O foguete sul-coreano HANBIT-Nano, primeiro voo comercial lançado a partir de uma base brasileira, explodiu minutos após decolar na Base de Alcântara, no Maranhão, na noite dessa segunda-feira (23). O veículo não era tripulado.

O foguete da empresa Innospace partiu às 22h13 e, segundo comunicado da Força Aérea Brasileira (FAB), sofreu uma “anomalia que o fez colidir com o solo”.
De acordo com a nota, uma equipe da FAB e do Corpo de Bombeiros foi enviada ao local da queda para analisar os destroços. A Innospace também trabalha para descobrir o motivo da falha.
O lançamento do HANBIT-Nano foi adiado diversas vezes. Inicialmente, o voo estava programado para ocorrer em novembro. A data mudou para 17 de dezembro, mas foi identificada uma anomalia, o que levou a nova mudança, dessa vez para 19 de dezembro. Outro problema fez com que o lançamento fosse transferido para essa segunda (22).
O veículo espacial tinha 21,8 metros de comprimento e pesava 20 toneladas. Ele levaria para o espaço satélites que seriam colocados na órbita da Terra. Também carregava oito cargas úteis: cinco pequenos satélites e três dispositivos experimentais desenvolvidos pelo Brasil e a Índia.
Por - Agência Brasil
O Governo do Brasil criou, na última sexta-feira (19), a Secretaria Extraordinária para a Copa do Mundo de Futebol Feminino 2027, que será responsável por coordenar os encaminhamentos do Mundial com foco em logística, governança e articulação entre órgãos públicos e a Federação Internacional de Futebol (Fifa).

Segundo comunicado do Ministério do Esporte, a Secretaria Extraordinária, criada por meio do Decreto nº 12.789, “atuará como elo central entre o Governo Brasileiro e a Fifa para acompanhar compromissos internacionais, apoiar estados e municípios e viabilizar garantias em áreas como segurança, mobilidade urbana, telecomunicações, imigração, saúde e tecnologia da informação”.
“O Brasil tem tradição na realização de grandes eventos e, nesses momentos, a criação de estruturas extraordinárias garante coordenação, eficiência e transparência”, declarou o ministro do Esporte, André Fufuca, sobre a estrutura que irá funcionar no âmbito do Ministério do Esporte e terá vigência até dezembro de 2027.
Segundo a secretária executiva adjunta do Ministério do Esporte e coordenadora da Copa do Mundo Feminina 2027 na pasta, Cynthia Motta, não serão necessárias obras de estádios e a atuação se concentrará principalmente em logística, mobilidade, aeroportos, tecnologia da informação, gramados, saúde e articulação interministerial: “É através dessa equipe criada agora que vamos trabalhar exclusivamente para colocarmos a Copa do Mundo de Futebol Feminino 2027 em campo”.
Por - Agência Brasil
As agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) terão mudanças no atendimento ao público durante o período de Natal e de Ano Novo, em razão dos feriados nacionais e dos pontos facultativos definidos pelo governo federal.

Em 24 e 31 de dezembro, vésperas de feriado, o expediente será reduzido. As agências funcionarão somente até as 13h, com atendimento presencial limitado nesse período.
Nos dias 25 de dezembro (Natal) e 1º de janeiro (Confraternização Universal), não haverá atendimento presencial nas unidades do INSS, que permanecerão fechadas.
O funcionamento normal das Agências da Previdência Social será retomado nos dias 26 de dezembro e 2 de janeiro, respeitando os atendimentos previamente agendados.
Central 135
Principal canal de atendimento do INSS, a Central 135 também terá horários especiais. Em 24 e 31 de dezembro, o atendimento humano estará disponível até as 18h.
Após esse horário, o serviço funcionará apenas de forma eletrônica.
Em 25 de dezembro e 1º de janeiro, a Central 135 opera exclusivamente com atendimento eletrônico. Em 26 de dezembro e 2 de janeiro, o atendimento volta ao normal.
O INSS orienta os segurados a procurar os serviços eletrônicos, disponíveis no site e no aplicativo Meu INSS.
Essas ferramentas permitem consultas, agendamentos e pedidos de benefícios, mesmo durante os feriados.
Por - Agência Brasil
O Brasil encerra o ano de 2025 na 5ª colocação do ranking de seleções da Fifa, anunciou a entidade máxima do futebol nesta segunda-feira (22). A Espanha aparece na liderança da lista, com a atual campeão mundial Argentina na vice-liderança e a França na 3ª posição.

