O Ministério da Saúde começa a distribuir nacionalmente, nesta terça-feira (2), o primeiro lote da vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR). O primeiro lote, com 673 mil doses, será enviado a todas as unidades da federação para imunização gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O grupo prioritário é o das gestantes a partir da 28ª semana de gravidez. O ministério informa que não há restrição de idade para a mãe. A recomendação é tomar dose única a cada nova gestação.
Em nota, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destaca a proteção de gestantes e bebês. “A chegada dessa vacina é uma novidade e reforça o compromisso do SUS com a prevenção e com o cuidado integral das famílias brasileiras”, afirmou.
Objetivo
O foco é a proteção dos bebês, com a redução dos casos de bronquiolite em recém-nascidos. Nesse período, os bebês são mais vulneráveis a desenvolver as formas mais graves da infecção, que levam à hospitalização.
Em 2025, até 22 de novembro, o Brasil registrou 43,2 mil casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) causados pelo VSR.
Os resultados do estudo Matisse (sigla em inglês para Maternal Immunization Study for Safety and Efficacy) confirmam o benefício da vacinação.
Onde se vacinar
A gestão dos estoques das vacinas recebidas é de responsabilidade das secretarias de Saúde dos estados e dos municípios, que poderão iniciar imediatamente a vacinação nos postos de saúde nas unidades básicas de saúde (UBSs).
O Ministério da Saúde promete garantir o abastecimento necessário para a execução das estratégias locais de vacinação.
Nas UBSs, a orientação para as equipes é verificar e atualizar a situação vacinal das gestantes, incluindo as imunizações contra a influenza e covid-19, uma vez que a vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR) pode ser administrada simultaneamente com esses imunizantes.
Doses
O Ministério da Saúde comprou 1,8 milhão de doses do imunizante, incluindo as entregas do início de dezembro. As demais seguirão o calendário firmado pela pasta com estados e municípios. Confira aqui a quantidade de doses que serão distribuídas aos estados inicialmente.
O Distrito Federal é a primeira unidade da federação a receber as doses. As demais recebem até quarta-feira (3).
Fabricação nacional
Na rede privada, a vacina pode custar até R$ 1,5 mil.
A incorporação da vacina no SUS foi possível após acordo entre o Instituto Butantan e o laboratório produtor do imunizante, que assegurou a transferência de tecnologia ao Brasil.
Com isso, o país poderá fabricar o imunizante, ampliando a autonomia e o acesso da população a essa proteção contra o vírus.
Bronquiolite
A bronquiolite é uma doença respiratória aguda que se manifesta de forma grave, principalmente, em crianças de até 2 anos e também em idosos, causando dificuldade respiratória e podendo levar à morte.
A doença é caracterizada pela inflamação dos bronquíolos, que são finas ramificações que levam o oxigênio até os alvéolos dos pulmões.
Os sintomas geralmente aparecem gradualmente, até seis dias após o contágio. Entre os principais estão: obstrução nasal; coriza clara; dificuldade para respirar; tosse; respiração rápida e chiado no peito, e febre. Em situações mais graves, podem ocorrer cianose (arroxeamento dos lábios e extremidades) e pausas respiratórias.
Não existe um medicamento que cure diretamente a infecção viral, ou seja, que mate o vírus ou que desinfle o pulmão de forma imediata. Geralmente, o tratamento dos sintomas tem o objetivo de dar suporte às funções vitais das crianças, para mantê-las respirando bem, confortáveis e hidratadas.
Por - Agência brasil
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou, nesta terça-feira (2), por 21 votos contra um, o projeto de lei (PL) que aumenta a taxação das fintechs, que são empresas de pagamento que atuam no mercado financeiro, assim como das bets, as empresas de apostas esportivas online. O relatório aprovado foi o mesmo apresentado na semana passada. 

O PL 5473 de 2025 permite ainda a regularização tributária para pessoas de baixa renda ao criar o Programa de Regularização Tributária para Pessoas Físicas de Baixa Renda (Pert-Baixa Renda). Como tramitou em caráter terminativo, o projeto segue direto para análise da Câmara dos Deputados caso não seja apresentado recurso no Senado.
O texto aumenta a tributação das bets dos atuais 12% para 18% de forma escalonada até 2028. A base de cálculo para a tributação das bets é o total arrecadado com as apostas, retirado o valor pago aos vencedores da aposta como prêmio.
Em relação às fintechs, o texto prevê o aumento da Contribuição Social do Lucro Líquido (CSLL) dos atuais 9% para 12% em 2026, chegando a 15% em 2028. As empresas do mercado financeiro, que já pagam hoje 15% do CSLL, passam para 17,5% em 2026, até chegar a 20% em 2028.
Ao justificar o aumento, o relator Eduardo Braga (MDB-AM) disse que é uma questão de isonomia, uma vez que os bancos tradicionais pagam até 20% de imposto.
“A alíquota de 20%, antes aplicável apenas aos bancos, incidirá sobre sociedades de crédito, financiamento e investimentos e pessoas jurídicas de capitalização. A medida fortalece a sustentabilidade fiscal e propicia isonomia entre entidades reguladas e supervisionadas pelo Banco Central ao corrigir distorções na carga tributária entre instituições que realizam operações semelhantes”, explicou Braga no relatório.
A aprovação do projeto visa compensar a perda na arrecadação da aprovação da isenção do Imposto de Renda Sobre Pessoa Física (IRFP) para quem ganha até R$ 5 mil, sancionado na semana passada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Mudanças no relatório
O relator Eduardo Braga publicou novo parecer, na sessão da CAE de hoje, retirando uma série de modificações ligadas ao Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF). O senador explicou que o Ministério da Fazenda (MF) não concordou com as mudanças.
“Comecei a receber sinalizações do Ministério da Fazenda muito estranhas de que aquelas alterações que estavam sendo propostas alteravam a lei que acabava de ser sancionada [Lei que isenta do IR quem recebe até R$ 5 mil], que não havia entendimento com a Fazenda e que a Fazenda estava, portanto, preferindo não votar o projeto”, disse o relator Eduardo Braga.
Porém, como o texto anterior seria fruto de um acordo entre os parlamentares, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), propôs manter o texto anterior apesar das críticas da Fazenda.
