Ex-integrantes das Forças Armadas de Israel inventaram uma capa anti-espionagem para celular que vai além da proteção contra pancadas: ela também é eficaz contra ataques cibernéticos.
A empresa Cirottta anunciou ter criado um case capaz de proteger os aparelhos de invasões que comprometeriam a privacidade dos dados do usuário, transformando capinhas de smartphones em dispositivos de segurança eletrônica. Cada item da linha Athena custa entre US$ 220 e US$ 250, o que dá entre R$ 1.160 a R$ 1.310 em conversão direta.
Por enquanto, apenas iPhone 12 Pro e iPhone 13 Pro são compatíveis com as capinhas que protegem contra ataques hackers. As versões para smartphones Android devem começar a ser vendidas no começo de 2023, inicialmente apenas para o Galaxy S22 .
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Capa de celular desenvolvida pela Cirotta para iPhone — Foto: Divulgação/Cirotta
Como funciona
Os criadores da capa anti-vigilância, Shlomi Erez e Eran Erez, inventaram o dispositivo para atender à demanda de profissionais que trabalham com segurança, como militares, guarda-costas, funcionários do governo, pessoas VIPs e executivos que precisam de proteção séria contra esse tipo de invasão.
A primeira parte da proteção está na própria estrutura da capinha de celular. Ao acoplar a carcaça no aparelho, basta deslizar a trava da capa para bloquear todas as câmeras do dispositivo móvel, impedindo que hackers usem as lentes do telefone para espionar o ambiente. Além disso, a Athena pode impedir gravações indesejadas de áudio ou vídeo, sem usar nenhuma das portas do telefone, apenas vedando as entradas.
O rastreamento de conversas e chamadas não autorizadas também poderá ser impedido pela capa, que usa algoritmos de segurança especializados para contornar o sistema de filtragem de ruído ativo do telefone. A Cirotta também garante impedir hacks do sistema operacional e varredura de dados quando o aparelho estiver ligado, uma vez que, as capinhas também podem anular conexões Wi-Fi e Bluetooth detectáveis e neutralizar as comunicações via NFC.
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Capinhas anti-hacker Athena têm sua própria CPU, bateria e sistema de memória — Foto: Divulgação/Cirotta
Os dispositivos têm sua própria CPU, bateria e sistema de memória. No esqueleto do molde há uma porta USB-C separada para carregamento, que não fica no mesmo local da entrada Lightning, usada no iPhone. Dessa forma, é possível carregar os dois dispositivos sem precisar separá-los A capa para celular também promete funcionar por cerca de 18 horas, antes de precisar de uma nova carga.
Por fim, para que o case de celular atenda as demandas futuras, a empresa oferece configurações personalizadas. Clientes poderão, por exemplo, bloquear a ameaça do uso externo do microfone e substituir o sistema de posicionamento global (navegação via GPS) para impedir que o espião descubra a localização do usuário.
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Capinhas anti-hacker Athena universal criadas pela Cirotta — Foto: Divulgação/Cirotta
Tipos de capinhas
As capas anti-espionagem serão vendidas em dois modelos, divididos nas categorias Gold e Silver (ouro e prata). A versão Silver utiliza mecanismos físicos de bloqueio de microfone e câmera dos aparelhos e já pode ser adquirida por consumidores interessados. Por sua vez, a Athena Gold ainda está em desenvolvimento e deverá proteger o Wi-Fi, o GPS e o Bluetooth do celular. A Cirotta também está trabalhando em outro modelo, universal, que deverá ser vendido a partir de agosto.
No caso da versão feita para atender a todos os tipos de celular, será disponibilizada também a categoria bronze, que bloquearia apenas a câmera do telefone. Os modelos são mais robustos que os feitos para iPhone e também incluem uma chave – que tranca a capa no aparelho – e uma bateria que promete até 30 horas de uso sem necessidade de carregamento.
As capas são independentes, ou seja, não precisam do smartphone para funcionar, assim como não funcionam em conjunto com aplicativos, uma proteção extra para garantir que não sejam hackeadas, caso acha algum malware instalado no smartphone.
Por - TechTudo
A Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) apresenta nesta terça-feira (12) novas imagens obtidas pelo Telescópio Espacial James Webb. De acordo com o órgão, tais imagens revelarão “visões sem precedentes”, ricas em detalhes do Universo.
