Alunos têm até esta quarta para se inscreverem em cursos de tecnologia

Os alunos de escolas estaduais têm até esta quarta dia 23, para se inscreverem em cursos gratuitos de tecnologia. Em uma parceria da Secretaria de Estado da Educação com a empresa Alura, maior plataforma brasileira em cursos de tecnologia, estão sendo oferecidos 10 mil bolsas.

 

Os alunos podem participar de cursos que ensinam, por exemplo, a criar aplicativos, games, sites para web e mobile, produção e edição de fotos e vídeos, podcasts, entre vários outros de programação em diferentes linguagens, como Java e HTML.

 

“O aluno poderá escolher uma das formações, conforme seu interesse. Com os cursos, os nossos jovens poderão se qualificar para o mercado de trabalho, que cada vez mais busca programadores e profissionais da tecnologia”, afirma o diretor de Tecnologia e Inovação da Secretaria, Gustavo Garbosa.

 

São ao todo 18 trilhas disponíveis em cinco modalidades de cursos oferecidos: Programação Mobile, Programação de Back-end, Programação de Front-end, Design & UX e Data Science.

 

Só para a criação de games são dois diferentes softwares, para web e mobile. Um deles ensina a criar um jogo de RPG em 2D com efeitos visuais, imagens, sons, cenários e mapas. Para vídeos, há um módulo especial do YouTube: da concepção de um canal ao upload.

 

As possibilidades se estendem à criação e desenvolvimento de Design Gráfico em programas como Photoshop e Illustrator, edição de planilhas no Excel, introdução a Ciência de Dados, testes estatísticos em linguagem de programação Phyton, cursos focados na experiência de usuário e Design Thinking.

 

INSCRIÇÕES - Os alunos e professores interessados em preencher uma das 11.000 vagas (mil para professores)  nos cursos de programação devem acessar o site www.educacao.pr.gov.br/programacao (só acessível com usuário @escola.pr.gov.br) e preencher o formulário de credenciamento usando seu e-mail – é necessário estar logado apenas no e-mail @escola pelo Gmail.

 

As inscrições abriram na última sexta-feira (18) e vão até esta quarta-feira (23). O início dos cursos será em 1º de outubro.

 

Caso o número de interessados exceda os 11.000 nas modalidades de aluno e professor, o critério de desempate será a data/hora do credenciamento conforme registro de envio do formulário, como prevê o edital de credenciamento.

 

DURAÇÃO DO CURSO - O curso tem previsão de duração de cerca de 6 meses (de outubro de 2020 a fevereiro/março de 2020) e é recomendado que os estudantes interessados tenham a disponibilidade de 10 horas semanais, no contra turno escolar.  Os estudantes que não acessarem e não avançarem nos cursos em um período de 15 dias consecutivos serão eliminados, dando lugar a quem ficou de fora no primeiro credenciamento devido à limitação de vagas.

 

No final do período, os estudantes participarão de um evento para compartilhamento dos trabalhos desenvolvidos.

 

PARCERIA – A parceria entre a Secretaria da Educação e a Alura é gratuita, sem custos para o Estado e para o aluno. O currículo e trilhas oferecidas em cada um dos cinco cursos disponíveis nesta parceria podem ser conferidos na plataforma da Alura. Mais informações no edital. (Com AEN)

 

 

 

 

 

 

Acordo garante maior controle na gestão de compras do Estado

O Governo do Estado assinou nesta terça dia 22, um termo de cooperação técnica com o Ministério Público do Paraná e o Tribunal de Contas do Estado para agregar novas soluções ao  Projeto Harpia, que vai modernizar os sistemas de tecnologia de informação (TI) utilizados nos processos de compras públicas. Essa etapa prevê estudos conjuntos com os órgãos de controle externo para a formulação de ideias, processos e alertas para integrar nessa plataforma, de forma a aumentar a transparência das licitações e das contas públicas.

 

O termo de cooperação técnica foi assinado no Palácio Iguaçu pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, pelo controlador-geral do Estado, Raul Siqueira; pelo procurador-geral de Justiça (chefe do Ministério Público do Paraná), Gilberto Giacoia, e pelo presidente do Tribunal de Contas do Estado, Nestor Baptista.

