Mapeamento aéreo contratado pelo Estado ajudará na reconstrução das cidades atingidas pelos tornados
Os produtos contratados pelo Instituto Água e Terra (IAT) neste ano para organizar o novo mapeamento aéreo do Paraná já estão sendo essenciais para a reconstrução dos municípios atingidos por tornados no início deste mês que causaram estragos significativos na região Centro-Sul do Estado.
Rio Bonito do Iguaçu foi a cidade mais atingida e terá de recuperar cerca de 90% do território. O projeto coordenado pelo Governo do Estado conta com investimento de R$ 120 milhões e é executado pelo Consórcio ParanaMap, vencedor da licitação pública.
Uma das aeronaves que integra o projeto sobrevoou toda a área atingida na segunda-feira (10) depois do evento, incluindo os municípios de Rio Bonito do Iguaçu, Guarapuava, Turvo, Candói e Porto Barreiro, a partir de um traçado elaborado por técnicos do Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná).
As imagens produzidas em alta definição, com resolução de 25 centímetros, além de mostrar o antes e o depois da passagem do tornado, servirão agora de balizador para planejar o reordenamento urbano da região. A área percorrida foi de aproximadamente 438 mil hectares.
“A boa engenharia está servindo o Paraná, fazendo com que as decisões sejam rápidas, corretas e assertivas na busca pela preservação ambiental, pela segurança e pela melhoria da qualidade de vida das pessoas atingidas. É a dinâmica e a eficiência que o governador Ratinho Junior pede”, disse o secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável, Rafael Greca.
O objetivo é ter o levantamento aéreo de todo o Paraná até 2027. “Esse é mais uma resposta que o Governo do Paraná traz para a gestão ambiental, com o benefício direto de diferentes áreas da administração pública como é o caso agora de Rio Bonito do Iguaçu”, afirmou o diretor-presidente do Instituto, Everton Souza.
A tecnologia é baseada em imagens de alta resolução, produzidas com o suporte de aeronaves de médio porte e sensores aerofotogramétricos. O equipamento, além de coletar imagens normais coloridas, produz fotografias na banda infravermelha. A tecnologia utilizada no mapeamento estadual combina imagens multiespectrais com o levantamento laser com densidade de 4 pontos/m2. Isso significa que o sensor digital de grande formato captura retratos extremamente nítidas do solo, além do levantamento do relevo e visualização do território em 3D — inclusive sob vegetação.
Juntas, essas ferramentas permitem enxergar o território com riqueza de detalhes, apoiando em decisões rápidas. Ao todo já foram mobilizadas dez aeronaves para o mapeamento completo do Estado, que será cinco vezes mais nítido do que a anterior, configurado a partir de um estudo realizado em 2011 pela Copel (Companhia Paranaense de Energia) na proporção 1:50.000, o que significa que cada unidade mostrada na imagem é referente a 50 mil unidades reais.
Segundo o diretor de Gestão Territorial do IAT, Amílcar Cabral, o Paraná conta, agora, com uma ferramenta de planejamento para diversas áreas do Governo, seja ambiental, de infraestrutura, logística ou educacional. “Eixos essenciais para a reconstrução de Rio Bonito do Iguaçu e região. A partir dessas imagens, o Estado consegue ser mais assertivo na adoção das políticas públicas necessárias para o município”, destacou.
ATENDIMENTO DA CIDADE – No fim de semana, o Governo do Estado começou a enviar as casas pré-fabricadas que ajudarão as famílias atingidas com novas moradias. Ao todo, serão investidos R$ 44 milhões do Tesouro do Estado para a aquisição das 320 residências. O Estado também deu início a entrega dos primeiros 165 cartões que poderão ser utilizados para a compra de materiais de construção e contratação de mão de obra. O benefício de até R$ 50 mil é voltado às famílias que tiveram suas moradias destruídas ou danificadas pelo tornado que atingiu a cidade no dia 7 de novembro.
Por - AEN
O Paraná inicia a semana com de emprego disponíveis nas Agências do Trabalhador. A maior parte das oportunidades se concentra nos setores de produção, agroindústria, comércio e serviços, refletindo o aquecimento do mercado de trabalho no Estado. As funções com mais vagas são alimentador de linha de produção (6.569), abatedor (1.443), magarefe (1.001) e operador de caixa (814).
