Até o momento, os paleontólogos já nomearam e descreveram quase 1 mil espécies de dinossauros. Algumas são bem conhecidas, como o T. Rex, o Triceratops e o Velociraptor, e suas aparências representam a imagem que conhecemos desses animais.
No entanto outras menos conhecidas possuem características físicas peculiares que mal podemos imaginar.
Conheça 10 dinossauros estranhos e seus corpos curiosos!
1. Linhenykus monodactylus

Ilustração digital do que seria o Linhenykus monodactylus (Foto: Nobu Tamura/ Wikimedia Commons/ CreativeCommons)
Habitante do clima semiárido, a espécie foi encontrada na China. Tinha braços curtos e apenas um dedo em cada mão. É possível que esse dinossauro tenha usado suas garras para cavar ninhos de formigas e cupins.
2. Bajadasaurus pronuspinax

Reprodução digital do Bajadasaurus pronuspinax (Foto: Slate Weasel/ Wikimedia Commons/ CreativeCommons)
O bajadasaurus era um saurópode com longos espinhos nas costas que se curvavam para a frente. A extensão de sua 5ª vértebra quase chegava até a cabeça.
3. Suzhousaurus megatheriodes

Imagem do Suzhousaurus megatherioides produzida com base em gêneros relacionados (Foto: Michael B. H./ Wikimedia Commons/ CreativeCommons)
Com aparência de um rato gigante, 3 m de altura, 6 m de comprimento e cerca de 1.300 kg, essa espécie tinha o corpo peludo, e pode ser relacionado como um ancestral distante da preguiça.
4. Yutyrannus huali

Reconstrução gráfica do Yutyrannus huali (Foto: Tom Parker/ Wikimedia Commons/ CreativeCommons)
O yutyrannus é um tiranossauro recém-descoberto que vivia na Ásia, no início do período cretáceo. Pesando cerca de duas toneladas, o animal era completamente coberto de penas.
5. Jeholopterus ninchengensis

Desenho a lápis do Jeholopterus (Foto: Nobu Tamura/ Wikimedia Commons/ CreativeCommons)
Esta é uma espécie conhecida como dinossauro 'vampiro', predando o sangue de outros dinossauros.
6. Pliosaurus

Reconstrução gráfica do Pliosaurus (Foto: Mario Lanzas/ Wikimedia Commons/ CreativeCommons)
Os pliosaurus eram répteis marinhos que assombraram os oceanos durante todo o período jurássico tardio. Esses animais possuíam pescoço curto, cabeça grande e hábitos estritamente carnívoros.
7. Concavenator corcovatus

Reconstrução grátis do Concavenator corcovatus feita em 2021 (Foto: Mario Lanzas/ Wikimedia Commons/ CreativeCommons)
O concavenator é um dinossauro peculiar por duas razões. Esse carnívoro era equipado com uma estranha corcova triangular no centro de suas costas e, além desse apêndice curioso, de seus antebraços, provavelmente brotavam penas coloridas durante a época de acasalamento.
8. Incisivosaurus gauthieri

Ilustração do Incisivosaurus gauthieri (Foto: Tom Parker/ Wikimedia Commons/ CreativeCommons)
Onívoro, com menos de 1 m de comprimento, o animal tinha dentes frontais proeminentes, semelhantes aos de roedores, rosto de ave de rapina, corpo de avestruz e asas e pés de galinha.
9. Sharovipteryx mirabilis

Reconstrução gráfica do Sharovipteryx mirabilis (Foto: Dmitry Bogdanov/ Wikimedia Commons/ CreativeCommons)
Esse animal voador era parecido com um lagarto e se alimentava de insetos. Suas asas eram localizadas nas pernas.
10. Carnotaurus sastrei

Reconstrução gráfica do Carnotaurus sastrei (Foto: Fred Wierum/ Wikimedia Commons/ CreativeCommons)
O carnotaurus, descoberto na Argentina na década de 1980, ostentava dois chifres no topo de sua cabeça e possuía braços minúsculos e mãos viradas para trás (ou seja, palmas voltadas para fora).
Por - Casa e Jardim
O fundo oceano é interesse para muita gente, e grande parte isso vem do mistério quanto aos seres que lá habitam. As profundezas escuras da zona crepuscular oceânica, por exemplo, são o lar de um crustáceo semelhante a um camarão do tamanho de um punho com olhos ridiculamente grandes: o Cystisoma.
A maior parte da cabeça do animal é ocupada pelos olhos, o que é melhor ainda para enxergar no escuro. “Quanto maior o olho, maior a probabilidade de captar quaisquer fótons que estejam por aí”, disse Karen Osborn, pesquisadora do Smithsonian Institution em Washington DC, ao The Guardian.
Um grande desafio para os animais que vivem em águas profundas (no caso do Cystisoma, entre 200 e 900 metros de profundidade), é ver sem ser visto por predadores. “É basicamente como brincar de esconde-esconde em um campo de futebol”, explicou Karen. “Não há nada para se esconder atrás.”
Os olhos são especialmente difíceis de esconder, já que as retinas sempre devem conter pigmentos escuros que absorvem fótons. Os predadores então podem distingui-los na fraca iluminação da zona crepuscular ou nos feixes de seus próprios holofotes bioluminescentes.
Mas o Cystisoma disfarça seus olhos enormes de uma forma única. Em vez de concentrar os pigmentos em uma pequena área, segundo Karen, eles espalham sua retina em uma fina folha de minúsculos pontos avermelhados, que são pequenos demais para a maioria dos animais enxergar.

