SUS terá teleatendimento em saúde mental para compulsão por bets

Jogos e apostas, em especial as eletrônicas cada vez mais difundidas por conta das chamadas bets, têm prejudicado as finanças e a saúde de muitos brasileiros. Diante desse cenário, os ministérios da Saúde e da Fazenda lançaram iniciativas com foco na prevenção do vício ou compulsão por jogos, tanto para a saúde física, como para a mental e financeira dos usuários. 

Algumas dessas ferramentas estão previstas em um acordo de cooperação técnica assinado, nesta quarta-feira (3), pelos ministros da Saúde, Alexandre Padilha, e da Fazenda, Fernando Haddad. Entre as ferramentas que serão implementadas está uma plataforma de autoexclusão que, a partir do dia 10 de dezembro, permitirá ao apostador que deseja interromper o vício solicitar ser bloqueado dos sites de apostas, além de deixar seu CPF indisponível para novos cadastros ou para o recebimento de publicidade das bets.

Estudo recente apontou que as bets provocam perdas econômicas e sociais ao país estimadas em R$ 38,8 bilhões anualmente

O acordo cria também, entre as medidas de prevenção e cuidado, o Observatório Brasil Saúde e Apostas Eletrônicas. Ele será um “canal permanente de troca de dados entre as pastas”, de forma a viabilizar ações integradas de apoio para que esses usuários busquem ajuda nos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS).

“A partir dos dados que temos, vamos identificar padrões como os de adição ou compulsão das pessoas. Os registros nos ajudarão a ver onde a pessoa está, para que nossas equipes possam entrar em contato e servirem de ombro amigo ou braço de apoio dessas pessoas”, explicou Alexandre Padilha.

Ferramentas

Além da plataforma de autoexclusão, também serão disponibilizadas uma série de orientações sobre como buscar ajuda na rede pública, o que inclui informações sobre pontos de atendimento do SUS, por meio do aplicativo Meu SUS Digital e a Ouvidoria do SUS.

O Ministério da Saúde lançou também a Linha de Cuidado para Pessoas com Problemas Relacionados a Jogos de Apostas, que contém orientações clínicas e prevê atendimento presencial e online como forma de reduzir as barreiras de acesso ao cuidado em saúde mental.

Segundo o Ministério da Saúde, a rede pública vai ofertar, a partir de fevereiro de 2026, teleatendimentos em saúde mental com foco em jogos e apostas, por meio de parceria com o Hospital Sírio-Libanês.

Inicialmente, serão 450 atendimentos onlines por mês, mas o ministério poderá ampliar esse número, a depender da demanda.

“Essa assistência funcionará de forma integrada e como parte da rede do SUS e, sempre que necessário, esses pacientes serão conduzidos ao atendimento presencial”, informou a pasta.

Regulamentação

Durante sua participação no evento, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que, apesar de as bets terem sido autorizadas em 2018, pouco foi feito para regulamentar essa atividade durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Era preciso definir tributação, regras de propaganda e marketing, parâmetros de jogo responsável e o papel de cada ministério no combate a práticas abusivas, lavagem de dinheiro e no apoio às pessoas que necessitassem de atenção em saúde pública. Nada disso foi feito entre 2019 e 2022”, disse o ministro.

Ele acrescentou que, com o atual regramento, nenhum CPF de criança ou de beneficiário de Benefício de Prestação Continuada (BPC) ou do Bolsa Família pode ser usado para cadastro nos sites de jogos.

Transtornos

Segundo o diretor do Departamento de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas do Ministério da Saúde, Marcelo Kimati, alguns dados já disponibilizados pelo SUS identificam aumento do número de atendimentos de pessoas com transtornos associados ao jogo.

Segundo ele, em 2023, o SUS fez 2.262 atendimentos de pessoas com esse tipo de vício ou compulsão. Em 2024, esse número subiu para 3.490. “E entre janeiro e junho de 2025, já havíamos registrados 1.951 atendimentos”, disse o diretor.

Durante a cerimônia de assinatura do acordo entre as pastas da Saúde e da Fazenda, Kimati disse que, com os dados já disponíveis, é possível traçar um perfil das pessoas que vivem esse tipo de problema.