Ontem (11), a primeira imagem, do aglomerado de galáxias conhecido como SMACS 0723, localizado há 4,6 bilhões de anos luz, foi divulgada em evento na Casa Branca que contou com a participação do presidente norte-americano Joe Biden.
A divulgação das imagens hoje será transmitida ao vivo, a partir das 11h30 (horário de Brasília), pela Nasa, bem como pelas redes sociais da agência. As imagens também serão disponibilizadas no site da agência.
Localizado a 1,5 milhão de quilômetros da Terra, no chamado ponto L2,, o James Webb Space Telescope (JWST) é fruto de uma parceria entre as agências espaciais norte-americana (Nasa) e europeia (ESA). Ele tem como principal característica a captação de radiação infravermelha.
Se tudo der certo, o equipamento permitirá aos pesquisadores observar a formação das primeiras galáxias e estrelas. Além de estudar a evolução das galáxias, eles poderão ainda observar a produção de elementos pelas estrelas e os processos de formação de estrelas e planetas.
Mistérios
A expectativa é que, além de resolver mistérios do nosso sistema solar, o telescópio olhe para mundos distantes em torno de outras estrelas e investigue misteriosas estruturas e origens do Universo, contribuindo para que o ser humano entenda melhor também o seu próprio planeta.
De acordo com a Nasa, a primeira leva de imagens, selecionadas por um comitê internacional, abrange duas nebulosas (Carina e a do Anel Sul), um planeta (Wasp-96 b) e dois aglomerados de galáxias (o Quinteto de Stephan e os aglomerados Smacs 0723).
Conheça os primeiros corpos celestes observados pelo James Webb, descritos pela própria Nasa:
- Nebulosa Carina: uma das maiores e mais brilhantes nebulosas do céu, localizada a aproximadamente 7,6 mil anos-luz de distância na constelação sul de Carina. As nebulosas são berçários estelares onde as estrelas se formam. A Nebulosa Carina é o lar de muitas estrelas massivas, várias vezes maiores que o Sol.
- WASP-96 b: planeta gigante fora do nosso sistema solar, composto principalmente de gás. Localizado a cerca de 1.150 anos-luz da Terra, orbita sua estrela a cada 3,4 dias. Tem cerca de metade da massa de Júpiter e sua descoberta foi anunciada em 2014.
- Nebulosa do Anel Sul: também conhecida como nebulosa “Eight-Burst”, é uma nebulosa planetária – uma nuvem de gás em expansão, envolvendo uma estrela moribunda. Tem quase meio ano-luz de diâmetro e está localizada a aproximadamente 2 mil anos-luz de distância da Terra.
- Quinteto de Stephan: localizado a cerca de 290 milhões de anos-luz de distância da Terra, na constelação de Pégaso. Foi o primeiro grupo compacto de galáxias descoberto, em 1877. Quatro das cinco galáxias dentro do quinteto estão presas em uma dança cósmica de repetidos encontros imediatos.
- SMACS 0723: aglomerados maciços de galáxias, em primeiro plano, que ampliam e distorcem a luz dos objetos atrás deles, permitindo uma visão de campo profundo em populações de galáxias extremamente distantes e intrinsecamente fracas.
James Webb
A Nasa explica que, para realizar os estudos pretendidos, com “sensibilidade sem precedentes”, o observatório deverá ser mantido frio, livre das grandes fontes de interferência de infravermelho causadas por corpos celestes como o Sol, a Terra e a Lua.
Para bloquear as fontes de irradiação de infravermelho, o James Webb terá, consigo, um “grande escudo solar dobrável metalizado”, a ser aberto no espaço. Seu espelho tem cerca de 6,5 metros de diâmetro.
Para fazer a observação das áreas mais distantes, o telescópio terá ainda, em seus módulos, equipamentos sensíveis à radiação infravermelha: câmera, espectrógrafo e outros instrumentos para analisar o infravermelho emitido pelas fontes miradas por ele. Terá também um módulo responsável pelo transporte de dados coletados, além do telescópio ótico.
Homenagem
O nome escolhido para o novo telescópio espacial é uma homenagem a um antigo administrador da Nasa, James Edwin Webb. Ele liderou o programa Apollo, além de uma série de outras importantes missões espaciais.
Por - Agência Brasil
A demissão por justa causa é uma das medidas mais drásticas que uma empresa pode tomar para desligar um funcionário.
Para basear essas situações, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) define as condutas dos empregados que constituem justa causa para a rescisão do contrato de trabalho.
