contempla exclusivamente pets da população de baixa renda, de organizações da sociedade civil ou de protetores independentes. Além disso, o programa propõe a educação sobre a tutela responsável de cães e gatos, que contribui para a conscientização ambiental, especialmente entre crianças e adolescentes, um dos requisitos para participar do projeto.
Outra ação que permite que municípios continuem integrados ao CastraPet é a intensificação da vacinação antirrábica, que visa a promoção da saúde pública e do pet. Para isso, o Governo do Estado monitora de perto as atividades organizadas pelas cidades parceiras.
O programa ainda oferece palestras sobre zoonoses e orientações sobre a vacinação e desvermifugação de animais, coordenadas pelo Núcleo de Educação Ambiental do Instituto Água e Terra, autarquia vinculada à Sedest. A colaboração se estende a uma rede que une diversas ONGs e milhares de protetores independentes, todos compartilhando o objetivo comum de elevar a conscientização da sociedade em relação aos animais.
“A iniciativa não se limita apenas a controlar a reprodução de animais, almeja promover uma comunidade mais compassiva, desempenhando um papel crucial na sensibilização sobre a importância da esterilização e na prática da tutela responsável”, afirma a coordenadora técnica e fiscal do Castrapet na Sedest, a médica veterinária Girlene Jacob.
COMO PARTICIPAR – O agendamento de horários para castração dos pets ocorre diretamente em pontos determinados pelas prefeituras, parceiras do Estado na iniciativa. No momento da inscrição, os tutores recebem todas as orientações sobre o pré e pós-operatório. Estão incluídos no CastraPet o recebimento de medicamentos para os cuidados após a cirurgia e a aplicação de um microchip eletrônico para identificação do animal.
Por - AEN