A quarta 4ª edição do Seminário Brasileiro de Políticas de Esporte e Lazer acontecerá entre 13 e 15 de outubro com o objetivo de atualizar e ampliar conhecimentos, habilidades e técnicas em políticas de esporte e lazer, além de incentivar o aperfeiçoamento de estudantes, pesquisadores e profissionais da área. O evento, em formato online, é Organizado pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em Políticas Públicas de Esporte e Lazer da Universidade Estadual de Maringá (GEPPOL/UEM) em parceria com a Paraná Esporte.
“É muito importante o debate sobre as políticas públicas do esporte, pois em conjunto podemos traçar as devidas diretrizes da área. O seminário é uma iniciativa da Universidade Estadual de Maringá em parceria com o programa Escola do Esporte, e dessa maneira possibilitamos maior participação e capacitação de toda gama esportiva do Estado". Disse o superintendente do esporte do Paraná, Helio Wirbiski. (Com AEN)
O governador Carlos Massa Ratinho Junior e o secretário estadual da Fazenda, Renê Garcia Junior, assinaram nesta segunda dia 17, no Palácio Iguaçu, o contrato de financiamento para a execução da segunda fase do Projeto de Modernização da Gestão Fiscal do Estado do Paraná (Profisco II).
Os recursos são do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A linha de crédito soma US$ 50 milhões (R$ 282 milhões, aproximadamente), com prazo de amortização de 25 anos e carência de cinco anos e meio. O Estado fará uma contrapartida de US$ 5 milhões (R$ 28,2 milhões).
O projeto será desenvolvido nos próximos cinco anos com o objetivo central de modernizar a gestão fiscal e administrativa do Estado, agregar novas plataformas tecnológicas ao controle tributário e gerar mais dados para embasar políticas públicas. Novos ampliam a transparência da contas públicas e reduzem custos de operação.
Os servidores envolvidos no Profisco II vão executar 41 projetos em três grandes eixos: melhorar a gestão fazendária e a transparência fiscal; criar ferramentas mais modernas para a administração tributária, levando em consideração a concessão de benefícios, monitoramento das mercadorias e investigação de fraudes; e qualificar o gasto público no detalhe, a ponto de enxergar o custo real dos programas de todas as secretarias e da administração indireta.
EXECUÇÃO - O projeto terá a execução compartilhada com a Procuradoria-Geral do Estado (PGE), Controladoria-Geral do Estado (CGE), e as secretarias da Administração e da Previdência e Planejamento e Projetos Estruturantes, além da integração com sistemas de outros poderes.
“Esses projetos de governança e gestão são fundamentais para o Estado. Ainda mais com o apoio do BID, que é um parceiro de muitos anos do Paraná. A ideia é dar um salto qualitativo na gestão pública”, afirmou Ratinho Junior.
O governador explicou que a execução do Profisco II é parte da reforma administrativa que está sendo implementada pelo Governo do Estado desde 2019. Ele lembra que as medidas já resultaram no enxugamento da máquina, com a extinção de cargos, reestruturação da previdência, fusões e novas possibilidades de parceria com a iniciativa privada.
“Desde o ano passado estamos implementando essa reforma administrativa. Alguns setores ainda estavam na década de 1980. O objetivo é gerar velocidade, diminuir os custos da máquina pública, melhorar a prestação de serviços para a população”, acrescentou Ratinho Junior. “Com o Profisco II estamos preparando o Estado para o futuro”.
PROFISCO II – As ferramentas que serão construídas permitirão melhorar a eficiência da arrecadação tributária e a comunicação com a sociedade, além de automatizar serviços que hoje são manuais e reduzir despesas correntes. O Profisco II inclui, entre as suas ações, a criação de um Cadastro Único de contribuintes, além de um novo modelo de fiscalização e investigação de fraudes tributárias. As plataformas serão totalmente integradas e vão simplificar e modernizar a gestão fazendária.
Renê Garcia Junior ressalta que um dos principais avanços do programa é a possibilidade de se chegar no detalhe da execução orçamentária. “Queremos gerar informações contábeis para avaliar a consistência das políticas públicas. Os indicadores que temos são referências. Vamos construir uma metodologia para analisar os programas e as suas efetividades”, afirmou o secretário da Fazenda.
