O Paraná é um dos estados brasileiros que mais concentram empresas de fabricação de instrumentos musicais, peças e acessórios. A capital paranaense é a única cidade do país que oferece curso superior na área de luteria, que é a especialização para fabricação de instrumentos musicais. Isso explica a grande concentração de empresas do setor no Estado. De acordo com dados da Junta Comercial do Paraná (Jucepar), há 85 fabricantes de instrumentos, peças e acessórios – 21 delas em Curitiba.
Na reportagem da série Feito no Paraná desta semana vamos conhecer alguns luthiers instalados em Curitiba e que fabricam instrumentos de qualidade reconhecida nacional e internacionalmente.
FORMAÇÃO - O curso de tecnólogo em luteria da Universidade Federal do Paraná (UFPR) foi criado em 2009 e por um bom tempo se manteve como o único curso superior nesta área na América Latina. Atualmente, já existe uma formação semelhante na Argentina.
De acordo com o vice-coordenador do curso, Juarez Bergmann Filho, Curitiba tem uma vocação musical muito grande. “Faltava mão de obra mais especializada para fabricação e reparos de instrumentos. Criaram um projeto buscando informações com luthiers locais e surgiu a ideia do curso. São três anos de formação. Atendemos o ingresso de 30 alunos por ano”, afirma.
Bergmann conta que pessoas do Brasil inteiro vêm buscar na Universidade Federal qualificação em luteria. O perfil dos alunos é variado: desde aqueles que querem seguir carreira profissional na área até apaixonados por música, interessados em construir instrumentos por hobby.
Os alunos podem escolher uma entre três capacitações: instrumentos de corda elétricos (guitarras e baixos elétricos); instrumentos de corda (cordófonos) dedilhadas (violões e violas brasileiras) e instrumentos de corda a arco (da família do violino).
PIONEIRISMO - É curitibana a primeira luthier formada em instrumentos elétricos do Brasil. Rosanne Lemos é a fundadora da Mankato Guitarras, uma marca autoral que cria modelos únicos e confeccionados à moda antiga. “Gosto de dizer que somos uma marca de guitarras tropicais. Usamos apenas madeiras nacionais e todo nosso processo de confecção é igual àquele adotado na década de 1950, com um equipamento sendo produzido por vez”, conta.
Formada pelo curso de luteria da UFPR, Rosanne decidiu devolver à sociedade a oportunidade de formação que teve. Ela atuou como voluntária no projeto Girls Rock Camp, uma colônia de férias organizada por voluntárias visando o empoderamento de meninas de 7 a 17 anos através da música, desenvolvendo a autoestima e a liberdade de expressão. Rosanne viu a necessidade de fornecer às meninas equipamentos de qualidade.
“Eu fui voluntária neste projeto e fiquei encarregada de uma banda. E percebi que tinha muitas meninas de seis, sete anos, não conseguiam tocar porque o instrumento era grande, pesado. Pensei que era uma boa oportunidade de inserir a marca e fazer algo legal. Retornar às mulheres esta capacitação que eu adquiri”, conta.
Depois de recolher instrumentos velhos ou danificados, a Mankato criou seis instrumentos com design especial, reaproveitando peças. “Este foi o pontapé inicial da marca e, desde então, têm surgido encomendas”, explica Rosanne.
A empresa também produziu outros instrumentos para musicistas mulheres, que fizeram tanto sucesso que hoje há fila de espera. “Nossas primeiras encomendas vieram de fora do Brasil, então já começamos exportando. Fazemos cerca de seis guitarras por ano”, afirma Rosane. Os preços variam entre R$ 4 mil e R$ 9 mil. O valor, bem abaixo do praticado no Exterior, tem atraído as encomendas de fora do país.
PINHÕES E VIOLÕES - O engenheiro mecânico Marcello Rizzi viu na luteria uma oportunidade de guinada na carreira depois de ser dispensado da empresa onde trabalhou por três anos. “Depois que fui desligado, decidi passar uma temporada fora e fui para os Estados Unidos. Lá visitei um museu de instrumentos musicais e descobri uma escola de luteria. Como sempre fui ligado à música, resolvi aprender o ofício e já são sete anos de dedicação exclusiva à construção de equipamentos”, conta.
Especializado em violões de aço, ele leva de três a quatro meses para entregar uma encomenda. E seus instrumentos têm o paranismo literalmente incrustado na madeira. Pequenos pinhões delicadamente moldados enfeitam os violões que saem do ateliê, o que já virou marca registrada da Rizzi. Além disso, Marcello faz ajustes e reparos em equipamentos.