A regional com maior volume de vagas nesta semana é Cascavel, que reúne 5.705 oportunidades. A agroindústria é o principal motor da região, com destaque para 1.848 vagas de alimentador de linha de produção, além de grande demanda por abatedores e magarefes. Em seguida, no Interior, aparece Campo Mourão, com 3.907 vagas, também impulsionada pela indústria de alimentos. A região concentra 1.421 vagas de alimentador de produção, 600 de magarefe e 329 para auxiliar nos serviços de alimentação.
Na sequência, Foz do Iguaçu aparece com 2.388 vagas, movimentada pelos setores de produção, varejo e serviços, incluindo 864 vagas de alimentador de produção e diversas oportunidades para operadores de caixa e repositores.
A Região Metropolitana de Curitiba soma 4.196 vagas, distribuídas entre produção, comércio e serviços gerais. Somente a Agência de Curitiba conta com 734 oportunidades, com grande procura por operadores de telemarketing, faxineiros, atendentes de lojas e auxiliares de alimentação.
Em Londrina, são 2.197 vagas, refletindo um cenário equilibrado entre varejo, indústria e serviços. A região registra forte demanda por repositores, vendedores e costureiros. Pato Branco tem 1.347 vagas, abrangendo setores como produção, comércio e serviços gerais. Já Umuarama reúne 1.012 oportunidades, com destaque para a indústria de abate e funções operacionais.
Além das vagas gerais, a plataforma Master Job amplia o volume de oportunidades qualificadas. Em Curitiba, são 24 vagas para profissionais com formação técnica ou superior, abrangendo áreas como enfermagem, administração, elétrica, mecânica, psicologia, manutenção e tecnologia. Na Região Metropolitana de Curitiba, são 10 vagas com exigência de graduação completa. Somando Capital e RMC, o Master Job também oferece 9 vagas de estágio nas áreas de Administração, Engenharia Civil, Engenharia de Produção, Logística, Pedagogia e Tecnologia da Informação.
Segundo o secretário do Trabalho, Qualificação e Renda do Paraná, Do Carmo, o grande número de vagas demonstra a confiança das empresas na economia do Estado e o fortalecimento das políticas públicas de empregabilidade. “Estamos ampliando cada vez mais o acesso da população às vagas de emprego e aproximando o trabalhador das oportunidades reais do mercado. Esse volume de vagas mostra que o Paraná segue firme na geração de trabalho e renda, e nossa rede de Agências do Trabalhador está preparada para atender quem busca uma colocação ou recolocação profissional”, afirma.
Por - AEN
Reconhecido como o estado mais sustentável do Brasil em seguidas oportunidades, o Paraná também se destaca por desenvolver e compartilhar soluções sustentáveis que podem se tornar referência para todo o País. É o caso do programa exclusivo criado pelo Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) voltado à verificação e validação de inventários e projetos de carbono, com foco na redução de emissão de gases de efeito estufa (GEE).
Previsto no Plano de Governo do Paraná (2023-2026), o programa foi lançado há dois anos e já foi aplicado em florestas e propriedades rurais de sete cidades do Brasil, abrangendo biomas de três regiões: Sul, Norte e Centro-Oeste. Seu objetivo é validar os resultados das metodologias aplicadas por empresas ou consultorias especializadas na elaboração de projetos e inventários que mensuram a emissão, redução e remoção de carbono, e atestar se ela foi aplicada corretamente.
Ao atestar os resultados de iniciativas para a redução de carbono, o programa converge com a agenda da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que aconteceu em Belém (PA).
Em 2025, por exemplo, o Tecpar emitiu a sua primeira declaração de validação do projeto de carbono para o segmento do agronegócio, concedida para uma propriedade rural do Paraná. Conhecida por suas práticas sustentáveis, a Fazenda Pau Furado, localizada em Teixeira Soares, nos Campos Gerais, possui a certificação internacional RTRS, selo que garante a produção sustentável de soja, e já vende créditos de soja e de milho sustentável para o mercado europeu.