A 4ª colocada é a Inglaterra, enquanto Portugal (6ª), Holanda (7ª), Bélgica (8ª), Alemanha (9ª) e Croácia (10ª) completam o Top 10.
Faltando pouco mais de seis meses para o início da Copa do Mundo de 2026, que será realizada entre 11 de junho e 19 de julho no México, no Canadá e nos Estados Unidos, foram reveladas também as posições dos adversários da seleção brasileira na primeira fase do Mundial.
O Marrocos, diante de quem o Brasil faz a sua estreia no Grupo C da Copa do Mundo de 2026 (no dia 13 de junho no MetLife Stadium, em Nova Jersey, às 19h de Brasília), está na 11ª colocação do ranking.
Já o Haiti está na 84ª posição. A seleção brasileira mede forças com os caribenhos no dia 19 de junho no Lincoln Financial Field, na Filadélfia, às 22h.
O terceiro adversário na primeira fase do Mundial é a Escócia, que ocupa a 36ª colocação da relação. O Brasil enfrenta os europeus no dia 24 de junho no Hard Rock Stadium, em Miami, às 19h.
POr - Agência Brasil
Um total de 141.628 trabalhadores ainda não sacaram o abono salarial PIS/Pasep, divulgou nesta segunda-feira (22) o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Os valores disponíveis chegam a R$ 145,7 milhões e podem ser retirados até a próxima segunda-feira, 29 de dezembro, prazo final do calendário de pagamentos.

No calendário de 2025, 26.537.809 trabalhadores tinham direito ao benefício. Desses, 26.396.181 (99,47%) já receberam, totalizando mais de R$ 30,7 bilhões pagos.
O benefício é referente ao ano-base de 2023 e também inclui revisões de pagamentos dos cinco anos anteriores. Quem perder o prazo terá de aguardar convocação especial do MTE para ter acesso ao benefício.
Quem tem direito ao Abono Salarial
Podem receber o Abono os trabalhadores que atendem aos seguintes critérios:
- Estar cadastrado no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos;
- Ter recebido até dois salários mínimos de remuneração média mensal no período trabalhado;
- Ter exercido atividade remunerada por no mínimo 30 dias, consecutivos ou não, no ano-base;
- Ter os dados corretamente informados pelo empregador no eSocial.
Como consultar
A consulta ao Abono Salarial pode ser feita a partir do dia 5 de cada mês pelos seguintes canais:
- Carteira de Trabalho Digital (aplicativo ou site);
- Portal Gov.br.
Trabalhadores que entraram com recurso administrativo recebem o pagamento no dia 15 de cada mês, ou no primeiro dia útil seguinte.
Onde sacar o benefício
O pagamento do Abono Salarial é feito pela Caixa Econômica Federal ou pelo Banco do Brasil, conforme o tipo de vínculo do trabalhador.
Na Caixa, o valor é pago prioritariamente por:
- Crédito em conta corrente ou poupança;
- Conta digital pelo aplicativo Caixa Tem.
Quem não tem conta pode sacar em agências, lotéricas, terminais de autoatendimento, correspondente bancário Caixa Aqui e outros canais.
No Banco do Brasil, o pagamento ocorre por:
- Crédito em conta bancária;
- Transferência via Pix ou TED;
- Saque presencial em agências, no caso de não correntistas.
Calendário
O calendário de pagamento do Abono Salarial 2025 começou em 17 de fevereiro e segue até 29 de dezembro, com datas definidas conforme o mês de nascimento do trabalhador.
Para 2026, o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) já aprovou a liberação de R$ 33,5 bilhões para o pagamento do benefício a 26,9 milhões de trabalhadores, com início previsto para 15 de fevereiro.
Canais de atendimento
Em caso de dúvidas, o trabalhador pode buscar informações:
- Pelo telefone 158 (Alô Trabalho);
- Nas Superintendências Regionais do Trabalho;
- Pelo serviço Facilita Brasil.
Por - Agência Brasil
A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) registrou nesta segunda-feira (22) três casos importados de malária no município de Maringá, na região Noroeste do Estado.
Em resposta ágil, a pasta enviou 60 ampolas do medicamento Artesunato para Maringá e Londrina com o objetivo de garantir o tratamento adequado para as formas graves da doença. O medicamento saiu do Aeroporto do Bacacheri, em Curitiba, com apoio do Batalhão de Polícia Militar Operações Aéreas (BPMOA).
