Processo seletivo do Programa de Desenvolvimento Educacional oferta 2 mil vagas

A Secretaria de Estado da Educação publicou nesta quarta-feira (06) o Edital nº 138/2024 – GS/SEED, que define os critérios para o processo seletivo interno de professores do Quadro Próprio do Magistério (QPM) para o Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) 2025. O documento estabelece a oferta de 2.000 vagas ao programa de formação continuada dos docentes da rede pública estadual.

O processo seletivo é destinado a professores que estejam nas Classes 8 a 11, no Nível II da carreira, conforme as especificações. As inscrições devem ser feitas exclusivamente pela internet, no site do Instituto Consulplan, até as 16h do dia 22 de novembro. Não há taxa de inscrição, mas é responsabilidade de cada candidato acompanhar a divulgação de todos os atos referentes ao processo seletivo.

A seleção será composta por duas fases: uma prova objetiva e uma didática. A prova objetiva, de caráter classificatório e eliminatório, será dividida em questões de Fundamentos da Educação e conhecimentos específicos da área ou disciplina de inscrição do candidato. Os candidatos classificados nessa primeira fase serão convocados para a prova didática, que consistirá na apresentação de uma aula ou plano de ação previamente elaborado e gravado.

O PDE 2025 é uma parceria entre a Secretaria e instituições de ensino superior, com atividades de formação a distância, excetuando-se as práticas presenciais de implementação de projetos. O objetivo é aprimorar continuamente os professores, capacitando-os com novas metodologias e estratégias pedagógicas que garantam a qualidade no ensino. Ele oferece valorização profissional e pode resultar em progressão na carreira.

As formações do PDE são realizadas preferencialmente na instituição de ensino onde o professor atua, ou em locais vinculados à SEED, como Núcleos Regionais de Educação (NRE), sindicatos, e demais entidades parceiras. É importante destacar que os professores não terão afastamento laboral durante o programa, devendo conciliar as atividades do PDE com suas funções docentes.

A primeira fase, a prova objetiva, será aplicada em 15 de dezembro de 2024, com duração de 3h30. Os locais de prova serão divulgados no site do Instituto Consulplan a partir do dia 9 de dezembro. Apenas os candidatos que alcançarem a pontuação mínima de 50 pontos na prova objetiva e estiverem classificados entre até cinco vezes o número de vagas oferecidas por disciplina participarão da segunda fase.

A prova didática será composta pela gravação de uma aula ou apresentação de um plano de ação, conforme as especificações de cada disciplina. Os vídeos devem ter duração de 10 a 12 minutos, e os candidatos deverão garantir a qualidade técnica da gravação. Os resultados finais do processo seletivo, somando as notas das duas fases, serão divulgados no portal da SEED e no site do Instituto Consulplan.

Para mais informações, o edital completo está disponível no site do Instituto Consulplan, onde os candidatos podem se inscrever e acompanhar todas as atualizações sobre o processo seletivo.

 

 

 

 

 

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 Agências do Trabalhador vão intermediar 2,5 mil vagas temporárias no final do ano

Com a proximidade da Black Friday e das festas de fim de ano, os setores de comércio, serviços e indústrias estão buscando trabalhadores para ajudar na demanda de fim de ano.

São as famosas vagas temporárias, comuns nessa época do ano. Segundo estimativa da Secretaria de Estado do Trabalho, Qualificação e Renda (SETR), somente nas Agências do Trabalhador deverão ser intermediadas 2,5 mil vagas em todo o Estado.

Uma sondagem feita pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio-PR) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Paraná (Sebrae/PR) aponta que 20,3% dos empresários paranaenses pretendem contratar trabalhadores temporários, enquanto que em 2023 esse índice era de 15%. Esse é o melhor resultado desde 2021, período que houve retomada das vendas com a melhoria do quadro da pandemia, quando o índice chegou a 37,5%.

O setor do turismo é o que mais deve contratar mão de obra temporária em 2024. Segundo a sondagem, 32,6% das empresas neste segmento estão dispostas a contratar no fim de ano. No comércio, esse número é de 22,9% e, nos serviços, 13,7%. Quando perguntados sobre a quantidade de pessoas a serem contratadas, 66,6% das empresas devem empregar até cinco funcionários; 25% apenas uma pessoa; 4,2% de seis a 10; e 4,2% acima de 10 pessoas.

