Maçã, chá preto e feijão: veja alimentos que ajudam a recuperar disposição após noite mal dormida

Já dormiu mal e sentiu que seu dia começou com o pé esquerdo? Todos sabemos que é durante o sono que recuperamos as energias.

Portanto, se esse descanso não foi suficiente, você vai para o próximo dia com menos bateria que o necessário. No entanto, alguns alimentos podem ajudar você a enfrentar o dia seguinte, aumentando a disposição e o melhorando o humor.

Não descansar o suficiente durante a noite afeta diretamente o humor, aumentando o risco de se sentir irritado, deprimido ou ansioso. Um estudo feito por pesquisadores da da Universidade de Oxford, no Reino Unido, comprovou que a perda de sono causa mudanças emocionais.

Frutas

A banana, por exemplo, é rica em triptofano — um aminoácido essencial para o corpo e fundamental na produção de serotonina "conhecida como o hormônio da felicidade". Este neurotransmissor ajuda na sensação de bem-estar (muito afetada após uma noite mal dormida) e regula o sono da próxima noite.

O kiwi também é uma fonte de serotonina, o que ajuda a manter a disposição durante o dia e contribui para uma noite de sono reparadora.

Frutas vermelhas, maçã e abacate também possuem compostos bioativos que proporcionam um descanso pronfundo durante o sono.

Ovos

Os ovos também são uma fonte de triptofano, além de possuírem vitaminas, proteínas, gorduras boas e nutrientes essenciais para o corpo. Tudo isso contribui para o aumento de energia no corpo.

Alimentos com fibras

As fibras são encontradas em frutas, verduras, legumes e cereais integrais. Elas ajudam no funcionamento e equilíbrio do trato gastrointestinal — promovendo o aumento de bactérias benéficas e ajudando na formação do bolo fecal. A serotonina é, em sua maioria, produzida no intestino. Por isso, o bom funcionamento intestinal é fundamental para regular o sono e melhorar o humor.

Leguminosas

As leguminosas, como ervilha, feijão e soja, possuem triptofano e ajudam na produção de serotonina. Por conta disso, elas contribuem para uma noite de sono mais tranquila e reparadora.

Água

Quem dormiu pouco à noite, tende a ficar com dor de cabeça durante o dia seguinte, devido ao excesso de fatores estressores ao cérebro. O sono reparador elimina toxinas nocivas ao principal órgão do corpo humano. Manter-se hidratado — consequentemente hidratando também as células cerebrais — diminui as chances de dores de cabeça. Além disso, o corpo precisa de água suficiente para funcionar adequadamente, inclusive para produzir hormônios como a serotonina.

Alimentos e bebidas estimulantes

Você deve estar se perguntando: e o café? Sim, para quem precisa de energia após uma noite de sono mal dormida, bebidas com cafeína podem ajudar. Guaraná, chá mate, chá verde, chá preto e chocolate também são bons estimulantes e podem contribuir na melhoria da disposição.

Mas é preciso ter cuidado no consumo dessas bebidas e alimentos. Evite consumi-los à noite, pois podem prejudicar seu próximo sono. Especialistas remendam que produtos que contenham cafeína sejam ingeridos até oito horas antes do momento de ir para a cama, já que cada organismo tem seu próprio ritmo metabólico e elimina a substância de maneira diferente.

 

 

 

 

 

Por - Revista Extra

 Atividade econômica brasileira contraiu 0,2% em outubro

A atividade econômica brasileira apresentou queda em outubro deste ano, de acordo com informações divulgadas nesta segunda-feira (15) pelo Banco Central (BC). O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) diminuiu 0,2% em relação ao mês anterior, considerando os dados dessazonalizados (ajustados para o período).

Já na comparação com outubro de 2024, houve variação positiva de 0,4%, sem ajuste para o período, já que a comparação é entre meses iguais. No acumulado do ano, o indicador ficou positivo em 2,4% e, em 12 meses, registrou alta de 2,5%.

O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica do país e ajuda o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, definida atualmente em 15% ao ano. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade de setores da economia – indústria, comércio e serviços e agropecuária –, além do volume de impostos.