“Vou aqui me colocar no risco, porque não fui procurado também. Vou pedir ao senador Eduardo Braga que retire o adendo de hoje, mantenha o da semana passada, portanto não há local mais para vistas, que nós votemos o relatório que você apresentou e depois eu pago a conta”, afirmou.
Com a sugestão do líder do governo, foi votado o parecer da semana passada.
Combate à lavagem de dinheiro
O projeto aprovado na CAE também prevê normas para dificultar o uso do sistema financeiro das fintechs e das bets para lavagem de dinheiro do crime organizado.
Entre as mudanças, estão previstos critérios “mais claros” para a autorização de operação de apostas de bets, “reforçando que o Ministério da Fazenda poderá negar autorizações quando houver dúvidas sobre a idoneidade de administradores e controladores”.
Além disso, o texto estabelece requisitos mínimos para comprovação de idoneidade das bets, e empresas de internet terão até 48 horas úteis de prazo para remoção de páginas ilegais.
“O descumprimento das novas normas traz sanções administrativas significativas, como multas de até R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) por operação irregular e a suspensão temporária de serviços prestados pelos operadores”, diz o senador Braga no relatório.
Renegociação de tributos para baixa renda
O PL 5.373 de 2025 também institui o Programa de Regularização Tributária para Pessoas Físicas de Baixa Renda (Pert-Baixa Renda).
Poderão aderir ao programa as pessoas físicas que, no ano-calendário de 2024, tenham auferido rendimentos tributáveis mensais de até R$ 7.350,00 ou anuais de até R$ 88.200,00.
“A adesão ocorrerá mediante requerimento efetuado no prazo de noventa dias contado da publicação da lei e abrangerá os débitos indicados pelo sujeito passivo, na condição de contribuinte ou responsável”, diz o projeto.
Remessa de lucros
O projeto de lei em análise também permite que os contribuintes que residem no exterior possam pedir, no prazo de cinco anos, a restituição de impostos cobrados que ultrapassem os limites legais sobre a renda incidente sobre os lucros e dividendos.
Por - Agência Brasil
Jogos de azar e apostas online, popularizadas pelas chamadas bets, provocam perdas econômicas e sociais ao país estimadas em R$ 38,8 bilhões anualmente. Esse valor é o somatório de danos à sociedade, como suicídios, desemprego, gastos com saúde e afastamento do trabalho.

O cálculo é do estudo inédito A saúde dos brasileiros em jogo, divulgado nesta terça-feira (2), que analisa efeitos da expansão das apostas online no Brasil.
Acesse aqui para ver a íntegra da pesquisa.
Para ter uma noção do tamanho da perda, o valor de R$ 38,8 bilhões projetado pela pesquisa representaria expansão de 26% no orçamento do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida do ano passado, ou 23% a mais no Bolsa Família de 2024.
O estudo é uma parceria de organizações sem fins lucrativos dedicadas à saúde pública: o Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (Ieps) e a Umane, e da Frente Parlamentar Mista para Promoção da Saúde Mental (FPSM), que reúne quase 200 parlamentares no Congresso Nacional.
Perdas
Os pesquisadores citam que o Brasil teve 17,7 milhões de apostadores em apenas seis meses. Eles também se baseiam em levantamento da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) para estimar em cerca de 12,8 milhões o número de pessoas em situação de risco com relação a apostas.
Os autores se inspiraram em estudo britânico sobre efeito dos jogos para projetar o tamanho nas perdas diretas e indiretas para o Brasil e chegaram aos seguintes números:
- R$ 17 bilhões por mortes adicionais por suicídio
- R$ 10,4 bilhões por perda de qualidade de vida com depressão
- R$ 3 bilhões em tratamentos médicos para depressão
- R$ 2,1 bilhões com seguro-desemprego
- R$ 4,7 bilhões encarceramento por atividade criminal
- R$ 1,3 bilhão diz respeito à perda de moradia
Desse total, 78,8% (R$ 30,6 bilhões) estão associados a custos ligados à saúde.
“Estudos internacionais recentes demonstram a associação entre o transtorno do jogo e o agravamento de quadros de ansiedade, depressão e risco de suicídio”, assinala o documento, que utilizou estimativas de valor monetário para medir as perdas de qualidade e duração de vida.
Os pesquisadores afirmam que o crescimento acelerado do setor de apostas online, favorecido pela tecnologia, falta de regulação, ampla exposição midiática e pela ausência de políticas públicas estruturadas, “já apresenta impactos significativos sobre o endividamento das famílias, o aumento dos casos de transtorno do jogo e o agravamento de quadros de sofrimento mental”.
Retorno insuficiente
De acordo com o Banco Central (BC), os brasileiros destinaram cerca de R$ 240 bilhões às bets em 2024 e os beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões em bets, por meio de Pix, em agosto de 2024.
As bets foram legalizadas no Brasil em 2018, regulamentadas apenas em 2023 e só passaram a pagar volume maior de impostos a partir de 2025. Até setembro deste ano, a arrecadação com a atividade chegou a R$ 6,8 bilhões, diz o relatório. No mês seguinte, o acumulado passou para perto de R$ 8 bilhões.
“O contraste entre a arrecadação – ainda que consideremos a projeção anual de R$ 12 bilhões – e o custo anual estimado de R$ 38,8 bilhões revela uma conta que não fecha do ponto de vista do interesse público”, ressalta o texto.
Atualmente as bets são tributadas em 12% sobre a receita bruta. No Senado tramita o Projeto de Lei 5473/2025, que propõe até duplicar a alíquota para 24%. Além disso, os apostadores pagam 15% de Imposto de Renda sobre o prêmio recebido.
Os autores do estudo criticam que, de todo o valor arrecadado com as bets, apenas 1% é direcionado aos cofres do Ministério da Saúde. Até agosto, o montante efetivamente repassado somava R$ 33 milhões.
Eles lembram que essa receita não tem vinculação orçamentária específica com o financiamento de ações no âmbito da Rede de Atenção Psicossocial (Raps), ambiente do Sistema Único de Saúde (SUS) que oferece cuidado em saúde mental.