Ao ser comunicado da dispensa, o trabalhador perde o direito à indenização de 40% sobre o FGTS, ao aviso prévio e seguro desemprego. Contudo, poderá receber salários que ainda não foram pagos.
No entanto, se o trabalhador discordar da demissão, pode recorrer à Justiça Trabalhista para tentar revertê-la.
Conforme o Artigo 482 da CLT, a justa causa pode ser aplicada aos casos de funcionários cometem pelos menos dez tipos de condutas:
- Ato de indisciplina ou de insubordinação;
- Abandono do emprego;
- Violação de segredo da empresa;
- Desídia no desempenho das funções;
- Ofensas verbais e físicas contra o empregador e superiores hierárquicos;
- Ato de improbidade;
- Embriaguez habitual;
A justa causa pode ser utilizada pela empresa para dispensar um empregado que foi advertido várias vezes, mas não quis cumprir as regras internas.
Um desses casos ocorreu em São Caetano do Sul (SP), onde a Justiça do Trabalho confirmou a demissão por justa causa de uma trabalhadora que se recusou a tomar vacina contra a covid-19 por duas vezes. Ela trabalhava em um hospital infantil.
Sem justa causa
A demissão sem justa causa ocorre quando o empregador decide rescindir o contrato de trabalho sem uma justificativa ocasionada por alguma falha do funcionário. Em geral, ocorre para reduzir custos. Nesses casos, o empregado tem direito a receber multa de 40% sobre o FGTS, aviso prévio de 30 dias e outras verbas trabalhistas.
Por - Agência Brasil
A cachacinha antes do almoço e antes de dormir é uma tradição para o mineiro Gustavo Motta, de 43 anos.
“O problema é que eu acabei transformando isso em uma ‘bengala’ para conseguir dormir, já que tenho sérios problemas para dormir. Ansiedade, TDAH e depressão fazem parte da minha realidade. Diagnosticado, mas não medicado”, desabafa o jornalista que mora em Cabo Frio (RJ).
Gustavo disse que bebe todas as noites nos últimos 20 anos. “Desde 2001, quando tive um problema no joelho que acabou com minha carreira na dança, eu era dançarino e ator na época, foi quando meus problemas psicológicos se tornaram mais fortes”. Ele conta que toma aproximadamente meio litro de aguardente por dia.
“A curto prazo, o álcool altera a arquitetura do sono, fragmentando este sono, piora o ronco e a apneia, e ainda a própria sensação de ter bebido demais e a ressaca pioram o sono também”.
Gustavo disse que sente as consequências do hábito no dia a dia. “Sinto falta de força física, cansaço, fora os outros problemas como pancreatite, inflamação no fígado e até uma trombose. Não tenho dores de cabeça. Roncava muito, mas fiz algumas cirurgias no nariz para evitar o ronco”.
Consequências
O especialista explica as consequências a curto prazo que o hábito de tomar umas doses para dormir causam, como por exemplo, prejudicar o sono REM. [último estágio do ciclo do sono, dura cerca de 20 minutos cada e é nele que os sonhos acontecem.] e ocasionar muitos despertares. Com isso, é comum acordar cansado na manhã seguinte.
“O sono induzido por álcool não é natural, não serve como um sono reparador, não serve para descanso. Se a pessoa acorda com a sensação de que está mais cansado do que quando foi dormir é a prova de que o sono não foi adequado. O álcool nunca é adequado para induzir sono”.
Pires explica ainda sobre outra consequência a curto prazo: a apneia do sono. “A apneia do sono é aquela doença em que a pessoa tem pausas recorrentes na respiração durante a noite. O álcool relaxa a musculatura da garganta. Então a pessoa que ronca quando está sob o efeito do álcool vai roncar mais, porque a musculatura da garganta vai ficar mais flácida”. Para quem ronca, o álcool é muito muito pior, devido a apneia.
“A depender da quantidade de álcool que a pessoa toma, a ressaca vai piorar o sono, já que, com ressaca e dor de cabeça ninguém consegue dormir direito, ainda tem que levantar no meio da noite para urinar várias vezes. Então tem os efeitos do álcool agindo sobre o metabolismo do corpo, afetando o sono”.
Segundo o levantamento Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), em 2021, consumo de álcool com frequência foi de 18,3% para a população geral, indicando que, após o aumento visto em 2020, com prevalência de 20,9%, no primeiro ano da pandemia, o consumo abusivo retornou aos patamares percebidos desde 2010.