Segundo ele, ao término do projeto será possível identificar o custo real de um aluno em uma escola pública, de um atendimento de saúde em uma unidade do Estado e de um preso no regime prisional. “Estamos saindo de um regime de dependência de processos para um salto tecnológico”, completa Renê Garcia Junior.
O Profisco II contribuirá com a administração financeira em termos de disciplina fiscal, seleção e gestão de investimentos, controle da dívida pública e planejamento orçamentário orientado por resultados. Também haverá integração com o Sistema de Gestão do Patrimônio Mobiliário e o Sistema de Gestão do Patrimônio Imobiliário.
“São 41 projetos para melhorar, por exemplo, o sistema de gestão da dívida ativa, com tecnologia mais apurada para questões tributárias, ou o gerenciamento dos precatórios, inclusive com sistema blockchain. O Profisco II também prevê um avanço enorme no orçamento. O que temos hoje em dia é uma base que é incrementada todo ano. O conceito que queremos chegar é de avaliação da consistência e da resposta social dos programas”, acrescentou o secretário da Fazenda.
TRANSPARÊNCIA - O Profisco II tem base tecnológica e foco para gestão e transparência. Com a implementação definitiva das novas ferramentas será possível fazer monitoramento de concessão de benefícios fiscais, estabelecer um novo modelo de gestão de recuperação de créditos e acompanhar em tempo real contribuintes, setores econômicos e o trânsito de mercadorias.
“É ousado, mas sabemos onde queremos chegar porque esses projetos foram exaustivamente discutidos na fase de preparação. Queremos uma gestão da eficiente, fazer melhor e de forma mais barata”, arrematou Garcia Junior. “A função da Fazenda é no backstage, criar soluções para arrecadar, ser justo com contribuinte, e permitir que as demais áreas façam investimentos qualificados”.
EVOLUÇÃO – O projeto é uma continuidade do programa de modernização da Secretaria da Fazenda. Entre 1999 e 2005 o Estado captou recursos com o BID (US$ 33 milhões) para investimento em infraestrutura física, incluindo equipamentos e automóveis. Em seguida veio o Profisco I, cuja execução foi concluída em outubro de 2019, dentro do prazo previsto e com as contas aprovadas sem ressalvas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR). A contratação ocorreu em 2014 e custou US$ 10,6 milhões.
O investimento do Profisco I foi primordial para a implementação do Processo Administrativo Fiscal Eletrônico (e-PAF), que modernizou a gestão dos autos de infração, que antes era feita no papel. O Profisco II complementa o processo do e-PAF, mas abraça mais projetos.
“O Profisco I foi basicamente voltado para a questão tributária. Agora o investimento é na gestão de maneira bem ampla, na questão tributária e nas áreas administrativa, financeira, orçamentária e contábil do Estado”, explicou Sandro Celso Ferrari, coodernador-geral do Profisco II.
REFERÊNCIA - A expectativa é que as novas ferramentas auxiliem o Estado a se tornar, novamente, referência na gestão fazendária. “A primeira fase foi muito boa no Paraná porque marcou uma série de pautas que o País passou a adotar. O e-PAF é um modelo que está sendo adotado por outros estados e uma boa prática de modernização, por exemplo”, afirmou Mordan Doyle, representante do BID no Brasil. “O Paraná é a quarta maior economia do País e avança com velocidade na abordagem do desempenho fiscal. Foi o único a executar o Profisco I dentro do tempo”.
Segundo Doyle, o Profisco II é a oportunidade de uma transformação efetiva na gestão fiscal e orçamentária do Estado. “Trabalhamos há 25 anos no Brasil com a descentralização da gestão fiscal, tentando tornar esse sistema federativo mais cooperativo. Queremos aperfeiçoar o sistema a partir da transformação digital. Essa tecnologia melhora a cidadania. Tem capacidade de aumentar a arrecadação e diminuir os custos, além de melhorar os serviços públicos”, acrescentou.
PRESENÇAS – Acompanharam a assinatura o vice-governador Darci Piana; a procuradora-geral do Estado, Letícia Ferreira; o controlador-geral do Estado, Raul Siqueira; os secretários Valdemar Bernardo Jorge (Planejamento e Projetos Estruturantes) e Marcel Micheletto (Administração e Previdência); e a especialista em Gestão Fiscal que lidera o Profisco II no BID, Maria Cristina Mac Dowell.(Com AEN)
Cidades do Paraná registraram chuva e granizo na tarde deste domingo (27), o que deixou mais de 179 mil imóveis sem energia em todo o estado, de acordo com a Copel.
