Estado se mobiliza para amenizar efeitos da massa de ar polar prevista para a Região Sul
O Governo do Estado está se mobilizando para atender a população durante a massa de ar polar que começa a chegar ao Paraná nesta terça dia (27). Diferentes secretarias criaram um plano de contingência, coordenado pela Defesa Civil do Paraná, para atuar na prevenção, reforçando os cuidados com a população mais vulnerável.
De acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), a onda seguirá o padrão do inverno paranaense, caracterizado por um clima frio e seco e temperaturas mínimas variando entre -1 °C e -5 °C. Ou seja, longe de previsões catastróficas.
O frio mais rigoroso, aponta o serviço social autônomo vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e Turismo (Sedest), será entre os dias 28 e 30 de julho, especialmente nas regiões Sudoeste, Sul, Central e Campos Gerais. Nesse período há indicativo para ocorrência de geadas fortes e generalizadas em todo o Paraná.
“O Governo do Estado está monitorando constantemente o avanço dessa onda de frio para amenizar os seus efeitos”, afirmou o secretário-chefe da Casa Civil, Guto Silva. “A Defesa Civil está mobilizada e em contato frequente com o Simepar para antecipar cenários e medidas de combate à possibilidade de um frio rigoroso”.
Segundo o meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib, haverá uma queda acentuada das temperaturas, com uma variação grande após a massa de ar quente que passou pelo Estado. “Teremos três dias de frio com forte intensidade e dias gelados, com previsão de mínimas negativas nas regiões de General Carneiro e Palmas”, afirmou.
A Defesa Civil do Paraná, contudo, reforça que não há necessidade de pânico. O monitoramento diário feito pelo órgão indica que as temperaturas acompanharão invernos anteriores. Na Região Metropolitana de Curitiba, Norte e Oeste, por exemplo, há previsão de valores oscilando entre 0°C e -3°C. No Litoral deve chegar a 5ºC.
“Estamos acompanhando as informações meteorológicas constantemente e os modelos indicam que será frio, mas não tão intenso como algumas previsões que circulam por aí. Não teremos -10ºC, -12ºC. Será tudo dentro do padrão de um inverno mais rigoroso no Paraná”, destacou o chefe da Comunicação Social da Defesa Civil, capitão Marcos Vidal.
PREVENÇÃO – Ainda assim, ressaltou ele, o órgão já tomou uma série de providências preventivas para amenizar o impacto da massa polar, especialmente em relação à fatia mais vulnerável da população. “Vamos usar muito o método da informação e da orientação, fazendo com que a população se antecipe ao frio. Em parceria com as prefeituras, vamos disponibilizar espaços para abrigar aqueles moradores de rua nesses dias”, disse.
De acordo com o capitão, o Corpo de Bombeiros do Paraná também está atento para evitar possíveis “mortes brancas” por uso de substâncias proibidas para aquecer ambientes. Ele alerta para causa comum de acidentes, levando muitas pessoas à morte com monóxido de carbono, como a queima de carvão vegetal, utilizado para aquecer ambientes confinados.
A queima de álcool, ou outro combustível, lembrou, ocasiona a queima do oxigênio, levando o usuário à asfixia. “Todos vamos precisar nos aquecer, mas é preciso respeitar os cuidados necessários”, afirmou Vidal. (Com AEN).