Corpus Christi é uma solenidade religiosa cristã que celebra a instituição da eucaristia, um sacramento católico em que os fiéis recebem uma pequena partícula e a consomem, acreditando ser o próprio corpo de Jesus.

O Dia de Corpus Christi, comemorado este ano no dia 16 de junho de 2022, é uma data comemorativa móvel, mas sempre celebrada numa quinta-feira.

De acordo com a lei, este dia não é considerado feriado nacional, mas um ponto facultativo, o que significa que cabe a cada estado ou município dar os funcionários o dia de descanso. No caso dos feriados, o descanso é obrigatório.

Sua ocorrência anualmente é 60 dias depois do domingo de Páscoa, que é também na primeira quinta após o Domingo da Santíssima Trindade.


Significado de Corpus Christi

Corpus Christi significa “corpo de Cristo” e essa data lembra o ato, registrado na Bíblia, realizado por Jesus na Quinta-Feira Santa, véspera da sua morte, quando ceou com os seus discípulos, e ao partir o pão e partilhar o vinho, disse: “Tomai e comei, isto é o meu corpo. Tomai e bebei, isto é o meu sangue.”.

Essa ocasião histórica é considerada aquela em que o sacramento da eucaristia foi instituído. Por isso, nas missas, os padres reproduzem a partilha do pão e do vinho no altar, dizendo as mesmas palavras ditas por Jesus.

Nesse momento, as hóstias - partículas de farinha -, bem como o vinho utilizados na missa, se tornam respectivamente o corpo e o sangue de Jesus, a eucaristia, o que na Teologia é chamado de transubstanciação.


História e origem da celebração

A origem do Corpus Christi é belga e remonta ao século XIII. A data foi instituída pelo Papa Urbano IV através da Bula “Transiturus de Hoc Mundo”, de 11 de agosto de 1264, tendo sido promulgada em 1317 pelo Papa João XXII.

Tudo aconteceu quando, aos 16 anos, Santa Juliana de Cornillon teria recebido a primeira revelação do desejo de Jesus em instituir uma festa litúrgica pelo seu corpo.

Anos depois, quando era superiora de um convento, Juliana de Cornillon partilhou com outros religiosos a sua visão. Gradualmente, a comemoração se tornou uma festa nacional na Bélgica, até que passou a ser comemorada pela igreja católica em todo o mundo e oficialmente instituída pelo papa após o Milagre de Bolsena, em 1264.

Em 1264, um padre que vivia angustiado por não acreditar fielmente na transubstanciação, presenciou uma hóstia derramar sangue enquanto celebrava a missa. Impressionado, o padre comunicou o papa sobre o ocorrido, que mandou um bispo recolher a relíquia.

Isso impulsionou a comemoração do Corpus Christi por toda a igreja e não só na Bélgica, como até então era feito. No entanto, o Papa Urbano IV morreu em outubro de 1264, o que atrasou a adoção oficial da data. Somente em 1311, no concílio geral de Viena, o assunto foi retomado pelo Papa Clemente V e, em 1317, foi finalmente promulgada a celebração do Corpus Christi em todo o mundo.


Como a data é comemorada no Brasil?

No Brasil, o Corpus Christi é comemorado com missas e procissões, as quais são abrilhantadas com os extensos tapetes feitos pelos fiéis que se esmeram para ver Jesus passar.

Na procissão, o padre pisa no tapete transportando o ostensório, onde uma hóstia consagrada é colocada - chama-se o Santíssimo Sacramento - que sai em exposição para ser objeto de adoração.

Utilizando flores, serragem, areia e farinha tingidas, borra de café e materiais reciclados, as pessoas se preparam meses antes para a confeção desses tapetes. As suas imagens representam principalmente cálices, pão e vinho, pombos e a cruz.

As nossas tradições de celebração do Corpus Christi têm origem portuguesa, surgindo após a colonização.

 

 

 

Ratanabá: cidade perdida na Amazônia é real ou não? Entenda

Na última semana, a história de uma suposta cidade perdida na Amazônia ganhou as redes sociais. A teoria, classificada como infundada por especialistas, trata de uma civilização que teria habitado a região da floresta há mais de 450 milhões de anos.

— Há 450 milhões de anos não existia nem América do Sul, Cordilheira dos Andes, e as evidências mais antigas da nossa espécie (Homo sapiens) não chegam nem a 1 milhão — diz Eduardo Neves, professor do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo, que estuda a região amazônica há 35 anos.