 

O objetivo do termo de cooperação é que os órgãos participem da elaboração efetiva do sistema (hardware) e contribuam com suas experiências para aprimorar a vigilância dos gastos públicos, além de integrar sistemas de informática estaduais que não dialogam totalmente entre si e com o controle externo.

 

O Projeto Harpia trará uma série de novidades e limitadores com o uso de inteligência artificial em qualquer etapa da licitação para impedir que o processo siga curso irregular, além do registro dos servidores responsáveis pelas autorizações. A rastreabilidade garantirá segurança ao funcionário público e carimbará o mau uso da máquina.

 

O governador destacou que o Projeto Harpia é um passo fundamental para o Paraná se tornar um dos mais transparentes do País. Ele também ressaltou que o Estado é pioneiro ao convidar os órgãos de controle para propor soluções antes da implementação definitiva. “Desde o início da gestão buscamos uma Controladoria-Geral mais ativa, presente, porque ela era tímida nos processos internos. Esse acordo técnico permite ouvir quem trabalha diariamente com esses processos para tornar a administração ainda mais eficiente”, disse Ratinho Junior.

 

PRIMEIRO DO PAÍS - As atualizações no sistema de compras começarão a ser implementadas ainda neste ano. O Harpia será o primeiro projeto do País a agrupar inteligência artificial (IA), automação de processos, analytics e tecnologia do tipo blockchain (registro imutável de informações). O acompanhamento do processo será ser feito em tempo real pelos servidores públicos e gestores da administração direta, autárquica e fundacional. Ele também facilitará o acesso da sociedade, em respeito ao princípio da eficiência na gestão pública.

 

“Estamos implementando tecnologia para rastrear todo o passo a passo de uma licitação. É uma política de Estado e que será permanente. Teremos expertise na fiscalização, economia na gestão pública e a sociedade ganhará em transparência”, ressaltou Ratinho Junior.  “É um projeto que tem sido encarado com bons olhos pelo governo federal. Estamos motivados para, inclusive, leva-lo para as prefeituras num segundo momento, fazendo do Paraná definitivamente inovador nessa questão”.

 

COOPERAÇÃO – Os órgãos de controle externo serão fundamentais para ajustar o termo de referência das contratações das tecnologias do sistema. Para chegar nessa segunda etapa a Controladoria-Geral do Estado (CGE) visitou todos os sistemas atualmente utilizados, as tecnologias disponíveis no mercado e todo o fluxo de trabalho necessário para as compras de bens e serviços pela administração pública.

 

“É uma ação de Estado, não de Governo. Por isso é importante a participação dos órgãos de controle e seus técnicos para auxiliarem a construção do termo de referência. Com ele pronto vamos efetivar a contratação e colocar a proposta no mercado junto com a Celepar. Precisamos dessa segurança tecnológica. É um projeto da população do Paraná. Temos que ter segurança nos processos”, afirmou o controlador-geral do Estado, Raul Siqueira.

 

Com as sugestões dos órgãos, serão feitas melhorias na metodologia e na concepção das contratações das tecnologias que serão integradas ao Harpia. “O Ministério Público e o Tribunal de Contas entram no projeto para somar, para construir a ferramenta que trará integridade do dado e segurança da população. Temos que ter esse zelo com o recurso público, que é do cidadão. Esse é o tom do Projeto Harpia e o compromisso do governador com a população”, acrescentou Siqueira.

 

APRIMORAR - O Harpia vai consolidar a prevenção e o combate a fraudes e desvios, aprimorar os processos de governança pública, de gestão e de aquisições de bens e serviços pelo Estado, aperfeiçoar os sistemas de controles interno e externo e tornar mais eficiente a utilização de recursos públicos e o nível de transparência.

 

Pelo termo, competirá à CGE, responsável pelo Harpia, designar servidores para compor um Grupo de Trabalho e estabelecer um cronograma com os participantes dos demais órgãos para propor a utilização de modelos tecnológicos aplicados ao processo licitatório, visando a implementação de mecanismos de prevenção e combate à corrupção. Ao Tribunal de Contas e ao Ministério Público caberá identificar, além desses tópicos, sob a ótica de suas competências institucionais, fragilidades do atual processo licitatório, e propor mecanismos tecnológicos necessários para auxiliar o acompanhamento das fases de despesa, verificação da regularidade dos empenhos, liquidações, contratos e procedimentos licitatórios.