A expectativa de quem busca essas vagas é de que, após o período de contrato temporário, o funcionário possa ser efetivado na empresa, sobretudo por haver uma espécie de renovação em alguns setores no início de cada ano. Cerca de 91,6% dos trabalhadores com contrato com prazo determinado podem ser efetivados no cargo, mostra o levantamento.

Para o secretário do Trabalho, Qualificação e Renda, Mauro Moraes, as vagas temporárias no final do ano ajudam a movimentar a economia e, consequentemente, o mercado de trabalho para o próximo ano. “As oportunidades do comércio são sempre aguardadas e complementam o orçamento das famílias neste período. A indústria também tem sido uma grande surpresa, pois é preciso produzir o que será consumido. Por isso, muitas oportunidades surgem nesses setores, que também podem efetivar os funcionários temporários”, ressalta.

MUTIRÕES – A SETR promoveu, em outubro, um mutirão com mil vagas temporárias na Agência do Trabalhador de Curitiba para os setores de comércio, indústria e serviços. Cerca de 22 empresas participaram, entre elas Cacau Show, Condor, Pernambucanas, Lojas Americanas, Kopenhagen, Hering, Centauro, O Boticário e Barion.

Segundo o gerente da Agência de Curitiba, Rafael Santos, um segundo mutirão já está programado para o dia 19 de novembro. “No ano passado nós planejamos um e acabamos realizando dois mutirões, devido ao grande sucesso do primeiro. Agora, nesse ano, já planejamos dois, pegando tanto os temporários que começam em novembro, para quem já tem o foco na Black Friday, como também os contratos de 30 dias, em dezembro, com Natal e Ano Novo”, afirma. As regionais do Interior também contam com oportunidades nessa modalidade.

A grande maioria das vagas abertas nesta época do ano são para o comércio, principalmente em shoppings e lojas em geral. “Hoje já não existe um perfil específico para as vagas, mas geralmente as empresas procuram por pessoas acima de 18 anos, com ensino médio completo e, em grande parte delas, sem experiência. Claro que a pessoa ter experiência ou uma qualificação, principalmente no setor do comércio, ajuda a sair na frente”, acrescenta Santos.

Somente a Agência do Trabalhador Central de Curitiba faz, em média, de 400 a 500 atendimentos por dia, número impulsionado pelos mutirões todos os meses. A partir de outubro cresce a procura, por parte de quem deseja trabalhar, de vagas especificamente temporárias, indo ao encontro da demanda apresentada pelos setores produtivos.

Nos mutirões, por exemplo, o interessado pode se candidatar para mais de uma vaga, passando pelo processo seletivo da empresa que, muitas vezes, acontece no mesmo dia. É a oportunidade de sair de casa sem emprego e voltar com a vaga garantida.

A sondagem da Fecomércio e Sebrae também mostra as principais vagas a serem ocupadas pelos trabalhadores temporários. A maioria é para atendente geral (38,9%), seguida de vendedor (27,8%), auxiliar de cozinha (12,5%), construção civil e profissional especializado (11,1% cada), e auxiliar geral e serviços gerais (8,3% cada).

EMPRESAS – Na primeira edição do mutirão de vagas temporárias, a rede de supermercados Condor abriu 100 vagas, todas preenchidas. A expectativa é de que a empresa possa contratar ainda mais profissionais, destaca a head de RH da empresa, Charmoniks da Graça Heuer.

“Começamos com as temporárias no final de outubro e seguimos até dezembro, com vagas para operador de caixa e repositor, em razão do aumento da demanda devido às festividades. Os contratos são de 90 dias, mas dependendo do funcionário, ele já é efetivado em janeiro”, explica Charmoniks.

A empresa planeja participar do próximo mutirão, no dia 19. “A gente participa de todos. Os nossos funcionários são contratados via Agências do Trabalhador, que para nós é o melhor caminho. Temos mais 150 vagas para preencher, só de temporárias, em Curitiba e Região Metropolitana”, acrescenta.