Estágios do sono
O sono acontece em uma sequência pré-determinada. A primeira fase é chamada não REM [do inglês: rapid eye movement, ou movimento rápido dos olhos em português] e tem três estágios. Em seguida vem o sono REM, quando acontecem os sonhos. “O sono não REM, que é esse que começa o sono, é mais profundo. Diferentemente do que as pessoas pensam, o sono ruim é um sono superficial, em que o cérebro está muito ativo. Mas no sono não REM, o cérebro está bem lento”.
O biomédico explica que durante o sono não REM existe um neurotransmissor no cérebro que predomina, chamado GABA [sigla do inglês Gamma-AminoButyric Acid - ácido gama-aminobutírico]. Este neurotransmissor reduz a atividade dos neurônios de várias regiões do cérebro, fazendo que funcionem mais lentamente. Por isso, é liberado pelo organismo no início do sono.
“Então quando o álcool entra no nosso corpo, ele acaba fazendo o mesmo efeito que o GABA faria. Por diminuir a função das regiões que promovem o despertar, o álcool também pode promover sono”.
Mas, não só no sono, mas em qualquer função do nosso corpo, detalha o médico. “Quando alguém toma qualquer bebida alcoólica, ela primeiro vai inibindo funções como a social, então a pessoa fica desinibida. Depois vai perdendo o controle sobre a coordenação motora, depois da função da memória e até que pode chegar ao caso de intoxicação alcoólica, quando perde o controle da respiração, tudo isso porque o álcool vai inibindo essas funções”.
Tolerância perigosa
Além de prejudicar a qualidade do sono e aumentar o ronco e a apneia, o hábito de beber para dormir pode piorar com o tempo. “O sono vai ficando cada vez menos reparador e quando começa a se estabelecer a dependência, a ansiedade de ter que beber antes de dormir, já piora o sono”, alerta o médico.
Gabriel Natan Pires informou que, com o tempo, a tolerância à bebida aumenta, o que pode ser perigoso. “No começo, por exemplo, de um padrão de uso de álcool, a pessoa tinha que tomar uma taça de vinho para dormir. Depois de um tempo, uma taça de vinho já não faz o efeito que a pessoa precisa. Ela precisa tomar uma garrafa de vinho para dormir. Depois de um tempo não funciona mais. E esse padrão, de ter que aumentar a dose para conseguir o mesmo efeito é perigoso, porque a medida em que há o aumento, há o perigo de coma ou mesmo uma parada respiratória e por aí vai”.
Gustavo conta que também começou com poucas doses. “Comecei com pouco e fui aumentando. Acho que a capacidade de aguentar beber mais do que os outros, sem ter problemas com ressaca, fizeram esse hábito se tornar tão perigoso”.
O jornalista relata que já tentou mudar o hábito de beber para dormir. “Fiz tratamento psiquiátrico, mas não consegui dar segmento. É muito complicado entender o que acontece com a cabeça da gente. Eu já tentei várias vezes, mas não consegui. Hoje, sem perspectiva na vida e sem pensar em futuro, está ainda pior. Mas acredito que posso parar um dia”.
Mudança de hábito
Na visão do biomédico Gabriel Natan Pires, a pessoa que não consegue dormir sem tomar álcool vive uma espécie de condicionamento. De acordo com o grau de dependência, pode ter uma síndrome de abstinência, caso decida interromper esta rotina. Nesse sentido, é necessário ajuda médica e psicológica para se livrar deste hábito.
“O uso de álcool é uma dependência química. Então, é sempre muito melhor que a gente aposte na prevenção”, finalizou.
Por - Agência Brasil
Da neve recém caída na Antártida à corrente sanguínea dos humanos, microplásticos estão em toda parte, e uma nova pesquisa detectou a presença destes resíduos em mais uma área importante da humanidade: os alimentos.
Na Holanda, um teste com animais e produtos de fazendas mostra que carne e leite estão permeados por estas microscópicas partículas.
A ração consumida pelos animais pode facilmente ser a via de contaminação, uma vez que é acondicionada em embalagens plásticas, e testes confirmaram a presença do poluente em todas as amostras analisadas, segundo o jornal britânico The Guardian.
Foram examinados ainda 12 bovinos e 12 suínos, sendo que amostras de sangue confirmaram microplásticos na corrente sanguínea da maioria dos animais, com testes positivos para polietileno e poliestireno, materiais frequentemente presentes na composição de embalagens.