 

Entre as ações previstas para os próximos meses estão a elaboração do mapeamento do atual processo licitatório (principais etapas, documentos utilizados, órgãos e entes envolvidos, atribuições e alçadas de cada um, sistemas de informação, aplicativos, plataformas computacionais e demais requisitos de hardware e software utilizados) e soluções para modernização.

 

“Estamos revogando essa confusão do público e do privado. Temos que ter a noção de que o caminho não existe, o caminho se faz ao andar. Essa nova ferramenta mostra que o Governo do Estado conhece a importância do erário, o que se reverte em inclusão social e respeito à dignidade dos paranaenses”, disse o procurador-geral de Justiça, Gilberto Giacoia. “É um acréscimo ético na linha do que queremos, construir um Paraná mais justo”.

 

PANDEMIA - O presidente do Tribunal de Contas, Nestor Baptista, destacou o momento da assinatura e a manutenção das políticas públicas mesmo durante a pandemia provocada pelo novo coronavírus. “Não é uma retórica sobre areia movediça, mas um trabalho que ultrapassa governos. É uma alegria em meio a um ano difícil. O Governo não se abateu nos seus projetos. Esse é um instrumento para dar agilidade, um sistema único no País”, acrescentou Baptista.

 

PROJETO – O Projeto Harpia propõe soluções customizadas para todas as etapas dos processos de compra. É uma plataforma de corrige o principal problema da corrupção, as licitações, onde ocorrem cerca de 97% dos problemas identificados pelos órgãos de controle interno e externo, seja na restrição do caráter competitivo, direcionamento do procedimento, construção do contrato, execução ou fiscalização. Ele visa construir uma “esteira” de procedimento capaz de agregar todas as principais tecnologias disponíveis no mercado.

 

Por exemplo, ao comprar um determinado produto ou serviço, uma tecnologia de inteligência artificial ajudará a buscar prováveis fornecedores para aquele insumo/serviço. Um banco de dados vai restringir o universo, a partir dos parâmetros estabelecidos pelo acordo de cooperação técnica, e se o servidor começar a especificar muito, eventualmente para direcionar o caráter competitivo, o sistema emitirá um alerta. O servidor terá que fazer uma justificativa e cada ponto do processo terá integração com blockchain, ou seja, o registro será imutável.

 

“Com essa tecnologia teremos segurança da próxima etapa de cada procedimento e a imutabilidade do caminho, impedindo desvios, prevendo o que será exigido no próximo passo. É como Henry Ford imaginou a fabricação de um automóvel, em etapas. Estamos buscando mais ou menos isso, essa padronização, a mecanização do procedimento licitatório, mas dessa vez com muita tecnologia agregada ao processo”, afirmou Siqueira.

 

INVESTIMENTO - O investimento estimado pela CGE é de R$ 25 milhões e os recursos serão oriundos do Fundo Estadual de Combate à Corrupção, criado em 2019. Ele é abastecido com multas ou valores advindos de termos de ajustamento de conduta, ou seja, o malfeitor pagará o novo modelo de gestão. O aporte não será em um programa pronto, mas em tecnologias que serão inseridas aos poucos no sistema, com previsão de começar a implementação ainda neste ano.

 

“Estamos construindo toda a metodologia do procedimento licitatório nessa esteira. Teremos dashboards, ou seja, uma visão ampla do processo enquanto ele está acontecendo. Poderemos fazer um filtro de validações nas cotações, por exemplo. A plataforma trará a transparência necessária. É como se tivéssemos uma auditoria permanente”, complementou o controlador-geral. “Identificaremos tudo. A minuta original do contrato, os documentos, todos os processos serão imutáveis. Se houver alterações, aditivos, teremos os registros”.

 

A Celepar já começou a desenhar os dashboards dos procedimentos, olhando do final do processo do sistema de compras para o início, identificando, juntamente aos os demais órgãos, onde serão inseridas as soluções já apontadas. “A ideia é lançar versões do Harpia. Vamos entregar alguma coisa de blockchain em novembro, adicionar componentes de inteligência artificial ainda neste ano, montar a versão 1.0 e avançar em fases”, disse Leandro Moura, diretor-presidente da Celepar.