Fabiano Gomes, um dos proprietários, conta que buscou a validação do projeto aplicado de créditos de carbono como um complemento à certificação RTRS. Para ele, além do retorno financeiro, é um benefício importante para a propriedade ter mais essa certificação. “Acredito que todos os agricultores deveriam seguir este exemplo. Agora estamos esperando as negociações desses créditos, já temos muitas empresas de fora do Brasil interessadas na compra, e são volumes muito altos, que agregam mesmo”, afirma.
Ele relata que o processo de avaliação foi tranquilo, já que toda a documentação estava em dia. “A minha avaliação sobre o Tecpar é muito positiva, os auditores são extremamente qualificados e o processo foi muito bem feito, inclusive com visitas presenciais à propriedade”, completa.
A Fazenda Pau Furado conheceu o Tecpar por meio da Biomma Carbon, empresa paranaense e a primeira do Brasil a desenvolver projetos de baixo carbono específicos para o agronegócio e gerar créditos de carbono certificados – utilizando agricultura regenerativa e redução de emissões.
Elaborado pela Biomma Carbon, o projeto de Agricultura de Baixo Carbono implantado na propriedade buscou reduzir a emissão de GEE por meio da adoção de Práticas Agrícolas Sustentáveis, além de gerar remoções de emissão de GEE através de Práticas Agrícolas Regenerativas.
“Essas certificações cooperam para a redução das emissões de gases, e é de extrema importância que mais agricultores pensem dessa forma, porque isso vai agregar bastante na questão ambiental para o nosso país e para o mundo. Esse é um caminho que não tem volta. Precisamos ter sustentabilidade na agricultura, na indústria, e em todos os setores que mais poluem, principalmente daqueles que só emitem, mas não sequestram carbono”, enfatiza.
CONSULTORIAS – Além de atender clientes que definiram uma maneira própria de quantificar a emissão e o estoque de carbono, sem intermediários, o programa também valida as metodologias utilizadas por empresas e consultorias especializadas.
É o caso do Instituto Neo Carbon, que atua no registro de projetos de carbono e de pagamento por serviço ambiental no Brasil, com sede em Joinville (SC). Em 2023, o projeto-piloto realizado pelo Neo Carbon em uma propriedade na cidade de Alto Araguaia (MT) teve os resultados da sua metodologia de carbono avaliados e validados pelo Tecpar.
A metodologia desenvolvida pelo Instituto Neo Carbon pode ser utilizada por qualquer empresa privada, proprietário rural ou pessoa física que queira fazer projetos de carbono e publicar os resultados na plataforma, que tem acesso aberto. Após concluído, o projeto deve passar pelo processo de auditoria, em que todos os cálculos são revistos por uma instituição independente, chamada de verificador ou validador de terceira parte. Esse é o serviço oferecido pelo programa do Tecpar.
Patrícia de Luca Lima Greff, presidente do Instituto Neo Carbon, diz que encontrou o Tecpar ao buscar uma empresa reconhecida no mercado na área de certificação para fazer auditoria de terceira parte para a Certificadora Neo Carbon.
“O Tecpar abriu suas portas para fazer as auditorias dos projetos elaborados pelas metodologias da Neo Carbon e isso foi ótimo para ambas as empresas. Nós desenvolvemos as metodologias, validamos e verificamos cada projeto. O processo foi tranquilo, contamos com uma equipe preparada e com conhecimento para a auditoria. Nosso principal ganho foi o aumento de credibilidade no mercado brasileiro”, afirma.
METODOLOGIA – O programa exclusivo foi desenvolvido pela equipe técnica do Tecpar Certificação e segue uma série de procedimentos embasados em normas e literaturas de referência, como a NBR ISO 14065:2015, que trata dos requisitos para organismos de validação e verificação de gases de efeito estufa. O processo de validação é feito em três etapas: análise documental, visita técnica e recálculo – quando é verificado se a quantificação do carbono que foi estocado ou que deixou de ser emitido está de acordo com a metodologia prevista.
O diretor-presidente do Tecpar, Eduardo Marafon, diz que o avanço do programa representa uma contribuição importante para ajudar o Brasil a promover a sustentabilidade. “Essa iniciativa se soma às demais políticas públicas implementadas pelo Governo, que reforçam o compromisso do Paraná na busca da diminuição dos impactos do desenvolvimento econômico sobre o clima, com a implementação de soluções concretas. Por meio deste programa, o Tecpar se posiciona como um indutor de tecnologias sustentáveis, cumprindo também o seu papel social”, salienta.