Redução de danos
A diretora de Relações Institucionais do Ieps, Rebeca Freitas, acredita que sem uma regulação firme, fiscalização rigorosa e responsabilidade das operadoras, aumentam os riscos de endividamento, adoecimento e impactos sobre a saúde mental, especialmente entre grupos mais vulneráveis.
Ela constata que as bets já fazem parte da vida de milhões de brasileiros, por isso a questão central sobre o tema deve ser em torno de garantir proteção à população.
No entanto, completa a diretora, o cenário atual mostra o oposto.
“A prática está sendo incentivada por um lobby comercial poderoso, ainda que às custas da saúde do povo brasileiro”, disse à Agência Brasil.
CPI das Bets
Os danos causados pelas bets chegaram a ser tema de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado. A CPI investigou o impacto das apostas online no orçamento das famílias, supostas ligações com crime organizado e atuação de influenciadores que divulgam essas apostas.
No entanto, os parlamentares rejeitaram o relatório final, que pedia o indiciamento de 16 pessoas. Foi a primeira vez, nos últimos dez anos, que uma CPI do Senado teve o relatório rejeitado.
Sem impacto positivo
No campo econômico, o estudo considera que a atividade das bets é “irrisória” em termos de geração de empregos e renda para o trabalhador. Com base em dados oficiais do Ministério do Trabalho, o levantamento aponta que o setor representava 1.144 empregos formais.
Em termos de renda, os pesquisadores estimam que, de cada R$ 291 de receita obtida pelas empresas, apenas R$ 1 se transforma em salário formal.
“Enquanto cada trabalhador formal no setor gera cerca de R$ 3 milhões mensais em receitas para as empresas, ele próprio recebe uma fração mínima (0,34%) desse valor”, citam.
A pesquisa alerta também para a alta informalidade: 84% dos trabalhadores do setor não contribuíram para a previdência em 2024, enquanto a média da economia brasileira era de 36%, segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Modelo britânico
O dossiê A saúde dos brasileiros em jogo apresenta medidas existentes no Reino Unido voltadas à prevenção, ao tratamento e à regulação do setor de apostas:
- Autoexclusão: permite ao usuário bloquear o próprio acesso a todos os sites licenciados no Reino Unido por até cinco anos.
- Restrição à publicidade: permitida, mas altamente regulada. Anúncios não podem sugerir que o jogo é uma solução para problemas financeiros, ser direcionados a menores de idade ou usar influenciadores ou celebridades que tenham apelo junto ao público jovem.
- Destinação da arrecadação para o tratamento de saúde das pessoas afetadas: vale para 50% do que as bets pagam de imposto.
Sugestões para o Brasil
A diretora de Relações Institucionais do Ieps, Rebeca Freitas, assinala que “uma vez que a proibição ainda não está em pauta”, o instituto sugere cinco caminhos para mitigar os danos das apostas no Brasil:
- Aumentar a parcela da taxação das apostas online destinada à saúde;
- Formar profissionais de saúde no tema para realizar o acolhimento no SUS;
- Proibir propagandas e realizar campanhas nacionais de conscientização;
- Restringir o acesso, principalmente de pessoas com perfil de risco e/ou menores de idade;
- Implementar regras duras para as empresas de apostas, que visem retorno financeiro ao país, inibam a corrupção e possibilitem políticas públicas de monitoramento.
“Se o Estado entende que a legalização é um caminho sem volta, ele precisa mitigar os danos causados pelas empresas de apostas e assegurar mecanismos sólidos de redução de danos”, afirma Rebeca.
Bets contra aumento de imposto
O Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR), entidade fundada em 2023, representa cerca de 75% do mercado brasileiro e reúne as principais empresas de apostas do país.
No perfil de LinkedIn da instituição, há a reprodução de um conteúdo em que a entidade se manifesta contrária ao aumento de tributação. Para o IBJR, “isso pode acabar fortalecendo o mercado clandestino”.
“A oferta legal limitada, impulsionada pela tributação excessiva, fragiliza o setor. Esse desequilíbrio aumenta o risco de operadores licenciados migrarem para o ambiente ilegal, comprometendo tanto a competitividade do mercado regulado, quanto a arrecadação governamental prevista”, registra.
De acordo com o IBJR, mais de 51% das apostas no âmbito virtual no Brasil operam na clandestinidade.
Por - Agência Brasil
Com o verão se aproximando e mais exposição ao sol, a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) faz um alerta para os cuidados para evitar o câncer de pele. Dezembro é o mês de conscientização e cuidados com a pele. O Dezembro Laranja foi criado justamente para a promoção de ações que visam o combate da doença, que segundo o Ministério da Saúde é responsável por 33% dos casos de câncer no Brasil.
No Paraná, entre janeiro e setembro de 2025, foram feitos 7.906 procedimentos cirúrgicos em oncologia envolvendo a pele. Nos últimos 12 meses (outubro/2024 a setembro/2025) foram 10.431 procedimentos.
“O verão se aproxima e é preciso reforçar os cuidados que devemos manter durante todo o ano. Os hábitos de exposição ao sol seguem sendo motivo de preocupação e fator crucial para a incidência do câncer de pele”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto. “O uso de protetor solar é um dos componentes mais eficazes para a prevenção da doença. A detecção precoce garante um melhor tratamento, garantindo mais qualidade de vida para o paciente”.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o País deve fechar 2025 com o registro de 220 mil novos casos de câncer de pele.
A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele e pode ser subdividido em diferentes tipos: o carcinoma basocelular, tipo mais comum, aparece em regiões como o rosto, orelhas, pescoço, ombros e costas, tem baixa letalidade e pode ser curado em caso de detecção precoce; o carcinoma escamoso, que pode se desenvolver em todas as partes do corpo, tem coloração avermelhada e pode se parecer com uma verruga ou ferida espessa e descamativa, que não cicatriza; e o melanoma, que é o menos frequente, mas que apresenta o maior índice de mortalidade.
Nesse último tipo, as chances de cura são de 90% quando detectado precocemente, costuma ter a aparência de uma pinta ou de um sinal em tons acastanhados ou escurecidos, que mudam de cor, de formato ou de tamanho.
Os fatores de risco envolvem ter algum familiar que tem ou já teve câncer de pele; já ter tido muitas queimaduras de sol durante a vida, daquelas que deixam a pele muito vermelha e ardendo; ter muitas sardas ou pintas pelo corpo; ter a pele muito clara, do tipo que sempre queima no sol e nunca fica bronzeada; já ter tido câncer de pele; e ter mais de 65 anos.