 

Esse novo sistema vai potencializar o trabalho do bom servidor e identificar o mau servidor. O nome foi inspirado na ave do brasão do Estado do Paraná a partir de algumas premissas que querem ser alcançados no futuro: voo alto (olhar sobre todas as secretarias/autarquias), garras fortes (capacidade de identificar os desvios), rapidez (fluidez nos processos) e proteção do ninho, mas nesse caso do dinheiro público.

 

“Não há no mundo um sistema que embarque todas as tecnologias que estamos pretendendo. Temos exemplos de alguns modelos com IA, ou blockchain, analytics. Juntar todos é uma inovação. O Estado tem muitas informações, mas usamos mal esses dados. O Harpia ajudará a trabalhar essas informações de bancos distintos, como Copel, Junta Comercial e Detran. Vamos buscar essas informações para gerar inteligência”, disse o controlador-geral.

 

PRESENÇAS – Participaram da assinatura o chefe da Casa Civil, Guto Silva; os secretários de Administração e Previdência, Marcel Micheletto, e Segurança Pública, Romulo Marinho Soares; o diretor-geral da CGE, Luiz Fernando Neto de Castro; o delegado-geral da Polícia Civil do Paraná, Silvio Jacob Rockembach; e o presidente da Associação dos Municípios do Paraná, Darlan Scalco. (Com AEN)

 

 

 

 

 

 

Fundo Garantidor Solidário deve agilizar financiamento rural

O produtor rural poderá contar com uma nova modalidade de garantia para acessar os recursos do crédito rural. Trata-se do Fundo Garantidor Solidário (FGS), ferramenta garantidora de novas operações de financiamento que deverá reduzir custos aos tomadores do crédito agrícola.

 

Instituído pela lei 13.986, aprovada em 7 de abril de 2020, o Fundo Garantidor Solidário aguarda agora sua regulamentação para entrar em operação no mercado. Segundo o economista do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, Francisco Carlos Simioni, o FGS surge como uma nova opção de garantia aos créditos destinados às operações de financiamento ao plantio, comercialização e investimentos. "Essa nova ferramenta poderá tornar as operações de crédito mais simples, mais ágeis e por isso podem ficar mais baratas", afirma.

 

PARANÁ - No Paraná, as operações de crédito rural envolvem valores em torno de R$ 20 bilhões a R$ 25 bilhões por ano safra. Mas nem todos os produtores paranaenses conseguem acessar esses recursos com juros subsidiados, que variam de 2,75% até 5% ao ano para o agricultor familiar, para o médio produtor até 7%, enquanto que os demais produtores pagam, em média, entre 7% a 10% ao ano, considerando as taxas de juros disponíveis para essa categoria.

 

Na safra 2019/2020, segundo dados do Banco Central, os produtores paranaenses utilizaram cerca de R$ 17,5 bilhões para financiamento de cerca de 194,8 mil operações destinadas ao custeio, investimento e a comercialização das atividades e produtos agrícolas.

 

Esses recursos têm origem em diversas fontes, recursos obrigatórios que os bancos precisam aplicar em financiamentos rurais, poupança rural, Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), Fundos Constitucionais, recursos livres e outras fontes.

 

Quando os recursos disponibilizados anualmente no crédito rural se esgotam, é necessário que os produtores de qualquer tamanho recorram aos recursos livres disponíveis nas instituições financeiras, pagando juros de mercado para o financiamento de suas atividades, elevando os custos de produção e dos investimentos.

 

NECESSIDADES - Segundo o economista Simioni, o processo produtivo brasileiro inclui nesse custo os encargos de financiamentos que se renovam a cada safra.

 

Assim, a tendência, no Paraná, segundo maior produtor nacional de grãos, é que essa nova modalidade de garantia que venha a atender as necessidades de todas as categorias de produtores, considerando as características e a diversificação da exploração agropecuária estadual.

 

Simioni explica que a Lei do Agro deverá facilitar a vida dos produtores rurais, com a atração de novos participantes e modalidades de financiamento para grupos, associações e cooperativas de produtores, que estarão aptas a acessar esse novo instrumento de crédito, disponível, também, para investimentos em conectividade ao meio rural.

 

Ele destaca que o Congresso entendeu que não há mais recursos do Tesouro suficientes para financiar toda a demanda do crédito rural, sendo necessário modernizar, inovar e disponibilizar novas ferramentas para o financiamento das atividades agrícolas, destacou.

