A Airbus bateu o recorde de voo mais longo de uma aeronave não-tripulada, indicam dados de rastreamento de voo. O Airbus Zephyr S movido a energia solar passou 26 dias seguidos no ar, batendo o recorde anterior, de 2018.
A nave não-tripulada voa em grandes altitudes para evitar o tráfego aéreo comercial e o clima adverso.
A aeronave possui baterias que a mantém no ar durante a noite, o que significa que ela não precisa parar para abastecer com combustível.
Os dados de voo mostram que a aeronave voou de um campo de teste no Arizona para Belize, na América Central, e depois voltou.
A Airbus disse à BBC que não poderia comentar nada sobre o voo. Um porta-voz de um departamento do Exército dos EUA afirmou que os mais recentes voos têm como objetivo "testar a capacidade de armazenamento de energia do UAV, a longevidade da bateria, a eficiência do painel de energia solar e as capacidades de manutenção de rota".
Tim Robinson, editor-chefe da revista Aerospace, disse à BBC que essa distância é um marco importante na capacidade da aeronave de viajar a grandes distâncias de seus operadores.
"Eles ultrapassaram a distância de 2018, que era o recorde anterior", disse ele. "Acho que é uma demonstração importante de como você poderia usar isso na realidade."
Ele disse que isso abre as portas para usos práticos da aeronave, como aplicações militares ou até mesmo para socorro em desastres.
Apesar de estar a milhares de quilômetros de distância, o Zephyr S pode ser controlado de qualquer lugar do mundo — Foto: Airbus
Comparação de satélite
A aeronave pode fornecer imagens como se fosse um satélite, mas não tem a limitação de ter que orbitar a Terra — o que significa que pode permanecer em uma posição e fornecer atualizações constantes.
E o Zephyr tem outra vantagem importante em relação aos satélites, que geralmente não podem retornar à Terra após serem lançados.
"Você pode atualizar sensores nele, você pode trocar as cargas, você pode atualizá-lo com uma nova tecnologia", disse Robinson.
O recorde de voo foi alcançado pelo modelo mais recente da aeronave movida a energia solar, originalmente projetada e construída no Reino Unido.
O Zephyr foi concebido por Chris Kelleher, inventor que morreu em 2015. Três anos depois, a Airbus inaugurou as primeiras instalações para produção em série desse tipo de aeronave em sua fábrica em Farnborough, batizando com o nome de Kelleher.
O avião seguia no ar no momento em que esta reportagem foi escrita. Os operadores de voo estão prestes a comemorar seu 27º dia seguido no céu.
Eles usaram o rastro deixado pela aeronave para desenhar "UK" (Reino Unido) nos céus e uma tentativa — talvez não muito bem-sucedida — de formar a imagem de Stonehenge.
Por - BBC News
Pesquisadores da Universidade de Toronto, no Canadá, desenvolveram em laboratório um ventrículo esquerdo do coração humano em miniatura. O modelo promissor foi relatado em estudo publicado no dia 7 de julho na revista científica Advanced Biology.
O mini ventrículo poderá ajudar a criar uma maneira de estudar doenças e condições cardíacas, estando possivelmente também em terapias. “Com nosso modelo, podemos medir o volume de ejeção – quanto fluido é empurrado para fora cada vez que o ventrículo se contrai – bem como a pressão desse fluido”, explica Sargol Okhovatian, coautora principal do estudo, em comunicado.
Milica Radisic, autora sênior da pesquisa, afirma que com modelos similares será possível estudar não apenas a função celular, mas a dos tecidos e dos órgãos. Tudo isso sem precisar de uma cirurgia invasiva ou de testes em animais. “Também podemos usá-los para rastrear grandes bibliotecas de moléculas candidatas a medicamentos para efeitos positivos ou negativos”, conta.
Para criar o tecido em três dimensões, a equipe utilizou pequenos andaimes feitos de polímeros biocompatíveis. Estes são padronizados com ranhuras ou estruturas semelhantes a malhas e são semeados com células do músculo cardíaco, deixados por fim para crescer em meio líquido.
As células acabam crescendo juntas e formam um tecido em uma direção específica, sendo que pulsos elétricos podem até ser usados para controlar a velocidade com que batem. No caso do andaime do ventrículo, ele tinha forma plana de três painéis em forma de malha.
Após semeá-lo e permitir o crescimento celular por uma semana, os pesquisadores enrolaram a folha em torno de um eixo de polímero oco. O resultado foi um tubo de 0,5 milímetro composto por três camadas sobrepostas de células cardíacas que batem em uníssono. A altura do ventrículo é de um milímetro — mesmo tamanho desta parte do coração de um feto humano na 19ª semana de gestação.