A Selic é o principal instrumento do BC para alcançar a meta de inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, a finalidade é conter a demanda aquecida; e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas ajudam a redução da inflação, mas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

A alta no preço das passagens aéreas fez a inflação de novembro chegar a 0,18%. Em outubro, o IPCA havia sido de 0,09%. Com o resultado, a inflação acumulada em 12 meses é 4,46%, dentro do intervalo da meta de inflação, de 1,5% a 4,5%.

O recuo da inflação e esses indicadores, como o IBC-Br, que mostram a moderação no crescimento interno, levaram à manutenção da Selic pela quarta vez seguida, na última reunião do ano, na semana passada.

O Copom não deu pistas de quando deve começar a cortar os juros. Em comunicado, o BC informou que o cenário atual está marcado por grande incerteza, que exige cautela na política monetária, e que a estratégia do BC é manter a Selic neste patamar por bastante tempo.

A taxa está no maior nível desde julho de 2006, quando estava em 15,25% ao ano. Após chegar a 10,5% ao ano em maio do ano passado, a taxa começou a ser elevada em setembro de 2024. A Selic chegou a 15% ao ano na reunião de junho, sendo mantida nesse nível desde então.

Produto Interno Bruto

Divulgado mensalmente, o IBC-Br emprega metodologia diferente da utilizada para medir o Produto Interno Bruto (PIB), que é o indicador oficial da economia brasileira divulgado pelo IBGE. Segundo o BC, o índice “contribui para a elaboração de estratégia da política monetária” do país, mas “não é exatamente uma prévia do PIB.”

O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país. Puxada pelas expansões dos serviços e da indústria, no segundo trimestre deste ano a economia brasileira cresceu 0,4%.

Em 2024, o PIB fechou com alta de 3,4%. O resultado representa o quarto ano seguido de crescimento, sendo a maior expansão desde 2021, quando o PIB alcançou 4,8%.

 

 

 

 

por - Agencia Brasil

 Hospital Universitário da UEPG realiza cirurgia inédita de endoscopia de coluna pelo SUS

Viver melhor e sem dor: a expectativa de todo paciente que realiza uma cirurgia eletiva agora pode ser realizada de forma mais rápida com uma nova tecnologia disponível no Hospital da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Pela primeira vez, cirurgias endoscópicas de coluna são realizadas no HU-UEPG pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Entre as principais patologias tratadas pela técnica estão hérnia de disco (a mais comum), estenose de canal lombar e estenose foraminal (estreitamentos dos canais por onde passam os nervos na coluna). O procedimento é realizado com auxílio de raio-X para marcar o ponto exato de entrada. A cirurgia começa com uma incisão pequena, de 1a 2 centímetros. Em seguida, são inseridos um marcador, a cânula de trabalho e, por fim, o endoscópio, que possui iluminação própria, canal de trabalho para passagem de instrumentos e sistema de irrigação que mantém o campo de visão.

Segundo o médico Luiz Henrique Cardoso Pereira, a principal diferença entre o método endoscópico e a cirurgia tradicional está no uso do microscópio ou da lupa, associado à endoscopia, que permite uma lesão menor da musculatura e a retirada reduzida de osso. “Isso faz com que a recuperação do paciente seja muito mais rápida e, a longo prazo, diminui a chance de complicações, como o desgaste da coluna”, explica.

Em pacientes jovens, o procedimento reduz as chances de problemas futuros. “Eles têm uma vida longa pela frente. A chance de ocorrerem complicações futuras relacionadas ao desgaste é muito menor”, destaca Luiz Henrique. Os benefícios, porém, não se restringem aos mais jovens. Em pacientes idosos, um dos pontos positivos é a perda de sangue significativamente reduzida em comparação aos procedimentos abertos. “É quase zero. Muito baixa mesmo”.

O chefe da neurocirurgia nos HUs, Fabio Alex Fonseca Viegas, comemora a conquista para a saúde pública dos Campos Gerais. “Esta técnica moderna, minimamente invasiva, traz benefícios incríveis para o paciente: menor corte e cicatriz reduzida, menos dor no pós-operatório, recuperação rápida, alta hospitalar precoce e retorno ágil às atividades diárias”, explica. Por meio de um endoscópio (um tubo fino com câmera e luz), é possível realizar uma cirurgia minimamente invasiva, que causa menos trauma do que os procedimentos convencionais.