 

O governo, diz o economista, tem dificuldades de financiar todo o agronegócio brasileiro. Os recursos públicos para o financiamento e à subvenção das taxas de juros às operações agrícolas, ano a ano, estão perdendo fôlego, e outras ferramentas e formas de obtenção de crédito como as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), a Cédula de Produto Rural (CPR), os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), entre outros estão substituindo o financiamento tradicional.

 

Essa nova modalidade de garantia para acesso ao crédito, afirma Simioni visa colocar mais recursos à disposição dos produtores com juros menores, assim como busca atrair uma fatia ainda maior de investidores interessados nos incentivos fornecidos pelas novas ferramentas utilizadas para financiar o agronegócio.

 

REGULAMENTAÇÃO - O economista reforça que o Fundo precisa ser regulamentado com celeridade, necessita ter um estatuto bem elaborado conforme prevê a lei 13.986/20. O setor agropecuário aguarda a regulamentação, que poderá ser feita pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), Banco Central com apoio das demais autoridades federais que fizeram parte da elaboração da Lei do Agro.

 

COMO VAI FUNCIONAR -  A  composição do Fundo Garantidor Solidário deverá ter, no mínimo, dois produtores devedores, um credor e um garantidor do crédito, quando as partes estabelecerem de comum acordo a necessidade de um terceiro cotista. A integralização do FGS será feita em cotas e percentuais, pelos seus participantes, com a seguinte composição: Cota primária, de responsabilidade dos devedores correspondente a 4% sobre o valor do crédito tomado; Cota secundária,  de responsabilidade do credor correspondente a outros 4%; Cota terciária, de responsabilidade do garantidor, se houver, correspondente a 2% que poderão ser descontados do saldo devedor para fins de integralização.

 

Na hipótese de a operação de crédito vencer e não ser paga, o credor poderá exigir o pagamento pelo Fundo, utilizando os saldos das cotas. Findada a operação, após a quitação integral das dívidas garantidas pelo FGS o fundo poderá ser extinto. Havendo recursos remanescentes eles serão devolvidos aos respectivos cotistas de acordo com a ordem estabelecida na Lei do Agro.

 

Simioni explica que nessa modalidade a iniciativa privada vai colocar o recurso na frente do dinheiro público oficial e será aberta uma espécie de concorrência para quem oferece as menores taxas de juros ao agricultor.

 

“Vai entrar a concorrência e a negociação, facilitará a vida dos agricultores, cooperativas e associações de agricultores”, afirmou. As empresas também estarão interessadas em participar desse arranjo, já que a medida será uma ferramenta garantidora e facilitadora para alavancar as vendas de bens, equipamentos e serviços.

 

OPERAÇÕES -   O Fundo surge como nova opção de garantia aos créditos destinados às operações de financiamento do plantio, manutenção e colheita de lavouras e rebanhos, aquisição de veículos, equipamentos, máquinas agrícolas, tecnologia, armazenagem, insumos de produção, transporte, seguros, investimentos em infraestrutura, comercialização, distribuição, industrialização e até mesmo exportação de produtos agrícolas, pecuários, de florestas plantadas e de pesca e aquicultura, seus derivados, subprodutos e resíduos de valor econômico, inclusive quando submetidos a beneficiamento ou a primeira industrialização.

 

Pode ser utilizado, ainda, para garantia de adimplemento de dívidas novas de quaisquer tipos de financiamento agropecuário com vencimento “em ser’ (dívidas que ainda vão vencer), incluindo-se nesse rol de operações de infraestrutura à conectividade rural e, ainda, as dívidas consolidadas, àquelas, fruto de renegociações. (Com AEN)

 

 

 

 

 

Colégios adaptam feira de ciências para ambiente virtual

Para contribuir na manutenção do vínculo entre estudantes e escolas muitas atividades precisaram ser adaptadas para a internet e serem realizadas à distância. Com as tradicionais feiras de ciência não foi diferente: a programação que recebia familiares e amigos para ver experiências desenvolvidas pelos alunos também foi para a web.

 

Em Cascavel, o Colégio Estadual do Campo Octávio Tozo foi um dos que migrou a atividade para a internet, como explica a professora Ana Rita Machado. “Notamos que em meio às aulas remotas nossos alunos precisavam de um estímulo a mais para suas atividades. E como temos uma demanda de promover atividades práticas na escola, pensamos em propor que eles realizassem algo em casa, em segurança e com orientações externas, com base no que vinha sendo discutido nas aulas”, diz.