MUTIRÃO – Como parte das ações do Dezembro Laranja, hospitais públicos estaduais farão um mutirão de atendimento de pacientes com suspeita de câncer de pele. A ação é direcionada aos pacientes que aguardam na fila de espera do Sistema Único de Saúde para atendimento em dermatologia.
Os atendimentos serão no dia 13 de dezembro, entre 8h e 15h, no Hospital de Dermatologia Sanitária do Paraná, no AHC-UEL – Universidade Estadual de Londrina, e no Hospital Universitário do Oeste do Paraná, em Cascavel.
LEI ESTADUAL – A Lei nº 18.829/2016 instituiu a campanha Dezembro Laranja no Paraná, dedicada à prevenção e ao diagnóstico precoce do câncer de pele. A lei determinou a promoção de ações educativas e preventivas durante o mês.
PREVENÇÃO – Os cuidados são essenciais para se proteger da doença, evitando manchas e o envelhecimento da pele. O uso de protetor solar, com fator de proteção solar superior a 30, é uma das medidas mais eficazes para a proteção da pele e deve ser reaplicado a cada duas horas, em caso de grande exposição solar; quando entrar na água (mar, piscina), reaplicar o protetor solar; utilizar boné ou chapéu e óculos de sol com proteção UV; e evitar a exposição ao sol entre 9h e 15h.
Por - AEN
O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) disponibiliza à população um painel interativo com informações completas sobre o Paraná.
O “Paraná em Números” apresenta nove conjuntos de dados: População; Urbanização e Infraestrutura; PIB do Paraná; PIB dos Municípios; Indústria; Agropecuária; Comércio Exterior; Mercado de Trabalho; e Meio Ambiente e Turismo. O painel pode ser acessado AQUI.
Uma das informações mais importantes do painel é a liderança do Paraná, em comparação aos demais Estados, na quantidade de frangos abatidos. Em 2024, o Estado abateu 2,2 milhões de cabeças - quase 150% a mais que o segundo colocado, Santa Catarina. Na quantidade de grãos colhidos (amendoim, arroz, aveia, centeio, cevada, ervilha, fava, feijão, girassol, milho, soja e triticale), o Paraná também se destaca, com 38,3 milhões de toneladas, segundo maior produtor do Brasil.
Outros dados relevantes envolvem a pauta de exportações e os destinos dos grupos de produtos vendidos pelo Estado. Em 2024, os produtos que o Paraná mais exportou foram os seguintes: complexo soja (US$ 7,18 bilhões), complexo carnes (US$ 4,64 bilhões) e carros, caminhões, tratores e acessórios para veículos automotivos (US$ 1,91 bilhão).
Os maiores compradores dos produtos paranaenses, pela ordem de peso nas relações comerciais, foram China (US$ 5,96 bilhões), Estados Unidos (US$ 1,58 bilhão) e Argentina (US$ 1,21 bilhão).
Em relação ao PIB, o painel reforça a posição do Paraná como quarta maior economia e mostra a evolução nominal ao longo dos últimos anos. Em 2012 ele era de R$ 285 bilhões e em 2023 encerrou com R$ 670 bilhões. O estudo também aponta a participação dos municípios no PIB estadual.
Para o presidente do Ipardes, Jorge Callado, os números do painel comprovam a relevância da economia paranaense. “O fato de o Paraná ser um grande exportador de carros, caminhões, tratores e acessórios para veículos automotivos confirma que o Estado não é só um dos maiores produtores de grãos e de proteínas do Brasil, mas também de produtos industrializados, revelando a diversificação da nossa economia, com produtos de alto valor agregado”, avalia.
Por - AEN
Processo formativo trouxe novos conhecimentos e consolidou a preparação das lideranças para os desafios do setor
Os conselheiros da Primato Credi concluíram o programa Governança 3.0, iniciativa da Cresol que busca fortalecer a governança corporativa e cooperativa por meio da capacitação de lideranças. As mentorias que integram o programa foram realizadas ao longo dos meses de agosto, outubro e novembro, reunindo conteúdos que vão desde os fundamentos do cooperativismo até estratégias e estruturas avançadas de gestão.
O curso vem se consolidando como referência para preparar dirigentes para os desafios do setor. A experiência, para Carlos Augusto Eggers Hech, trouxe novos entendimentos sobre o papel do conselho. De acordo com ele, a vivência foi decisiva para ampliar sua percepção sobre a atuação administrativa. “O Programa Governança 3.0 foi muito importante para aumentar o conhecimento sobre as atribuições do conselho administrativo de uma cooperativa de crédito, abordando aspectos legais, morais e administrativos. Melhorou a nossa contribuição como cooperado e conselheiro da Primato Credi”, relata.
Essa ampliação de visão também foi sentida pela conselheira Tatiana Mazzarollo Pasinatto, que destaca o impacto da formação em sua confiança e clareza de atuação. Segundo ela, o conteúdo oferecido preencheu lacunas essenciais sobre compromissos e práticas administrativas. “Ampliou minha visão sobre governança, esclareceu qual é a importância do conselho de administração e quais são suas responsabilidades. Me sinto mais preparada para contribuir com os objetivos da Primato Credi” salienta.
O caráter prático e a troca de experiências foram alguns dos pontos mais valorizados por Alison Petermann. Ele afirma que o programa levou os conselheiros a refletirem sobre o cooperativismo de forma mais ampla e estratégica. “Foi uma experiência fantástica, com professores muito capacitados. O curso abriu nossa visão sobre o negócio, nossas responsabilidades e limites enquanto conselheiros. Veio ao encontro do propósito da Primato Credi, que é o foco no cooperado, razão pela qual existimos” frisa o conselheiro.
Para o vice-presidente da Primato Credi, Anderson Léo Sabadin, esse tipo de aprendizado fortalece a atuação da cooperativa e oferece capacitação para a condução da Primato Credi com responsabilidade, profissionalismo e visão de futuro. Ele destaca que a governança sólida não se constrói apenas com estrutura, mas com preparo humano. “Investir na formação dos nossos conselheiros é investir na longevidade da cooperativa. Essa formação nos proporcionou bases sólidas para decisões mais estratégicas, qualificadas e alinhadas ao cooperado”, ressalta.