MERCADO DE CARBONO – De maneira geral, nesse mercado, empresas criam projetos em florestas ou áreas verdes para conservar regiões ameaçadas de desmatamento. Esses esforços levam à geração de créditos de carbono, que são comercializados com poluidores que querem compensar suas emissões. Um crédito equivale a uma tonelada de carbono absorvida ou que deixou de ser emitida na atmosfera.
Por - AEN
O Governo do Estado vem ampliando espaços de lazer ao ar livre que contribuem para reduzir o período de tela das crianças, que chega a um terço do tempo livre, segundo dados recentes da Fundação Abrinq.
Investimentos em infraestrutura voltada ao lazer, ao esporte e à convivência familiar somam R$ 1,1 bilhão em obras que promovem recreação, atividades esportivas e integração comunitária. O aporte foi feito por meio da Secretaria das Cidades (Secid), desde 2019 até agora.
São ginásios e complexos esportivos, quadras, arenas multiúso, campos com grama sintética (padrão Fifa), parquinhos e academias pelo Programa Meu Campinho, além de playgrounds, ciclovias, parques e praças com equipamentos para a prática de esportes, da ginástica ao skate.
Dez ginásios de esporte estão em execução em diversas regiões do Estado, com destaque para as estruturas de Marechal Cândido Rondon, Mariópolis e Sapopema, que já alcançaram cerca de 80% das obras executadas. No município de Planalto, no Sudoeste, a construção de um Ginásio de Esportes orçado em R$ 13,2 milhões é a maior obra desse tipo já autorizada para licitação pela pasta de Cidades. O espaço vai abrigar competições e eventos esportivos de grande porte, estimulando o esporte local e regional.
Oito pistas de skate já foram concluídas e estão em funcionamento, com destaque para a de Cascavel, no Oeste, a maior obra voltada ao lazer realizada no município, que teve investimento de R$ 717,6 mil do Estado. Na Região Metropolitana de Curitiba, a pista de skate de Campo Largo, também finalizada, recebeu investimento de R$ 695,9 mil.
O secretário estadual das Cidades Guto Silva, Guto Silva, destacou que o Paraná tem transformado obras públicas em espaços de encontro e pertencimento e que, atualmente, há quase R$ 70 milhões em obras de esporte e lazer em execução pela pasta. “O governo estadual busca incentivar hábitos saudáveis e aproximar as famílias por meio do lazer e da prática esportiva, com investimentos que melhoram a qualidade de vida das comunidades”. Ele ressaltou que opções de lazer e esporte não faltam, principalmente para crianças e adolescentes.
MEU CAMPINHO – Além de estruturas pontuais, o Governo do Estado investe em estruturas modulares, por meio do Programa Meu Campinho, que podem conjugar estruturas diversas, que vão de campos de grama sintética com iluminação em LED a academias ao ar livre, praças, pistas de skate, ginásios e complexos de lazer, voltados especialmente às crianças e jovens.
Apenas por esse programa, o investimento acumulado já ultrapassa R$ 251 milhões, com novas estruturas em execução em 38 cidades de várias regiões. O Meu Campinho já levou 411 campos de grama e 975 módulos complementares, como academias e playgrounds, para 234 municípios. Há outros 543 em projetos em diversos status, somando R$ 208 milhões.
TEMPO DE TELA – A Fundação Abrinq lançou, recentemente, uma campanha nacional para alertar sobre o uso excessivo de equipamentos eletrônicos entre as crianças. O vídeo, lançado em outubro, destaca que 33% do tempo livre delas é dedicado a dispositivos digitais, incentivando pais e filhos a retomarem o contato e a interação em atividades fora do ambiente virtual.
Segundo dados do Datafolha, 78% das crianças de até 3 anos e 94% na faixa etária de 4 a 6 anos usam telas diariamente — em média por três horas, mais que o dobro do limite recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria. O Conselho Brasileiro de Oftalmologia aponta que os casos de miopia em crianças e jovens cresceram 70% em quatro anos, em parte pelo uso prolongado de dispositivos.