No período referido pela teoria, os atuais continentes ainda não existiam e estavam unidos na chamada Pangeia. Como explica Neves, a humanidade também estava ainda longe de dar os primeiros passos. Os mais antigos fósseis de Homo sapiens já encontrados datam de 300 mil anos atrás, apenas uma fração dos supostos 450 milhões de Ratanabá.

A cidade perdida de Ratanabá também teria sido erguida, segundo as informações que circulam nas redes, pela civilização Muril, da qual não se tem registros em revistas científicas.

As imagens usadas para ilustrar a cidade perdida teriam pouca base na realidade, segundo o arqueólogo. Elas mostram grandes construções douradas e reluzentes feitas de rocha e ouro, materiais dificilmente encontrados na região na proporção necessária para erguer uma cidade desse tamanho.

A origem da teoria de Ratanabá está em uma série de publicações nas redes da entidade Dakila Pesquias, que afirma ter feito a descoberta da cidade perdida. O grupo, fundado por Urandir Fernandes de Oliveira, já teve o nome associado a outras teorias que acabaram por virar meme, como o caso do ET Bilu, conhecido pela frase 'busquem conhecimento'. Apesar disso, a história ganhou as redes e foi replicada por diferentes influencers e canais no Twitter, Tik Tok e Youtube.

Ratanabá aparece em muitos comentários como uma suposta justificativa para o interesse de países estrangeiros na Amazônia, que desejariam as riquezas míticas da civilização Muril.

— Essa ideia que é uma cidade de ouro que vai pagar a dívida externa do Brasil é uma fantasia — diz Eduardo Neves, apontando para a raridade de se encontrar artefatos de metal na Amazônia.

Viralizou nas redes

Publicações sobre Ratanabá começaram a ganhar força nas redes sociais no último final de semana e rapidamente se tornaram alvo de memes. Entre os que fizeram postagens sobre o assunto está o ex-secretário de Cultura Mário Frias, que chegou a ter uma reunião como Urandir Oliveira em 2020.

Em outras postagens, o assunto foi motivo de piada.

Arqueologia (de verdade) na Amazônia

Apesar da teoria de Ratanabá ser infundada, pesquisas arqueológicas recentes mostram que a Amazônia pré-colombiana tinha assentamentos indígenas dotados de certo grau de complexidade, a ponto de serem classificados como urbanos por alguns arqueólogos. No entanto, segundo Eduardo Neves, não são exatamente cidades como entende o senso comum:

— Existem evidencias de urbanismo no Alto Xingu, na Bolívia, Amazônia equatoriana. Mas, quando as pessoas pensam em cidade antiga, elas pensam no modelo de uma pólis grega, de uma cidade murada. Aqui, eram cidades dispersas, com baixa densidade demográfica, da qual as pessoas saiam e voltavam. — explica arqueólogo.

Os achados indicam a existência de antigas estradas feitas pelas comunidades locais há pelo menos 2000 anos. Uma recente pesquisa publicada na revista Nature mostrou, através de um levantamento feito por um sistema de laser aéreo chamado de "Lidar", a existência de pirâmides de até 22 metros na região de de Llanos de Mojos, na Bolívia.

— São construções de terra. Antigamente, os arqueólogos iam ao campo e achavam que era tudo natural — explica Neves, apontando que outras construções de terra já foram identificadas em território brasileiro, como no Acre, graças aos avanços tecnológicos

Neves, que prepara uma pesquisa na Amazônia usando o "Lidar", se diz preocupado com o impacto que boatos de cidades míticas de ouro podem ter para a região:

— Imagina se começa a aparecer um monte de maluco lá atrás de ouro? Pode ser uma ameaça aos indígenas da região. Nossa pesquisa vai ser feita em conversas com as comunidades locais. É irresponsável fazer isso de outra forma, arqueologia não funciona mais assim.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por - O Globo

 

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Hubble: como um buraco negro isolado pode ''viajar'' pela Via Láctea

Errante. Solitário. Isolado. Estas são as definições de um buraco negro estelar detectado à deriva pela Via Láctea.
 