POr - Assesoria
A redução de 45,7% no valor da alíquota não será a única economia que os paranaenses terão em relação ao Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) 2026. Além dela, quem fizer o pagamento à vista do imposto contará com um desconto adicional de 6%. Dessa forma, a economia pode chegar a 49% — praticamente metade do valor pago no IPVA 2025.
Um carro popular avaliado em R$ 50 mil e que pagou R$ 1.750 de IPVA em 2025, por exemplo, pagará somente R$ 950 em 2026 graças à nova alíquota de 1,9%. Com o pagamento à vista, o valor total fica ainda menor: apenas R$ 893. De acordo com a Receita Estadual, mais de 68% dos veículos paranaenses estão dentro dessa faixa de valor.
Para o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, o desconto de 6% no pagamento à vista é uma forma de incentivar o cidadão a quitar o imposto o quanto antes. “É um desconto que beneficia diretamente o cidadão, mas que também é vantajoso para o Estado. Com valores mais acessíveis, a tendência é que o índice de inadimplência caia e isso reforça a arrecadação”, afirmou.
Segundo ele, a redução histórica da alíquota do IPVA de 3,5% para 1,9% do valor venal dos veículos é uma conquista do Governo do Paraná. “O corte de impostos é reflexo de todo o nosso trabalho para tornar o Estado cada vez mais eficiente. Com as contas em dia, conseguimos fazer com que o paranaense pague menos impostos”, explica. “Inclusive, mantivemos o desconto para o pagamento à vista, o que torna a redução ainda mais expressiva”.
PARCELAMENTO – Para quem optar pelo parcelamento, poderá dividir o IPVA 2026 em cinco cotas — ou seja, entre os meses de janeiro e maio. Nestes casos, não serão oferecidos descontos adicionais. Assim, no exemplo citado, o imposto ficaria em R$ 950 dividido em cinco vezes de R$ 190. Com a alíquota de 3,5%, as parcelas seriam de R$ 350.
Em relação ao calendário de pagamento do IPVA 2026, a Sefa e a Receita Estadual devem divulgar as datas já nos próximos dias. As guias de pagamento poderão ser emitidas a partir de janeiro.
NORMAS – A alíquota de 1,9% do IPVA 2026 incide sobre o valor venal de automóveis, motocicletas acima de 170 cilindradas, caminhonetes, camionetas, ciclomotores, motonetas, utilitários, motorhomes, triciclos, quadriciclos e caminhões-tratores.
Além disso, as motocicletas de até 170 cilindradas continuam isentas do imposto. Já ônibus, caminhões, veículos de aluguel ou movidos a gás natural veicular (GNV) são tributados em 1%. Atualmente, cerca de 36 mil veículos leves já utilizam GNV no Paraná. A conversão deve ser feita exclusivamente em oficinas credenciadas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). No site da Compagas é possível conferir a lista de oficinas aptas a realizar a conversão.
A Receita Estadual utiliza estudos regionalizados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) com dados específicos do Paraná para calcular o valor do IPVA a ser lançado.
IPVA – O IPVA é uma das principais fontes de arrecadação tributária do Paraná, ficando atrás apenas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS). O Estado destina 50% do valor arrecadado com o imposto para custear os gastos públicos, como educação, saúde, segurança e transporte dos municípios.
POr - AEN
As seis dezenas do concurso 2.946 da Mega-Sena serão sorteadas, a partir das 21h (horário de Brasília), no Espaço da Sorte, localizado na Avenida Paulista, nº 750, em São Paulo.

O prêmio da faixa principal está estimado em R$ 3,5 milhões.
O sorteio terá transmissão ao vivo pelo canal da Caixa no YouTube e no Facebook das Loterias Caixa.
As apostas podem ser feitas até as 20h30 (horário de Brasília), nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.
O jogo simples, com seis números marcados, custa R$ 6.
Por - Agência Brasil
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou nesta segunda-feira (1º), no Dia Mundial de Luta contra a Aids, que o acesso a novas estratégias e tecnologias de prevenção contra a doença é uma prioridade da pasta e citou a demanda pela incorporação de medicamentos de longa duração no Sistema Único de Saúde (SUS), o que ainda não tem previsão de ocorrer.

A inciativa envolve, mais especificamente, o uso do lenacapavir, desenvolvido pela farmacêutica Gilead, que ainda está pendente de registro sanitário no Brasil.
O medicamento, aplicado a cada seis meses, é uma formulação injetável de longa duração para Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) ao HIV, o vírus que causa a aids, e inaugura um novo paradigma na prevenção da infecção, pois poderá substituir com muito mais eficácia a atual abordagem preventiva, que inclui uso oral diário de comprimidos e consultas regulares ao médico para renovação de receita.
Além disso, estudos clínicos apontaram índices altíssimos de eficiência do lenacapavir na neutralização da infecção viral.
"Nós participamos com pacientes, com pesquisadores, com instituições brasileiras, com todo o apoio do do nosso programa, da avaliação e estudo clínico sobre sobre essa medicação. Então, temos não só dialogado no sentido de apresentar uma proposta concreta, [mas] queremos participar da transferência de tecnologia desse produto para o Brasil", afirmou Padilha, durante evento de inauguração de lançamento da campanha "Nascer sem HIV, viver sem aids", e de uma exposição que celebra os 40 anos da resposta brasileira à epidemia de Aids.
Realizada no SESI Lab, museu interativo de ciência, arte e tecnologia, em Brasília, a exposição integra a programação oficial do Dezembro Vermelho 2025, dedicado a promover as políticas de saúde sobre HIV/Aids e o combate ao preconceito e à estigmatização.
"Não é só a necessidade de se ampliar o acesso, mas, sobretudo, por ser um produto que pode ser decisivo na profilaxia de várias populações mais vulneráveis, população mais jovem que tem muita dificuldade de usar a PrEP, pela forma como tem que tomar, uso diário, às vezes não consegue seguir e aderir de forma adequada a esse produto", acrescentou o ministro.
Sem citar a possibilidade de quebra de patente, já que sequer há registro do produto no Brasil ainda, o governo deve insistir na construção de parceria para transferência tecnológica.