“Ele é homem; tem entre 18 e 35 anos; é negro; vive situações de estresse e ruptura de cotidiano; é separado, aposentado, desempregado; além de isolado ou com rede de apoio frágil”, descreveu o diretor ao destacar que, em resumo, este perfil está diretamente associado à população que vive uma situação de vulnerabilidade.

 

 

 

 

 

 

Por - Agência brasil

 Chuvas e conscientização da população reduzem em 41% incêndios florestais no Paraná

A maior incidência de chuvas em 2025, aliada à conscientização da população, resultou em uma redução de 41,65% nos incêndios florestais no Paraná em relação ao ano passado. A constatação é do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) e consta no relatório consolidado deste ano da Operação de Combate a Incêndios Florestais (OPCIF).

Neste ano foram 4.811 ocorrências, somados todos os cinco Comandos Regionais de Bombeiros Militares (CRBM) do Estado. Em 2024 foram 8.246 registros.

Os dados são relativos ao período de cinco meses da operação, de junho a outubro, e também revelam que o maior número de ocorrências é na vegetação de terrenos baldios, respondendo por 21,61% do total.

O maior número de ocorrências, 33,69%, foi registrado no 1º CRBM, que responde por Curitiba e Região Metropolitana, com 1.621 casos. De acordo com o tenente-coronel Dimas Menegatti, chefe da Seção de Operações do CBMPR, os números refletem a maior concentração populacional na região. “A maioria das ocorrências são nas áreas urbanas e em terrenos baldios. Então temos feito um trabalho junto às prefeituras dos municípios buscando conscientizar a população para manter a limpeza dos terrenos baldios e fazer a gestão correta do lixo, evitando princípios de incêndio”, explica o bombeiro.

Apesar de estar em segundo lugar em número de ocorrências, com 950 registros (19,74% do total) o Norte do Paraná foi a região com maior incidência de incêndios florestais, segundo o tenente-coronel Menegatti. O dado se refere a  área atendida pelo 2º CRBM, que abrange os Batalhões de Londrina, Santo Antônio da Platina, Apucarana e Ivaiporã.

Segundo ele, os números absolutos de chamados para ocorrências são mais altos na região de Curitiba, por conta da grande densidade demográfica e porque os números de ocorrências são maiores, mas são queimadas em terrenos baldios, de menor vultoe em maior número do que ocorrências florestais. No caso de incêndios florestais propriamente dito o maior número de ocorrências é no Norte do Estado. 

"O 2º CRBM abrange uma extensa área rural que sofre tanto com queimadas não planejadas, por conta do clima seco, como com aquelas feitas para preparação do solo para agricultura. Apesar da fiscalização dos órgãos ambientais, estas queimadas podem sair do controle e se alastrar”, ressalta o militar.

Com 810 ocorrências, o 4º CRBM, que responde por Maringá e região, ficou em terceiro lugar em número de registros na OPCIF 2025, seguido pelo 3º CRBM, Cascavel e região (780 ocorrências), e 5º CRBM, Ponta Grossa e região (650 ocorrências).

CULTURA DE PREVENÇÃO – Diversos órgãos públicos e instituições de ensino e pesquisa em todo o país apontam que mais de 90% dos incêndios florestais são iniciados pela ação humana. Neste cenário, a cultura da prevenção é um dos caminhos mais eficazes para reduzir o número de ocorrências.

Pensando nisso, o CBMPR, em parceria com a Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE) e outras instituições, criou a cartilha “Turma dos Guardiões da Floresta”, que recebeu atualizações em 2025, ganhando novos personagens. Com uma linguagem simples e ilustrações atrativas, o material é direcionado a crianças de até 10 anos.

A iniciativa busca sensibilizar não apenas os pequenos, mas também suas famílias, criando uma cadeia de conscientização a curto, médio e longo prazo. A proposta é que nos próximos anos o material seja ampliado em parceria com a Secretaria da Educação do Paraná, fortalecendo a educação ambiental desde a infância.

PREPARAÇÃO E RESPOSTA – Se por um lado a conscientização é de extrema importância no combate aos incêndios florestais, também é preciso estar bem preparado para uma resposta rápida a este tipo de ocorrência. Além do treinamento contínuo das equipes de bombeiros militares, o Paraná conta com 87 brigadas municipais, brigadistas em unidades de conservação, brigadas de montanhistas e brigadas quilombolas.