Segundo Viegas, o grande diferencial do HU-UEPG é a capacitação da equipe. “Contamos com neurocirurgiões altamente especializados, oferecendo um padrão de excelência técnica raramente visto no serviço público. É tecnologia de ponta e competência médica a serviço da nossa população”, diz.

A diretora-geral dos HUs, Fabiana Postiglione Mansani, destaca que a realização desse tipo de cirurgia demonstra o avanço em complexidade, em tecnologia, e também na especialização e capacitação das equipes médicas. Além disso, ela comemora o conforto e a segurança trazidos para os pacientes atendidos pelo SUS. “Cirurgias minimamente invasivas têm uma recuperação muito mais rápida. O paciente consegue ficar menor número de dias dentro do hospital e isso faz com que o nosso HU se torne ainda mais eficiente”, enfatiza.

“Todo mundo ganha”, enfatiza o diretor técnico dos HUs, Marcelo Young Blood. “O cirurgião consegue fazer um procedimento com uma tecnologia de ponta – e a gente tem equipe treinada para isso –, o paciente ganha no tempo de internamento, com menor dor no pós-operatório, na recuperação mais rápida, e o SUS ganha também, no sentido de que esse paciente fica menos tempo no hospital, vai requerer uma menor reabilitação, e acaba que o paciente pode retornar mais rápido ao trabalho e às funções que ele já exercia anteriormente”.

A oferta dessa tecnologia em um hospital 100% SUS é considerada um marco. A técnica foi incorporada recentemente ao serviço de saúde do Brasil, passando a integrar o rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde (ANS) em 2021, o que, na prática, garante que pacientes de planos de saúde tenham direito a acesso ao método sempre que houver indicação médica.

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Mulheres alcoolistas pedem olhar especial de políticas públicas

A curitibana Lúcia* somente entendeu que havia sofrido abusos sexuais por parte do próprio marido depois do processo de recuperação da dependência em álcool. “A mulher alcoólica é extremamente vulnerável”, lamentou, em entrevista à Agência Brasil. No país, mais de 7% das mulheres adultas têm diagnóstico de alcoolismo.

Lúcia, que procurou apoio no Alcoólicos Anônimos (AA), só entendeu a gravidade da situação em que se encontrava no processo de recuperação. Ela defende que são fundamentais serviços especiais em políticas públicas para amparar quem passa por esse problema. Inclusive, diante desse cenário de urgência, a Lei 15.281, sancionada esta semana pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva determina que se promova a assistência multiprofissional específica para mulheres usuárias e dependentes de álcool. 

De acordo com a psiquiatra Natalia Haddad, vice-presidente do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa), é fundamental que exista atenção especial para esse público. Entre os números alarmantes, a pesquisadora relata que as mortes associadas ao consumo de álcool entre as mulheres cresceram 27% no período de 2010 a 2023. 

“A gente precisa ver o que vai ser implicado com essa lei, quais ações que vão ser implantadas e um prazo para essa implementação”, ponderou.

A pesquisadora ressalta ser necessário observar como deve ocorrer o apoio profissional em diferentes situações de vida. “É muito diferente tratar uma mulher alcoolista do que um homem alcoolista, uma gestante alcoolista do que uma não-gestante. Uma adolescente do que uma adulta”, exemplificou.

Outra ponderação feita pela psiquiatra é que as mortes de mulheres causadas pelos transtornos de uso de álcool são em sua maioria entre pretas e pardas (70%). "Existe um recorte de gênero e também social que precisamos olhar para direcionar melhor esse tratamento", afirma. 

Diferenças biológicas

A pesquisadora contextualiza que as características biológicas da mulher são diferentes em relação ao impacto do álcool no organismo. Como as mulheres têm menos quantidade de água no corpo e também menos enzimas hepáticas que conseguem metabolizar o álcool, elas conseguem ingerir a substância em uma quantidade inferior à do homem.