O secretário estadual da Saúde, Beto Preto, destacou a rapidez na mobilização dos recursos. "A agilidade em disponibilizar esses medicamentos para os municípios demonstra nosso compromisso com o atendimento imediato aos casos de urgência em saúde", afirmou. O secretário Preto ressaltou, ainda, que a estrutura de vigilância epidemiológica do Paraná permite uma resposta rápida e eficiente a qualquer situação de risco à saúde pública.
O medicamento enviado, o Artesunato endovenoso, é o tratamento de primeira linha para a malária grave e complicada, causada tanto pelo Plasmodium falciparum quanto pelo Plasmodium vivax.
A malária é uma doença infecciosa febril aguda, e seus principais sintomas incluem febre alta, calafrios, tremores, sudorese e dor de cabeça, que podem ocorrer de forma cíclica. Pessoas que viajaram para áreas de transmissão da doença, como países da África, Ásia e algumas regiões do Brasil (principalmente a região amazônica), devem ficar atentas a esses sinais. A malária grave é definida por manifestações clínicas e laboratoriais severas, que podem incluir prostração, alteração da consciência, convulsões, edema pulmonar e hemorragias.
O protocolo de tratamento recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para adultos consiste em uma dose de ataque de Artesunato, seguida por doses de manutenção e, posteriormente, complementação com outro medicamento, como a Clindamicina, para garantir a eliminação completa do parasita.
CASOS IMPORTADOS - A Sesa reforça que o Paraná é considerado uma área livre de transmissão nativa (autóctone) da malária há mais de sete anos. Os casos registrados nesta semana são de pacientes que retornaram recentemente de uma viagem a Angola, país considerado endêmico para a malária.
Segundo levantamento preliminar da Sesa, um dos pacientes apresenta quadro clínico estável, enquanto outros dois estão em estado grave. A secretaria também monitora outros casos suspeitos, todos importados, que seguem em investigação conforme os protocolos de vigilância epidemiológica.
“Tivemos uma missão religiosa, com vários brasileiros, para a Angola e parte do grupo que voltou para Maringá teve o diagnóstico de malária. Com os casos sendo notificados no Sistema Nacional de Agravos, teremos acesso a mais doses do medicamento e torcemos para que os pacientes possam se recuperar o mais breve possível”, frisou Beto Preto.
VIGILÂNCIA - Os registros não alteram a situação endêmica do Estado, uma vez que os casos confirmados estão em uma área urbana onde não há presença do mosquito Anopheles, o vetor da doença. Dessa forma, não há risco de surto ou transmissão local a partir desses registros.
Ao apresentar os sintomas, a orientação é procurar imediatamente um serviço de saúde e informar sobre o histórico de viagem. O diagnóstico e o tratamento precoces são fundamentais para evitar a evolução da doença para formas graves.
Em outra ação da Sesa, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) do Paraná emitiu um alerta de risco sobre os casos importados para toda a rede de assistência à saúde e vigilância epidemiológica locais, considerando a possibilidade de ocorrência de outros casos entre os integrantes do mesmo grupo. Ainda segundo o alerta, podem surgir casos com início dos sintomas em período superior a 30 dias após contato com áreas de transmissão de malária.
Por - AEN
O Governo do Estado prestou assistência a 4.552 animais silvestres entre janeiro e novembro de 2025. O total é 21,84% maior do que o número de atendimentos de 2024, que foi de 3.735 animais.
O levantamento parcial leva em conta a fauna recebida nos escritórios do Instituto Água e Terra (IAT), que responderam por 3.296 dos serviços (72%), além de 1.256 socorridos em entidades conveniadas do órgão ambiental (27%), como Centros de Apoio à Fauna Silvestre (CAFS) e Centros de Triagem de Animais Silvestres (CETAS). A maior parte da fauna vitimada foi decorrente de apreensões (1.585), seguida de entregas voluntárias (1.419), resgates (1.330) e outras origens, como achados e doações de terceiros (219).
Em relação às unidades que mais se destacaram no recebimento da fauna, a sede do Instituto em Curitiba foi a campeã, com 971 atendimentos. Outras unidades do órgão que apresentaram números elevados foram os escritórios regionais em Maringá, no Noroeste, com 511 animais; Foz do Iguaçu, no Oeste, com 425; Umuarama, também no Noroeste, com 223; Jacarezinho, no Norte Pioneiro, com 179; e Campo Mourão, no Centro-Oeste, com 157.
Já levando em consideração as unidades conveniadas ao IAT, a que registrou mais atendimentos foi o CAFS do Centro Universitário Filadélfia (Unifl) em Londrina, no Norte do Estado, que cuidou de 713 animais no período. Em seguida, figuram o CETAS da Unicentro, em Guarapuava, na região central, com 483 atendimentos, e o CAFS do Parque das Aves, em Foz do Iguaçu, com 26 animais.