Granizo
O granizo acompanhado de fortes ventos foi registrado por moradores das regiões de Candói , Foz do Jordão e Quedas do Iguaçu
De acordo com o Somar, o fenômeno acontece quando as nuvens se formam em locais com alta temperatura e muita umidade.
Na tarde deste domingo, várias cidades paranaenses registraram temperaturas acima dos 30º C.
Quando as nuvens chegam a 5 km de altitude, onde as temperaturas estão abaixo de zero, as gotas viram gelo. As pedras só conseguem cair se forem pesadas o suficiente para vencer a corrente de ar que as mantêm dentro da nuvem.
Ainda conforme o Somar, geralmente os granizos se formam em nuvens chamadas de cumulonimbus, que chegam aos 18 km de altitude.
Os bombeiros militares do Paraná completaram na sexta-feira (25) dez dias de operação em campo contra os incêndios do Pantanal, no Centro-Oeste do País. Os 39 integrantes da equipe, sete caminhões-pipa capazes de armazenar seis mil litros de água e sete caminhonetes 4x4 foram enviados pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior para auxiliar estrategicamente as forças de combate às queimadas do Mato Grosso do Sul e da União. As equipes levaram equipamentos como abafadores, enxadas, mochilas e um drone.
Os bombeiros paranaenses estão combatendo incêndios em duas frentes no Mato Grosso do Sul, uma em Costa Rica e Alcinópolis, perto do Parque Nacional das Emas, e uma em Corumbá e na Serra do Amolar, na fronteira com a Bolívia e na divisa com o Mato Grosso. Eles chegaram no dia 16 de setembro nessas bases. Os representantes do Paraná ficarão na região por 15 dias, mas o prazo pode ser prorrogado na próxima segunda-feira (28).
“O Paraná se solidariza com o Mato Grosso do Sul neste momento de queimadas intensas e saúda todos os esforços já realizados pelos nossos bombeiros. O Estado conta com uma estrutura que nos permite ajudar a salvar uma região tão importante e tão bonita do Brasil como é o Pantanal”, destacou Ratinho Junior. “É um momento de solidariedade e união de forças”.
De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros do Paraná, coronel Samuel Prestes, a iniciativa é mais um exemplo de solidariedade do Estado, que também mandou equipes para Brumadinho e para controlar os incêndios da região amazônica, em 2019. “Essa ação mostra integração, solidariedade e também a importância que o Paraná tem no cenário nacional”, ressaltou.
Os bombeiros paranaenses estão participando de operações diárias de combate a focos de incêndio por terra e pelo ar, com apoio de equipamentos de outros estados. As equipes também estão ajudando a resgatar animais silvestres. Um dos símbolos dessa luta foi o salvamento de um filhote de jaguarundi, também conhecido como gato-mourisco, felino que está ameaçado de extinção. Os animais estão sendo levados para UTIs veterinárias móveis.
“Nossas ações já ajudaram o Corpo de Bombeiros do Mato Grosso do Sul em diversas frentes. Na região de Costa Rica e Alcinópolis, por exemplo, impedimos o fogo de ultrapassar um determinado ponto estratégico. Durante todo esse período também contamos com apoio de 150 militares do Exército Brasileiro”, afirmou o tenente-coronel Ezequias de Paula Natal, comandante da operação. “Os caminhões-tanque enviados pelo Paraná ao Mato Grosso do Sul também foram fundamentais nessa estratégia para ter água para reposição rápida”.
DIA A DIA – Os bombeiros paranaenses chegaram no Pantanal no dia 16 e já no dia 17 passaram a compor o efetivo da chamada Operação do Alto Taquari, onde também atuava o Corpo de Bombeiros Militar do Mato Grosso do Sul e o Exército Brasileiro. As equipes da região de Costa Rica foram até o Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari, próximo ao Parque Nacional das Emas, e participaram das primeiras ações preventivas e de combate a diversos focos de incêndios.
Um drone do Corpo de Bombeiros do Paraná ajudou a vistoriar as áreas, permitindo visualização de focos de incêndio na mata fechada, e desde os primeiros instantes no Pantanal eles utilizaram a técnica de ataque de fogo contra fogo, bem difundida pelas forças-tarefas que estão atuando nesse bioma. A operação apenas no primeiro dia durou 16 horas.