Por - AEN
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) utiliza tecnologia de ponta para fortalecer a vigilância no Paraná. O Estado é um dos pioneiros na aplicação do Sistema de Informação em Saúde Silvestre – Georreferenciado, o- SISS-Geo. Criada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a ferramenta é fundamental no monitoramento em tempo real de Primatas Não Humanos (PNH), os macacos, que funcionam como sentinelas naturais da febre amarela. Essa atuação contribui com o atual cenário de não haver registros de casos humanos.
A febre amarela é doença viral infecciosa e febril aguda, transmitida pela picada de mosquitos. O SISS-Geo faz o monitoramento nos 399 municípios do Estado. De acordo com o último Informe Epidemiológico da febre amarela, divulgado entre julho de 2024 e junho de 2025, o SISS-Geo registrou 101 notificações de epizootias (macacos doentes ou mortos) em 23 municípios do Paraná. Desse total, nenhuma foi confirmada para febre amarela, resultado da eficácia da vigilância. Foram 44 casos humanos notificados, com nenhum confirmado.
O secretário estadual da Saúde, Beto Preto, ressalta o papel do Estado na proteção da população. “Nossa maior prioridade é evitar que a doença chegue ao ser humano. O SISS-Geo é um sistema do Ministério da Saúde que o Paraná soube utilizar de forma pioneira para transformar o registro de um macaco em um alerta sanitário em tempo real. Essa ferramenta nos permite agir com precisão cirúrgica, reforçando a vacinação e a proteção da população antes que o vírus se propague”.
PIONEIRISMO E TECNOLOGIA — O Paraná foi piloto na aplicação do sistema entre 2018 e 2019. Hoje, o Estado exige a obrigatoriedade da notificação via SISS-Geo junto ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinam) para casos de febre amarela. “O sistema garante que a vigilância seja precisa, pois a notificação — que inclui a foto, espécie do animal e coordenadas — chega à equipe técnica da Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores (DVDTV), Regional de Saúde e Secretaria Municipal em tempo real”, observou a coordenadora da Vigilância Ambiental, Ivana Belmonte.
Essa logística permite à Sesa fazer o mapeamento da área, verificar a proximidade de humanos e decidir se há tempo para coleta da amostra. O aplicativo é georreferenciado e funciona via satélite, o que significa que não precisa de internet para pegar as coordenadas em áreas de mata. Além disso, o SISS-Geo é um aplicativo gratuito que qualquer pessoa pode usar para enviar fotos de animais e receber a identificação da espécie.
Um exemplo da posição de referência do Estado é o projeto de São José dos Pinhais, que usou a plataforma SISS-Geo e recebeu um prêmio Internacional. A iniciativa da cidade da Região Metropolitana de Curitiba teve a parceria da Sesa, Fiocruz, e da Coordenação Geral de Vigilância das Arboviroses da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Essa estratégia de monitoramento de febre amarela rendeu ao município, em 2021, o reconhecimento no 5º Prêmio Internacional Guangzhou, que reconhece práticas inovadoras de sustentabilidade urbana.
ALERTA DA VIGILÂNCIA — A diretora de Atenção e Vigilância em Saúde reforçou que, mesmo com os indicadores positivos, são essenciais a vacinação e os cuidados preventivos. “É fundamental reforçar que a vacina é a única forma comprovada de defesa e que, ao sair para áreas de mata, os paranaenses não podem abrir mão dos cuidados preventivos, como o uso de repelente e roupas longas”, alertou.
COBERTURA VACINAL — Disponível em todas as unidades de saúde do Paraná, a vacina é a única forma comprovada de prevenção. Nesse quesito, o Estado registra 75,59% de cobertura vacinal, enquanto a média nacional é de 72,34%. O imunizante leva cerca de 10 dias para garantir a proteção completa.
Para quem vive ou circula em áreas de mata, a Sesa também recomenda o uso de roupas de manga longa, calça comprida e repelente como medidas adicionais de segurança. Em 2022 foi confirmado um caso humano importado, com Local Provável de Infecção (LPI) no estado de Tocantins (TO), que evoluiu para cura.