“A coexistência com esses animais exige a criação de um ambiente onde humanos e a vida selvagem possam viver lado a lado, por meio da educação ambiental e de estratégias de comunicação que engajem a sociedade a respeito do tema, além, claro, da adoção de práticas de manejo que minimizem conflitos humano-fauna”, afirma a bióloga da Diretoria do Patrimônio Natural do IAT, Nathalia Colombo.
COMO FUNCIONA – Segundo a Resolução Conjunta Sedest/IAT Nº 3 de 2022, o Centro de Apoio à Fauna Silvestre é um local preparado para receber, identificar, marcar, triar, avaliar, e estabelecer tratamento veterinário para animais acolhidos por órgão ambiental em ações de fiscalização, resgates ou entrega voluntária por particulares.
A permanência dos animais depende do tempo necessário para sua recuperação. O destino pode ser a soltura no habitat natural ou, quando é um risco devolvê-los para a natureza, são encaminhados a criadouros habilitados pelo IAT, ou mantenedores individuais, igualmente habilitados pelo órgão ambiental.
Os atendimentos variam a cada caso, mas consistem na avaliação do animal e, se preciso, o tratamento de doenças, acompanhamento biológico, uso de medicações e curativos e procedimentos cirúrgicos – o que não é uma obrigação das CAFS, mas que podem ser realizados no local. Esse tipo de atenção ajuda a proteger a fauna silvestre e a prevenir o aumento de animais em risco de extinção.
AJUDE A FAUNA – Ao avistar algum animal silvestre ferido ou para denúncias de atividades ilegais contra animais, entre em contato por meio da Ouvidoria do Instituto Água e Terra (IAT) ou com o Batalhão de Polícia Ambiental Força-Verde, da Polícia Militar do Paraná.
Se preferir, ligue para o Disque Denúncia 181. Informe de forma objetiva e precisa a localização e o que aconteceu com o animal. Quanto mais detalhes sobre a ocorrência, melhor será a apuração dos fatos e mais rapidamente as equipes conseguem fazer o atendimento.
POr - AEN
Em 2025, o Governo do Paraná proporcionou um avanço significativo para a promoção da saúde visual dos estudantes da rede pública com a transformação do Programa Bons Olhos Paraná em política pública permanente.
Após a aprovação do projeto de lei enviado pelo Estado à Assembleia Legislativa e a sanção do governador Carlos Massa Ratinho Junior, a iniciativa agora está oficialmente integrada às áreas da saúde, educação e assistência social.
O objetivo é garantir avaliação oftalmológica precoce, doação gratuita de óculos e acompanhamento contínuo dos alunos. Neste ano, mais de 84 mil estudantes foram atendidos pela ação.
O Bons Olhos Paraná atende estudantes do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental, priorizando municípios com menor renda e maior vulnerabilidade. “O programa se consolidou como uma política de prevenção e promoção da saúde visual, com impacto direto na educação e na qualidade de vida dos alunos”, avalia o secretário do Desenvolvimento Social e Família, Rogério Carboni
O programa terá caráter itinerante, com triagens especializadas e articulação com a rede local de saúde, ampliando o acesso das famílias a atendimentos oftalmológicos e fortalecendo a prevenção de problemas de visão que impactam diretamente o aprendizado e a permanência escolar.
A gestão e o monitoramento do Bons Olhos Paraná serão realizados por uma comissão formada pelas secretarias estaduais do Desenvolvimento Social e Família (Sedef), da Saúde (Sesa), e da Educação (Seed), podendo incluir outras pastas.
NOVA FASE - Com a consolidação da lei, o programa teve sua ampliação aprovada pelo Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca/PR) ainda em 2025. A segunda fase incluirá 275 municípios, beneficiando 539 mil alunos, concentrando esforços em regiões com maior vulnerabilidade e menor acesso a serviços oftalmológicos.
O investimento é de R$ 64,7 milhões, garantindo cobertura mais ampla e equitativa em todo o Estado. Os recursos são do Fundo para a Infância e Adolescência (FIA).
Na primeira fase, já concluída em 93 municípios, o programa entregou 8,3 mil óculos, realizou 84 mil atendimentos oftalmológicos e 55 mil testes ortópticos, com investimento de R$ 5,5 milhões. Os estudantes passaram por triagem, avaliação de acuidade visual, consulta especializada, emissão da receita, escolha da armação e entrega dos óculos. Casos de patologias específicas, como estrabismo, doenças da córnea, alterações da retina e outras condições, foram encaminhados para o sistema de saúde.
