Com 73 mil entrevistas, Ipardes conclui pesquisa de campo do perfil socioeconômico do Paraná

O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) concluiu a etapa de visitas domiciliares da Pesquisa por Amostra de Domicílios do Paraná (PAD-PR). Foram visitadas 73 mil residências, urbanas e rurais, distribuídas nos 361 municípios das 29 regiões geográficas.

O questionário coletou informações referentes à infraestrutura domiciliar, nível de escolaridade, perfil dos moradores e hábitos e condições alimentares. Os dados estão sendo compilados pelas equipes técnicas, com aplicação da modelagem estatística para ponderação e expansão da amostra, e devem ser divulgados ainda em 2025 em um painel interativo.

Maior levantamento já conduzido por um governo estadual no País, a PAD-PR será mais ampla e detalhada em relação à Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), coordenada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que faz 20 mil entrevistas no Paraná. A pesquisa é financiada com recursos do Fundo Paraná, gerido pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), e que conta com 2% da receita tributária anual do Governo do Estado.

O diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado, destacou que a pesquisa fará com que o Estado tenha uma gama maior de informações e indicadores socioeconômicos. “O Ipardes terminou a fase de coleta de campo, nas áreas rurais e urbanas, e fomos muito bem recebidos. Agora estamos na fase interna, com modelagem matemática e estatística, para interpretação dos dados”, afirmou.

Segundo ele, os dados vão ajudar inclusive na elaboração de orçamento do Governo do Paraná e prefeituras. “Os números divulgados pelo IBGE dão uma direção de como o Estado está evoluindo, mas com o PAD-PR teremos um recorte mais específico e regionalizado sobre a situação atual e as perspectivas do futuro do Paraná. Com isso, identificaremos regiões com dificuldades e trabalharemos para elevar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Paraná”, comentou.

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Com redução de 45%, Paraná terá menor alíquota de IPVA do Brasil em 2026

O Paraná terá o menor Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) de todo o Brasil a partir de 2026. O governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciou nesta quarta-feira (20) uma redução de 45% na alíquota, de 3,5% para 1,9% sobre o valor venal. A medida vai beneficiar 3,4 milhões de proprietários em todo Estado. O projeto de lei será encaminhado em breve para a Assembleia Legislativa.

"É mais uma medida dentro do nosso compromisso com redução de impostos e da máquina pública. Cortamos mordomias, incrementamos os investimentos públicos e agora chegamos no momento desse grande anúncio que vai beneficiar todos os paranaenses. É uma redução de 45%, deixando a alíquota do Paraná como a menor o Brasil", disse Ratinho Junior.

Com a nova base de cálculo, por exemplo, um dono de um automóvel de R$ 50 mil que pagava R$ 1.750 de imposto passará a pagar apenas R$ 950 em 2026. De acordo com a Receita Estadual, mais de 68% dos veículos paranaenses estão dentro dessa faixa.

Atualmente, a frota tributada do Paraná é de 4,1 milhões de veículos, sendo que 3,4 milhões deles serão beneficiados com a redução – ou seja, quase 83% do total. Fazem parte desse grupo automóveis, motocicletas acima de 170 cilindradas, caminhonetes, camionetas, ciclomotores, motonetas, utilitários, motorhomes, triciclos, quadriciclos e caminhões-tratores.

Os donos de automóveis serão quem mais vão aproveitar a redução. São mais de 2,5 milhões de carros tributados em todo o Paraná e que terão o IPVA reduzido a partir de 2026. Em seguida, aparecem as motocicletas (268,7 mil), caminhonetes (244,7 mil) e camionetas (225,1 mil).

“Com o menor IPVA do Brasil, o paranaense vai ter mais dinheiro para fazer compras, viajar de férias com a família e investir. É dinheiro no bolso que impulsiona o consumo e movimenta a economia como um todo”, explicou o secretário da Fazenda, Norberto Ortigara. “Tivemos uma experiência bastante positiva no ano passado, com a isenção do IPVA de motocicletas, que trouxe mais qualidade de vida para os paranaenses sem impactar a arrecadação do Estado”.

A medida não altera a alíquota de veículos com valores diferenciados. Assim, ônibus, caminhões, veículos de aluguel, utilitários de carga ou movidos a gás natural veicular (GNV) seguem tributados em 1%.

A alíquota incide sobre o valor venal dos veículos, que é estabelecido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) a partir de uma análise regional dos preços praticados no estado. A divulgação desses dados é feita sempre no final do ano.

EQUILÍBRIO – Para equilibrar a redução da alíquota e garantir a saúde fiscal do Estado, o Governo do Paraná fará algumas alterações no IPVA 2026 – como o aumento da multa por atraso do pagamento do imposto, que passará de 10% para 20%. 

A regra de cobrança de juros de mora e multa diária (0,33% ao dia, acrescida de juros da taxa Selic) será mantida, com a multa fixa de 20% sendo aplicada após 30 dias de atraso.

Além disso, o Estado espera aumentar a repatriação de veículos que hoje são emplacados em outras localidades, como Santa Catarina, em que a alíquota é de 2%. Com isso, o tamanho da frota tributada no Paraná deve aumentar, colaborando para esse equilíbrio.