Além das condições orgânicas, a psiquiatra aborda que questões sociais e relacionadas a estigmas também fazem com que a dependência tenha um impacto diferenciado para as mulheres. 

“Elas, muitas vezes, têm jornadas duplas ou triplas, incluindo carreira profissional e atribuições em casa”, explica. 

Outra atenção especial que políticas públicas devem ter, segundo acredita a especialista, relaciona-se a mulheres que estão gestantes ou amamentando. Nesses casos, a dependência pode gerar doenças para a mãe e para o feto. 

“Nós sabemos que a mulher tem mais dificuldade de procurar ajuda do que o homem”, diz, acrescentando que pode ser em decorrência de sentimento de culpa e o estigma social.

Grupos femininos 

A psiquiatra do Cisa recomenda que as mulheres tenham a opção de pedir apoio em grupos exclusivos para elas. Ela ressalta que o alcoolismo é uma doença crônica caracterizada principalmente pela incapacidade de interromper ou controlar o uso da substância. 

No caso de Lúcia*, ela buscou apoio na irmandade dos Alcoólicos Anônimos para ter tranquilidade em falar sobre toda e qualquer situação sem receio ou vergonha. 

Outra mulher ouvida pela reportagem, que prefere se identificar como Kika*, moradora do Rio de Janeiro, diz que é fundamental ter um ambiente em que se possa falar sem julgamentos. 

“É isso que encontramos nas salas femininas das reuniões de AA. As histórias são tão parecidas que, no final, juntando um pedacinho da fala de cada companheira, vejo ali a minha história sendo contada”, explica. 

Sandra*, de São Paulo, diz que há 24 anos não vai ao primeiro gole e que a realidade de muitas mulheres é de preconceitos até mesmo em família

Visibilidade

No Alcoólicos Anônimos, inclusive, cerca de 6,5 mil mulheres entraram em contato pelos canais de ajuda da Colcha de Retalhos, iniciativa que promove atividades com profissionais de diversas áreas sobre alcoolismo em mulheres para garantir maior visibilidade ao tema.

Segundo o AA, com a chegada de mais mulheres, as reuniões de composição feminina aumentaram 47,7%, comparando os períodos pré e pós-pandemia. Atualmente são 65 reuniões femininas realizadas semanalmente. A irmandade disponibiliza canais para pedido de ajuda.  

“Relatos de muitas mulheres alcoólicas confirmam que, no espaço oferecido pelas reuniões de composição feminina, elas puderam expressar seus sentimentos, suas dores e os abusos que sofreram durante o período do uso compulsivo da bebida alcoólica”, disse a psicóloga Jaira Adamczyk, pesquisadora em tratamento e prevenção à dependência química.

Confira aqui onde há reuniões do Colcha de Retalhos para mulheres.  

Saiba mais sobre a lei que promove a assistência multiprofissional específica para mulheres usuárias e dependentes de álcool.  

Saiba mais sobre o AA.

 

 

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

 Brasileiro está falando menos de política no WhatsApp, mostra estudo

O compartilhamento de notícias de política está menos frequente em grupos de família, de amigos e de trabalho no WhatsApp. Além disso, mais da metade das pessoas que participam desses ambientes dizem ter medo de omitir opinião.

A constatação faz parte do estudo Os Vetores da Comunicação Política em Aplicativos de Mensagens, divulgado nesta segunda-feira (15).

O levantamento foi feito pelo centro independente de pesquisa InternetLab e pela Rede Conhecimento Social, instituições sem fins lucrativos.

A pesquisa identificou que mais da metade das pessoas que usam WhatsApp estão em grupos de família (54%) e de amigos (53%). Mais de um terço (38%) participam de grupos de trabalho.

Apenas 6% estão em grupos de debates de política. Em pesquisa realizada em 2020, eram 10%.

Ao se debruçar sobre o conteúdo dos grupos de família, de amigos e de trabalho, os pesquisadores verificaram que, de 2021 a 2024, caiu a frequência dos que aparecem mensagens sobre política, políticos e governo.

Em 2021, 34% das pessoas diziam que o grupo de família era no qual mais apareciam esse tipo de notícias. Em 2024, eram 27%.