Por - AEN
Após a passagem de três tornados no início de novembro pelo Paraná, ocasionando mortes e prejuízos em 11 municípios, fenômenos de grande impacto como este despertaram a curiosidade da população. Como diferenciar um tornado, de um ciclone, de um furacão? A explicação vem da equipe de meteorologia do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar).
A principal diferença entre os ciclones e os tornados está no tamanho e no tempo de duração. “Os ciclones são sistemas atmosféricos de baixa pressão, caracterizados por ventos que giram em espiral em torno de um centro. Essa rotação ocorre no sentido horário no Hemisfério Sul, devido à ação da força de Coriolis, que é o efeito da rotação da Terra sobre a movimentação do ar”, conta Júlia Munhoz, meteorologista do Simepar.
Em um ciclone, o ar tende a subir no centro, favorecendo a formação de nuvens e chuva. São fenômenos de grande escala, capazes de alcançar centenas ou até milhares de quilômetros (o tamanho de um estado, por exemplo). Eles podem se formar por diferentes processos: alguns dependem do encontro entre massas de ar quente e frio, enquanto outros surgem em ambientes muito quentes e úmidos, alimentados pela energia liberada durante a formação de nuvens.
“Os ciclones são muito frequentes na América do Sul. Como exemplo, toda frente fria que avança é associada a um ciclone. Eles podem perdurar por vários dias”, ressalta Júlia. Há vários tipos de ciclones, e a classificação depende do comportamento da temperatura com a altitude, e do local de formação.
EXTRATROPICAIS - Os ciclones extratropicais aparecem principalmente em latitudes médias, onde é comum o encontro entre ar quente e ar frio. “Esse contraste cria frentes frias e quentes, que organizam o ciclone e conferem uma estrutura mais alongada e irregular. Esse tipo de ciclone costuma formar sistemas frontais que provocam mudanças no tempo, com chuva e ventos fortes e posterior queda de temperatura”, explica Júlia. Os ciclones extratropicais se formam com maior frequência sobre o oceano, na altura do litoral uruguaio e gaúcho.
SUBTROPICAIS - Já os ciclones subtropicais têm características intermediárias: formam-se sobre o oceano, em áreas de temperatura moderada. “Parte do sistema é mais quente e úmida próxima ao centro, enquanto outra parte recebe influência de ar mais frio em níveis mais altos. O resultado é um ciclone parcialmente simétrico, mas não tão organizado quanto um ciclone tropical”, conta Júlia. Os ciclones subtropicais são pouco frequentes no Sul do Brasil.
TROPICAIS - Também existem os ciclones tropicais. Eles se desenvolvem sobre águas quentes, que fornecem calor e umidade para alimentar tempestades profundas. “Esses sistemas são mais simétricos, com um centro bem definido e um núcleo quente em altitude. Quando alcançam ventos muito fortes, recebem diferentes nomes conforme a região do planeta: furacão no Atlântico Norte e Pacífico Nordeste, tufão no Pacífico Noroeste e ciclone tropical severo em partes do Índico e Pacífico Sul”, informa a meteorologista.
Apesar das variações de nomenclatura, furacões, tufões e ciclones tropicais intensos são essencialmente o mesmo fenômeno, nomeados de acordo com a bacia oceânica onde ocorrem. Devido à condição de temperaturas não costumam se formar sobre o Atlântico Sul, que tem águas mais frias.
Até hoje, o único furacão nesta região foi o Catarina, em março de 2004, que impactou diretamente o litoral norte do Rio Grande do Sul, o litoral sul de Santa Catarina, e causou ventos de mais de 180km/h em superfície no litoral paranaense, de forma constante, por algumas horas.
TORNADOS - Já os tornados, são fenômenos muito menores e extremamente concentrados. Eles geralmente se originam de tempestades severas, especialmente supercélulas, que possuem uma região de rotação interna, denominada de mesociclone.
“O tornado se forma quando essa rotação se intensifica e se estende até o solo. Embora seus ventos possam superar os de um furacão, os tornados têm dimensões muito reduzidas — normalmente centenas de metros a poucos quilômetros — e duram poucos minutos. Seus impactos são altamente localizados, enquanto os ciclones podem afetar regiões inteiras durante vários dias”, ressalta Júlia.