Países da América Latina, incluindo o Brasil, ficaram de fora de uma versão genérica do novo medicamento, anunciada este ano, que será disponibilizado a outros 120 países considerados de baixa renda e com alta incidência de HIV.
"O que está sendo proibitivo é que a empresa quer um preço absolutamente impraticável para programas de saúde pública. Ofereceu a possibilidade de fazer esse produto a 40 dólares a cada seis meses para países de renda muito baixa, mas isso exclui países de renda média que tem um peso enorme na necessidade da resposta à pandemia pelo HIV no mundo. E nós, absolutamente, não concordamos que uma inovação, que é fruto de subsídios estatais, recebeu subsídios, apoio, em algum momento, do governo dos Estados Unidos para desenvolver uma medicação como essa, como outras medicações que ela já produziu", destacou Padilha.
Nos Estados Unidos, o medicamento foi registrado com previsão de custo de mais de 28 mil dólares por pessoa ao ano.
A representante Articulação Nacional de Luta contra a Aids, Carla Almeida, ressaltou que caso não se avance em acordos de transferência e inovação tecnológica, o governo brasileiro deve considerar uma quebra de patente.
"É preciso que a gente invista no nosso parque industrial nacional, invista no desenvolvimento de novas tecnologias no campo da prevenção e que considere sim o licenciamento compulsório e a quebra de patentes", reivindicou.
Prevenção e tratamento no Brasil
Antes centrada principalmente na distribuição de preservativos, a política de prevenção e tratamento do HIV/Aids no Brasil incorporou ferramentas como a PrEP e a PEP [profilaxia pós-exposição], que reduzem o risco de infecção antes e depois da exposição ao vírus.
Para dialogar com o público jovem, que vem reduzindo o uso de preservativos, o Ministério da Saúde lançou camisinhas texturizadas e sensitivas, com a aquisição de 190 milhões de unidades de cada modelo.
O país também ampliou o acesso à PrEP. Desde 2023, o número de usuários dessa abordagem cresceu mais de 150%, resultado que, segundo o ministério, fortaleceu a testagem, aumentou a detecção de casos e contribuiu para a redução de novas infecções.
Atualmente, 140 mil pessoas utilizam a PrEP diariamente.
No diagnóstico, houve expansão na oferta de exames com a aquisição de 6,5 milhões de duo testes para HIV e sífilis, 65% a mais do que no ano anterior, além da distribuição de 780 mil autotestes, que facilitam a detecção precoce e o início oportuno do tratamento.
O SUS mantém oferta gratuita de terapia antirretroviral e acompanhamento a todas as pessoas diagnosticadas com HIV. Mais de 225 mil utilizam o comprimido único de lamivudina mais dolutegravir, combinação considerada de alta eficácia, melhor tolerabilidade e menor risco de efeitos adversos a longo prazo.
Por concentrar o tratamento em uma única dose diária, o esquema favorece a adesão e melhora a qualidade de vida.
Esses avanços aproximam o Brasil das metas globais 95-95-95, que preveem que 95% das pessoas vivendo com HIV conheçam o diagnóstico, 95% delas estejam em tratamento e 95% das tratadas alcancem supressão viral. Duas das três metas já foram cumpridas pelo país.
Redução de mortes
O Brasil também registrou queda de 13% no número de óbitos por aids entre 2023 e 2024, segundo novo boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira.
Foram pouco mais de 10 mil óbitos em 2023 contra 9,1 mil em 2024. Pela primeira vez, o número de mortes ficou abaixo de 10 mil em três décadas. Os casos de aids também apresentaram redução no período, com queda de 1,5%, passando de 37,5 mil em 2023 para 36,9 mil no último ano.
O país avançou ainda na eliminação, como problema de saúde pública, da transmissão vertical da doença, quando ocorre da mãe para o bebê.
"O Brasil apresentou esse relatório no mês de julho para a Organização Mundial de Saúde, no evento internacional que tivemos aqui, e a expectativa já reafirmada aqui pelo representante da OPAS [Organização Panamericana de Saúde] que, ao longo agora do mês de dezembro, devemos ter a confirmação, o reconhecimento por parte da OMS que o Brasil eliminou a transmissão vertical do HIV como problema de saúde pública. E é o maior país do mundo a ter eliminado isso. Aqui no continente americano nós temos Chile, Cuba, Canadá como países que já alcançaram esse patamar", anunciou o ministro Alexandre Padilha.
Por - Agência Brasil
O Banco Central (BC) lançou nesta segunda-feira (1º) uma nova ferramenta que permite a pessoas e empresas restringirem a possibilidade de abertura de contas bancárias indesejadas em instituições financeiras.

Batizada de BC Protege+, a funcionalidade foi desenvolvida para evitar a abertura de contas com identidade falsa ou usando dados de pessoas físicas ou jurídicas de forma fraudulenta. Quando ativado, o mecanismo também informa ao Sistema Financeiro Nacional que o usuário não aceita ser incluído como responsável, seja como titular ou representante, em contas de outras pessoas ou empresas.
"As instituições são obrigadas a fazer consulta para qualquer abertura [de conta] a partir de hoje. É um novo procedimento que os cidadãos precisam aprender", explicou Carlos Eduardo Gomes, chefe do Departamento de Atendimento Institucional do BC.
Até o início da tarde, quase 8 mil pessoas já haviam ativado o bloqueio e 263 tentativas de abertura de contas foram rejeitadas em decorrência da ativação da ferramenta.
"O BC Protege+ é uma das diversas ações que adotamos, no âmbito do Banco Central, para oferecer ferramentas ao cidadão e à cidadã para acompanhamento de sua vida financeira e também sua proteção", destacou Izabela Correa, diretora de Cidadania e Supervisão de Conduta do BC.
Para acessar o serviço, é preciso ter conta Gov.br nível prata ou ouro com a verificação em duas etapas habilitada.
O BC Protege+ está disponível no site do BC, dentro da área logada do Meu BC no site do Banco Central, seguindo: "Serviços > Cidadão > Meu BC". Dentro do sistema, é possível ativar ou desativar a proteção a qualquer momento.