Em relação aos grupos de amigos, a proporção caiu de 38% para 24%. Nos de trabalho, de 16% para 11%.

O estudo apresenta depoimentos de alguns dos entrevistados, sem identificá-los.

“Evitamos falar sobre política. Acho que todos têm um senso autorregulador ali, e cada um tenta ter bom senso para não misturar as coisas”, relata sobre o grupo de família uma mulher de 50 anos, de São Paulo.

As informações foram coletadas de forma online com 3.113 pessoas com 16 anos ou mais, de 20 de novembro a 10 de dezembro de 2024. Foram ouvidas pessoas de todas as regiões do país.

Receio de se posicionar

A pesquisa identificou que há receio em compartilhar opiniões políticas. Pouco mais da metade (56%) dos entrevistados disseram sentir medo de emitir opinião sobre política “porque o ambiente está muito agressivo”.

Foi possível mapear que essa percepção foi sentida por 63% das pessoas que se consideravam de esquerda, 66% das de centro e 61% das de direita.

“Acho que os ataques hoje estão mais acalorados. Então, às vezes você fala alguma coisa e é mais complicado, o pessoal não quer debater, na verdade, já quer ir para a briga mesmo”, conta uma mulher de 36 anos, de Pernambuco.

Os autores do estudo afirmam que se consolidaram os comportamentos para evitar conflitos nos grupos. Os dados mostram que 52% dos entrevistados se policiam cada dia mais sobre o que falam nos grupos, enquanto 50% evitam falar de política no grupo da família para fugir de brigas.

“As pessoas foram se autorregulando, e nos grupos onde sempre se discutia alguma coisa, hoje é praticamente zero. As pessoas tentam, alguém publica alguma coisa, mas é ignorado”, descreve uma entrevistada.

Cerca de dois terços (65%) dizem evitar compartilhar mensagens que possam atacar os valores de outras pessoas, segundo o levantamento.

Dos respondentes, 29% já saíram de grupos onde não se sentiam à vontade para expressar opinião política.

“Tive que sair, era demais, muita briga, muita discussão, propaganda política, bateção de boca”, conta uma entrevistada.

Afirmação

Mas o levantamento identifica também que 12% das pessoas compartilham algo considerado importante mesmo que possa causar desconforto em algum grupo.

Dezoito por cento afirmam que, quando acreditam em uma ideia, compartilham mesmo que isso possa parecer ofensivo.

“Eu taco fogo no grupo. Gosto de assunto polêmico, gosto de falar, gosto de tacar lenha na fogueira e muitas vezes sou removida”, diz uma mulher de 26 anos de Minas Gerais.

Entre os 44% que se consideram seguros para falar sobre política no WhatsApp, são adotadas as seguintes estratégias:

  • 30% acham que mandar mensagens de humor é um bom jeito de falar sobre política sem provocar brigas;
  • 34% acham que é melhor falar sobre política no privado do que em grupos;
  • 29% falam sobre política apenas em grupos com pessoas que pensam igualmente.

“Eu gosto de discutir, mas é individualmente. Eu não gosto de expor isso para todo mundo”, revela um entrevistado de 32 anos, do Espírito Santo.

“É como se as pessoas já tivessem aceitado que aquele grupo é mais alinhado com uma visão política específica. Entra quem quer”, define uma mulher, de 47 anos, do Rio Grande do Norte.

O estudo foi apoiado financeiramente pelo WhatsApp. De acordo com o InternetLab, a empresa não teve nenhuma ingerência sobre a pesquisa.

Amadurecimento

Uma das autoras do estudo, a diretora do InternetLab, Heloisa Massaro, constata que o WhatsApp é uma ferramenta "arraigada" no cotidiano das pessoas. Dessa forma, assim como no mundo "offline", ou seja, presencial, o assunto política faz parte das interações.

O estudo é realizado anualmente, desde o fim de 2020. De acordo com Heloisa, ao longo dos anos, as pessoas "foram desenvolvendo normas éticas próprias para lidar com essa comunicação política no aplicativo", principalmente nos grupos.