 

A atividade estava marcada para dia 11 de setembro, mas nem todas as apresentações foram feitas no dia. A feira terminou nesta sexta-feira (18). A alternativa para driblar possíveis problemas de conexão foi pedir aos alunos que gravassem a explicação. “A aceitação foi boa, e embora sejam tímidos em meios virtuais, se tornaram protagonistas ao falarem das próprias criações; cumpriram com aquilo que foi solicitado”.

 

Pedro Henrique Zenere, de 16 anos, é estudante do Colégio Octávio Tozo e achou a iniciativa bastante interessante. “Meu projeto é uma bateria caseira, feita com forma de gelo, sal, água, fio de cobre e parafusos galvanizados. Esse parafuso vai soltando elétrons pelo cobre e cria uma corrente dentro da água. A gente conseguiu ligar uma lâmpada de led”, descreve o aluno.

 

Outra escola que investiu na programação virtual foi o Colégio Estadual de Segredo, na cidade de Foz do Jordão. Por lá a ideia partiu dos próprios professores, para aumentar ainda mais o engajamento dos estudantes. “Eles resolveram realizar essa amostra, para todas as turmas do ensino médio. Determinaram um assunto pra cada série e fizeram orientações durante um mês, porque dessa forma os alunos teriam um aprendizado mais efetivo”, explica a diretora Sandra Zanin. “No fim foi muito bom porque muitos trabalhos foram postados no YouTube, pra que mais gente pudesse ver”.

 

A jovem Maiara da Silva Siqueira, que está no 1° ano do Colégio Estadual de Segredo, desenvolveu um projeto sobre o Sistema Solar, com maquete e vídeo explicativo. “Confesso que foi uma experiência nova e com várias dificuldades, mas muito interessante e produtiva. A criatividade da professora foi genial, e a feira nos trouxe uma nova forma de fazer trabalho de casa, mesmo longe de todo mundo. Foi bastante produtivo”, diz. (Com AEN)

 

 

 

 

 

Paraná tem 2.494 vagas de emprego em todas as regiões

A retomada da geração de emprego e renda ganhou força com o aumento na colocação de trabalhadores com carteira assinada pelas 216 Agências do Trabalhador do Paraná. Somente em agosto, 6.500 pessoas tiveram a carteira assinada, representando um índice 20% a mais que no mês de julho, quando foram empregadas 5.695, considerado também um índice bastante positivo. 

 

Atualmente estão sendo disponibilizadas no Paraná 2.494 vagas. Os maiores números de vagas são para auxiliar de linha de produção (1.525); alimentador de linha de produção (88); ajudante de carga e descarga de mercadoria (75).

 

Em Curitiba são 523 vagas disponíveis. As ocupações com maior número de vagas são as seguintes: operador de telemarketing ativo e receptivo (120); empacotador, a mão (44); operador de telemarketing ativo (42).

 

“Mesmo com a pandemia do coronavírus nossas Agências do Trabalhador continuaram disponibilizando vagas pela internet”, ressalta o secretário da Justiça, Família e Trabalho do Paraná, Ney Leprevost. “Com a reabertura das Agências, os atendimentos presenciais continuaram sendo feitos com horários agendados e respeitando todas as normas exigidas pelas autoridades sanitárias”, explica. “Em todo o momento da pandemia, ofertamos diversas oportunidades de emprego e continuamos firmes para que possamos aos poucos retomar aquele bom momento que vivíamos antes da crise na geração de empregos e renda no Estado.”

 

OPORTUNIDADES – A supervisora de vendas externa da empresa Stampa Food, Mara De Grandi, conta que logo no mês de maio, quando a pandemia se intensificou no País, teve a sorte de conseguir uma oportunidade de emprego pela Agência do Trabalhador de Curitiba. “Se não fosse a agência eu não iria conseguir emprego neste momento, os profissionais da agência me deram todo o suporte, além de me ajudarem a achar uma vaga adequada ao meu perfil e deu certo, na semana seguinte já estava com a minha carteira assinada”.