Para mostrar a qualidade musical dos instrumentos que produz, ele criou o projeto Ultrasonoros, um canal no Youtube que reúne músicos curitibanos que vão tocar utilizando os equipamentos que compraram da Rizzi ou que foram colocados à disposição pela marca. “Já gravamos 40 episódios. Isso se transformou num acervo da contemporaneidade da música curitibana e brasileira”, conta.
MÚSICA ERUDITA - O paulista João Burattiestá desde 2019 instalado em Curitiba. “Vim fazer algumas disciplinas isoladas no curso de luteria da UFPR. Já era luthier formado no Conservatório de Tatuí, em São Paulo, mas queria aprender mais. Vim estudar, fazer um estágio, mas as coisas evoluíram. Comecei a ter bastante demanda de trabalho e montei meu ateliê aqui”, conta. Diferente do curso da UFPR, o ofertado em Tatuí não é de nível superior.
Especializado em fabricação de violinos, Buratti dedica boa parte do seu tempo para manutenção e reparos de instrumentos. “Hoje é isso que toca o ateliê e paga as contas. E a construção dos equipamentos faço por amor”, afirma.
Ele conta que grande parte do seu público é formada por músicos das orquestras de igrejas evangélicas da cidade, além de outros músicos profissionais. A maior parte dos instrumentos que chega ao seu ateliê vem da China e precisam de restauro completo para uma boa sonoridade. “Meu maior prazer é fazer com que a pessoa se surpreenda com o instrumento que tem. Então eu faço todas as substituições e adaptações necessárias para que eles saiam daqui com um instrumento de boa qualidade”, conta.
VIOLINO - Paralelamente, Marcello se dedica à fabricação de violinos. Ele produz no máximo dois por ano. Além do processo ser completamente manual – e igual àquele usado há 300 anos – toda a matéria-prima é importada. Desde a madeira até os vernizes, cola e cordas. Um instrumento feito por ele não sai por menos de R$ 15 mil, mas ainda é bem mais barato que qualquer instrumento feito de forma artesanal na Europa, por exemplo.
FEITO NO PARANÁ – Criado pelo Governo do Estado, e elaborado pela Secretaria estadual do Planejamento e Projetos Estruturantes, o projeto Feito no Paraná busca dar mais visibilidade para a produção estadual. O objetivo é estimular a valorização e a compra de mercadorias paranaenses, movimentar a economia e promover a geração de emprego e renda.
Empresas paranaenses interessadas em participar do programa podem se cadastrar AQUI. Confira as reportagens já produzidas para a série. (Com AEN)
Mais um navio atraca nesta quarta-feira (28) no Porto de Paranaguá para descarregar milho. São 32 mil toneladas do produto importadas da Argentina. Essa é a quarta embarcação que chega ao terminal paranaense neste ano trazendo o cereal. Desde janeiro, foram 102.719 toneladas de milho argentino desembarcados.
O Ocean Royal está programado para atracar às 17 horas e deve iniciar a operação no mesmo dia. A empresa responsável é Fortesolo, que também fez as movimentações dos navios Aurora SB, em maio (35.319 toneladas); Sirius Sky, em junho (36.870); e Interlink Nobility, no início deste mês (30.530).
Segundo o diretor de Operações da Portos do Paraná, Luiz Teixeira da Silva Júnior, os operadores portuários que atuam na descarga do produto possuem equipamentos especializados, o que aumenta os índices de produtividade e atrai importadores.
“O Porto de Paranaguá está capacitado para atender as demandas de mercado, tanto na exportação quanto na importação, e nos mais diversos tipos de carga, atendendo totalmente suas funções, segundo a necessidade dos clientes”, diz Teixeira.
Os berços utilizados para a descarga do milho são destinados para os demais graneis de importação como sal, fertilizantes, trigo, malte e cevada.
MERCADO – O baixo desempenho da lavoura de milho em função das adversidades climáticas, no Paraná e demais estados produtores, aumentou a demanda de importação. O produto será destinado à produção de ração animal.
Segundo o diretor-presidente da Fortesolo, Marco Ghidini, a descarga deve levar cerca de cinco dias. Parte do produto vai direto para cooperativas e parte ficará armazenada em Paranaguá.