Somado a este recurso humano fundamental, o trabalho do CBMPR também ganhou reforço com a aquisição de novas viaturas e equipamentos em 2025, distribuídos pelas unidades da corporação em todo o Estado. São equipamentos como o soprador, que gera uma forte corrente de ar para apoio no combate a incêndios florestais; kit pickup, sistema móvel de combate a incêndios, montado na caçamba de um veículo 4x4; e compressor de ar, para encher os cilindros de ar respirável.

Outro destaque ressaltado pelo tenente-coronel Menegatti é o emprego de um avião de combate a incêndio nas ocorrências de maior vulto, graças a uma parceria com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (CEDEC), e de um helicóptero exclusivo para uso nas missões dos bombeiros, o Arcanjo 01. A aeronave é equipada com um helibalde de 550 litros de água, que é um reservatório flexível e resistente para transportar e lançar grandes volumes de água sobre focos de incêndio. Em setembro, dois dias após a entrega do Arcanjo O1 pelo Governo do Paraná, ele foi empregado no combate a um incêndio florestal na região de Londrina.

“Esta soma de treino contínuo, conscientização da população, novos equipamentos, emprego das aeronaves e a integração com a Defesa Civil, órgãos ambientais, prefeituras e com brigadistas voluntários foi muito importante para o sucesso da Operação de Combate a Incêndios Florestais em 2025”, conclui o militar.

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Diminui o número de jovens que não trabalham nem estudam no Paraná, aponta IBGE

A chamada geração "nem-nem”, que são jovens que não estudam nem trabalham, está em declínio no Paraná. O número de jovens de 15 a 29 anos que estava fora da escola ou do mercado de trabalho caiu de 474 mil, em 2019, para 374 mil em 2024, ou seja, foram 100 mil a menos em cinco anos.

O dado, compilado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), consta na Síntese de Indicadores Sociais, pesquisa divulgada nesta quarta-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Estamos oferecendo muitas oportunidades para que os jovens paranaenses possam estudar, se qualificar e ascender no mercado de trabalho”, afirma o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “Temos a melhor educação do Brasil e o maior número de universidades estaduais do País, com sete instituições espalhadas por todas as regiões do Estado. Temos aulas de robótica, programação e programas como o Ganhando o Mundo, que capacitam os estudantes da rede pública e são um incentivo para estarem na escola”.

Os “nem-nem” têm, inclusive, a menor representação dentro da população nessa faixa etária. Dos 2,57 milhões de jovens paranaenses com idade entre 15 e 29 anos, 520 mil estudam (20%), 422 mil estudam e tem uma ocupação (16%), 1,25 milhão (49%) estão no mercado de trabalho e apenas 374 mil (11%) não estudam e nem trabalham. E mesmo entre estes, 20,5% estão desocupados, mas procurando emprego.

De acordo com o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado, a queda do número de jovens que não estudam e não trabalham reflete a forte articulação entre as políticas do Estado. “Ao promovermos ações para a redução da evasão escolar, em conjunto com as iniciativas para o primeiro emprego, atingimos níveis muito mais baixos de jovens que não estudam e não estão exercendo atividade laboral”, ressalta.

Segundo a pesquisa do IBGE, entre 2016 e 2024, a taxa de frequência escolar bruta cresceu 8,2% no Estado, com aumento expressivo justamente nas faixas etárias atendidas pelos colégios estaduais. Entre estudantes de 15 a 17 anos, a presença em sala passou de 84,2%, em 2016, para 91,1% no ano passado. No Ensino Fundamental 2, voltado a alunos de 11 a 14 anos, o índice também subiu, de 98,5% para 99,4%.

Entre as ações que ajudam a explicar os avanços está o programa Presente na Escola, criado em 2019 pelo Governo do Estado para monitorar a frequência em tempo real, envolver as famílias e realizar busca ativa em casos de ausência prolongada.

Além disso, o programa Ganhando o Mundo, por exemplo, exige alta assiduidade como um dos requisitos para que o aluno possa participar de intercâmbios internacionais. Em 2026, na maior edição do programa, 2 mil estudantes vão embarcar para experiências no Exterior.

