A nova alíquota do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) de 1,9% anunciada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior nesta quarta-feira (20) coloca o Paraná como o estado com a menor tarifa entre todo o Brasil. Com isso, o valor se torna inferior aos 2% praticados por Santa Catarina, Espírito Santo, Acre e Tocantins.
O Paraná praticava IPVA de 3,5% do valor venal do veículo desde 2014 e a redução será de 45%. As tabelas mais caras são de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Confira a alíquota do IPVA em cada estado brasileiro:
PR - 1,9%
SC - 2%
ES - 2%
TO - 2%
AC - 2%
PE - 2,4%
PB - 2,5%
PA - 2,5%
BA - 2,5%
MA - 2% a 3%
MT - 2% a 3%
PI - 2,5% a 3%
SE - 2,5% a 3%
CE - 2,5% a 3,5%
AL - 2,75% a 3,25%
RR - 3%
RO - 3%
RS - 3%
RN - 3%
MS - 3%
AP - 3%
GO - 3% a 3,75%
AM - 3% a 4%
DF - 3,5%
RJ - 4%
MG - 4%
SP - 4%
Ao todo, a redução do IPVA do Paraná vai beneficiar mais de 3,4 milhões de proprietários em todo Estado. O projeto de lei será encaminhado em breve para a Assembleia Legislativa.
Atualmente, a frota tributada do Paraná é de 4,1 milhões de veículos, sendo que 3,4 milhões deles serão beneficiados com a redução – ou seja, quase 83% do total. Fazem parte desse grupo automóveis, motocicletas acima de 170 cilindradas, caminhonetes, camionetas, ciclomotores, motonetas, utilitários, motorhomes, triciclos, quadriciclos e caminhões-tratores.
Os donos de automóveis serão quem mais vão aproveitar a redução. São mais de 2,5 milhões de carros tributados em todo o Paraná e que terão o IPVA reduzido a partir de 2026. Em seguida, aparecem as motocicletas (268,7 mil), caminhonetes (244,7 mil) e camionetas (225,1 mil).
A medida não altera a alíquota de veículos com valores diferenciados. Assim, ônibus, caminhões, veículos de aluguel, utilitários de carga ou movidos a gás natural veicular (GNV) seguem tributados em 1%.
COMPARATIVO – De acordo com levantamento da Receita Estadual, a maior parte da frota tributada paranaense é composta de veículos avaliados em até R$ 50 mil. São 2,3 milhões dentro dessa faixa, o que corresponde a 68,3% dos automotores registrados no Estado.
Pela alíquota atual, de 3,5%, um veículo desse valor seria tributado em R$ 1.750. A partir de 2026, com a nova tributação de 1,9%, essa cobrança cai quase pela metade – R$ 950. Em Santa Catarina, onde o IPVA é de 2%, o imposto ficaria em R$ 1.000, enquanto o carro emplacado em São Paulo teria de arcar R$ 2.000 por causa da alíquota de 4%.
Como destacado pelo governador durante o anúncio desta quarta-feira, a expectativa é que muitos paranaenses que registraram seus veículos em Santa Catarina ou outros estados por causa da menor carga tributária façam o caminho de volta, trazendo-os de volta ao Paraná. "É mais uma medida dentro do nosso compromisso com redução de impostos e da máquina pública. É uma redução de 45%, deixando a alíquota do Paraná como a menor o Brasil", disse Ratinho Junior.
Para o secretário da Fazenda, Norberto Ortigara, essa repatriação dos veículos vai ajudar a equilibrar a redução da alíquota e garantir a saúde fiscal do Estado. “Além de trazer de volta esses veículos que pagavam seus tributos a outros estados, o fato de o Paraná ter o menor IPVA do Brasil deve diminuir a inadimplência, servindo de incentivo para que o contribuinte permaneça em dia com o fisco”, explicou.
Por - AEN
O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) concluiu a etapa de visitas domiciliares da Pesquisa por Amostra de Domicílios do Paraná (PAD-PR). Foram visitadas 73 mil residências, urbanas e rurais, distribuídas nos 361 municípios das 29 regiões geográficas.
O questionário coletou informações referentes à infraestrutura domiciliar, nível de escolaridade, perfil dos moradores e hábitos e condições alimentares. Os dados estão sendo compilados pelas equipes técnicas, com aplicação da modelagem estatística para ponderação e expansão da amostra, e devem ser divulgados ainda em 2025 em um painel interativo.