No dia 18 foi instalado um centro de comando integrado entre os bombeiros militares do Paraná e do Mato Grosso do Sul. Foram organizados os locais de Posto de Comando, almoxarifado, heliponto e demais estruturas de apoio e realizada uma vistoria na área para subsidiar a execução do planejamento estabelecido. Novamente foi utilizado o drone para visualizar focos do incêndio e foram solicitados quatro aeronaves Air Tractors para ataques aéreos. Também foi efetuado o resgate de animais silvestres, sendo um filhote de felino e um tatu.
No último fim de semana as equipes continuaram o monitoramento com drones e traçaram uma linha para ataque aéreo e combate direto pelas equipes em campo, com utilização de mochila costal e abafadores, assim como aceiros (criação de barreiras naturais contra incêndios) com apoio do maquinário do Mato Grosso do Sul. Um helicóptero da Polícia Militar de Minas Gerais passou a compor a operação integrada.
Foi feita, ainda, atividade de reconhecimento das áreas de combate e identificada uma “cabeça de fogo” de aproximadamente quatro quilômetros de extensão, e todo efetivo operacional dessa região foi empenhado para combate visando a contenção do avanço das chamas.
24 HORAS – Na primeira fase, a mais aguda, dos primeiros cinco dias, as forças paranaenses atuaram praticamente 24 horas por dia. Quando os focos começaram ser mais controlados houve uma separação em três grupos: enquanto uma equipe trabalhava, outra descansava e uma terceira ficava de sobreaviso na base. “Tivemos que fazer esse rodízio para recuperar as forças, os primeiros dias foram muito intensos para todas as nossas equipes, trabalhamos de maneira quase ininterrupta”, disse Natal.
Logo no começo dessa semana foram identificados nove focos em uma área de difícil acesso por tropas terrestres, sendo dois de grande porte em uma região de canyons no Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari. Houve mais um ataque aéreo com quatro Air Tractors e um helicóptero.
Enquanto isso, os bombeiros do Paraná da outra equipe (Corumbá) ajudaram a resgatar sete ribeirinhos que viviam na região da Serra do Amolar. Situada na divisa entre o Mato Grosso e o Mato Grosso do Sul, a região pantaneira ainda concentra vários focos de incêndio. Eles percorreram mais de 200 quilômetros de barco para chegar na parte atingida pelo fogo, uma viagem que dura em média seis horas. Os moradores foram levados para uma escola municipal que funciona na comunidade da Barra do São Lourenço.
Nesta semana também foram realizados ataques aéreos e terrestres na chamada Toca da Onça contra novos focos de incêndio. Apenas no dia 22, na região do Taquari, foram realizados 27 ataques aéreos por aeronave, com utilização de aproximadamente 162 mil litros de água durante todo o dia, ao mesmo tempo em que os bombeiros paranaenses faziam ataque direto em solo às chamas, dada à dificuldade do terreno de canyons.
PANTANAL – Os incêndios no Pantanal já devastaram 25 mil hectares de mata. Entre 1º de setembro e esta quarta-feira (23), foram registrados 6.048 pontos de queimadas no bioma, segundo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e em 2020 esse número já ultrapassa a marca de 16 mil focos. (Com AENl)
O sistema prisional do Paraná completa 112 anos nesta semana. A modernização das estruturas, a capacitação dos servidores e as ações para ressocialização dos presos, com oferta de trabalho e educação, são os destaques na comemoração da data. Diuturnamente, centenas de profissionais se empenham para tornar pessoas melhores do que entram, principalmente através de oportunidades de estudo e trabalho, a fim de reinseri-las novamente à sociedade. A profissionalização não apenas de presos, mas também dos servidores da instituição.
O uso da tecnologia e a modernização do próprio sistema também têm sido constante. “O ano de 2020 tem sido um ano de muitos desafios e, diante disto, os servidores do Departamento Penitenciário do Paraná têm se mostrado eficientes e preparados, mantendo excelentes índices de segurança, educação e trabalho”, afirma o Secretário da Segurança Pública, Romulo Marinho Soares. “Por conta da pandemia da Covid-19, tivemos que ultrapassar diversos obstáculos para manter o maior número de presos estudando e trabalhando, bem como o de certificações para os agentes penitenciários”, destaca.