Na imagem a esquerda, o quadrado branco destacando uma supercélula vista através do satélite GOES-19. Esta supercélula está embebida no ramo de uma frente fria que está associada a um ciclone extratropical. Já na imagem a direita é a visão ampliada da supercélula, vista pela refletividade do radar meteorológico do Simepar. Nesta ocasião, o tornado é apenas uma área pequena da supercélula. Imagem de satélite, fonte: CPTEC / INPE. Imagem de radar, fonte: Simepar.
Os tornados são mais propensos a se formar na região Centro-Sul da América do Sul, especialmente no oeste dos estados do Sul do Brasil, o que representa cerca de 70% das ocorrências de tornados no país. “Essa maior propensão está relacionada, em grande parte, ao papel da Cordilheira dos Andes, que atua como uma barreira topográfica canalizando o escoamento de noroeste em níveis médios da atmosfera (por volta de 1.500 metros). Esse escoamento canalizado transporta grande quantidade de umidade da Amazônia e o para o Centro-Sul do continente, favorecendo um acúmulo de umidade sobre a Região Sul do Brasil”, explica Samuel Braun, meteorologista do Simepar.
Além disso, essa região tem a frequente influência da passagem de sistemas frontais, especialmente frentes frias, que introduzem massas de ar com características muito distintas. O encontro entre ar quente e úmido e ar frio aumenta a instabilidade atmosférica e intensifica o contraste térmico.
“Esse contraste contribui para a aceleração dos ventos com a altura, gerando cisalhamento vertical do vento. Esse mecanismo cria rotação horizontal no escoamento do ar. Quando essa rotação é incorporada a uma corrente ascendente intensa — típica de tempestades severas — o tubo de ar em rotação é inclinado e verticalizado, podendo originar a estrutura rotativa característica de tornados associados a supercélulas”, afirma Samuel.
Por - AEN
A arrecadação da União com impostos e outras receitas teve recorde para o mês de novembro, alcançando R$ 226,75 bilhões, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (22) pela Receita Federal. Em comparação com novembro de 2024, o resultado representa aumento real de 3,75%, ou seja, considerada a inflação, em valores corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Também é o melhor desempenho arrecadatório para o acumulado de janeiro a novembro. No período, a arrecadação alcançou R$ 2,59 trilhões, representando um acréscimo, corrigido pelo IPCA, de 3,25%.
Os dados sobre a arrecadação estão disponíveis no site da Receita Federal.
Os valores se referem a tributos federais, como Imposto de Renda (IR) de pessoas físicas e empresas, receita previdenciária, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), Programa de Integração Social/Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins), entre outros. Arrecadação com royalties e depósitos judiciais, que não são apurados pela Receita Federal, também entram na conta.
Quanto às receitas administradas pelo órgão, o valor arrecadado no mês passado ficou em R$ 214,39 bilhões, representando acréscimo real de 1,06%. No acumulado do ano, a arrecadação da Receita Federal alcançou R$ 2,47 trilhões, alta real de 3,9%.
No acumulado de janeiro a novembro, a base de comparação, entretanto, está influenciada por eventos não recorrentes ou alterações de legislação que ocorreram em 2024 sem contrapartida em 2025.
Em 2024, houve recolhimento extra de R$ 13 bilhões do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) - Rendimentos de Capital, referente à tributação de fundos exclusivos, o que não ocorreu em 2025. A lei que muda o IR incidente sobre fundos de investimentos fechados e sobre a renda obtida no exterior por meio de offshores foi sancionada em dezembro de 2023.
Também houve uma arrecadação atípica do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), que incidem sobre o lucro das empresas. De janeiro a novembro de 2024, o recolhimento extra foi R$ 4 bilhões, enquanto no acumulado deste ano chegou a R$ 3 bilhões.
“Sem considerar os pagamentos atípicos, haveria um crescimento real de 4,51% na arrecadação do período de janeiro a novembro de 2024”, informou a Receita Federal.
Destaques no ano
Os resultados foram influenciados positivamente por algumas variáveis macroeconômicas, resultado do comportamento da atividade produtiva, principalmente serviços; pela elevação do IOF; o bom desempenho da arrecadação previdenciária, em razão, especialmente, do aumento da massa salarial; e a alta da arrecadação do Pis/Cofins em função do desempenho das entidades financeiras e da taxação de serviços de apostas online (bets).
O IOF somou R$ 77,55 bilhões de janeiro a novembro de 2025, alta de 19,88% na comparação com o mesmo período do ano passado.
“A arrecadação do período pode ser justificada, principalmente, pelas operações relativas à saída de moeda estrangeira, a crédito destinado a pessoas jurídicas e referentes a títulos ou valores mobiliários, sobretudo em decorrência de alterações legislativas”, cita a Receita.