Maior levantamento já conduzido por um governo estadual no País, a PAD-PR será mais ampla e detalhada em relação à Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), coordenada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que faz 20 mil entrevistas no Paraná. A pesquisa é financiada com recursos do Fundo Paraná, gerido pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), e que conta com 2% da receita tributária anual do Governo do Estado.
O diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado, destacou que a pesquisa fará com que o Estado tenha uma gama maior de informações e indicadores socioeconômicos. “O Ipardes terminou a fase de coleta de campo, nas áreas rurais e urbanas, e fomos muito bem recebidos. Agora estamos na fase interna, com modelagem matemática e estatística, para interpretação dos dados”, afirmou.
Segundo ele, os dados vão ajudar inclusive na elaboração de orçamento do Governo do Paraná e prefeituras. “Os números divulgados pelo IBGE dão uma direção de como o Estado está evoluindo, mas com o PAD-PR teremos um recorte mais específico e regionalizado sobre a situação atual e as perspectivas do futuro do Paraná. Com isso, identificaremos regiões com dificuldades e trabalharemos para elevar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Paraná”, comentou.
Por - AEN
O Paraná terá o menor Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) de todo o Brasil a partir de 2026. O governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciou nesta quarta-feira (20) uma redução de 45% na alíquota, de 3,5% para 1,9% sobre o valor venal. A medida vai beneficiar 3,4 milhões de proprietários em todo Estado. O projeto de lei será encaminhado em breve para a Assembleia Legislativa.
"É mais uma medida dentro do nosso compromisso com redução de impostos e da máquina pública. Cortamos mordomias, incrementamos os investimentos públicos e agora chegamos no momento desse grande anúncio que vai beneficiar todos os paranaenses. É uma redução de 45%, deixando a alíquota do Paraná como a menor o Brasil", disse Ratinho Junior.
Com a nova base de cálculo, por exemplo, um dono de um automóvel de R$ 50 mil que pagava R$ 1.750 de imposto passará a pagar apenas R$ 950 em 2026. De acordo com a Receita Estadual, mais de 68% dos veículos paranaenses estão dentro dessa faixa.
Atualmente, a frota tributada do Paraná é de 4,1 milhões de veículos, sendo que 3,4 milhões deles serão beneficiados com a redução – ou seja, quase 83% do total. Fazem parte desse grupo automóveis, motocicletas acima de 170 cilindradas, caminhonetes, camionetas, ciclomotores, motonetas, utilitários, motorhomes, triciclos, quadriciclos e caminhões-tratores.
Os donos de automóveis serão quem mais vão aproveitar a redução. São mais de 2,5 milhões de carros tributados em todo o Paraná e que terão o IPVA reduzido a partir de 2026. Em seguida, aparecem as motocicletas (268,7 mil), caminhonetes (244,7 mil) e camionetas (225,1 mil).
“Com o menor IPVA do Brasil, o paranaense vai ter mais dinheiro para fazer compras, viajar de férias com a família e investir. É dinheiro no bolso que impulsiona o consumo e movimenta a economia como um todo”, explicou o secretário da Fazenda, Norberto Ortigara. “Tivemos uma experiência bastante positiva no ano passado, com a isenção do IPVA de motocicletas, que trouxe mais qualidade de vida para os paranaenses sem impactar a arrecadação do Estado”.
A medida não altera a alíquota de veículos com valores diferenciados. Assim, ônibus, caminhões, veículos de aluguel, utilitários de carga ou movidos a gás natural veicular (GNV) seguem tributados em 1%.
A alíquota incide sobre o valor venal dos veículos, que é estabelecido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) a partir de uma análise regional dos preços praticados no estado. A divulgação desses dados é feita sempre no final do ano.
EQUILÍBRIO – Para equilibrar a redução da alíquota e garantir a saúde fiscal do Estado, o Governo do Paraná fará algumas alterações no IPVA 2026 – como o aumento da multa por atraso do pagamento do imposto, que passará de 10% para 20%.
A regra de cobrança de juros de mora e multa diária (0,33% ao dia, acrescida de juros da taxa Selic) será mantida, com a multa fixa de 20% sendo aplicada após 30 dias de atraso.
Além disso, o Estado espera aumentar a repatriação de veículos que hoje são emplacados em outras localidades, como Santa Catarina, em que a alíquota é de 2%. Com isso, o tamanho da frota tributada no Paraná deve aumentar, colaborando para esse equilíbrio.