AVANÇOS - Para o diretor-geral do Depen, Francisco Alberto Caricati, o momento é de celebrar os avanços que o Depen vem obtendo nos últimos anos. “Dentre eles, a ampliação de estrutura física, as novas políticas implantadas, como as unidades de progressão e os complexos sociais, e a criação de uma equipe multidisciplinar que atua nos escritórios, além da reforma de quase todas as unidades prisionais do estado”, destaca Caricati.
Somente nestes primeiros nove meses de 2020, a Escola de Formação e Aperfeiçoamento Penitenciário (Espen) expediu mais de 2.800 certificações para servidores de todo o Estado. Eles tiveram, até agora, 14 cursos de aprimoramento à disposição, entre eles o de treinamento no Sigep, elaboração de projetos e captação de recursos, pandemia da Covid-19 e sistema prisional e sistemas de comunicação e radiocomunicação, por exemplo.
O resultado da capacitação e treinamento pode ser dimensionado pelo desempenho dos agentes penitenciários. Os servidores interceptaram, pelo menos, dois drones, 1.800 celulares e outros 1.800 acessórios para os aparelhos (incluindo baterias, carregadores, chips telefônicos e cartões de memória) antes mesmo de eles chegassem até o seu destino final, os presos.
"É comprovado que o sistema penitenciário afeta a segurança pública, por isso nosso trabalho é constante para evitar que presos tenham contato com o ambiente externo por meio de celulares, por exemplo”, explica o coordenador regional do Depen em Maringá, Luciano Brito. Estes aparelhos são possivelmente utilizados para a prática de outros crimes e os entorpecentes para o consumo e o tráfico nas unidades prisionais, o que gera violência”, diz ele.
OPERAÇÕES - Os números refletem as centenas de ações desencadeadas pelos servidores do Depen-PR entre janeiro e julho de 2020, em todo o Estado. As operações feitas por agentes penitenciários e agentes do Setor de Operações Especiais (SOE) e do Grupo de Segurança Interna (GSI) do Depen ainda apreenderam drogas ilícitas, além de bebidas alcoólicas e cigarro.
RESSOCIALIZAÇÃO - Para promover a reinserção social, o Departamento Penitenciário tem buscado ampliar, cada vez mais, o número de presos trabalhando e estudando. No Brasil, há anos, o Paraná figura entre os primeiros colocados do ranking nacional nos dois índices.
Os últimos rankings divulgados pelo Departamento Penitenciário Nacional, inclusive, colocam o Paraná como quarto colocado em ambas as categorias. Em 2019, eram 8,8 mil custodiados implantados em canteiros de trabalho e 9,5 mil presos
estavam matriculadosno ensino fundamental e médio, profissional e superior e também em outros projetos pedagógicos.
EVOLUÇÃO - Uma das demandas antigas da categoria é a transformação da profissão de agente penitenciário em policial penal. Para atendê-la, a Secretaria da Segurança Pública divulgou, na última terça-feira (22), a conclusão dos estudos para a criação da Polícia Penal do Paraná.
Nos próximos dias, a proposta será enviada para apreciação do Governo do Estado. A previsão é que a nova polícia passe a integrar o rol de órgãos da Secretaria da Segurança Pública, juntamente com as Polícias Militar, Civil e Científica, como descrito no artigo 46 da Constituição do Paraná.
“A carreira de Polícia Penal é uma reivindicação antiga da categoria e já foi aprovada em âmbito federal no fim do ano passado. No Paraná, a Secretaria da Segurança busca meios e avanços para as carreiras. Neste momento, estamos dando um passo importante, que vai valorizar os servidores da área”, afirma secretário da Romulo Marinho Soares.
ORGULHO - Ao mesmo tempo em que os agentes estão envolvidos no trabalho de conter o crime dentro do sistema prisional e impedir o acesso de presos aos ilícitos, eles também cumprem a missão do Depen de promover a reinserção à sociedade.
“É um trabalho muito rico. Lidamos muitas vezes com pessoas diferentes de nós, com outras vivências, e acabamos sendo o espelho deles. É preciso dar exemplo com atitudes e conselhos”, afirma o diretor da Penitenciária Estadual de Ponta Grossa, Bruno Jose Propst. “Não é só o trabalho de segurança pública, tem muito de tentar recuperar aquela pessoa”, diz ele.
De acordo com o agente da Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu II, Cláudio Fernandes da Silva, trabalhar no sistema prisional proporciona crescimento pessoal. “O Depen é uma escola de vida, onde você aprende a cada dia a conviver com pessoas”, afirma.