SEGUNDA GRANDE MUDANÇA – Esse é o segundo grande anúncio de mudança do IPVA de Ratinho Junior. No ano passado o Governo do Paraná isentou do imposto veicular donos de motocicletas de até 170 cilindradas, o que beneficiou mais de 732 mil pessoas, principalmente motoboys e entregadores.

Exemplos:

Valor do veículo - valor do imposto (de 3,5% para 1,9%)

R$ 35 mil - de R$ 1.225 para R$ 665

R$ 40 mil - de R$ 1.400 para R$ 760

R$ 45 mil - de R$ 1.575 para R$ 855

R$ 48 mil - de R$ 1.680 para R$ 912

R$ 50 mil - de R$ 1.750 para R$ 950

R$ 60 mil - de R$ 2.100 para R$ 1.140

R$ 80 mil - de R$ 2.800 para R$ 1.520

R$ 100 mil - de R$ 3.500 para R$ 1.900

 

 

 

 

Por - AEN

 Estado promove congresso de formação continuada para professores de redes municipais

A Secretaria da Educação do Paraná (Seed-PR) realiza a partir desta terça (19) e até quinta-feira (21), em Curitiba, o I Congresso dos Formadores em Ação Municípios.

O encontro é uma ação do Governo do Estado, em parceria com os municípios, com foco na melhoria da aprendizagem e da alfabetização dos estudantes da rede pública matriculados nos anos compreendidos entre a Educação Infantil e o 5º ano do Ensino Fundamental.

Cerca de 250 pessoas participam do encontro, que faz parte das ações do programa Educa Juntos, pelo qual o Governo do Estado tem uma série de ações para apoiar os municípios paranaenses na melhoria da aprendizagem e alfabetização dos estudantes nos primeiros anos de estudos. Entre essas ações está o Formadores em Ação, uma iniciativa de formação continuada para profissionais da rede estadual do ensino, que foi estendida aos professores das redes municipais. 

Com caráter de formação continuada, o congresso tem como objetivo ampliar as competências pedagógicas e formativas dos educadores, em alinhamento às diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A programação inclui oficinas, troca de experiências e integração, favorecendo o desenvolvimento profissional e o fortalecimento do Programa Educa Juntos.

“Nossos meninos e meninas, matriculados nas escolas públicas, necessitam deste olhar mais próximo em termos educacionais. Por isso, iniciativas que complementam os conteúdos da educação básica, desde os primeiros anos na escola, fazem toda a diferença na garantia do aprendizado”, afirma o secretário estadual da Educação, Roni Miranda.

FOCO NA ALFABETIZAÇÃO – Pilar do programa Educa Juntos, a distribuição dos materiais didáticos produzidos pelo Governo do Estado tem contribuído diretamente para o avanço da alfabetização das crianças paranaenses. Elaborados pelas equipes técnicas da Seed-PR, eles incluem cadernos de atividades, guias do professor e materiais de apoio ao estudante, todos alinhados ao currículo estadual.

“A padronização de materiais didáticos e metodologias é uma garantia de que todos os nossos alunos tenham acesso ao mesmo nível de conhecimento”, avalia a professora Andréa Campanha Cortez Vanso, que leciona em Londrina e Ibiporã, no Norte do Estado. “Isso é importante para que a qualidade da educação seja a mesma em todo o Estado”.

Voltados à alfabetização em Língua Portuguesa e ao letramento em Matemática, os recursos oferecem suporte ao trabalho dos professores e fortalecem a aprendizagem dos estudantes do Ensino Fundamental. Desde o início de 2025, já foram distribuídos 2,25 milhões de exemplares aos 399 municípios do Paraná, totalizando um investimento que ultrapassa os R$ 14 milhões.

AVALIAÇÃO EDUCACIONAL – Outro eixo central do Educa Juntos é o acompanhamento contínuo da aprendizagem. Para isso, instrumentos como o Sistema de Avaliação da Educação Paranaense (SAEP), a Prova Paraná, Prova Paraná Mais e a avaliação de fluência leitora são aplicados nas redes municipais com suporte técnico da Seed-PR.

Os dados coletados geram relatórios detalhados por escola e por município, oferecendo um retrato fiel da realidade e auxiliando no planejamento de estratégias pedagógicas direcionadas.

Além do monitoramento, o programa também aposta na valorização das redes e escolas, reconhecendo iniciativas bem-sucedidas com premiações e incentivos financeiros. Essa política estimula a gestão baseada em evidências e reforça o compromisso com resultados efetivos na aprendizagem dos estudantes.

FORMAÇÃO DE PROFESSORES – O apoio prestado aos municípios representa outra iniciativa estratégica para o fortalecimento das políticas educacionais, garantindo que as ações de formação continuada cheguem de forma qualificada e estruturada às redes locais.

Esse suporte técnico-pedagógico assegura maior alinhamento entre as diretrizes estaduais e as práticas municipais, promovendo coerência curricular, atualização metodológica e ampliação do impacto sobre a aprendizagem dos estudantes. Somente na edição de 2025, aproximadamente 15 mil professores participaram das formações, refletindo o alcance da iniciativa.

Desde a criação do programa, o número acumulado de participantes já ultrapassa 54 mil profissionais da educação, o que evidencia sua relevância como política pública estruturante para o desenvolvimento da educação básica no Paraná.

 

 

 

 

 

Por - AEN

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