Em junho deste ano, o governo aumentou a cobrança em algumas operações de crédito, por meio do Decreto 12.499/2025. A medida foi derrubada posteriormente.
No acumulado do ano, houve crescimento real de 11,01% da arrecadação dos tributos incidentes sobre o comércio exterior e de 15,39% sobre rendimentos de residentes no exterior. Essa última rubrica é um agregado de arrecadação volátil e tem surpreendido positivamente este ano, com crescimento robusto calcado na arrecadação de royalties e rendimento de trabalho e também nos Juros sobre Capital Próprio (JCP) ─ forma de uma empresa dividir parte do lucro com os acionistas.
Outro destaque apontado pela Receita foi o PIS/Cofins, com a arrecadação chegando a R$ 528,85 bilhões no acumulado de janeiro a novembro, alta de 2,79% em relação ao mesmo período de 2024, influenciado pela regulamentação das bets, que passou a valer em 2025.
Apenas a receita com as casas de apostas virtuais subiu mais de 14.000%, passando de R$ 62 milhões para R$ 8,82 bilhões no acumulado do ano.
Apesar do recorde nos onze primeiros meses do ano, há uma desaceleração que reflete o desempenho da atividade econômica. A arrecadação com o IRPJ/CSLL, por exemplo, teve alta de 1,44%, enquanto o IPI aumentou apenas 0,57%, diante da atividade industrial praticamente estável.
Por - Agência Brasil
A Receita Federal abriu, nesta segunda-feira (22), consulta ao lote residual de restituição do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) de dezembro de 2025. O crédito bancário será feito no próximo dia 30 para 263.255 contribuintes.

Neste lote, o valor das restituições é mais de R$ 605,9 milhões. Esse lote inclui declarações de 2025 transmitidas fora do prazo, com pendências já regularizadas, além de valores residuais de anos anteriores.
Do total, R$ 309,6 milhões serão destinados a contribuintes com prioridade legal: 5.310 idosos acima de 80 anos, 34.796 entre 60 e 79 anos, 4.087 com alguma deficiência física, mental ou moléstia grave e 11.344 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério
Além dessas, 178.030 restituições serão destinadas a contribuintes que não possuem prioridade legal, mas receberam prioridade por utilizarem a declaração pré-preenchida e/ou por terem optado por receber via PIX. Foram contemplados ainda 29.688 contribuintes não prioritários.
Para saber se teve a declaração liberada, o contribuinte deve acessar a página da Receita Federal na internet, clicar em "Meu Imposto de Renda" e, em seguida, em "Consultar minha Restituição". No serviço Portal e-CAC, também é possível verificar o extrato da declaração.
A Receita disponibiliza ainda o aplicativo para tablets e smartphones, para consulta à declaração e à situação cadastral no CPF. Com o aplicativo, é possível verificar diretamente nas bases da Receita Federal informações sobre a liberação das restituições.
Como resgatar
O pagamento da restituição é feito diretamente na conta bancária informada pelo contribuinte na declaração, de forma direta ou por indicação de chave Pix. Se, por algum motivo, o crédito não for realizado (se, por exemplo, a conta foi desativada), os valores ficarão disponíveis para resgate por até um ano no Banco do Brasil.
Nesse caso, o cidadão pode reagendar o crédito dos valores, em seu nome, pelo Portal BB, acessando o endereço www.bb.com.br/irpf, ou ligando para a Central de Relacionamento BB por meio dos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos).
Para reagendar, é necessário informar o valor da restituição e o número do recibo da declaração. Após o reagendamento, basta aguardar nova tentativa de crédito.
Caso o contribuinte não resgate o valor de sua restituição no prazo de um ano, deve requerê-lo pelo Portal e-CAC, disponível no site da Receita Federal, acessando o menu Declarações e Demonstrativos, seguido de Meu Imposto de Renda e clicando em “Solicitar restituição não resgatada na rede bancária."
POr - Agência Brasil
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino suspendeu neste domingo (21) os efeitos do Artigo 10 do Projeto de Lei (PL) nº 128/2025, aprovado pelo Congresso Nacional, que permite o pagamento das chamadas emendas de relator (RP 9), conhecidas como o orçamento secreto.

O trecho revalida os restos a pagar desde 2019, que são as despesas empenhadas não pagas que haviam sido canceladas a partir de lei de 2023.
Esses valores poderão ser quitados até o fim de 2026, inclusive recursos de emendas parlamentares. A estimativa de impacto para os cofres do governo está em torno de R$ 3 bilhões.