Conforme o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda, a redução do número de jovens que não estudam nem trabalham passa diretamente pela educação pública. "Temos direcionado esforços e recursos para garantir a oferta de uma educação pública inovadora, atrativa e de excelência aos estudantes de todo o Paraná. Como resultado, nos últimos dez anos, observamos reduções importantes na taxa de abandono escolar, tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio. Isso impacta não somente a vida de milhares de jovens e suas famílias, mas também o mercado de trabalho e a economia paranaense", destaca.

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Anvisa proíbe fabricação e venda de suplementos irregulares

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou a apreensão e a proibição dos suplementos Prosatril e Erenobis, fabricados pela empresa Ms Comércio de Produtos Naturais Ltda. Com isso os produtos não podem mais ser comercializados, distribuídos, fabricados, importados, divulgados e consumidos desde esta terça-feira (2).

“Os suplementos estão sendo vendidos e anunciados sem possuir registro, notificação ou cadastro na Anvisa. Além disso, o Erenobis possui a planta Pereskia aculeata (ora-pro-nóbis) como ingrediente, o que não é permitido”, diz Anvisa.

A utilização da planta ora-pro-nóbis em suplementos alimentares foi proibida pela agência, em abril desde ano, por falta de evidências que comprovem a sua eficácia e segurança.

Suplemento Óliver Turbo

Outro produto atingido pela medida é o Óliver Turbo, suplemento da empresa Instituto Oliver Cursos Preparatórios Ltda., que deve ser apreendido. A ação fiscal proibiu ainda a sua comercialização, distribuição, fabricação, importação, divulgação e o seu consumo, também por não ser registrado e notificado na Anvisa

 

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

 Câmara aprova isenção de IPVA para veículos com mais de 20 anos

A Câmara dos Deputados aprovou proposta de emenda à Constituição (PEC) que isenta do pagamento do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores ( IPVA) os veículos terrestres com 20 anos ou mais de fabricação. O texto, do Senado, foi aprovado em dois turnos nessa terça-feira (2) e segue para promulgação.

No primeiro turno, foram 412 votos a favor e 4 contrários. No segundo, 397 votos a favor e 3 contra.

A PEC 72/23 prevê a isenção para carros de passeio, caminhonetes e veículos mistos com mais de 20 anos. Na prática, a mudança proíbe a cobrança do imposto nesses casos, concedendo a chamada imunidade tributária. A medida não se aplica a micro-ônibus, ônibus, reboques e semirreboques.

Segundo o relator na comissão especial que analisou a proposta, deputado Euclydes Pettersen (Republicanos-MG), a PEC harmoniza a legislação nacional com a prática de estados que já não cobram IPVA de veículos antigos.

“A proposta uniformiza a isenção do IPVA para carros antigos, que já é adotada por vários estados, evitando diferenças na cobrança do imposto”, disse Pettersen.

A medida deve impactar principalmente estados que ainda não oferecem o benefício, como Minas Gerais, Pernambuco, Tocantins, Alagoas e Santa Catarina.

Reforma tributária

As imunidades tributárias do IPVA não existiam na Constituição Federal antes da aprovação da última reforma tributária (Emenda Constitucional 132, de 2023).

Com a reforma, a cobrança do IPVA foi ampliada para alcançar veículos aéreos e aquáticos, mas alguns deles ganharam imunidade tributária.

Atualmente, a Constituição Federal isenta de IPVA:

aeronaves agrícolas e de operadores certificados para serviços aéreos a terceiros;

embarcações de empresas autorizadas para transporte aquaviário;

pessoas ou empresas que praticam pesca industrial, artesanal, científica ou de subsistência;

plataformas móveis em águas territoriais e zonas econômicas exclusivas com fins econômicos (petróleo e gás); e

tratores e máquinas agrícolas.

Debate em plenário

Durante o debate em plenário, o relator da proposta, deputado Euclydes Pettersen, defendeu federalizar a isenção do IPVA.

"Estamos retirando esse tributo para as pessoas que já pagaram outro carro por meio do imposto", disse ele, ao citar o cálculo do pagamento do IPVA ao longo de duas décadas.

O deputado Hildo Rocha (MDB-MA) lembrou que muitos estados já garantem a isenção. "O Maranhão mesmo beneficia vários automóveis utilizados por pequenos produtores rurais, como as caminhonetes D20 e C10", afirmou.