Para chegar à corrente sanguínea, o microplástico precisa abrir caminho no organismo dos animais via água, comida ou até mesmo ar contaminado. A descoberta das partículas no sangue serve como alerta de que essas partículas podem viajar pelo corpo e se alojar em órgãos.
Os efeitos nocivos destes poluentes ainda não são claros e seguem como objeto de estudo.
Mesmo o leite recém ordenhado apresentou traços de plástico. As mini partículas foram ainda encontradas em tanques de armazenamento de leite e mesmo em leite retirado da prateleira dos supermercados da Holanda.
O microplástico permeia as refeições do século 21. Sete das oito amostras de carne bovina e cinco das oito amostras de carne suína estavam contaminadas, revelaram os pesquisadores.
“Ainda não se sabe se há algum risco toxicológico potencial dessas descobertas”, disse o relatório. Animais de fazenda e carne ainda não foram testados em outros países, mas microplásticos foram relatados em leite comprado na Suíça em 2021 e leite de fazenda na França.
Os pesquisadores da Vrije Universiteit Amsterdam, autores do estudo, relataram microplásticos no sangue humano pela primeira vez em março e usaram os mesmos métodos para testar os produtos de origem animal.
Maria Westerbos, da Plastic Soup Foundation, que encomendou a pesquisa, disse ao The Guardian: “Com os microplásticos presentes na ração do gado, não é surpreendente que a maioria dos produtos de carne e laticínios testados contenham microplásticos. Precisamos urgentemente livrar o mundo do plástico na alimentação animal para proteger a saúde do gado e dos seres humanos”.
Por - Um Só Planeta
Cuidar das unhas é muito mais do que ir a salões de beleza e esmalterias. Essa parte do corpo, também denominada com o termo técnico lâmina ungueal, pode indicar diversos problemas de saúde.
Dessa forma, é importante se atentar a mudanças de cor, surgimento de manchas e outros componentes que servem de alerta para muitas doenças. Quando isso ocorre, o recomendado é procurar um dermatologista para avaliar individualmente cada caso e realizar exames como hemogramas e outros que podem ser determinados pelo médico. Quando há suspeita de algo grave, o especialista pode solicitar uma biópsia.
Existem enfermidades que são sistêmicas, acometendo uma ou mais regiões do corpo, que surgem tanto nos pés, quanto nas mãos. Os problemas mais comuns são causados por alterações renais, dermatológicas, hepáticas, endócrinas, nutricionais e por condições autoimunes.
A boa notícia é que nem sempre determinadas variações nas unhas indicam algum problema sério — muitas vezes elas são provocadas pela rotina. "A unha do pé é menos cuidada e, às vezes, sofre mais com problemas. A do dedinho, por exemplo, pode ficar mais amarelada e grossa. É uma alteração muito comum por uso de salto, bico fino e que provocam traumas na região", diz Valéria Zanela Franzon, dermatologista e professora do curso de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Veja abaixo os sinais que indicam problemas e merecem atenção.
Unhas esbranquiçadas
A cor deve ser levada em consideração quando a pessoa percebe uma mudança fora do padrão. No caso da pigmentação branca, o tom mais claro pode indicar micoses, psoríase, pneumonia e até um quadro de insuficiência cardíaca.

Unhas esbranquiçadas (Foto: Getty Images via BBC News Brasil )
A carência de alguns nutrientes, desnutrição e uma dieta pobre em alimentos proteicos também provocam o quadro. "Ter a unha mais pálida pode indicar anemia também. Ela é provocada por falta de ferro e pode deixar a unha em formato de colher e mais côncava", destaca Juliana Piquet, dermatologista e membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da American Society of Laser for Medicine and Surgery.
Há, ainda, a chamada leuconíquia, na qual manchas brancas podem aparecer na região da unha por causa de uma alteração na estrutura — mas ela é inofensiva e não indica uma alteração no organismo.
Geralmente, para tratar essas enfermidades, os médicos pedem que o paciente investigue a causa do problema. Portanto, é recomendado realizar exames diversos e fazer um acompanhamento com um dermatologista e especialistas ligados à doença de origem como cardiologistas, nutricionistas e outros.
Unhas amareladas
A cor pode ser caracterizada por herança genética ou pelo envelhecimento da unha, deixando-a mais espessa e com tom amarelado.
Ela também pode resultar da pigmentação provocada por micoses e fungos específicos. Em casos mais graves, indica ainda condições como psoríase, HIV e doença renal.