Os pesquisadores mediram o volume e a pressão de ejeção da estrutura com um cateter. O modelo produziu menos de 5% da pressão de um coração real. De acordo com Okhovatian, isso já era esperado: segundo ela, o modelo tem apenas três camadas, enquanto um coração de verdade teria onze.
“Podemos adicionar mais camadas, mas isso dificulta a difusão do oxigênio, então as células nas camadas intermediárias começam a morrer”, diz Okhovatian. “Corações reais têm vasculatura, ou vasos sanguíneos, para resolver esse problema, então precisamos encontrar uma maneira de replicar isso.”
Futuras pesquisas na área se concentrarão ainda no aumento da densidade das células para aumentar o volume e a pressão de ejeção, segundo a pesquisadora. Ela também quer encontrar uma maneira de encolher ou remover o andaime — que não existe em um coração de verdade.
“O sonho de todo engenheiro de tecidos é desenvolver órgãos totalmente prontos para serem transplantados para o corpo humano”, avalia Okhovatian. “Ainda estamos a muitos anos de distância disso, mas sinto que esse ventrículo bioartificial é um importante trampolim.”
Por - Galileu
Um dos cometas ativos mais distantes chegará a seu ponto máximo de aproximação com a Terra nesta quinta-feira (14). Localizado na constelação de Ophiuchus, o cometa K2 estará a uma distância de cerca de 270 milhões de quilômetros do nosso planeta.
Já a máxima aproximação do cometa com o Sol, posicionamento ao qual se dá o nome de periélio, será em dezembro de 2022.
De acordo com o Observatório Nacional, o K2 não será visível a olho nu, mas, ainda assim, será possível observá-lo. “Ele poderá ser observado com o uso de pequenos telescópios ou até mesmo com lunetas, desde que o observador esteja em locais com pouca poluição luminosa, ou seja, locais mais escuros”, explica o pesquisador do observatório Marçal Evangelista Santana.
Segundo o físico, que é doutorando em astronomia, os observadores que estiverem no hemisfério sul serão privilegiados para observar o cometa em quase toda a noite do dia 14. Para tanto, basta olhar para a constelação de Ophiuchus, tendo como referência a constelação de Escorpião, como mostra a imagem abaixo.
Para facilitar a localização, ele sugere o uso do aplicativo Stellarium, disponível para download de forma gratuita.
Cometas
Os cometas são objetos feitos principalmente de gases congelados, rocha e poeira, que ficam mais ativos na medida em que se aproximam do Sol. Isso ocorre porque o calor do astro aquece o cometa, fazendo com que seu gelo se transforme em gás. Neste processo de sublimação, forma-se uma nuvem ao redor do cometa, também conhecida como cauda.
Por - Agência Brasil
O Chrome é conhecido por ser um dos maiores vilões no consumo de memória e processamento de computadores e dispositivos móveis. Mas essa fama parece estar com os dias contados.
O navegador está testando um recurso que pode ajudar a economizar a bateria de notebooks e celulares. Chamada de "Quick Intensive Throttling" ("Aceleração Intensiva e Rápida", em tradução livre), a função promete reduzir o uso da CPU em 10% e, com isso, diminuir o consumo de bateria. A novidade foi divulgada no último domingo (10) pelo site Bleeping Computer e já pode ser testada pelos usuários.
O recurso é uma evolução da função "Intensive Wake Up Throttling" ("Processamento Intensivo de Despertar", em tradução livre), liberada na versão 87 do Chrome, em 2020. Ela limitou a execução de códigos JavaScript em abas do navegador que não estão em uso ou foram ocultadas por mais de cinco minutos, permitindo uma melhor distribuição do uso de memória. Após a mudança, os desenvolvedores perceberam, a partir de projeções em um Chromebook, que o uso da CPU dos dispositivos reduziu em até cinco vezes. O tempo da bateria, por sua vez, aumentou em até 1,25 horas.
Dado o sucesso desse teste, a função "Quick Intensive Throttling" busca ir além e reduzir o tempo de "carência" dessas guias de cinco minutos para 10 segundos. Ou seja, as guias que não forem utilizadas no navegador por mais de 10 segundos terão menos ativações do sistema, economizando recursos de processamento e consumindo menos bateria durante o uso do Chrome.
Vale lembrar que isso não significa que o equipamento passará a gastar 10% menos de carga total. O recurso afeta apenas o gasto do navegador Chrome — mas muitos outros quesitos no sistema e no uso do aparelho afetam a bateria de um eletrônico. Mesmo assim, a economia de energia promete ser perceptível.