Para o deputado Domingos Sávio (PL-MG), o projeto beneficia cidadãos mais humildes e sem condições de comprar carros novos. "Se não pagar o IPVA, sobra dinheiro para manter o carro em todas as condições de funcionar bem", disse.

 

 

 

 

 

 

POr - Agência Brasil

 IBGE aponta redução da pobreza no Paraná, que tem um dos menores indicadores do País

O Paraná reduziu em 6,6 pontos percentuais o número de pessoas em situação de pobreza nos últimos cinco anos. Segundo a Síntese de Indicadores Sociais, análise divulgada nesta quarta-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a proporção de pessoas que viviam com menos de US$ 6,85 por dia passou de 20,3% da população, em 2019, para 13,7% em 2024 no Estado.

O levantamento do IBGE considera os parâmetros propostos pelo Banco Mundial para a classificação da situação de pobreza, que inclui pessoas com rendimento domiciliar per capita inferior a US$ 6,85 de Paridade do Poder de Compra (PPC), taxa que, quando convertida em reais, varia a cada ano e entre as regiões analisadas. No Paraná, esse valor correspondia a R$ 518 por mês em 2019 e passou para R$ 697 por mês em 2024.

Com essa redução, o Paraná chegou em 2024 como o quarto estado com a menor taxa de pessoas em situação de pobreza do País, atrás de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso. Curitiba é a capital com a segunda menor proporção, com 6,6% da população vivendo nessa situação, sendo superada apenas por Florianópolis (3,5%). A taxa média do Brasil foi de 23,1%, quase 10 pontos percentuais acima do Paraná.

Houve diminuição nas três faixas de renda analisadas pelo IBGE no Estado. Em 2019, 6% dos paranaenses sobreviviam com menos de US$ 3,65 por dia (R$ 276 por mês naquele ano e R$ 372 no ano passado), proporção que passou para 4,2% em 2024, uma redução de 1,8 ponto percentual.

Também nesse recorte, o Paraná tem o quarto menor índice nacional no ano passado, atrás de Santa Catarina (2,4%), Rio Grande do Sul (3,1%) e Mato Grosso (3,3%), com Curitiba seguindo com o segundo menor índice entre as capitais brasileiras, de 1,6%, abaixo de Florianópolis (1,2%). No Brasil, a média foi de 8,6%.

Também foi registrada redução 1,1 ponto percentual no número de pessoas em extrema pobreza, que são aquelas que sobrevivem com menos US$ 2,15 por dia (R$ 163 por mês em 2019 e R$ 219 por mês em 2024. A taxa passou de 2,9%, em 2019, para 1,8% no ano passado. No Brasil, 3,5% da população vivia em situação de extrema pobreza.

POLÍTICAS PÚBLICAS – O Governo do Estado mantém uma série de políticas públicas para atender as pessoas em situação de vulnerabilidade social, como o Cartão Comida Boa, recursos auxiliar prefeituras com a política de assistência social, investimentos em habitação popular e distribuição de alimentos (Compra Direta, Leite das Crianças, Banco de Alimentos Comida Boa, entre outros).

Além disso, o bom desempenho na economia e o dinamismo no mercado de trabalho também contribuem para reduzir a situação de pobreza. A taxa de desemprego, por exemplo, é a menor para um terceiro trimestre em toda a história. “O aumento da renda proveniente do trabalho é o caminho mais efetivo para a superação da pobreza”, afirma Jorge Callado, diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), que fez o levantamento dos dados do Paraná na pesquisa do IBGE.

Um exemplo de política pública em execução é o programa Banheiro em Casa, que vai construir banheiros modulares em residências que não têm instalações sanitárias adequadas. Na semana passada, o governador Carlos Massa Ratinho Junior entregou as primeiras unidades dos módulos sanitários a famílias de Ivaiporã, no Vale do Ivaí. Ao todo, serão instalados 3.400 banheiros em todo o Estado, com investimento de R$ 68 milhões.

O governador também anunciou, no mês passado, o investimento de R$ 533 milhões para a construção de moradias a famílias em situação de vulnerabilidade social em municípios com até 25 mil habitantes, que serão construídas sem custos para os moradores. Além disso, iniciativas como Água Solidária e Luz Solidária também subsidiam as tarifas de água e luz dessa população.