Segundo o BC, a proteção se aplica a contas de depósitos à vista, contas de depósitos de poupança e contas de pagamento pré-pagas, bem como a inclusão de titular ou representante nessas contas. Ela vale para todas as novas aberturas de contas, inclusive na mesma instituição ou conglomerado que o CPF ou o CNPJ já tenha conta.
Caso haja uma tentativa de abertura de conta com o BC Protege+ ativado, o cidadão ou empresa será informado sobre qual instituição financeira consultou o CPF ou CNPJ para abrir uma conta.
"O relacionamento de um cidadão com uma instituição financeira geralmente começa com a abertura de uma conta. Pode ser que naquele mesmo momento você faça uma operação de crédito, um cartão de crédito, um crédito consignado, mas a conta está naquele pacote inicial. O êxito do BC Protege+ depende da adesão do cidadão", reforçou Carlos Eduardo Gomes.
A expectativa do BC é ampliar a ferramenta para outros produtos e serviços financeiros, como chaves Pix, operações de crédito e cartão de crédito, o que só deve ocorrer se a adesão ao novo sistema for significativa.
Na mesma plataforma Meu BC, os usuários podem obter o Relatório de Contas e Relacionamentos (CCS), que mostra os bancos e instituições financeiras em que a pessoa tem contas, investimentos ou outros vínculos, com a data de início e, se houver, do fim desse relacionamento. Neste caso, é possível verificar se seus dados não foram usados indevidamente para abrir contas.
A implementação do BC Protege+ foi anunciada em maio deste ano, e construída ao longo de meses em diálogo com as instituições financeiras que são reguladas pelo Banco Central.
Por - Agência Brasil
O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) aprovou nesta segunda-feira (1º) a resolução que simplifica o processo de obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A medida retira a obrigatoriedade de passar por uma autoescola antes de fazer as provas de direção

Segundo o Ministério dos Transportes, as medidas podem reduzir em até 80% o custo total da CNH.
As novas regras passam a valer a partir da publicação da resolução no Diário Oficial da União.
Veja as principais mudanças:
Abertura do processo
- Poderá ser feita pelo site do Ministério dos Transportes ou pelo aplicativo da Carteira Digital de Trânsito (CDT).
Aulas teóricas
- O Ministério dos Transportes irá disponibilizar todo o conteúdo teórico online, gratuitamente.
- Quem preferir poderá estudar presencialmente em autoescolas ou instituições credenciadas.
Aulas práticas
- A exigência de aulas práticas passará das atuais 20 horas-aula para 2 horas.
- O candidato poderá escolher entre: autoescolas tradicionais, instrutores autônomos credenciados pelos Detrans ou preparações personalizadas.
- Será permitido uso de carro próprio para as aulas práticas
Provas
- Mesmo sem a obrigatoriedade das aulas, o condutor ainda é obrigado a fazer as provas teórica e prática para obter a CNH.
- Outras etapas obrigatórias como coleta biométrica e exame médico devem ser feitas presencialmente no Detran.
Instrutores
- Os instrutores autônomos serão autorizados e fiscalizados pelos órgãos estaduais, com critérios padronizados nacionalmente.
- A identificação e o controle serão integrados à Carteira Digital de Trânsito.
Por - Agência Brasil
O balanço dos dados consolidados das estações meteorológicas do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) em novembro de 2025 aponta que, na maior parte do Estado, as temperaturas ficaram dentro ou abaixo da média histórica para o período.
Já o volume acumulado de chuvas ficou dentro ou acima da média para o mês em quase todo o Paraná. O mês foi marcado pela passagem de três tornados e por tempestades típicas de primavera, com muita ocorrência de granizo.
A temperatura média no mês passado ficou dentro a ligeiramente abaixo da média, com destaque para arredores de Antonina, Foz do Iguaçu, Cascavel e Toledo, que tiveram a temperatura média em novembro entre 1,1°C e 1,2°C abaixo da média. Em Joaquim Távora, Ibaiti e Telêmaco Borba, e também na região ao redor de Guaíra, Assis Chateaubriand, Cascavel e Foz do Iguaçu, as mínimas ficaram entre 1°C e 1,5°C abaixo da média histórica para o mês. No resto do Estado, ficaram dentro da média.
Já as temperaturas máximas ficaram abaixo da média em 1°C a 2°C no Litoral e em praticamente todo o Oeste e Noroeste, com exceção de Guaíra, Altônia e Foz do Iguaçu, que tiveram as máximas dentro da média histórica para o mês de novembro. Cândido de Abreu teve a média das temperaturas máximas de 30,8°C em novembro, acima da média histórica para o mês, que é de 29,5°C. No restante do Estado, as máximas se mantiveram dentro da média.
A última semana do mês teve temperaturas acima dos 35°C em várias cidades por, pelo menos, quatro dias seguidos, o que elevou o resultado final da média de temperaturas máximas em novembro de 2025.
CHUVA – Apenas nove das 41 estações meteorológicas do Simepar com mais de seis anos de operação tiveram volume de chuvas abaixo da média histórica para novembro: são as duas estações de Antonina, a de Fazenda Rio Grande, de Francisco Beltrão, Palmas, Paranaguá, Guaraqueçaba e União da Vitória.
O volume de chuvas em novembro de 2025 foi acima da média histórica para o mês no restante do Estado, com destaque para Apucarana, Campo Mourão, Cândido de Abreu, Cianorte, Cornélio Procópio, Guaratuba, Londrina, Santa Helena e Ubiratã, onde o volume ultrapassou a média em mais de 100 mm. Em Cianorte, Santa Helena e Campo Mourão, a média de chuvas de todo o mês já foi superada nos dois primeiros dias.
Foram muitas as tempestades ao longo do mês acompanhadas de raios, rajadas de vento acima de 50 km/h e precipitação de granizo em várias cidades. “A primavera é uma estação característica de tempestades, mas a Oscilação Antártica na sua fase negativa também favoreceu para que os sistemas frontais fossem mais frequentes sobre o Sul do país em novembro”, explica Reinaldo Kneib, meteorologista do Simepar.