A decisão de Dino tem caráter liminar, mas passará por referendo do plenário da Corte. Ela foi tomada em uma ação apresentada por deputados federais e pelo partido Rede Sustentabilidade. Eles afirmam que, do montante aproximado de R$ 1,9 bilhão em restos a pagar de emendas parlamentares inscritos no orçamento desde 2019, cerca de R$ 1 bilhão corresponde a restos a pagar oriundos de RP 9.
O PL foi aprovado no Senado na última quarta-feira (17) e seguiu para sanção presidencial. O prazo para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é 12 de janeiro. Caso o trecho seja vetado por Lula, o ato deve ser comunicado ao ministro relator.
Para Dino, a revalidação de restos a pagar não processados ou já cancelados relativos às emendas de relator é incompatível com o regime jurídico atual. “Com efeito, cuida-se de ressuscitar modalidade de emenda cuja própria existência foi reputada inconstitucional [pelo STF]”, diz Dino, na decisão.
O ministro deu, ainda, prazo de dez dias para que a Presidência da República preste informações sobre a compatibilidade da “ressuscitação” das emendas de relator com a responsabilidade fiscal e com o plano de trabalho homologado pelo plenário do STF.
Entenda
O impasse sobre a liberação das emendas começou em dezembro de 2022, quando o STF entendeu que as emendas chamadas de RP8 (emenda de comissão) e RP9 eram inconstitucionais. Após a decisão, o Congresso Nacional aprovou uma resolução que mudou as regras de distribuição de recursos por emendas de relator para cumprir a determinação da Corte.
No entanto, o PSOL, partido que entrou com a ação contra as emendas, apontou que a decisão continuava em descumprimento. Em agosto do ano passado, Dino determinou a suspensão das emendas e decidiu que os repasses devem seguir critérios de rastreabilidade.
No início deste ano, o STF homologou o plano de trabalho no qual o Congresso se comprometeu a identificar os deputados e senadores responsáveis pelas emendas ao Orçamento e os beneficiários dos repasses. A decisão também liberou o pagamento das emendas que estavam suspensas.
“Em tal Plano de Trabalho, contudo, não há previsão quanto à possibilidade de ‘ressuscitação’ de restos a pagar, o que evidencia que a disciplina ora impugnada extrapola os parâmetros institucionais e as balizas fixadas em conjunto, pelos 3 Poderes, para a superação das inconstitucionalidades então reconhecidas”, diz Dino.
Para o ministro, a aprovação do Artigo 10 do projeto de lei é uma afronta à Constituição. “Verifico indícios de que o projeto de lei complementar impugnado promove violação ao devido processo constitucional orçamentário, à Responsabilidade Fiscal e às cláusulas pétreas [sobre separação dos Poderes e direitos e garantias fundamentais] da Constituição Federal”, diz.
Além de tratar dos restos a pagar, o PL aprovado faz o corte de incentivos fiscais, a principal aposta do governo para equilibrar o Orçamento de 2026. Com potencial de elevar a arrecadação em cerca de R$ 22,4 bilhões no próximo ano, a proposta também aumenta tributos sobre empresas de apostas on-line (bets), fintechs e grandes empresas que remuneram sócios por meio de juros sobre capital próprio (JCP).
Colaboração ativa
Na decisão liminar, o ministro Flávio Dino lembrou que o contexto atual do país é marcado por “graves dificuldades fiscais” e que todos os Poderes da República têm o dever constitucional de “colaborar ativamente” para a preservação do equilíbrio fiscal. Para ele, o pode público não pode criar ou ampliar despesas de caráter abusivo, desproporcional ou dissociado das capacidades fiscais do Estado.
“Tal dever de contenção projeta-se, de modo inequívoco, sobre práticas problemáticas, como a proliferação de ‘penduricalhos remuneratórios’ no âmbito do Poder Judiciário e das funções essenciais à Justiça — Ministério Público, Advocacia Pública e Defensoria Pública —, bem como sobre a concessão reiterada e pouco transparente de benefícios fiscais a determinados setores econômicos, sem avaliação consistente de impacto orçamentário e financeiro”, escreveu.
“A mesma lógica constitucional de contenção deve incidir, com rigor, sobre tentativas de reativação de recursos oriundos de emendas parlamentares à margem do ciclo orçamentário regular. Vale dizer: os três Poderes estão diante do inadiável dever de cumprir os ditames constitucionais da Responsabilidade Fiscal, para que haja fidelidade à ética no exercício dos cargos mais elevados da República”, afirmou Dino.
Por - Agência Brasil


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