 

 

 

 

Por - AEN

 PMPR, PCPR e PF prendem três pessoas e apreendem quase 4 toneladas de maconha no Oeste

A Polícia Militar do Paraná (PMPR), em ação conjunta com a Polícia Civil do Paraná (PCPR) e a Polícia Federal (PF), apreendeu quase quatro toneladas de maconha e prendeu dois homens e uma mulher em uma operação integrada realizada na área rural de Santa Helena. A ocorrência se estendeu da segunda-feira até a madrugada desta quarta-feira (3) e resultou em um prejuízo estimado de R$ 7,6 milhões ao crime organizado.

Durante diligências realizadas ao longo do dia, as equipes do Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFRON – PMPR), do Centro de Operações Policiais Especiais (COPE – PCPR) e do Núcleo Especial de Polícia Marítima (NEPOM – PF) identificaram duas residências utilizadas como depósitos para armazenamento de entorpecentes. Nos dois endereços, foram encontrados diversos fardos de maconha prensada prontos para distribuição.

Em um dos imóveis, os policiais localizaram aproximadamente 3 toneladas de maconha, além de um veículo VW Gol amarelo, utilizado para o transbordo da droga. Dois homens, de 33 e 18 anos, foram encontrados no local. Também foram apreendidas duas motocicletas, entre elas uma Honda CB 300R com alerta de furto.

Simultaneamente, no segundo endereço vistoriado, foi localizada uma mulher, de 22 anos, em uma casa onde havia vários fardos de maconha. Após a pesagem, o volume totalizou 718,9 kg do entorpecente. Somadas as apreensões nos dois imóveis, a droga alcançou 3,7 toneladas.

Diante dos fatos, os três envolvidos receberam voz de prisão e foram encaminhados, juntamente com os veículos e todo o entorpecente apreendido, à Delegacia da Polícia Federal em Foz do Iguaçu.

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Paraná recebe primeiras vacinas contra o vírus sincicial respiratório para gestantes

A Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa) recebeu nesta quarta-feira (3) as primeiras vacinas contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), destinadas a gestantes a partir da 28ª semana, que tem como objetivo reduzir casos de bronquiolite em recém-nascidos. Ao todo, o Estado recebeu 37.120 doses, entregues no Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar), em Curitiba.

O novo imunizante, que foi incorporado ao calendário de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) neste ano, só estava disponível na rede privada, a um custo médio de R$ 1,6 mil. Dentre os imunizantes disponíveis no País, esta vacina é a mais cara já disponibilizada.

A Sesa já iniciou a separação das doses que serão enviadas para as 22 Regionais de Saúde a partir desta quinta-feira (4), e as regionais descentralizarão aos municípios. A distribuição aos municípios será feita de forma proporcional ao quantitativo recebido do Ministério da Saúde.

“Recebemos esse importante imunizante para as gestantes paranaenses e seus bebês e já providenciamos o envio para todos os municípios do Paraná, a fim de iniciarmos o quanto antes a aplicação da vacina", disse o secretário estadual da Saúde, Beto Preto. . "Seguimos no aguardo do recebimento de novas doses, visto que o Paraná tem uma estimativa de vacinar mais de 138 mil gestantes”, explicou.

As doses recebidas neste primeiro lote equivalem a 26,8% do total necessário para vacinar as 138.008 gestantes aptas a receber imunizante. A Sesa aguarda um novo envio ainda no mês de dezembro, conforme sinalização do Ministério da Saúde. A expectativa da  é que na próxima segunda-feira (8), todos os municípios estejam preparados para iniciar a aplicação da vacina.

DOSE ÚNICA – A vacina é aplicada em dose única em mulheres a partir da 28ª semana de gestação, sem restrição de idade materna. O objetivo é proteger o recém-nascido nos primeiros seis meses de vida, período de maior vulnerabilidade para doenças graves causadas pelo VSR, como bronquiolite e pneumonia. A gestante, ao ser vacinada, transfere anticorpos ao feto pela placenta, reduzindo os riscos de infecção grave e complicações respiratórias.

O VSR é uma das principais causas de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em bebês, especialmente nos menores de seis meses. A infecção pode evoluir para quadros graves, exigindo internação hospitalar. De acordo com último Informe Epidemiológico de SRAG da Sesa, o VSR é identificado anualmente como um dos vírus mais prevalentes nas amostras testadas pelo Laboratório Central do Paraná (Lacen/PR), reforçando a importância da imunização preventiva.