SEGUNDA GRANDE MUDANÇA – Esse é o segundo grande anúncio de mudança do IPVA de Ratinho Junior. No ano passado o Governo do Paraná isentou do imposto veicular donos de motocicletas de até 170 cilindradas, o que beneficiou mais de 732 mil pessoas, principalmente motoboys e entregadores.
Exemplos:
Valor do veículo - valor do imposto (de 3,5% para 1,9%)
R$ 35 mil - de R$ 1.225 para R$ 665
R$ 40 mil - de R$ 1.400 para R$ 760
R$ 45 mil - de R$ 1.575 para R$ 855
R$ 48 mil - de R$ 1.680 para R$ 912
R$ 50 mil - de R$ 1.750 para R$ 950
R$ 60 mil - de R$ 2.100 para R$ 1.140
R$ 80 mil - de R$ 2.800 para R$ 1.520
R$ 100 mil - de R$ 3.500 para R$ 1.900
Por - AEN
A Secretaria da Segurança Pública do Paraná apreendeu R$ 89,6 milhões em drogas por meio dos helicópteros e drones do Projeto Falcão desde 2023, quando o governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciou o investimento com aeronaves hipertecnológicas.
O programa ampliou a cobertura do policiamento aéreo no Estado, que já era realizado por outros dois helicópteros do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA), principalmente para a região de fronteira. Foram 2,3 mil missões realizadas pelas aeronaves Falcão 12 e Falcão 13 desde quando os helicópteros começaram a auxiliar na prevenção de crimes em operações policiais.
Entre os materiais apreendidos com apoio das aeronaves estão 4,1 toneladas de maconha, 458 quilos de cocaína, 45 mil pacotes de cigarros, 6,5 mil produtos eletrônicos e 104 mil cigarros eletrônicos. Além disso, 96 carros, 10 armas de fogo e um helicóptero foram apreendidos.
O Projeto Falcão conta com dois helicópteros Robinson R66, conhecidos como Falcão 12 e Falcão 13, equipados com muita tecnologia. Entre os recursos estão a adaptação do painel da aeronave para utilização com óculos de visão noturna (OVN), Sistema Imageador com câmeras infravermelhas em HD, zoom óptico de alto desempenho (alcance de até 15 km, dependendo das condições), marcador laser, sobreposição de imagem, mapeamento de área, sistema de missões para gerenciamento e planejamento de da operação, farol de busca, alto-falante externo, rádio digital e transmissão de imagens em tempo real direto da aeronave para o comando de missão, entre outras tecnologias aeropoliciais.
"O trabalho integrado das aeronaves Falcão com as unidades em solo proporciona o combate ao crime organizado com tecnologia de última geração", afirmou o secretário da Segurança Pública do Paraná, coronel Hudson Leôncio Teixeira. "Elas estão auxiliando muito as nossas operações, principalmente para orientar as equipes de terra e descobrir fugitivos nas regiões de mata mais fechada".
OPERAÇÕES – No dia 17 de junho, o helicóptero Falcão 13, do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA), resgatou uma mulher que estava desaparecida desde o dia anterior na área rural de Guaíra. Ela foi encontrada com a ajuda de um sensor infravermelho em uma área de mata, após ter saído para colher milho. A operação teve o apoio do Corpo de Bombeiros e do Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron).
Já no dia 13 de junho, durante a Operação Sinergia, em uma ação conjunta entre o BPMOA, o BPFron e o 6º Batalhão de Polícia Militar, a PMPR apreendeu aproximadamente 700 quilos de maconha e prendeu um homem em Céu Azul, no Oeste do Paraná. A droga foi encontrada em uma picape.
No ano passado, as aeronaves ajudaram a Polícia Federal em uma perseguição a um helicóptero carregado de drogas. A abordagem final e apreensão foram feitas em Jaguapitã, na região Norte. A aeronave estava carregada com aproximadamente 243 quilos de cocaína.
A operação começou na região de Guaíra, no Oeste, após o setor de inteligência da Polícia Federal receber a informação de que uma aeronave passaria no local, vinda de Amambai (MS), onde foi visualizada pela primeira vez. A PF começou a utilizar o helicóptero Caçador 06 para monitoramento e recebeu apoio da Polícia Militar com as aeronaves Falcão 01 (Base Norte/BPMOA) e Falcão 13 (Base Oeste/BPMOA).