Exatamente, à deriva, a 5.000 anos-luz da Terra e a uma velocidade de 160 mil quilômetros por hora no braço espiral de Carina-Sagitário. E, assim como ele, cerca de 100 milhões de objetos nômades deste tipo – desacompanhados de qualquer estrela – podem estar ‘’viajando’’ pela nossa galáxia.
 
De acordo com a Nasa, agência espacial norte-americana, a descoberta do primeiro buraco negro isolado é fruto da análise de duas equipes de pesquisadores que, durante seis anos, estudaram os dados captados pelo Telescópio Espacial Hubble.
 
Um dos grupos, liderado por Kailash Sahu do Space Telescope Science Institute em Baltimore conta com a participação do Brasil.
 
O outro grupo é liderado por Casey Lam da Universidade da Califórnia. Ambos utilizaram a técnica de microlente gravitacional.
 
A técnica consiste em observar a amplificação de brilho de uma estrela de fundo (chamada de fonte), devido à passagem de um objeto (denominado lente) entre o observador e a fonte. A lente deforma o espaço-tempo ao seu redor e a luz da fonte sofre então uma deflexão, gerando assim um aumento do seu brilho para o observador.  
 
‘’Neste caso, o buraco negro ao passar entre o observador e uma estrela de fundo atuou como uma lente e, além de aumentar o brilho da fonte por mais de 200 dias (período em que o evento foi monitorado), também alterou sua posição astrométrica’’, explica o astrofísico Leonardo Almeida, coautor do estudo.
 
"Eu lembro bem dessa microlente. Ela ficou tão brilhante que era possível observá-la usando os telescópios menores do Observatório Pico dos Dias, localizado em Brazópolis, em Minas Gerais. No mesmo ano, já suspeitávamos que a curva daquela microlente poderia ter sido gerada por um buraco negro, no entanto, era necessário medir a deflexão da luz da estrela de fundo usando Astrometria" diz Almeida, que é professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
 
Embora a equipe de Berkeley entenda que ainda pode se tratar de uma estrela de nêutrons, segundo comunicado da Nasa, a impressão digital única na alteração da luz da estrela pode eliminar outros potenciais candidatos a lentes gravitacionais.
 
O estudo liderado por Sahu mostrou que a deflexão causada pela lente ao passar à frente da estrela aponta para um objeto com sete vezes a massa do Sol.
 
"A massa derivada juntamente com a não detecção de brilho proveniente da lente, implica em um provável objeto-lente, um buraco negro de origem estelar. A massa do buraco negro corrobora bem com os modelos de evolução estrelar de objetos isolados. No entanto, esse buraco negro pode também ter feito parte de um sistema binário antes de se tornar um nômade solitário na nossa galáxia. Assim, não é possível dizer com certeza qual é a história desse objeto. O que é certo, porém, é que esse evento não só prova mais uma vez que a teoria do Albert Einstein estava correta, como também abre uma janela importante para começarmos a entender melhor sobre esses objetos e sobre os constituintes da nossa Via Láctea", diz Leonardo Almeida.

Buraco negro estelar

De acordo com a Nasa, os buracos negros de massa estelar são conhecidos desde o início dos anos 1970, mas todas as suas medições de massa – até agora – foram em sistemas estelares binários. O gás da estrela companheira cai no buraco negro e é aquecido a temperaturas tão altas que emite raios-X.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por - Agência Brasil
Elefante mata idosa de 70 anos, reaparece no funeral e a pisoteia novamente na Índia

Uma idosa de 70 anos de idade foi morta por um elefante enquanto coletava água em uma vila localizada no lesta da Índia.

A informação foi confirmada pelo tabloide britânico Daily Mail e por outros veículos de imprensa locais. Segundo o jornal Press Trust Of India, Maya Murmu estava pegando água na última quinta-feira, 9, quando foi surpreendida pelo animal, que a pisoteou e foi embora.

Ela foi atendida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital horas depois. Durante a noite, quando o corpo da mulher estava na pira funerária, o animal voltou ao local, pisou novamente no corpo de Murmu. Segundo jornais locais, a cerimônia funerária continuou normalmente após o animal deixar o local.

As autoridades acreditam que o elefante viajou do Dalma Wildlife Sanctuary até o local do acidente, que fica a mais de 200 km do ponto de origem. Estimativas do governo indiano mostram que aproximadamente 100 pessoas são mortas por elefantes a cada ano, mas fundações afirmam que o número pode ser até três vezes maior.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por - Jovem Pan

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