Confira o quantitativo que será enviado para cada Regional de Saúde:

1ª RS - Paranaguá – 1.010

2ª RS – Curitiba – 10.583

3ª RS – Ponta Grossa – 2.220

4ª RS – Irati - 574

5ª RS – Guarapuava – 1.746

6ª RS – União da Vitória - 556

7ª RS – Pato Branco – 1.098

8ª RS – Francisco Beltrão – 1.284

9ª RS – Foz do Iguaçu – 1.642

10ª RS – Cascavel – 2.060

11ª RS – Campo Mourão – 1.066

12ª RS – Umuarama - 954

13ª RS – Cianorte - 483

14ª RS – Paranavaí - 834

15ª RS – Maringá – 2.730

16ª RS – Apucarana – 1.174

17ª RS – Londrina – 2.915

18ª RS – Cornélio Procópio - 580

19ª RS – Jacarezinho - 991

20ª RS – Toledo – 1.497

21ª RS – Telêmaco Borba - 665

22ª RS – Ivaiporã - 456

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Mais de 8,6 milhões deixam pobreza; Brasil tem melhor nível desde 2012

Mais de 8,6 milhões de brasileiros deixaram a linha da pobreza em 2024. Esse desempenho socioeconômico fez a proporção da população na pobreza cair de 27,3% em 2023 para 23,1%. É o menor nível já registrado desde 2012, quando começa a série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2024, o Brasil tinha 48,9 milhões de pessoas que viviam com menos de US$ 6,85 por dia, o que equivale a cerca de R$ 694, em valores corrigidos para o ano. Esse é o limite que o Banco Mundial define como linha da pobreza. Em 2023, o contingente na pobreza era de 57,6 milhões de brasileiros.

Os dados fazem parte do levantamento Síntese de Indicadores Sociais, divulgado nesta quarta-feira (3).

Os indicadores mostram o terceiro ano seguido com redução no número e na proporção de pobres, marcando uma recuperação pós-pandemia de covid-19, desencadeada em 2020.

Confira o comportamento da pobreza no país:

2012: 68,4 milhões

2019: 67,5 milhões (último ano antes da pandemia)

2020: 64,7 milhões

2021: 77 milhões

2022: 66,4 milhões

2023: 57,6 milhões

2024: 48,9 milhões

Em 2012, a proporção de pessoas abaixo da linha de pobreza era de 34,7%. Em 2019 chegou a 32,6%. No primeiro ano da pandemia (2020) foi reduzida a 31,1% e chegou ao ponto mais alto da série em 2021, com 36,8%. Desde então, apresentou anos de queda, indo de 31,6% em 2022, para 23,1% no ano passado.

Trabalho e transferência de renda

O pesquisador do IBGE André Geraldo de Moraes Simões, responsável pelo estudo, explica que em 2020, ano de eclosão da pandemia, a pobreza chegou a ser reduzida por causa dos programas assistenciais emergenciais, como o Auxílio Emergencial, pago pelo governo federal.

“Esses benefícios voltaram em abril de 2021, mas com valores menores e restrição de acesso pelo público, e o mercado de trabalho ainda estava fragilizado, então a pobreza subiu”, afirma.

Simões acrescenta que, a partir de 2022, o mercado de trabalho voltou a aquecer, acompanhado por programas assistências com valores maiores, fatores que permitiram o avanço socioeconômico.

“Tanto o mercado de trabalho aquecido, quanto os benefícios de transferência de renda, principalmente o Bolsa Família e o Auxílio Brasil, que ganharam maiores valores e ampliaram o grupo da população que recebia”, assinala.

No segundo semestre de 2022, o programa Auxílio Brasil passou a pagar R$ 600. Em 2023, o programa foi rebatizado de Bolsa Família.

Extrema pobreza

No último ano, o Brasil vivenciou também redução da extrema pobreza, pessoas que viviam com renda de até US$ 2,15 por dia, cerca de R$ 218 mensais em valores corrigidos para o ano passado.

De 2023 para 2024, esse contingente passou de 9,3 milhões para 7,4 milhões, ou seja, 1,9 milhões de pessoas deixaram a condição. Essa evolução fez com que a proporção da população na extrema pobreza recuasse de 4,4% para 3,5%, a menor já registrada.