“Eu não penso em mudar de profissão, eu me encontrei, tenho muito orgulho de fazer parte do Depen”, destaca a agente penitenciária que também trabalha na PEF II, Barbara Nunes de Lima.
HISTÓRICO – O Decreto número 564, que instituiu o primeiro regulamento da Penitenciária do Estado (conhecida como Presídio do Ahú), foi assinado em 23 de setembro de 1908, pelo então presidente do Estado do Paraná, Francisco Xavier da Silva. A Secretaria de Estado dos Negócios do Interior, Justiça e Instrução Pública e a Chefatura de Polícia eram os órgãos responsáveis pelas Cadeias e Penitenciária do Estado.
O nome da instituição mudou algumas vezes: foi Departamento de Estabelecimentos Penais do Estado (Depe), entre 1954 e 1975; Coordenação do Sistema Penitenciário (Coosipe), entre 1975 e 1987; Departamento Penitenciário (Depen), entre 1987 e 2000; Coordenação do Sistema Penitenciário do Estado (Copen), entre 2000 e 2001. Em 19 de março de 2001, pelo Decreto nº 3728, houve nova alteração e a denominação volta a ser Departamento Penitenciário do Estado (Depen).
Desde a criação da instituição, o Depen tem trabalhado continuamente para ser cada vez mais exemplo no tratamento penal e custódia dos presos. Isso inclui atender as necessidades de alimentação e higiene e empenho em mostrar um caminho após o cumprimento da pena. (Com AEN)
O início da colheita da cevada, um dos grãos de inverno importantes no Paraná, já começou e é o destaque do Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, referente à semana de 20 a 25 de setembro. O documento, produzido por técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, também analisa a situação de outras culturas do Estado.
Entre os grãos de inverno produzidos no Paraná, a cevada tem boa representatividade. Neste ano, os produtores ocuparam 63.058 hectares com a cultura, repetindo praticamente a mesma área de 2019.
Agora começa a colheita, que deve se acentuar no início de outubro. Os técnicos do Deral que percorrem o campo retrataram que, por enquanto, 1% da área foi colhida.
A expectativa é grande para que a produção ultrapasse em 11% o registrado no ano passado, alcançando o expressivo volume de 290 mil toneladas.
Em Guarapuava, principal região produtora, a geada de agosto não afetou o desenvolvimento da cevada, enquanto a chuva do início de setembro ajudou a cultura. Já em Ponta Grossa, segundo maior polo, a estiagem ainda pode diminuir a produtividade.
CAFÉ E FRUTAS - O boletim aborda, ainda, a cultura do café, destacando que o consumo mundial teve um pequeno crescimento, enquanto a produção reduziu-se em maior volume.
O Brasil lidera o ranking de países quanto ao volume de produção e em exportações e se coloca na segunda posição entre os consumidores, atrás dos EUA.
A análise da atividade frutícola estende-se pelas cinco principais regiões produtoras, que têm os municípios de Curitiba, Paranavaí, Jacarezinho, Maringá e Cornélio Procópio como polos. O boletim também discorre sobre as culturas de batata, cebola e tomate.
PECUÁRIA – Os preços de alguns derivados lácteos como o leite UHT e o queijo muçarela têm se mantido estáveis nas últimas semanas. Esse também é um dos assuntos tratados no documento do Deral, que estende a abordagem ao reflexo na balança comercial brasileira.
Em relação à avicultura de corte, a análise aborda o crescimento no volume de abate no primeiro semestre deste ano. No Paraná, o aumento foi de 6,9% em comparação com o mesmo período do ano passado. Também há registro dos custos de produção, que subiram 6,10% em agosto.
ESTIAGEM – A falta de chuvas é tema recorrente nos estudos realizados pelos técnicos do Departamento de Economia Rural. O fenômeno prejudica, entre outros, o plantio do feijão safra das águas, que avança muito lentamente. Da mesma forma que dificulta o preparo de solo, plantio e colheita da mandioca.
A estiagem também atrasou o plantio da primeira safra de milho. Até agora foram semeadas 34% da área estimada de 360 mil hectares. No mesmo período da safra anterior, o porcentual estava em 39%. Para a soja, a estimativa é de 1% já semeada. Na média das últimas três safras, neste período o plantio estava em 8%. (Com AEN)






