“A operação exige muito cuidado, pois se trata de produto alimentício. A nossa equipe tem um cuidado especial para que não haja nenhum tipo de contaminação e que o grão chegue aos clientes com total integridade”, afirma.
DEMANDA – A quebra da safra brasileira, que afetou a produção do milho safrinha, aumentou a expectativa de recorde nas importações. De acordo com o analista Edmar Gervásio, do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, a demanda pelo cereal se deve ao alto consumo do produto pela cadeia de suínos e aves.
“O milho que abastece essas cadeias produtivas é específico para este fim. É produzido no Paraná, Mato Grosso e Goiás. Com a quebra significativa, é preciso comprar o produto de países vizinhos como Argentina e Paraguai”, conta.
O analista explica, ainda, que apesar da expectativa de aumento nas importações, os números são pouco relevantes, se considerado o volume da produção brasileira de milho. “O País deve produzir mais de 90 milhões de toneladas, enquanto as importações não devem chegar a dois milhões de toneladas”, complementa. (Com AEN)
O Paraná ultrapassou nesta segunda-feira (26) a marca de 7,5 milhões de doses aplicadas na população e agora ocupa a quinta posição entre os estados que mais vacinaram contra a Covid-19, passando a Bahia no total de doses administradas pela primeira vez na campanha. Em números absolutos, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul estão na frente.
Segundo o sistema do Ministério da Saúde, atualizado em tempo real pelos municípios, 7.539.214 vacinas foram aplicadas no Estado até agora, com 5.503.664 pessoas que receberam a primeira dose e 2.035.550 paranaenses totalmente imunizados, ao tomarem a dose de reforço ou o imunizante de dose única.
Com esses números, 66,5% da população adulta recebeu ao menos uma dose e quase um quarto dos paranaenses com mais de 18 anos já completaram o ciclo vacinal.
Levando em conta a estimativa populacional do Paraná, que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estática (IBGE) chega a 11.516.840 habitantes, metade da população já foi vacinada (50,3%) com ao menos uma dose.
“Seguimos com nosso objetivo de criar esse escudo de proteção que a vacina oferece e ampliar, a cada dia, o número de paranaenses vacinados. Quando o grupo de pessoas imunizadas aumenta, diminui a transmissão e a contaminação geral da população”, afirma o secretário estadual da Saúde, Beto Preto. “A vacinação tem sido o principal instrumento de defesa nesse momento, é isso que vai nos dar a condição de superar essa dificuldade do coronavírus”.
A campanha de imunização, porém, deve atingir neste momento apenas a população maior de 18 anos, que é de 8.714.136 pessoas. A previsão do Governo do Estado é que 80% desse público receba ao menos uma dose até o final de agosto, chegando a 100% até o fim de setembro.
PERFIL – O Paraná é o terceiro estado que mais vacinou a população geral, fora dos grupos prioritários, público que lidera as aplicações no Estado. Foram 2.311.613 de doses administradas nesse grupo, com 2.278.633 pessoas com idade entre 18 e 59 anos que receberam ao menos uma dose de imunizante. Já entre os idosos, 1.825.719 de pessoas com 60 anos ou mais foram vacinadas, sendo que 74,4% delas completaram o ciclo vacinal.
Também foram aplicadas 561.040 doses em pessoas com comorbidades, 82.668 doses em gestantes e puérperas, 64.926 em idosos institucionalizados, 51.690 em pessoas com deficiência, 26.447 na população privada de liberdade, 19.200 doses em indígenas, 8.580 em quilombolas, 3.780 em pessoas em situação de rua, 3.388 em pessoas com deficiência institucionalizas e 2.834 na população ribeirinha.
Entre as categorias profissionais incluídas entre os grupos prioritários, por estarem mais expostos ao coronavírus, foram administradas 757.408 doses em trabalhadores da saúde – 449.490 profissionais vacinados, sendo que 67,7% deles com a duas doses. Também foram aplicadas 231.412 em trabalhadores da educação básica; 88.625 em caminhoneiros, sendo que 78.705 receberam a dose única; e 34.462 nas forças de segurança e salvamento.
Foram administradas, ainda, 33.516 doses em profissionais da educação superior; 15.974 nos trabalhadores do transporte coletivo (13.697 dose única); 15.176 trabalhadores da limpeza; 13.020 em portuários; 10.425 nas Forças Armadas; 6.154 em trabalhadores industriais; 4.629 em funcionários do sistema penitenciário; 4.241 em profissionais do transporte aéreo; e 2.767 em trabalhadores do transporte ferroviário e aquaviário.