 

Ainda na capital, a auxiliar administrativa da empresa RPF Comercial, Katia de Santana, foi atrás de uma oportunidade na Agência do Trabalhador de Curitiba. “Procurei por telefone a Agência do Trabalhador e fui atendida com agilidade e rapidez. Na mesma semana fui encaminhada para entrevista e, em menos de 10 dias já estava com carteira assinada. Estava passando por um momento complicado. Tinha perdido meu emprego devido a pandemia e já estava começando a passar por algumas necessidades. Só tenho a agradecer”.

A representante da RPF comercial, Gislene Scolaro Portella Castelhano, explicou que ultimamente, devido à pandemia, as contratações só estão sendo realizadas por intermédio da Agência do Trabalhador. “Sempre que temo vagas disponíveis entramos em contato com a Agência do Trabalhador de Curitiba e imediatamente conseguimos ocupar a vaga ofertada”.

 

TODO O SUPORTE - Olívio de Deus Bandeira é uma pessoa com deficiência e conseguiu, por meio da Agência do Trabalhador de São José dos Pinhais, um novo emprego, na área de serviços gerais na empresa Iguaçu Celulose. “Perdi o emprego no começo da pandemia, mandaram mais de 100 pessoas embora e a consequência disso foi ter acumulado diversas contas. Mas não desisti e fui atrás de novas oportunidades. Uma delas consegui graças a Deus pela Agência do Trabalhador de São José dos Pinhais. Lá na agência os profissionais me deram todo o suporte necessário para que eu encontrasse uma vaga adequada ao meu perfil, pois consegui uma vaga que fosse de acordo com o meu perfil PcD”.

 

DICA - Olívio foi mais um paranaense que conseguiu emprego num momento de pandemia complicado. “Com certeza sem o apoio da Agência seria bem mais difícil de conseguir alguma vaga. Com isso, minha dica é que procurem sempre as Agências, vejam as informações sempre divulgadas nas redes sociais, e não desistam de ir atrás, o Governo e as prefeituras sempre disponibilizam vagas diárias para a população.

 

Para o gerente da Agência de São José dos Pinhais, Vilson Marques da Silva, foram momentos complicados, com mais de um mês fechados e mesmo assim conseguimos nos reinventar. “Criamos canais pelo WhatsApp e pelas redes sociais, para poder auxiliar o empregado e o empregador. Com a reabertura das agências criamos condições para que as pessoas pudessem ser bem atendidas no posto, com toda a segurança e precaução. Minimizamos assim os efeitos da pandemia sem abandonar o trabalhador”.

 

Vilson ainda destaca que hoje em dia a Agência está aumentando recolocação no mercado de trabalho. “O setor com maior oferta de vagas na nossa cidade é na área da indústria, por isso orientamos que o trabalhador nos procure e ocupe as mais de 150 vagas disponíveis”.

 

INOVAÇÃO - Em Cascavel, município do Oeste do Paraná, a equipe que atua no posto de atendimento da Rede Sine inovou na estratégia para divulgação das vagas. “A pandemia trouxe incertezas e muita instabilidade na economia. Só a partir de junho os empregadores começaram a se adaptar ao novo momento, com aumento de contratações e diminuição nas demissões”, conta a gerente Agência do Trabalhador de Cascavel, Marlene Crivelari.

 

“Ao tentar preencher as vagas por meio do banco de dados, verificamos que o cadastro estava desatualizado, pois muitos telefones mudaram de donos, e-mails tinham sido desativados. Foi aí que resolvemos ir para a rua, comunicando as pessoas das ofertas de vagas. A estratégia deu certo. Além de uma vaga de emprego, muitos ganharam a oportunidade de mudar de vida”, explica Marlene Crivelari.

 

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Atendimento presencial só com agendamento


Por conta da pandemia, os atendimentos presenciais nas Agências do Trabalhador só acontecem mediante o agendamento prévio pelo site www.justica.pr.gov.br/trabalho.

 

Os trabalhadores também têm a opção de buscar vagas cadastradas pelo aplicativo Sine Fácil (disponível gratuitamente para celulares Androide e iOS), ou pelo site empregabrasil.mte.gov.br.