"É um projeto destinado a simplificar a atuação dos policiais militares. O trabalho integrado com as unidades em solo, principalmente em regiões com acesso mais complexo, proporciona que o crime seja combatido com modernização de última geração", declarou o comandante-geral da Polícia Militar do Paraná (PMPR), coronel Jefferson Silva.
MAIS TECNOLOGIA – Além das aeronaves, o projeto inclui também drones (RPAS) com autonomia de voo de cerca de 40 minutos, câmeras termográficas de alta definição, zoom óptico de 30×, zoom digital de 200×, farol de busca, alto-falante e gerador para operações em locais sem energia elétrica. O projeto continua em expansão com a meta de aquisição de novos equipamentos e aeronaves.
Por -AEN
Uma vertente que tem se destacado no Paraná é o Turismo Agrotecnológico, que desbrava a diversidade territorial e potencial agrícola do Estado.
São visitas guiadas em universidades, indústrias do campo, propriedades, cooperativas e centros de pesquisa, abordando técnicas usadas no meio rural – muitas delas inovadoras – e mostrando destinos estaduais referência na agropecuária.
Para além da busca por lazer e entretenimento, o recorte é mais educacional. Os participantes são, em geral, profissionais e estudantes que buscam entender processos produtivos, seja apenas para aprender ou, até mesmo, levar esses conhecimentos e tecnologias para seus estados e países. A atividade convida turistas a visitarem destinos paranaenses e descobrirem maquinários modernos, práticas sustentáveis e até a biotecnologia usada no meio.
“Diferente do Turismo Rural, que foca na experiência gastronômica e vivência no campo, essa vertente foca no potencial tecnológico do Paraná dentro do mundo agro”, afirmou Irapuan Cortes, diretor-presidente do Viaje Paraná – órgão de promoção do turismo estadual.
O Paraná é destaque em mais esse setor: é líder brasileiro na produção de feijão, erva-mate, cevada e frango, segundo maior produtor nacional de suínos, entre outros, segundo a Secretaria da Agricultura e Abastecimento (SEAB-PR). Além do uso da Agricultura 4.0, ou seja, digitalização da produção agrícola, aumentando a produtividade junto da sustentabilidade.
“Uma das nossas bases é a agricultura, que com os investimentos públicos e privados, se fortalece e fomenta também o turismo. Isso incentiva viajantes e empresas a nos visitarem, buscando entender como o Paraná mantém esse título de referência no setor”, diz Leonaldo Paranhos, secretário estadual do Turismo.
Segundo Anna Vargas, coordenadora de Gestão e Sustentabilidade da Secretaria do Turismo (Setu-PR), o Turismo Agrotecnológico ajuda a valorizar o Interior do Estado – onde muitas inovações para o meio são desenvolvidas.
“O foco é o conhecimento e a troca de saberes, principalmente sobre as técnicas usadas nas produções. Um exemplo é Castro, onde foi desenvolvido um sistema de ordenha robotizado, em que não há contato direto com o animal, uma inovação. Isso chamou a atenção das pessoas de fora, que até hoje visitam o Paraná para conhecer essa tecnologia e levar esse aprendizado para seus estados ou países”, contou.
A ferramenta faz parte do primeiro sistema de ordenha robotizado (VMS) da América do Sul, na Fazenda Santa Cruz de Baixo, em Castro. Pronta com início da operação outubro de 2012, a tecnologia consiste em um braço hidráulico que executa todo procedimento de ordenha sozinho, de forma automática.
Também em Castro, o governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciou recentemente a criação de um laboratório de biotecnologia do leite, que contará com aporte estadual de R$ 20 milhões. O novo laboratório será instalado no Parque Tecnológico Agroleite, conectando conhecimento científico às demandas do mercado.
Outro exemplo inovador é o SteriCerto Plant, tecnologia agrícola de controle biológico para combater fungos, bactérias e pragas em lavouras. A técnica já passou pelos estágios de pesquisa e deve ser empregada em diferentes regiões rurais do Paraná em breve. Ela é resultado de uma cooperação firmada em 2023 entre o Governo do Paraná e o Consulado-Geral da Hungria em São Paulo, adaptando a técnica usada na Europa para as condições climáticas brasileiras.
Pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, há um programa que recebe demandas do setor produtivo para direcionar aos núcleos das universidades estaduais, incentivando a criação de soluções voltadas ao meio agro. O trator elétrico e o protótipo de um veículo aéreo não tripulado (Vant) - drone para pulverização agrícola -, ambos desenvolvidos na Universidade Estadual do Oeste do Paraná, são exemplos dessas inovações que partem do ambiente acadêmico.
MERCADO ESPECIALIZADO – A agência MVM Viagens e Turismo é um dos receptivos paranaenses especializados nesse recorte. Ela faz consultoria de roteiros técnicos para grupos brasileiros e do Exterior. Desde 1999, a empresa orienta sobre destinos e organiza excursões, focadas na produção de diversos itens ligados à agricultura e pecuária.
“Não é apenas visitar uma fazenda, mas conhecer o que se planta, como cultiva, o que se colhe e como vende tal item. A nossa função é organizar tudo isso, porque, pelo contato com técnicas exclusivas e por normas sanitárias, muitos lugares não permitem visitas sem nosso intermédio”, cita Afonso Martins, engenheiro agrônomo e um dos responsáveis pela agência.
No Paraná, alguns dos roteiros da MVM já foram feitos em propriedades e indústrias de Castro (Campos Gerais), Londrina (Norte), Campo Mourão (Noroeste), Cascavel, Medianeira e Foz do Iguaçu (todas na região Oeste). Além de visitas técnicas em Tibagi (também nos Campos Gerais), com grupos de turistas canadenses e ingleses.
“Promovemos um roteiro com guia fluente em outros idiomas se necessário, para que esses profissionais e estudantes consigam entender o diferencial das técnicas empregadas nesse mercado. É importante mostrar esse cenário no Paraná, porque ele movimenta a economia e ajuda, também, os empreendedores do campo”, completou Afonso.
O protagonismo do Paraná na atividade se favorece, também, de iniciativas dos próprios trabalhadores do campo. A Cooperativa de Turismo do Paraná (Cooptur), sediada em Ponta Grossa (Campos Gerais), é a primeira cooperativa nesse formato no Brasil. Criada em 2004, com apoio do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), ela reúne empreendedores do setor, como hotéis, restaurantes, grupos folclóricos e artesãos.
A iniciativa oferece roteiros técnicos, além de treinamentos, imersões, palestras, vivências e workshops. Uma das opções mais procuradas é a Imersão em Cooperativismo, modelo pioneiro que apresenta aos turistas o funcionamento de cases de sucesso de cooperativas, seja na área técnica, de gestão ou social, além dos roteiros turísticos regionais.
Outras experiências incluem rotas temáticas — holandesa, germânica, portuária, da erva-mate e a Intercoop — além de visitas às regiões Oeste e Norte Pioneiro e imersão no Programa de Educação Política do Cooperativismo Paranaense. Neste ano, a cooperativa prepara um novo roteiro internacional, com foco no conhecimento do cooperativismo no Quênia.
Para o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, a Cooptur atua como uma facilitadora de desenvolvimento social e econômico, provando que é possível aprender e cooperar na mesma viagem. “É um exemplo de como o turismo pode ser uma ferramenta poderosa para gerar valor, conhecimento e desenvolvimento para todos os envolvidos”, diz.
ESTADO EM DESTAQUE – A agroindústria é um dos pilares sólidos da economia paranaense há tempos. Os números comprovam: o Paraná liderou as exportações na região Sul entre janeiro e julho de 2025, somando R$ 71,9 bilhões de vendas para o Exterior. A soja é o mais vendido, ao lado de itens como carne de frango in natura, farelo de soja, açúcar bruto e carne suína in natura.
Para fomentar a iniciativa, o Governo do Paraná também conta com o Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR-PR), que tem, entre suas missões, prestar serviço integrado de pesquisa e experimentação agrícola, de assistência técnica e extensão rural. A presença de turistas técnicos também impulsiona a economia, estimulando o comércio e incentivando as agroindústrias para que ampliem as possibilidades de visitação.
“Temos buscado a consolidação de rotas, que abordam também o aspecto técnico-científico, para isso, estamos identificando quais locais são próprios para visitas. O Paraná conta com muitos produtos e técnicas diferenciadas, o que tem despertado a procura de agências de viagens, que estão sintonizadas e buscam cada vez mais esses roteiros em ascensão”, disse Terezinha Busanello, diretora de Turismo Rural do órgão.