MUNICÍPIOS – Em doses absolutas, os municípios que mais aplicaram vacinas foram Curitiba (1.322.290); Londrina (386.429), Maringá (367.419), Cascavel (225.607), Ponta Grossa (197.316), Foz do Iguaçu (175.095), São José dos Pinhais (170.765), Colombo (130.224), Paranaguá (114.371); e Guarapuava (100.493).
Em relação à população geral, o Ranking da Vacinação aponta três municípios acima de 70% (Pontal do Paraná, Barra do Jacaré e Maringá) e 32 acima de 60% (com Guaraqueçaba, Santa Cecília do Pavão, Nova Santa Bárbara, Matinhos e Nova Aliança do Ivaí na liderança).
MAIS DOSES – O Paraná deve receber entre terça e quarta mais 649.420 doses de vacinas contra a Covid-19. O envio da nova remessa foi confirmado pelo Ministério da Saúde neste domingo (25). O lote inclui cerca de 130 mil doses para a primeira aplicação, o que deve garantir o avanço da campanha de imunização por idade no Estado. As demais são destinadas a grupos prioritários imunizados no primeiro semestre. (Com AEN)
A Secretaria de Estado da Saúde divulgou nesta segunda dia (26) mais 20.001 casos e 194 mortes pela Covid-19 no Paraná. Os números são referentes a meses ou semanas anteriores e não representam a notificação das últimas 24 horas.
Os dados acumulados do monitoramento da doença mostram que o Estado soma 1.359.778 casos e 34.314 óbitos.
Os casos confirmados divulgados nesta segunda-feira são de março (2), abril (8), maio (7) junho (23), julho (39), agosto (15), setembro (54), outubro (89), novembro (467) e dezembro (875) de 2020 e de janeiro (1.341), fevereiro (2.302), março (5.190), abril (3.033), maio (3.703), junho (1.308) e julho (1.545) deste ano.
INTERNADOS – O informe relata que 1.226 pacientes com diagnóstico confirmado estão internados. São 957 em leitos SUS (569 em UTIs e 388 em enfermarias) e 269 em leitos da rede particular (147 em UTIs e 122 em enfermarias).
Há outros 1.671 pacientes internados, 834 em leitos de UTI e 837 em enfermarias, que aguardam resultados de exames. Eles estão nas redes pública e particular e são considerados casos suspeitos de infecção pelo Sars-CoV-2.
ÓBITOS – A Secretaria da Saúde informa a morte de mais 194 pacientes. São 80 mulheres e 114 homens, com idades que variam de 20 a 101 anos. Os óbitos ocorreram de 10 de março de 2020 a 26 de julho de 2021.
Os pacientes que foram a óbito residiam em Curitiba (121), Colombo (8), São José dos Pinhais (6), Maringá (4), Londrina (4), Campo Mourão (4), Toledo (3), Cascavel (3), Ubiratã (2), Santa Helena (2), Pontal do Paraná (2), Jacarezinho (2) e Campina Grande do Sul (2).
É registrada, ainda, a morte de uma pessoa em cada um dos seguintes municípios: Terra Boa, Tamboara, Pranchita, Pinhão, Pinhalão, Peabiru, Pato Branco, Paranaguá, Palmas, Paiçandu, Nova Aurora, Nova América da Colina, Mallet, Jandaia do Sul, Jaguariaíva, Ivaiporã, Ibiporã, Guaíra, Foz do Iguaçu, Fazenda Rio Grande, Céu Azul, Corbélia, Castro, Capitão Leônidas Marques, Cambé, Cambará, Bela Vista da Caroba, Barbosa Ferraz, Arapongas, Apucarana e Almirante Tamandaré.
FORA DO PARANÁ – O monitoramento registra 6.531 casos de não residentes no Estado – 188 pessoas foram a óbito. (Fonte AEN).
O Governo do Estado está se mobilizando para atender a população durante a massa de ar polar que começa a chegar ao Paraná nesta terça dia (27). Diferentes secretarias criaram um plano de contingência, coordenado pela Defesa Civil do Paraná, para atuar na prevenção, reforçando os cuidados com a população mais vulnerável.
De acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), a onda seguirá o padrão do inverno paranaense, caracterizado por um clima frio e seco e temperaturas mínimas variando entre -1 °C e -5 °C. Ou seja, longe de previsões catastróficas.