Em Guaratuba, 108,8 mm de chuva foram registrados em apenas um dia, no domingo, 21 de novembro. Cornélio Procópio contabilizou o volume de chuvas mais alto da série histórica, ou seja, desde a instalação da estação meteorológica no município, em 2018. Em Apucarana, Cândido de Abreu, Campo Mourão, Cianorte, Guaratuba, Lapa, Londrina e Santa Helena, foi o novembro com maior acumulado de chuva desde 2015. No caso de Campo Mourão e Cianorte, que tiveram novas estações meteorológicas instaladas em 2017 e 2016, respectivamente, é o volume mais alto da série histórica.
Em Cerro Azul, foi o novembro com maior acumulado de chuva desde 2020 e em Palotina, o maior acumulado desde 2017. Em Pinhão e em Telêmaco Borba foi o maior acumulado desde 2019.
TORNADOS – A ocorrência mais grave do mês foi no dia 7. O ramo frio de um ciclone extratropical formado sobre o Sul do Brasil favoreceu o desenvolvimento de nuvens de tempestade de forte intensidade sobre o Paraná. Algumas dessas nuvens, imersas em um ambiente de elevada instabilidade termodinâmica, intensificaram-se ainda mais, evoluindo para a categoria de supercélulas, com características de rotação em torno de seu eixo vertical. O cisalhamento vertical intenso do vento e o transporte de ar quente e úmido foram cruciais para a evolução das tempestades.
Duas dessas supercélulas foram responsáveis pela ocorrência de três tornados em municípios das regiões Sudoeste e Centro-Sul do Paraná. A primeira supercélula gerou o Tornado 1, que passou por Quedas do Iguaçu em categoria F1, por Espigão Alto do Iguaçu (F1), Nova Laranjeiras (F1), Rio Bonito do Iguaçu em categoria F4, Porto Barreiro (F3), Laranjeiras do Sul (F3), por Virmond (F2), e por Cantagalo em categoria F1.
O Tornado 1 percorreu aproximadamente 75 km, com uma área de impacto estimada em 12.426 hectares. Sua largura variou de 750 metros em Quedas do Iguaçu para 3.250 metros na região de maior intensidade, em Rio Bonito do Iguaçu, que foi arrasada pelo fenômeno, com 90% das edificações afetadas, muitas completamente destruídas.
Esta mesma supercélula também gerou o Tornado 2, que passou por Candói em categoria F2 e pelo Distrito de Entre Rios, em Guarapuava, em categoria F4. A supercélula percorreu aproximadamente 270 km de distância, com velocidade média de deslocamento de cerca de 80 km/h. O Tornado 2 percorreu cerca de 44 km, com uma área de impacto estimada em 2.301 hectares. Apresentou larguras mais homogêneas, variando entre 500 metros e 1.160 metros.
Uma segunda supercélula percorreu aproximadamente 230 km de distância, com velocidade média de deslocamento de cerca de 85 km/h, e gerou o Tornado 3, que passou sobre Turvo em categoria F2. Ele teve o percurso mais curto, com 12 km de extensão e uma área de impacto de 570 hectares. Sua largura variou entre 400 metros e 675 metros, com uma média estimada de 525 metros.
O laudo técnico emitido pela equipe de meteorologia e de geointeligência do Simepar, após duas semanas de trabalho ininterrupto, incluindo entrevistas nos municípios, sobrevoos nas áreas atingidas e análise de imagens e dados de satélite e radares, traz a conclusão que este evento pode ser considerado um dos maiores desta categoria no Paraná nos últimos 30 anos, levando em conta os aspectos relacionados à quantidade de tornados no mesmo evento, pessoas atingidas e destruição em diversos níveis observada nas suas trajetórias.
Confira estações meteorológicas com mais de seis anos de operação que ultrapassaram a média de chuvas para novembro:
Estação / média histórica para novembro / quanto choveu em novembro de 2025
Altônia: 139,6 mm / 209,6 mm
Apucarana: 161,2 mm / 275,8 mm
Capanema: 150,1 mm / 212,4 mm
Campo Mourão: 146 mm / 302 mm
Cândido de Abreu: 130,1 mm / 303,8 mm
Cascavel: 176,6 mm / 184,2 mm
Cerro Azul: 106,8 mm / 154,2 mm
Cianorte: 114,9 mm / 275,8 mm
Cornélio Procópio: 139,3 mm / 282,8 mm
Curitiba: 122,4 mm / 164,2 mm
Distrito de Entre Rios, em Guarapuava: 142,6 mm / 142,4 mm (considerado dentro da média)
Irati: 102,4 mm / 113,2 mm
Foz do Iguaçu: 150,2 mm / 172,4 mm
Guaíra: 153,1 mm / 229,8 mm
Guarapuava: 134,1 mm / 179,4 mm
Guaratuba: 218,8 mm / 334,4 mm
Jaguariaiva: 157,7 mm / 212,2 mm
Lapa: 110,1 mm / 177,8 mm
Laranjeiras do Sul: 140,3 mm / 145,6 mm
Loanda: 77,5 mm / 92,2 mm
Londrina: 154,6 mm / 271,22 mm
Maringá: 126 mm / 181,6 mm
Distrito de Horizonte, em Palmas: 103,7 mm / 123,2 mm
Palotina: 142,2 mm / 187,6 mm
Paranavaí: 136,2 mm / 145,2 mm
Pinhão: 149,7 mm / 180,4 mm
Santa Helena: 156 mm / 311,8 mm
Santo Antônio da Platina: 132,8 mm / 203 mm
São Miguel do Iguaçu: 170,4 mm / 204,4 mm
Telêmaco Borba: 136,2 mm / 149 mm
Toledo: 168,4 mm / 194 mm
Ubiratã: 115,4 mm / 204,4 mm
Mais de seis anos de operação que tiveram volume de chuvas abaixo da média para novembro:
Antonina: 224,8 mm / 120 mm
APPA Antonina: 165,2 mm / 110 mm
Fazenda Rio Grande: 151,3 mm / 144,2 mm
Francisco Beltrão: 166,9 mm / 158,6 mm
Palmas: 156,7 mm / 102,4 mm
Paranaguá: 124,1 mm / 116 mm
Ponta Grossa: 117,3 mm / 103,6 mm
Guaraqueçaba: 215,9 mm / 157,6 mm
União da Vitória: 140,1 mm / 82,6 mm.
Por - AEN






