Tabagistas também podem ter o tom da unha modificado, devido ao contato direto com o cigarro. O mais comum é isso ocorrer nas unhas dos dedos polegar e indicador.

Unhas amareladas (Foto: Getty images via BBC News Brasil)
Unhas com pontos brancos
Conhecidos como "pitting", esses pequenos pontinhos podem aparecer sozinhos e bem espaçados na unha.

Unhas com pontos brancos (Foto: Getty Images via BBC News Brasil)
les estão ligados à dermatite atópica, psoríase e outras doenças de pele e cabelo. "Quando o furo é certinho pode estar ligado à alopecia areata. Nesse caso, tem que tratar a doença de base, que é a condição no cabelo", explica Juliana Toma, dermatologista pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e com pós-graduação no Instituto Sírio Libanês. Em casos raros, também podem indicar infecções sexualmente transmissíveis, como sífilis.
Unhas azuladas
Embora seja mais rara, essa pigmentação pode aparecer por causa do uso de medicamentos específicos. Um dos mais comuns são os que tratam acnes e também os antimaláricos que, como o nome já sugere, são usados para tratar a malária.
Quando isso ocorre, o médico deve avaliar se é necessário suspender determinado remédio e seguir com uma nova linha terapêutica. "É observado se a unha é a única manifestação e efeito colateral aceitável", reforça Valéria Zanela Franzon, da PUCPR.
Unhas com micoses recorrentes
As micoses são provocadas por fungos e elas podem surgir novamente quando ocorre a interrupção do tratamento. Quando o acompanhamento não é realizado de maneira adequada, é muito comum ter episódios fúngicos frequentes.

Unhas com micoses recorrentes (Foto: Getty images via BBC News Brasil)
O problema aparece com maior prevalência na unha dos pés e deve ser tratado por até seis meses. Já nas mãos, o indicado é de três a quatro meses. O ideal é que a pessoa respeite o tempo certo de cada remédio e espere que o médico diga quando ele pode suspender os cuidados necessários.
Em paralelo, o recomendado é evitar situações e lugares que o exponham ao risco de contaminação, como piscinas, saunas, calçados apertados e quentes.
Unhas com linhas
Conhecida como linha de beau, elas são semelhantes a traços na horizontal, e podem surgir depois de uma febre alta e após tratamentos quimioterápicos. Quando ocorrem traumas na região também é normal que se formem linhas neste lugar, deixando a unha mais amassada.
Quando as linhas são escuras, e aparecem em um único dedo, o quadro pode indicar um melanoma, que é um câncer de pele.
Unhas quebradiças
A causa mais frequente, segundo as especialistas, é o contato com produtos químicos e que ressecam a parte das unhas e dedos. O ideal é sempre passar creme nessa parte do corpo e fazer com que a pele fique bem hidratada.

Unhas quebradiças (Foto: Getty Images via BBC News Brasil)
Outro motivo muito comum é uma dieta com baixo teor proteico, de biotina (conhecida também por B7) e outras vitaminas do complexo B. No caso de pacientes vegetarianos e veganos, o ideal é fazer uma suplementação de B12 e outros nutrientes para evitar que as unhas quebrem com frequência.
Unhas vermelhas
O tom avermelhado, principalmente em formato de meia lua, pode indicar a presença de doenças reumatológicas como lúpus e artrite reumatoide.
Já o vermelho, ao redor da pele nesta região, pode ser provocado por fungos e bactérias, que "invadem" a unha após a retirada da cutícula. "Cutícula é proteção. Culturalmente, nós a retiramos, mas o ideal é nunca fazer isso. O recomendado é hidratar e não empurrar com força", afirma Piquet.
Unhas com ondulações
Isso ocorre, principalmente, por causa da retirada de cutícula semanalmente. As ondulações podem surgir devido à força excessiva da espátula e outros materiais durante a esmaltação.
As especialistas também alertam e contraindicam a colocação de unha em gel. O processo de remoção é agressivo e pode deixar a camada da unha muito fraca e machucada.
Unhas com difícil cicatrização
Quando há problemas de cicatrização, ligados a essa parte do corpo, pode ser um indicativo de diabetes. Isso ocorre devido ao processo circulatório, que pode estar associado com a doença e até com hemorragias.
"O diabetes mais avançado deixa a circulação deficitária. A unha fica feia, grossa e com manchas. Pode até ter pontos pretos que são conhecidos como hemorragia de estilhaço", conclui Piquet.
Por - Época Negócios