O frio mais rigoroso, aponta o serviço social autônomo vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e Turismo (Sedest), será entre os dias 28 e 30 de julho, especialmente nas regiões Sudoeste, Sul, Central e Campos Gerais. Nesse período há indicativo para ocorrência de geadas fortes e generalizadas em todo o Paraná.
“O Governo do Estado está monitorando constantemente o avanço dessa onda de frio para amenizar os seus efeitos”, afirmou o secretário-chefe da Casa Civil, Guto Silva. “A Defesa Civil está mobilizada e em contato frequente com o Simepar para antecipar cenários e medidas de combate à possibilidade de um frio rigoroso”.
Segundo o meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib, haverá uma queda acentuada das temperaturas, com uma variação grande após a massa de ar quente que passou pelo Estado. “Teremos três dias de frio com forte intensidade e dias gelados, com previsão de mínimas negativas nas regiões de General Carneiro e Palmas”, afirmou.
A Defesa Civil do Paraná, contudo, reforça que não há necessidade de pânico. O monitoramento diário feito pelo órgão indica que as temperaturas acompanharão invernos anteriores. Na Região Metropolitana de Curitiba, Norte e Oeste, por exemplo, há previsão de valores oscilando entre 0°C e -3°C. No Litoral deve chegar a 5ºC.
“Estamos acompanhando as informações meteorológicas constantemente e os modelos indicam que será frio, mas não tão intenso como algumas previsões que circulam por aí. Não teremos -10ºC, -12ºC. Será tudo dentro do padrão de um inverno mais rigoroso no Paraná”, destacou o chefe da Comunicação Social da Defesa Civil, capitão Marcos Vidal.
PREVENÇÃO – Ainda assim, ressaltou ele, o órgão já tomou uma série de providências preventivas para amenizar o impacto da massa polar, especialmente em relação à fatia mais vulnerável da população. “Vamos usar muito o método da informação e da orientação, fazendo com que a população se antecipe ao frio. Em parceria com as prefeituras, vamos disponibilizar espaços para abrigar aqueles moradores de rua nesses dias”, disse.
De acordo com o capitão, o Corpo de Bombeiros do Paraná também está atento para evitar possíveis “mortes brancas” por uso de substâncias proibidas para aquecer ambientes. Ele alerta para causa comum de acidentes, levando muitas pessoas à morte com monóxido de carbono, como a queima de carvão vegetal, utilizado para aquecer ambientes confinados.
A queima de álcool, ou outro combustível, lembrou, ocasiona a queima do oxigênio, levando o usuário à asfixia. “Todos vamos precisar nos aquecer, mas é preciso respeitar os cuidados necessários”, afirmou Vidal. (Com AEN).
A produção mineral comercializada no Paraná (bruta e beneficiada) aumentou 10% de 2019 para 2020, passando de 51,15 milhões para 56,24 milhões de toneladas, segundo o Informe Mineral 06/2021, elaborado pela Divisão de Geologia do Instituto Água e Terra, da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo. O informe traz a produção e comercialização de minério bruto e beneficiado no Paraná em 2020.
O documento confirma que, apesar da pandemia, a produção mineral do Estado continuou aumentando de 2019 para 2020, reforçando a tendência de crescimento de setores econômicos que consomem bens minerais, como a construção civil e a agricultura.
Em 2019, a produção mineral foi maior que a soma da produção de milho, soja, mandioca e trigo do Estado (38,43 milhões de toneladas) e que a produção de cana-de-açúcar (41,66 milhões de toneladas).
O perfil da produção paranaense é predominantemente de minerais não metálicos, em especial dos agregados areia e brita e de rochas carbonáticas para a produção de cimento, cal e corretivo agrícola, além de argila e saibro. Portanto, esse crescimento é o reflexo da demanda dos setores da construção civil e da agricultura.
Paraná fecha 2020 com crescimento na arrecadação da exploração mineral
O valor de venda da comercialização de minério bruto e beneficiado teve um crescimento de 11,9%, passando de R$ 1,10 bilhão para R$ 1,24 bilhão. O preço médio de comercialização do minério bruto registrou uma redução de 2,1% de 2019 para 2020, passando de R$ 16,4 por tonelada para R$ 16 por tonelada. Já o preço médio do minério beneficiado teve um aumento de 4,8%, passando de R$ 24,3 para R$ 25,5 por tonelada.