 

 Empresários e trabalhadores de todo o Paraná que procuram ou ofertam vagas e que estiverem com dificuldade de finalizar o atendimento nas ferramentas digitais, tais como Portal Emprega Brasil, e aplicativos da Carteira de Trabalho Digital, Sine fácil e Paraná Serviços, podem receber o suporte técnico por meio do Chat do Trabalhador, no site da Sejuf. Para acessar o chat, basta entrar no link: www.justica.pr.gov.br/trabalho (Com AEN)

 

 

 

 

 

 

Secretário da Saúde destaca avanços dos 30 anos do SUS

O secretário da Saúde do Paraná, Beto Preto, lembrou hoje dia 19, os 30 anos da regulamentação do Sistema Único de Saúde, por meio da Lei n° 8080, de 19 de setembro de 1990. “A lei normatizou o SUS, estabelecendo as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, sob os pilares da universalidade, integralidade e equidade, num sistema reconhecido como um dos maiores e melhores do mundo”, ressaltou o secretário, que foi o primeiro Ouvidor formalizado do SUS.

 

“O Sistema Único de Saúde representa uma grande conquista pública do País, englobando atenção básica, média e alta complexidade, urgência e emergência, vigilância epidemiológica, ambiental e sanitária e assistência farmacêutica; o SUS realiza desde o simples atendimento para aferição da pressão arterial até as mais complexas cirurgias, como de transplante de órgãos, onde o Paraná se destaca como o Estado que mais realiza este tipo de procedimento”, disse Beto Preto.

 

Os princípios e diretrizes do SUS, dispostos na Constituição Federal e na Lei n° 8080, estabelecem que a gestão do sistema deve ser fundamentada na distribuição de competências entre a União, Estados e Municípios. Dessa forma, o planejamento e execução de ações da saúde são deliberadas em reuniões da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), que também prevê a participação do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems).

 

“O Governo do Estado tem apoiado efetivamente as ações no âmbito do SUS para a implantação e aperfeiçoamento de estratégias que atendem de fato os paranaenses, com o foco na regionalização dos serviços. Desde o início da gestão temos priorizado a instalação e qualificação dos serviços próximos à casa de cada paranaense fortalecendo o sistema público”, salientou.

 

Pandemia - Conforme o secretário Beto Preto, durante a pandemia da Covid-19, a importância do SUS se tornou ainda mais evidente com a estruturação de serviços e leitos exclusivos em todo o Estado. “Organizamos uma rede específica e no Paraná foram abertos mais de 1.150 novos leitos de UTI, exclusivos para Covid, distribuídos em hospitais localizados em todas as regiões do Estado; uma estrutura que deverá ficar permanentemente à disposição dos paranaenses”, afirmou.

 

A estrutura atual de leitos de UTIs representa praticamente o dobro daquilo que estava em funcionamento antes da pandemia; todas contam com respiradores, ventiladores e os sistemas de gases.

 

As ações de enfrentamento englobam investimentos em recursos humanos, com contratação e organização dos profissionais, aquisição de medicamentos e de equipamentos de proteção individual para os profissionais da saúde.

 

Atenção – No dia de celebração dos 30 anos de regulamentação do SUS, o secretário Beto Preto lembrou ainda que a atenção integral à saúde é uma das premissas do sistema e que, seguindo esta meta, a Sesa desenvolve um projeto pioneiro direcionado ao idoso, que está sendo implantado no município de Irati.

 

Trata-se do PlanificaSUS, projeto que envolve o Ministério da Saúde, Sesa, prefeitura de Irati, com participação do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e do Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo. 

 

“Este é um planejamento nacional, em que cada Estado definiu o seu tema de trabalho; o Paraná optou pela saúde do idoso e, desde então, a Sesa vem trabalhando efetivamente no processo de construção de ações voltadas para o envelhecimento de forma integrada na atenção primária e na atenção especializada; é um projeto que exemplifica a essência do SUS, envolvendo todas as esferas de governo, entidades e a iniciativa privada”, explicou Beto Preto.

 

Conforme o secretário, o projeto teve início em 2019, mas foi desacelerado em função da pandemia da Covid-19. A previsão é de que as ações sejam retomadas no início de 2021. 

 

“O envelhecimento está associado a uma série de mudanças e questões que afetam principalmente a saúde. Então, temos que estar preparados para oferecer aos idosos paranaenses um envelhecimento digno e ativo e o PlanificaSUS está nos permitindo este projeto-piloto que posteriormente pretendemos replicar em todo Paraná”, disse Beto Preto. (Com AEN)

 

 

 

 

 

 

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