Em 2012, quando começou a série histórica, eram 6,6%. Em 2021, o patamar alcançou 9% (18,9 milhões de pessoas).

Desigualdade regional

Os números do IBGE deixam clara a desigualdade regional. Tanto a pobreza quanto a extrema pobreza no Norte e Nordeste superam a taxa nacional.

Pobreza

Nordeste: 39,4%

Norte: 35,9%

Brasil: 23,1%

Sudeste: 15,6%

Centro-Oeste: 15,4%

Sul: 11,2%

Extrema pobreza

Nordeste: 6,5%

Norte: 4,6%

Brasil: 3,5%

Sudeste: 2,3%

Centro-Oeste: 1,6%

Sul: 1,5%

“São as regiões mais vulneráveis do país, isso acaba se refletindo também no mercado de trabalho”, diz André Simões.

Outra desigualdade demonstrada é a racial. Na população branca, 15,1% eram pobres, enquanto 2,2% estavam na extrema pobreza.

Entre os pretos, a pobreza chegava a 25,8%, e a extrema pobreza a 3,9%. Na população parda, as parcelas eram 29,8% e 4,5%, respectivamente.

Menor Gini desde 2012

A Síntese de Indicadores Sociais atualizou o chamado Índice de Gini, que avalia a desigualdade de renda. O índice vai de 0 a 1 - quanto maior, pior a desigualdade.

Em 2024, o Índice de Gini atingiu 0,504, o menor valor da série iniciada em 2012. Em 2023, era 0,517.

Para medir o impacto de programas sociais na redução da desigualdade, o IBGE apresentou um cálculo do Gini caso não houvesse essa política assistencial.

O estudo constatou que o indicador seria 0,542 se não existissem programas de transferência de renda, como Bolsa Família e Benefício de Prestação Continuada (BPC - um salário mínimo por mês ao idoso com idade igual ou superior a 65 anos ou à pessoa com deficiência de qualquer idade).

Outro exercício hipotético realizado pelos pesquisadores foi sobre a condição de pessoas com 60 anos ou mais se não houvesse benefícios previdenciários 

A extrema pobreza entre os idosos passaria de 1,9% para 35,4%, projeta o instituto. Já a pobreza subiria de 8,3% para 52,3%.

O levantamento mostra também que a pobreza foi maior entre os trabalhadores informais. Entre os ocupados sem carteira assinada, era um em cada cinco (20,4%). Entre os empregados com carteira assinada, a proporção era de 6,7%.

 

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

 Planalto rejeita texto na Câmara que mantém escala 6x1

Ministros do governo federal anunciaram na tarde desta terça-feira (2) uma posição contrária ao parecer do deputado federal Luiz Gastão (PSD-CE) sobre a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem o fim da escala de trabalho 6x1.

O texto do parlamentar deve ser votado nesta quarta-feira (3), na Câmara dos Deputados, em uma subcomissão que analisa o tema. Em seguida, se aprovada, a matéria será levada à discussão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.

"O governo quer aqui reafirmar aos parlamentares que a nossa posição é de fim da escala 6 por 1. Nós entendemos que tem que ter qualidade de vida na vida dos trabalhadores", afirmou a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.

"Não adianta só reduzir a jornada, é necessário também que os trabalhadores tenham um tempo para resolver os seus problemas, tempo de lazer, tempo de cuidar da sua família", acrescentou a ministra, em declaração à imprensa.

Gleisi estava acompanhada do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, do deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), autor da primeira proposta de emenda à Constituição (PEC) sobre o tema na Câmara (PEC 221/2019), e da deputada Daiana Santos (PCdoB-RS), autora do projeto de lei 67/2025, que também propõe a redução da jornada de trabalho de 44 horas semanais para 40 horas.

"Nós fomos surpreendidos pelo relatório da subcomissão. Então, vamos seguir defendendo essa posição do fim da escala de trabalho 6x1, sem redução do salário, no Parlamento, na sociedade, nas ruas, e dialogar com o conjunto dos parlamentares. É uma pauta aprovada por mais de 70% da população brasileira em todas as pesquisas", disse o ministro Guilherme Boulos.

 

 

 

 

 

 

por - Agência Brasil