Quem já conquistou uma vaga e irá passar o final de ano empregado é Mauricio Tavares dos Santos, 62 anos, que participou do mutirão no dia 30 e começou no trabalho nesta terça (5). Ele é paulista e mora em Curitiba há cinco anos. “Eu trabalhava por conta e sempre estava de olho buscando uma outra colocação. Quando apareceram as vagas na Agência do Trabalhador eu fui até lá, fiz algumas entrevistas até chegar ao Condor”, lembra.

“Na hora eles já me chamaram, falaram que tinha vaga para o meu perfil e já me encaminharam para o exame médico. Foi bem rápido, tranquilo, até me surpreendeu bastante”, ressalta Tavares. Segundo ele, a expectativa é passar esse período e, com o bom trabalho, continuar na empresa com carteira assinada. “Espero poder continuar depois desse período de 45 dias”.

CARTEIRA ASSINADA – E dá para terminar o ano com carteira assinada. As Agências do Trabalhador do Paraná e postos avançados começaram a primeira semana completa de novembro com a oferta de 19.766 vagas de emprego com carteira assinada no Estado. A maior parte é para alimentador de linha de produção, com 4.528 oportunidades. Na sequência, aparecem as de operador de caixa, com 1.015 vagas, vendedor de comércio varejista, com 748, e atendente de lojas e mercados, com 582.

 

 

 

 

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 Sem custódia de presos, Polícia Civil do Paraná aumenta em 463% número de operações

Em janeiro de 2019, a Polícia Civil do Paraná (PCPR) detinha quase 12 mil presos sob sua custódia, o maior contingente do Brasil. A resolução dessa situação que causava distorções graves na estrutura da segurança pública era uma das principais demandas da sociedade naquele momento.

Com o tempo, a gestão que assumiu naquele mês intensificou a retirada dos presos das delegacias, chegando a 2024 com a situação totalmente equacionada, novos presídios entregues e o mais importante: policiais civis dedicados à sua função constitucional.

O principal resultado prático dessa ação é que o Paraná deixou a última posição no ranking nacional de solução de homicídios e alcançou a primeira posição em 2020, segundo pesquisa do Instituto Sou da Paz. A medida também permitiu que o número de operações contra o crime organizado aumentasse 144% já em 2019, indo de 94 em 2018 para 230 operações naquele ano. Na comparação com 2023, ano com 530 operações, o crescimento é ainda mais expressivo: 463%.

Com o fim da custódia de presos, os policiais civis passaram a se dedicar exclusivamente às atividades de polícia judiciária, especialmente às investigações e ações de repressão qualificada, o que aumentou os índices de solução de crimes complexos. A essa medida se somou outras iniciativas como contratação de novos policiais civis, reformulação da carreira e construção/reforma de novas delegacias.

“É um cenário antes e depois. No dia a dia vemos nossa instituição mais capacitada, moderna e com melhores condições de trabalho para nossos policiais civis, o que se reflete em um serviço de excelência prestado aos paranaenses”, destaca o delegado-geral da PCPR, Silvio Jacob Rockembach. "O governador Ratinho Junior transformou um problema histórico em uma oportunidade de modernização da nossa Polícia Civil. O Paraná hoje é referência nacional em investigação criminal, mesmo nos casos mais complexos, colocando um fim na impunidade".

Em 2018, antes do fim da custódia de presos pela PCPR, o Paraná apresentava o pior percentual de resolução de homicídios do Brasil, com 12%, segundo o relatório “Onde Mora a Impunidade”. No ano seguinte (2019), com a intensificação promovida pelo governo estadual, o percentual saltou para 49%, ultrapassando a média nacional de 35% de esclarecimento de homicídios, colocando o Estado na sétima posição. Em 2020, o percentual de crimes violentos letais elucidados aumentou para 78% e se manteve muito perto (76%) em 2021.

Esses indicadores foram classificados pela pesquisa como de alto desempenho, posicionando o Paraná no primeiro lugar do ranking nacional de resolução de homicídios, de forma consecutiva. No Rio Grande do Norte, que fecha o levantamento, o índice é de apenas 9%. A média nacional está em 35%.