Como testar o novo recurso no Chrome
A função já pode ser testada por usuários na versão do Chrome para desenvolvedores. Para isso, é necessário instalar a versão mais recente do browser por meio do Chrome Canary www.google.com/chrome/canary) ou Chrome Dev (www.google.com/chrome/dev/?extra=devchannel&platform=win64). Ao abrir o navegador, digite na barra de endereços: "chrome://flags/#quick-intensive-throttling-after-loading" (sem aspas). Então, marque o recurso como "Ativo" e reinicie o Chrome.
Por - TechTudo
Ex-integrantes das Forças Armadas de Israel inventaram uma capa anti-espionagem para celular que vai além da proteção contra pancadas: ela também é eficaz contra ataques cibernéticos.
A empresa Cirottta anunciou ter criado um case capaz de proteger os aparelhos de invasões que comprometeriam a privacidade dos dados do usuário, transformando capinhas de smartphones em dispositivos de segurança eletrônica. Cada item da linha Athena custa entre US$ 220 e US$ 250, o que dá entre R$ 1.160 a R$ 1.310 em conversão direta.
Por enquanto, apenas iPhone 12 Pro e iPhone 13 Pro são compatíveis com as capinhas que protegem contra ataques hackers. As versões para smartphones Android devem começar a ser vendidas no começo de 2023, inicialmente apenas para o Galaxy S22 .
Capa de celular desenvolvida pela Cirotta para iPhone — Foto: Divulgação/Cirotta
Como funciona
Os criadores da capa anti-vigilância, Shlomi Erez e Eran Erez, inventaram o dispositivo para atender à demanda de profissionais que trabalham com segurança, como militares, guarda-costas, funcionários do governo, pessoas VIPs e executivos que precisam de proteção séria contra esse tipo de invasão.
A primeira parte da proteção está na própria estrutura da capinha de celular. Ao acoplar a carcaça no aparelho, basta deslizar a trava da capa para bloquear todas as câmeras do dispositivo móvel, impedindo que hackers usem as lentes do telefone para espionar o ambiente. Além disso, a Athena pode impedir gravações indesejadas de áudio ou vídeo, sem usar nenhuma das portas do telefone, apenas vedando as entradas.
O rastreamento de conversas e chamadas não autorizadas também poderá ser impedido pela capa, que usa algoritmos de segurança especializados para contornar o sistema de filtragem de ruído ativo do telefone. A Cirotta também garante impedir hacks do sistema operacional e varredura de dados quando o aparelho estiver ligado, uma vez que, as capinhas também podem anular conexões Wi-Fi e Bluetooth detectáveis e neutralizar as comunicações via NFC.
Capinhas anti-hacker Athena têm sua própria CPU, bateria e sistema de memória — Foto: Divulgação/Cirotta
Os dispositivos têm sua própria CPU, bateria e sistema de memória. No esqueleto do molde há uma porta USB-C separada para carregamento, que não fica no mesmo local da entrada Lightning, usada no iPhone. Dessa forma, é possível carregar os dois dispositivos sem precisar separá-los A capa para celular também promete funcionar por cerca de 18 horas, antes de precisar de uma nova carga.
Por fim, para que o case de celular atenda as demandas futuras, a empresa oferece configurações personalizadas. Clientes poderão, por exemplo, bloquear a ameaça do uso externo do microfone e substituir o sistema de posicionamento global (navegação via GPS) para impedir que o espião descubra a localização do usuário.
Capinhas anti-hacker Athena universal criadas pela Cirotta — Foto: Divulgação/Cirotta
Tipos de capinhas
As capas anti-espionagem serão vendidas em dois modelos, divididos nas categorias Gold e Silver (ouro e prata). A versão Silver utiliza mecanismos físicos de bloqueio de microfone e câmera dos aparelhos e já pode ser adquirida por consumidores interessados. Por sua vez, a Athena Gold ainda está em desenvolvimento e deverá proteger o Wi-Fi, o GPS e o Bluetooth do celular. A Cirotta também está trabalhando em outro modelo, universal, que deverá ser vendido a partir de agosto.
No caso da versão feita para atender a todos os tipos de celular, será disponibilizada também a categoria bronze, que bloquearia apenas a câmera do telefone. Os modelos são mais robustos que os feitos para iPhone e também incluem uma chave – que tranca a capa no aparelho – e uma bateria que promete até 30 horas de uso sem necessidade de carregamento.
As capas são independentes, ou seja, não precisam do smartphone para funcionar, assim como não funcionam em conjunto com aplicativos, uma proteção extra para garantir que não sejam hackeadas, caso acha algum malware instalado no smartphone.