FEBRE AMARELA - A Febre Amarela é uma doença viral infecciosa e febril aguda, transmitida pela picada de mosquitos. No Brasil, existem dois ciclos de transmissão: o silvestre, onde macacos e mosquitos silvestres atuam, e o urbano, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti (o mesmo da dengue), mas esse não é registrado no Brasil desde 1942. Vale reforçar que os macacos não transmitem febre amarela. Eles são cruciais como sentinelas naturais, pois adoecem e morrem antes dos humanos, alertando que o vírus está circulando na região.
POr - AEN
A chegada das primeiras estruturas de casas pré-moldadas a Rio Bonito do Iguaçu transformou o pátio de descarregamento em um momento de emoção coletiva.
O Governo do Paraná anunciou a entrega das primeiras unidades das 320 moradias pré-moldadas na última quinta-feira (20). As casas vão abrigar as famílias que perderam tudo com o tornado do último dia 7 de novembro.
Entre os mais emocionados estava o caminhoneiro Orlando Marçal, que há 47 anos cruza as estradas do Brasil. Acostumado a transportar todo tipo de carga, ele diz que poucas viagens tiveram tanto significado quanto esta. “Essa aqui é especial. É muito sofrido, esse povo perdeu tudo. Saber que a gente está trazendo esperança é diferente. As pessoas que perderam tudo agora vão ter uma casinha para retornar”, contou. Orlando já ajudou no transporte de estruturas emergenciais em tragédias como a de São Sebastião (SP), mas afirmou que Rio Bonito ficará marcado. “Se precisar de mais viagem, a gente vai estar aí. Vamos trazer essas casinhas para esse povo e espero que em breve estejam todas de pé", diz.
O também caminhoneiro Edmilson Aparecido de Oliveira, 56 anos, também não conteve as lágrimas ao descer da cabine de um dos caminhões que trouxeram as primeiras casas. Ele conta que fez questão de vir ao município assim que soube da missão. “É gratificante. A gente sabe que está fazendo parte da reconstrução de vidas. Já ajudei em outras tragédias, mas aqui mexeu comigo”, disse. Elle imagina o dia em que contará aos netos que participou desse momento. “No futuro vou dizer: ‘Seu avô fez parte disso’. Estou emocionado, mas feliz em estar ajudando", afirma.
As casas são produzidas pela empresa Tecverde, em sistema woodframe, que reduz o tempo de construção. O gerente-geral de obras, Leandro Moraes, explica que o trabalho funciona como uma linha de produção. Primeiro é feita a fundação rasa, que já recebe embutidas as instalações elétricas, hidráulicas e de gás. Após três dias de cura do concreto, as paredes, que também chegam prontas, com esquadrias e instalações, são montadas. Na sequência, entram o telhado e os acabamentos finais: cerâmica, pintura, louças e metais.
“A família receberá a casa totalmente pronta, pintada, com água, luz e esgoto funcionando”, afirma Moraes. Ele conta que a equipe já atuou em situações emergenciais no País, mas o cenário em Rio Bonito do Iguaçu tem um peso especial. “É mais do que construir casas. É fazer parte de uma história de recuperação. É algo muito gratificante", reflete.
NOVAS CASAS - Ao todo, 320 moradias serão construídas com investimento de R$ 44 milhões do Governo do Paraná. As primeiras unidades saíram de Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, na tarde de quinta-feira. Parte delas será instalada nos terrenos das próprias famílias, e outra parte em área doada pela prefeitura.
"“Essas casas carregam muito mais do que madeira e concreto. Elas carregam solidariedade, carinho e a vontade de todo o Paraná, e de todo o Brasil, de ajudar Rio Bonito a se reerguer. Desde o primeiro dia trabalhamos com agilidade porque as famílias têm pressa. E cada caminhão que chega, cada casa que começa a subir, é a prova de que ninguém está sozinho nessa reconstrução", celebra o governador Carlos Massa Ratinho Junior.
A chegada das casas ocorre simultaneamente à entrega dos primeiros Cartões Reconstrução, benefício de até R$ 50 mil para reposição de materiais e contratação de mão de obra. As medidas fazem parte da etapa de reconstrução iniciada após a finalização do atendimento emergencial às vítimas.
Por- AEN






