Dados internos da PCPR mostram que a elucidação de homicídios segue crescendo, tendo atingido 84% em 2023. Os índices paranaenses superam consideravelmente a taxa de esclarecimento de homicídios de países como os Estados Unidos, que tem uma efetividade de 54%.

Isso também reflete em operações. As ações de repressão qualificada, focadas no combate ao crime organizado, necessitam de trabalho de inteligência e efetivo policial qualificado. Com o fim da custódia nas delegacias, delegados, agentes de polícia judiciária e papiloscopistas passaram a dedicar mais tempo a investigações de alta complexidade, executando ações de forma mais eficiente.

Os números de operações contra o crime organizado registraram aumento significativo com o direcionamento de recursos humanos, bem como a melhoria da estrutura, inclusive tecnológica, para as ações de polícia judiciária. A PCPR saiu da faixa de 90/100 operações qualificadas por ano para 530 ações em 2023 e até o fim de outubro deste ano a instituição já ultrapassou o total do ano passado, com 546 operações, marcando um crescimento de 480% em relação a 2018.

Os exemplos são semanais. Nesta semana, uma operação desmantelou uma organização criminosa especializada no tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro em Foz do Iguaçu. No total, foram bloqueados aproximadamente R$ 10 milhões em ativos, incluindo imóveis, veículos e valores em contas bancárias.

Na semana passada, a PCPR prendeu quatro pessoas durante uma operação de combate à exploração sexual infantojuvenil praticada virtualmente. A ação ocorreu simultaneamente em cinco municípios paranaenses: Curitiba e Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana da Capital; Guaratuba, no Litoral; Palmas, no Sul do Estado; e Nova Londrina, no Noroeste. Outra ação recente prendeu em flagrante três indivíduos envolvidos em um esquema de adulteração de farelo de soja.

POLÍCIA PENAL – O Governo do Estado intensificou a remoção de presos das carceragens em 2019, concluindo o processo em 2021 por meio de um decreto estadual, passando a plena gestão da totalidade das pessoas privadas de liberdade para a Polícia Penal, que também foi criada pelo governador Ratinho Junior. Ela assumiu as atividades de muralha, escolta e intervenção penitenciária, funções que anteriormente eram competências da Polícia Militar, e a gestão das carceragens, antes trabalho da Polícia Civil.

Para acomodar esse contingente de presos, houve reforço e melhorias na infraestrutura. Entre as obras estão a Penitenciária Estadual de Ribeirão do Pinhal, as Casas de Custódia de Umuarama e Laranjeiras do Sul, a ampliação da Penitenciária Industrial Marcelo Pinheiro – Unidade de Progressão (PIMP-UP), de Cascavel, e a ampliação da Penitenciária Estadual de Piraquara II (PEP II). Apenas esses projetos somam 3.139 novas vagas.

 

 

 

 

 

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 Pesquisadores do Paraná usam Inteligência Artificial para combate da ferrugem da soja

O professor Marcelo Giovanetti Canteri, do Departamento de Agronomia da Universidade Estadual de Londrina (UEL), é diretor do Centro de Inteligência Artificial no Agro (Ciagro), que reúne pesquisadores de várias instituições paranaenses focadas no desenvolvimento de tecnologias para o campo. 

Atualmente, ele coordena um projeto em parceria com o Departamento de Computação (CCE) da instituição para a aplicação de IA na agricultura, especificamente no monitoramento e combate à ferrugem da soja, dentro do Alerta Ferrugem.

A ferrugem da soja (ou asiática, seu continente de origem) é uma doença causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi e que ataca as folhas da planta. É a principal doença da soja e já causou significativas perdas de safra no passado.

Além da UEL, IDR-PR, Adapar, UTFPR, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Faep e Fundação ABC também estão unidas para monitorar mais de 200 coletores espalhados pelas plantações de soja. É uma área que começa em Assis (SP), passa por Londrina e Campo Mourão, chega a Cascavel, e vai para Pato Branco e Guarapuava.

