Apenas ela de mulher em meio a cerca 300 homens colegas de farda ficaram carecas em ação que aconteceu ontem, na Concha Acústica do Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande.
Sem casos na família de câncer, a oficial, de 41 anos sendo 23 deles de carreira, conta que agiu pela solidariedade. “Meus cabelos vão crescer, mas a doença é tão violenta, difícil e castiga. Se adultos sofrem, crianças mais ainda. É um público que não se espera que vá desenvolver o câncer. Quis dar visibilidade para a importância da prevenção. Que sirva de alerta para que pais e até mesmo educadores de escolas reparem nas crianças. Diante de qualquer sintoma suspeito busque por ajuda médica”, citou.
Silencioso e fatal, o câncer, na maioria das vezes, é percebido principalmente em crianças em estágio avançado, reduzindo chances de cura. Por isso, o oncologista pediátrico Marcelo dos Santos Souza faz alerta: “Sempre que a criança tiver febre, aparentemente, sem origem, aparecimento de ínguas [carocinhos] pelo corpo, aumento de volume da barriga, reclamar de dores em partes ósseas como braços e pernas, pessoas responsáveis devem buscar avaliação médica”, aconselhou o especialista.
Segundo Marcelo, atualmente encontram-se em tratamento oncológico, no Estado, cerca de 70 crianças. Ainda de acordo com o médico, a previsão do Instituto Nacional de Câncer (INCA) para o próximo ano é de 150 novos casos da doença na faixa etária de zero a 17 anos.
Campanha
A campanha “Policiais Contra o Câncer Infantil”, que aconteceu ontem à tarde, no Parque das Nações Indígenas, teve atividades lúdicas e de entretenimento para crianças em tratamento, com a finalidade de oferecer interação social.
Participaram 260 policiais militares do curso de formação de cabos, 45 voluntários de unidades da capital, entre eles, a única mulher tenente-coronel Neidy Centurião. (Com Correio do Estado)