Por - AEN
A Secretaria da Educação do Paraná (Seed-PR) realiza a partir desta terça (19) e até quinta-feira (21), em Curitiba, o I Congresso dos Formadores em Ação Municípios.
O encontro é uma ação do Governo do Estado, em parceria com os municípios, com foco na melhoria da aprendizagem e da alfabetização dos estudantes da rede pública matriculados nos anos compreendidos entre a Educação Infantil e o 5º ano do Ensino Fundamental.
Cerca de 250 pessoas participam do encontro, que faz parte das ações do programa Educa Juntos, pelo qual o Governo do Estado tem uma série de ações para apoiar os municípios paranaenses na melhoria da aprendizagem e alfabetização dos estudantes nos primeiros anos de estudos. Entre essas ações está o Formadores em Ação, uma iniciativa de formação continuada para profissionais da rede estadual do ensino, que foi estendida aos professores das redes municipais.
Com caráter de formação continuada, o congresso tem como objetivo ampliar as competências pedagógicas e formativas dos educadores, em alinhamento às diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A programação inclui oficinas, troca de experiências e integração, favorecendo o desenvolvimento profissional e o fortalecimento do Programa Educa Juntos.
“Nossos meninos e meninas, matriculados nas escolas públicas, necessitam deste olhar mais próximo em termos educacionais. Por isso, iniciativas que complementam os conteúdos da educação básica, desde os primeiros anos na escola, fazem toda a diferença na garantia do aprendizado”, afirma o secretário estadual da Educação, Roni Miranda.
FOCO NA ALFABETIZAÇÃO – Pilar do programa Educa Juntos, a distribuição dos materiais didáticos produzidos pelo Governo do Estado tem contribuído diretamente para o avanço da alfabetização das crianças paranaenses. Elaborados pelas equipes técnicas da Seed-PR, eles incluem cadernos de atividades, guias do professor e materiais de apoio ao estudante, todos alinhados ao currículo estadual.
“A padronização de materiais didáticos e metodologias é uma garantia de que todos os nossos alunos tenham acesso ao mesmo nível de conhecimento”, avalia a professora Andréa Campanha Cortez Vanso, que leciona em Londrina e Ibiporã, no Norte do Estado. “Isso é importante para que a qualidade da educação seja a mesma em todo o Estado”.
Voltados à alfabetização em Língua Portuguesa e ao letramento em Matemática, os recursos oferecem suporte ao trabalho dos professores e fortalecem a aprendizagem dos estudantes do Ensino Fundamental. Desde o início de 2025, já foram distribuídos 2,25 milhões de exemplares aos 399 municípios do Paraná, totalizando um investimento que ultrapassa os R$ 14 milhões.
AVALIAÇÃO EDUCACIONAL – Outro eixo central do Educa Juntos é o acompanhamento contínuo da aprendizagem. Para isso, instrumentos como o Sistema de Avaliação da Educação Paranaense (SAEP), a Prova Paraná, Prova Paraná Mais e a avaliação de fluência leitora são aplicados nas redes municipais com suporte técnico da Seed-PR.
Os dados coletados geram relatórios detalhados por escola e por município, oferecendo um retrato fiel da realidade e auxiliando no planejamento de estratégias pedagógicas direcionadas.
Além do monitoramento, o programa também aposta na valorização das redes e escolas, reconhecendo iniciativas bem-sucedidas com premiações e incentivos financeiros. Essa política estimula a gestão baseada em evidências e reforça o compromisso com resultados efetivos na aprendizagem dos estudantes.
FORMAÇÃO DE PROFESSORES – O apoio prestado aos municípios representa outra iniciativa estratégica para o fortalecimento das políticas educacionais, garantindo que as ações de formação continuada cheguem de forma qualificada e estruturada às redes locais.
Esse suporte técnico-pedagógico assegura maior alinhamento entre as diretrizes estaduais e as práticas municipais, promovendo coerência curricular, atualização metodológica e ampliação do impacto sobre a aprendizagem dos estudantes. Somente na edição de 2025, aproximadamente 15 mil professores participaram das formações, refletindo o alcance da iniciativa.
Desde a criação do programa, o número acumulado de participantes já ultrapassa 54 mil profissionais da educação, o que evidencia sua relevância como política pública estruturante para o desenvolvimento da educação básica no Paraná.
Por - AEN