Os coletores são “armadilhas” montadas sobre as plantas que, com o vento, capturam o fungo. E se antes era preciso que o pesquisador fosse na armadilha in loco para ver o resultado e depois analisar com a ajuda de um microscópio, com a IA ele pode monitorar a presença (ou não) dos esporos sem sair do laboratório, pois a tecnologia permite identificar automaticamente os esporos coletados. O IDR-PR implantou a rede de armadilhas

De acordo com o professor, a ferrugem é uma praga em seu sentido pleno. "Mesmo com todas as medidas de combate, como o vazio sanitário anual, a pesquisa em torno do controle biológico e o desenvolvimento de espécies de soja mais resistentes, ela volta todo ano e exige a aplicação de fungicidas", diz. Em média, anualmente, é preciso usar os produtos em uma área de 40 milhões de hectares.

O coordenador estadual do projeto de Grãos Sustentáveis do IDR-Paraná, Edivan Possamai, destaca que o Paraná, por meio do IDR-PR, foi pioneiro na organização de uma rede de coletores de esporos da ferrugem-asiática, especialmente nos últimos oito anos. São, em média, 160 coletores anualmente instalados e auxiliando os agricultores na tomada de decisão. "Com este trabalho, é possível reduzir em 35% as aplicações de fungicidas, com menos custos para o produtor e menos impacto ambiental", afirma.

O projeto objetiva reduzir os custos para os produtores a partir do monitoramento mais eficaz, porque outros fatores também interferem e sobre eles é possível agir. Três aspectos devem ser levados em conta: a planta, o clima e o próprio fungo. O Ciagro está automatizando a observação dos três fatores, antecipando a chegada de dados e assegurando decisões mais rápidas.

Os testes de monitoramento da safra 2023/2024 analisaram dois dos três aspectos: o clima e o patógeno (fungo). Para a próxima safra (24/25), entra o monitoramento do plantio. O professor Marcelo observa que, com o tempo, o fungo vem aumentando sua resistência aos fungicidas, daí a necessidade premente de desenvolver tecnologia de combate à praga. Novos fungicidas também são criados, mas o uso da IA pode indicar o melhor momento para usá-los, e até se compensa fazê-lo ou o quanto, dependendo das características de cada região.

Os dados climáticos são um componente importante da pesquisa. Antes levavam até duas semanas para serem determinados, e agora ficam disponíveis em dois dias. Isso faz funcionar melhor, por exemplo, o alerta virtualmente emitido pelo Consórcio Antiferrugem da Embrapa, que disponibiliza informações sobre a dispersão da ferrugem em todo o País.

Cada região tem seus índices pluviométricos e de umidade e é observada singularmente. Pato Branco e Guarapuava, por exemplo, são conhecidas pelo clima úmido e plantio tardio. E o tempo do plantio também conta: se for feito no tarde, o fungo chega com a planta menos desenvolvida, aumentando o risco de prejuízo, ou seja, aumentando a necessidade de aplicação de fungicida, o que significa mais gastos.

Apesar de ser um projeto de pesquisa, há ações de extensão, uma vez que envolve diretamente produtores rurais. A Embrapa e o IDR atuam neste aspecto. Fora isso, o projeto tem sido disseminado através de publicações, participações em eventos científicos e redes sociais. Já foram publicados trabalhos em periódicos da área de Agronomia e apresentados em eventos da Computação. O Ciagro já promoveu dois workshops sobre o uso de IA na agricultura e o terceiro será no final de novembro.

EVENTO – Em 27 de novembro, a Adapar vai promover um fórum técnico para definição dos períodos de Vazio Sanitário e do calendário de semeadura da soja para o Paraná na safra 2025/26. Esta proposição e discussão com os setores produtivos visa estabelecer as datas a serem encaminhadas ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), para que a análise seja realizada em harmonia com as demais Unidades de Federação.  

"Essas medidas legislativas são importantes para o Manejo da Ferrugem Asiática da Soja, pois, uma vez adotadas, são o princípio para a redução da pressão de inóculos da doença. Além disso, a janela de semeadura mais restrita pode proporcionar uma menor aplicação de fungicidas para o controle da ferrugem, que possibilita uma menor pressão nos ativos utilizados para o manejo da doença à campo", explica o chefe da divisão de Vigilância e Prevenção de Pragas em Cultivos Agrícolas e Florestais da Adapar, Marcílio Araújo.

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

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