"Elas se policiam mais, relatam um amadurecimento no uso", diz a autora. "Ao longo do tempo, a gente vai observando essa ética de grupos nas relações dos aplicativos de mensagem para falar sobre política se desenvolvendo", completa.

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

 Carla Zambelli renuncia ao mandato; Câmara dará posse ao suplente

A Câmara dos Deputados informou neste domingo (14) que a deputada Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao mandato. A comunicação foi enviada à Mesa Diretora da Casa. 

Com a renúncia, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), deve dar posse nesta segunda-feira (15) ao suplente da parlamentar, Adilson Barroso (PL-SP). 

Zambelli deixa o mandato dois dias após Supremo Tribunal Federal (STF) confirmar a cassação imediata do mandato dela. 

Na sexta-feira (12), a Primeira Turma do Supremo confirmou, por unanimidade, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que anulou a votação da Câmara dos Deputados que rejeitou a cassação e manteve o mandato da deputada.

Na última quarta-feira (10), a Câmara decidiu manter o mandato de Carla Zambelli pelo placar de 227 votos a favor e 110 contra. Eram necessários 257 votos para aprovação da cassação.

Diante da deliberação que manteve o mandato da parlamentar, Alexandre de Moraes decidiu anular a resolução da Casa que oficializou o resultado da votação.

O ministro disse que a decisão é inconstitucional. No entendimento de Moraes, a Constituição definiu que cabe ao Poder Judiciário determinar a perda do mandato de parlamentar condenado por decisão transitada em julgado, cabendo à Câmara somente “declarar a perda do mandato”.

Fuga

Em julho deste ano, Zambelli foi presa em Roma, na Itália, onde tentava escapar do cumprimento de um mandado de prisão emitido pelo ministro Alexandre de Moraes.

Por ter dupla cidadania, a deputada deixou o Brasil em busca de asilo político em terras italianas após ser condenada pelo STF a 10 anos de prisão pela invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023.

A decisão final sobre o processo de extradição feito pelo governo brasileiro será tomada em audiência da Justiça italiana na próxima quinta-feira (18).  

 

 

 

POr - Agência Brasil

 Última semana antes do Natal tem 23,7 mil vagas abertas nas Agências do Trabalhador

O Paraná começa a última semana antes do Natal com 23.779 vagas de emprego abertas nas Agências do Trabalhador, reforçando o ritmo acelerado da geração de oportunidades em todas as regiões do Estado.

Os setores que mais demandam mão de obra seguem alinhados às cadeias produtivas da indústria, comércio e serviços: alimentador de linha de produção (6.380), abatedor (1.377), operador de caixa (1.044) e magarefe (867).

A Região Metropolitana de Curitiba reúne 4.361 vagas, com destaque para alimentador de linha de produção (446), operador de caixa (299), faxineiro (231) e auxiliar de logística (224). Somente a Agência do Trabalhador de Curitiba conta com 748 oportunidades, principalmente para auxiliar nos serviços de alimentação (64), atendente de lojas e mercados (62), faxineiro (59) e operador de caixa (42)

No Interior, três regionais se destacam pelo volume de ofertas. A Regional de Cascavel lidera o volume de oportunidades no Estado, com 6.084 vagas abertas, impulsionadas principalmente pelas cadeias industriais e agropecuárias que estruturam a economia local. O cargo de alimentador de linha de produção concentra 1.794 vagas, seguido por 951 vagas para abatedor e outras 290 para trabalhador volante da agricultura, evidenciando a força do agronegócio na região. O comércio também apresenta demanda consistente, com 226 vagas para operador de caixa, reforçando a diversidade das oportunidades disponíveis.

Na Regional de Campo Mourão, são 3.325 vagas disponíveis, com um cenário fortemente vinculado à indústria de alimentos e ao processamento de proteínas. Entre as funções com maior número de oportunidades estão 1.415 vagas para alimentador de linha de produção, 547 para magarefe e 219 para abatedor, além de 65 vagas para operador de caixa. Esses dados mostram que a região continua a se consolidar como um polo empregador relevante, especialmente em atividades industriais de grande escala.