Por - TechTudo
A Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) apresenta nesta terça-feira (12) novas imagens obtidas pelo Telescópio Espacial James Webb. De acordo com o órgão, tais imagens revelarão “visões sem precedentes”, ricas em detalhes do Universo.
Ontem (11), a primeira imagem, do aglomerado de galáxias conhecido como SMACS 0723, localizado há 4,6 bilhões de anos luz, foi divulgada em evento na Casa Branca que contou com a participação do presidente norte-americano Joe Biden.
A divulgação das imagens hoje será transmitida ao vivo, a partir das 11h30 (horário de Brasília), pela Nasa, bem como pelas redes sociais da agência. As imagens também serão disponibilizadas no site da agência.
Localizado a 1,5 milhão de quilômetros da Terra, no chamado ponto L2,, o James Webb Space Telescope (JWST) é fruto de uma parceria entre as agências espaciais norte-americana (Nasa) e europeia (ESA). Ele tem como principal característica a captação de radiação infravermelha.
Se tudo der certo, o equipamento permitirá aos pesquisadores observar a formação das primeiras galáxias e estrelas. Além de estudar a evolução das galáxias, eles poderão ainda observar a produção de elementos pelas estrelas e os processos de formação de estrelas e planetas.
Mistérios
A expectativa é que, além de resolver mistérios do nosso sistema solar, o telescópio olhe para mundos distantes em torno de outras estrelas e investigue misteriosas estruturas e origens do Universo, contribuindo para que o ser humano entenda melhor também o seu próprio planeta.
De acordo com a Nasa, a primeira leva de imagens, selecionadas por um comitê internacional, abrange duas nebulosas (Carina e a do Anel Sul), um planeta (Wasp-96 b) e dois aglomerados de galáxias (o Quinteto de Stephan e os aglomerados Smacs 0723).
Conheça os primeiros corpos celestes observados pelo James Webb, descritos pela própria Nasa:
- Nebulosa Carina: uma das maiores e mais brilhantes nebulosas do céu, localizada a aproximadamente 7,6 mil anos-luz de distância na constelação sul de Carina. As nebulosas são berçários estelares onde as estrelas se formam. A Nebulosa Carina é o lar de muitas estrelas massivas, várias vezes maiores que o Sol.
- WASP-96 b: planeta gigante fora do nosso sistema solar, composto principalmente de gás. Localizado a cerca de 1.150 anos-luz da Terra, orbita sua estrela a cada 3,4 dias. Tem cerca de metade da massa de Júpiter e sua descoberta foi anunciada em 2014.
- Nebulosa do Anel Sul: também conhecida como nebulosa “Eight-Burst”, é uma nebulosa planetária – uma nuvem de gás em expansão, envolvendo uma estrela moribunda. Tem quase meio ano-luz de diâmetro e está localizada a aproximadamente 2 mil anos-luz de distância da Terra.
- Quinteto de Stephan: localizado a cerca de 290 milhões de anos-luz de distância da Terra, na constelação de Pégaso. Foi o primeiro grupo compacto de galáxias descoberto, em 1877. Quatro das cinco galáxias dentro do quinteto estão presas em uma dança cósmica de repetidos encontros imediatos.
- SMACS 0723: aglomerados maciços de galáxias, em primeiro plano, que ampliam e distorcem a luz dos objetos atrás deles, permitindo uma visão de campo profundo em populações de galáxias extremamente distantes e intrinsecamente fracas.
James Webb
A Nasa explica que, para realizar os estudos pretendidos, com “sensibilidade sem precedentes”, o observatório deverá ser mantido frio, livre das grandes fontes de interferência de infravermelho causadas por corpos celestes como o Sol, a Terra e a Lua.
Para bloquear as fontes de irradiação de infravermelho, o James Webb terá, consigo, um “grande escudo solar dobrável metalizado”, a ser aberto no espaço. Seu espelho tem cerca de 6,5 metros de diâmetro.
Para fazer a observação das áreas mais distantes, o telescópio terá ainda, em seus módulos, equipamentos sensíveis à radiação infravermelha: câmera, espectrógrafo e outros instrumentos para analisar o infravermelho emitido pelas fontes miradas por ele. Terá também um módulo responsável pelo transporte de dados coletados, além do telescópio ótico.
Homenagem
O nome escolhido para o novo telescópio espacial é uma homenagem a um antigo administrador da Nasa, James Edwin Webb. Ele liderou o programa Apollo, além de uma série de outras importantes missões espaciais.
Por - Agência Brasil