Paraná

Mapeamento aéreo contratado pelo Estado ajudará na reconstrução das cidades atingidas pelos tornados

 Mapeamento aéreo contratado pelo Estado ajudará na reconstrução das cidades atingidas pelos tornados

Os produtos contratados pelo Instituto Água e Terra (IAT) neste ano para organizar o novo mapeamento aéreo do Paraná já estão sendo essenciais para a reconstrução dos municípios atingidos por tornados no início deste mês que causaram estragos significativos na região Centro-Sul do Estado.

Rio Bonito do Iguaçu foi a cidade mais atingida e terá de recuperar cerca de 90% do território. O projeto coordenado pelo Governo do Estado conta com investimento de R$ 120 milhões e é executado pelo Consórcio ParanaMap, vencedor da licitação pública.

Uma das aeronaves que integra o projeto sobrevoou toda a área atingida na segunda-feira (10) depois do evento, incluindo os municípios de Rio Bonito do Iguaçu, Guarapuava, Turvo, Candói e Porto Barreiro, a partir de um traçado elaborado por técnicos do Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná).

As imagens produzidas em alta definição, com resolução de 25 centímetros, além de mostrar o antes e o depois da passagem do tornado, servirão agora de balizador para planejar o reordenamento urbano da região. A área percorrida foi de aproximadamente 438 mil hectares.

“A boa engenharia está servindo o Paraná, fazendo com que as decisões sejam rápidas, corretas e assertivas na busca pela preservação ambiental, pela segurança e pela melhoria da qualidade de vida das pessoas atingidas. É a dinâmica e a eficiência que o governador Ratinho Junior pede”, disse o secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável, Rafael Greca.

O objetivo é ter o levantamento aéreo de todo o Paraná até 2027. “Esse é mais uma resposta que o Governo do Paraná traz para a gestão ambiental, com o benefício direto de diferentes áreas da administração pública como é o caso agora de Rio Bonito do Iguaçu”, afirmou o diretor-presidente do Instituto, Everton Souza.

A tecnologia é baseada em imagens de alta resolução, produzidas com o suporte de aeronaves de médio porte e sensores aerofotogramétricos. O equipamento, além de coletar imagens normais coloridas, produz fotografias na banda infravermelha. A tecnologia utilizada no mapeamento estadual combina imagens multiespectrais com o levantamento laser com densidade de 4 pontos/m2. Isso significa que o sensor digital de grande formato captura retratos extremamente nítidas do solo, além do levantamento do relevo e visualização do território em 3D — inclusive sob vegetação.

Juntas, essas ferramentas permitem enxergar o território com riqueza de detalhes, apoiando em decisões rápidas. Ao todo já foram mobilizadas dez aeronaves para o mapeamento completo do Estado, que será cinco vezes mais nítido do que a anterior, configurado a partir de um estudo realizado em 2011 pela Copel (Companhia Paranaense de Energia) na proporção 1:50.000, o que significa que cada unidade mostrada na imagem é referente a 50 mil unidades reais.

Segundo o diretor de Gestão Territorial do IAT, Amílcar Cabral, o Paraná conta, agora, com uma ferramenta de planejamento para diversas áreas do Governo, seja ambiental, de infraestrutura, logística ou educacional. “Eixos essenciais para a reconstrução de Rio Bonito do Iguaçu e região. A partir dessas imagens, o Estado consegue ser mais assertivo na adoção das políticas públicas necessárias para o município”, destacou.

ATENDIMENTO DA CIDADE – No fim de semana, o Governo do Estado começou a enviar as casas pré-fabricadas que ajudarão as famílias atingidas com novas moradias. Ao todo, serão investidos R$ 44 milhões do Tesouro do Estado para a aquisição das 320 residências. O Estado também deu início a entrega dos primeiros 165 cartões que poderão ser utilizados para a compra de materiais de construção e contratação de mão de obra. O benefício de até R$ 50 mil é voltado às famílias que tiveram suas moradias destruídas ou danificadas pelo tornado que atingiu a cidade no dia 7 de novembro.

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

SICREDI 02