Já a Regional de Foz do Iguaçu contabiliza 2.438 vagas, com grande concentração em funções operacionais essenciais. O cargo de alimentador de linha de produção reúne 733 vagas, seguido por 158 oportunidades para repositor de mercadorias, 137 para operador de caixa e 76 para servente de obras. A variedade de postos indica uma expansão equilibrada entre comércio, serviços e construção civil, refletindo a dinâmica econômica de uma das regiões de maior movimentação turística e logística do Paraná.

As demais regionais também somam grandes ofertas: Londrina (1.873), Maringá (1.294), Pato Branco (1.419), Paranaguá (926), Umuarama (897), Guarapuava (491), Ponta Grossa (460) e Jacarezinho (211)

Além das oportunidades gerais, a Master Job oferta 39 vagas especializadas em Curitiba e oito na Região Metropolitana, com exigência de formação técnica, superior ou cursos específicos nas áreas de administração, engenharia, contabilidade, enfermagem, manutenção, design e outras. Há ainda sete vagas de estágio em Curitiba e um na RMC.

Para o secretário do Trabalho, Qualificação e Renda do Paraná, Do Carmo, os números reforçam o avanço contínuo do mercado de trabalho. “O Paraná mantém um ambiente forte de geração de empregos. Estamos ampliando oportunidades e conectando cada vez mais trabalhadores às empresas que impulsionam a economia do nosso Estado”, destaca.

As Agências do Trabalhador atendem de segunda a sexta-feira, com encaminhamento imediato para entrevistas, vagas exclusivas e suporte ao trabalhador. A Agência do Trabalhador central de Curitiba, localizada na Rua Pedro Ivo, 503, realizará atendimentos e encaminhamentos até o dia 18, retornando as atividades no dia 5 de janeiro de 2026. As demais Agências do Estado seguirão o calendário de recesso das administrações municipais. 

 

 

 

 

 

 

por - AEN

Primato avança no MS e inaugura unidade cerealista em Laguna Carapã

Com capacidade para 660 mil sacas, nova estrutura amplia a atuação da cooperativa no estado.


A Primato Cooperativa Agroindustrial inaugurou no último dia 10, em Laguna Carapã (MS), sua nova unidade cerealista e a Casa do Produtor, consolidando mais um passo na expansão estratégica da cooperativa no estado. A iniciativa amplia a oferta de serviços, fortalece a proximidade com os produtores e contribui para o desenvolvimento regional.

Para o presidente da Primato, Anderson Léo Sabadin, a inauguração da estrutura representa mais um passo no propósito de estar ao lado da comunidade. “A entrega desta unidade reforça nossa missão de oferecer serviços de qualidade, proximidade e segurança aos cooperados. Laguna Carapã é uma região de grande potencial e queremos caminhar junto com o produtor, contribuindo para o crescimento sustentável do agro sul-mato-grossense”, destaca.

Localizado em uma área estratégica do sul de Mato Grosso do Sul, o município de Laguna Carapã se destaca pela forte produção de grãos e pela vocação agrícola, favorecida por solos férteis e pela proximidade com grandes polos agroindustriais. A nova unidade, que possui capacidade de armazenamento estático de 660 mil sacas, chega para atender a essa demanda crescente, fortalecendo a presença da cooperativa no estado, onde a Primato já atua em Dourados com uma indústria de ração e uma multiplicadora de leitões, ampliando sua contribuição para o desenvolvimento local e regional.

O gerente da unidade, Dionei Antônio Hahn, aponta a importância da nova cerealista para o atendimento direto aos cooperados: “Com esta estrutura moderna e capacidade ampliada, conseguimos oferecer mais agilidade, segurança e eficiência na recepção dos grãos. Nosso objetivo é garantir um atendimento acolhedor, técnico e comprometido com os resultados dos produtores” reforça.

A cerimônia de inauguração reuniu a diretoria da cooperativa, membros do Conselho de Administração e fiscal, autoridades municipais, produtores rurais e a comunidade local, que prestigiaram o novo investimento. O evento também contou com a tradicional bênção e corte da fita, marcando oficialmente o início das atividades da unidade.

 

 

 

 

 

 

Por - Assessoria