PRODUTOS – Os destaques na participação da produção mineral paranaense (bruta e beneficiada) comercializada em 2020 foram: as rochas britadas e cascalho (43%), rochas carbonáticas (calcário - 29% e dolomito – 6,5%), areia (15,3%), saibro (2,5%) e argilas (2,3%) que responderam por 98,6% da quantidade total comercializadas.
Em termos de valor da venda (minério bruto e beneficiado), os principais produtos responderam por 91,3% do valor de comercialização total, com as seguintes participações: rochas britadas e cascalho (47,9%), rochas carbonáticas (calcário – 25,5% e dolomito – 1,9%), areia (12,7%), saibro (1,4%) e argilas (1,9%). Destacam-se ainda na participação do valor da venda, o carvão mineral (2,8%), a fluorita (2,0%) e o talco e outras cargas minerais (1,7%).
Pavimentações e parques vão fomentar turismo de água doce no Noroeste
Com banco, Invest Paraná vai incentivar projetos sustentáveis nos municípios
LICENCIAMENTO – Toda mineração regularizada é realizada em áreas autorizadas pela Agência Nacional de Mineração (ANM), após a obtenção da Licença Ambiental junto ao Instituto Água e Terra. Os títulos minerários concedidos no Estado com possibilidade de lavra (concessão de lavra, licenciamento, registro de extração), condicionado a obtenção do licenciamento, correspondem a 0,88% do território paranaense (2.087 títulos). Outros 2.473 títulos, correspondentes a 0,98% do território, estariam prestes a obter autorização junto a Agência Nacional de Mineração.
Nem todos os títulos minerários concedidos são explorados. Em 2020, houve mineração com recolhimento de Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), em 1.064 títulos minerários, realizada por 501 empresas, presentes em 181 municípios do Paraná. Esta exploração resultou num Valor de Comercialização de R$ 1,26 bilhão e recolhimento de R$ 18,32 milhões de CFEM. Da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais arrecadada, os municípios mineradores são os maiores beneficiários e ficam com 60%. Municípios afetados pela mineração e a administração estadual ficam com 15% cada.
Dos títulos minerários explorados em 2020, a maioria foi para a mineração de areia (40,4%) e de rochas para a produção de brita e revestimento (22,3%), ambas destinadas, principalmente, para uso direto na construção civil e às indústrias de artefatos de concreto e cimento.
Na sequência houve a exploração de argila (12,4%) utilizada, principalmente, para a fabricação de cerâmica vermelha (tijolos e telhas), e a exploração de rochas carbonáticas (10,3%), em especial para a produção de cimento, cal e corretivo agrícola. Os títulos minerários explorados para estas substâncias responderam por 85,4% do total explorado em 2020.
Certificação do Governo do Estado motiva corrida por negócios sustentáveis
Parque São João recebe plano de manejo para garantir turismo sustentável
USOS – As rochas britadas e as areias são utilizadas diretamente na construção civil e para produção de argamassas, concretos, artefatos de concreto, cimento e fibrocimento.
O saibro é utilizado diretamente na construção civil, em especial para revestimento de estradas. As rochas carbonáticas são empregadas, principalmente, para a produção de cimento, cal e corretivo agrícola. Também são usadas em diversos segmentos industriais, para diferentes finalidades, cada qual com suas especificidades: carga mineral na fabricação de borracha, papel, plástico e tintas, além de segmentos tradicionais como produção de agregados (pedriscos, britas, rachões, granilhas) e de rochas ornamentais.
As rochas carbonatadas e seus produtos são também usados como fluxantes e fundentes (misturas de minerais não metálicos usado em siderurgia), matéria-prima para as indústrias de vidro e refratários.
As argilas são utilizadas principalmente nas indústrias de cerâmica vermelha e branca para a produção de tijolos, telhas, pisos, revestimentos, louças sanitárias e de mesa, além de diversos usos industriais. As argilas refratárias são aplicadas para produção de peças de revestimento de fornos.
TALCO E CARVÃO – O talco é uma matéria prima mineral de largo uso na indústria moderna sendo usado na elaboração de cosméticos, carga inerte na fabricação de tintas, borracha, inseticidas, fertilizantes e papel. A maior parte da produção se destina ao uso cerâmico.
O carvão mineral produzido no Estado é utilizado para a produção de eletricidade (termelétrica de Figueira) e a fluorita, principal fonte de flúor, é utilizada na indústria química e na siderurgia e metalurgia. (Com AEN)






















-PortalCantu-20-11-2025_large.png)