Na maior parte do tempo, o Cystisoma busca fugir de predadores e não deseja ser encontrado. Mas, quando quer acasalar, usa as antenas para encontrar os seus parceiros (Foto: Flickr/ Charlotte Seid/ CreativeCommons)
A maioria do resto de seu corpo é transparente, o que ajuda no esconde-esconde pela sobrevivência. Quando os cientistas os pegam em redes de arrasto e os esvaziam em um balde de água do mar, eles aparecem como espaços vazios do tamanho de uma palma entre outros animais. “Você realmente não consegue ver essas coisas até tirá-las da água”, disse Karen.
A maioria dos órgãos internos do crustáceo é cristalino, graças à maneira muito ordenada e estruturada de seus tecidos. “A única coisa com a qual eles não conseguem se dar muito bem é com o intestino”, Karen explicou.
A estrutura dourada visível aos olhos é o órgão digestivo. Mesmo assim, o órgão é empilhado no alto do corpo e de forma reta, a fim de criar a menor sombra possível, enquanto o Cystisoma flutua em sua posição horizontal usual.
Esses crustáceos se tornam ainda mais difíceis de detectar debaixo d'água, uma vez reduzida a luz refletida em seus corpos transparentes, como Karen e seus colegas descobriram em 2016.
Visto sob um microscópio eletrônico, partes do exoesqueleto do Cystisoma são cobertas por pequenas protuberâncias, que Karen compara a um carpete peludo. Outras partes são cobertas por uma única camada de formas esféricas, que os cientistas imaginam serem colônias de uma forma desconhecida de bactéria.

Lado a lado a outros animais, o Cystisoma é como um espaço vazio, pois seu corpo é quase inteiramente transparente (Foto: KJ Osborn/ Smithsonian/ Reprodução)
O tapete nanoscópico e as esferas tornam a luz 100 vezes mais provável de passar direto pelo Cystisoma, em vez de refletir no olho de um predador que passa. “Funciona exatamente da mesma maneira que um revestimento antirreflexo em uma lente de câmera”, disse Karen.
As pernas do crustáceo, em particular, se beneficiam da cobertura antirreflexo e das articulações cobertas por esferas, porque, caso contrário, elas capturariam facilmente a luz enquanto se agitam e se contorcem.
“Esses caras são mestres absolutos da camuflagem transparente no meio da água”, categoriza a pesquisadora.
Mas o que acontece quando o Cystisoma quase invisível realmente quer ser encontrado? Afinal de contas, esses crustáceos também precisam acasalar para se reproduzir.
Uma pista de como os parceiros se encontram está nas grandes antenas do macho Cystisoma, cobertas de estruturas que detectam produtos químicos na água ao redor. Segundo Karen, eles as utilizam para cheirar, literalmente, uns aos outros.
Por - Casa e Jardim
O cineasta francês Jean-Luc Godard morreu nesta terça-feira (13) aos 91 anos. Segundo informou o jornal francês "Libération" e um representante legal da família do cineasta, Godard morreu por suicídio assistido na Suíça, onde o procedimento é legal desde a década de 1940.
Considerada controversa por envolver questões religiosas e éticas, a técnica do suicídio assistido ocorre quando uma equipe médica fornece medicamentos para o procedimento, mas é o próprio paciente que administra a dose fatal.
A técnica difere da eutanásia, que acontece quando a própria equipe médica administra uma dose. No Brasil, os dois métodos são proibidos. Na América Latina, somente a Colômbia permite tanto o suicídio assistido como a eutanásia.
Abaixo, entenda como são feitos os procedimentos.
1) O que é suicídio assistido?
O suicídio assistido é o ato de deliberadamente ajudar uma outra pessoa a se matar, assim define o serviço de saúde britânico, o NHS.
"Se um familiar de uma pessoa com doença terminal obteve sedativos fortes, sabendo que a pessoa pretendia usá-los para se matar, o parente pode ser considerado como auxiliar do suicídio", diz o NHS.
No Reino Unido, assim como no Brasil, tanto o suicídio assistido como a eutanásia são considerados ilegais. Por aqui, o Código Penal define como crime, com pena de 6 meses a 2 anos de prisão, "induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou prestar-lhe auxílio material para que o faça".
Em outros países, como na Colômbia, Suíça, Holanda, Luxemburgo, Canadá, Austrália, Espanha, Alemanha e alguns estados norte-americanos (como Oregon, Vermont, Washington, Califórnia e Montana), a diferença é que o suicídio assistido, quando feito sob supervisão de uma equipe médica e acompanhado de uma avaliação caso a caso, é considerado legal, em certas circunstâncias (entenda mais no item 4).
Ou seja, nesses casos, o médico fornece os medicamentos para o procedimento, mas o paciente o administra.
A legislação suíça, por exemplo, permite o suicídio assistido desde que não seja por "motivos egoístas".
"Um exemplo seria incitar deliberadamente uma pessoa a cometer suicídio para se livrar de ter que pagar apoio financeiro para essa pessoa", cita a associação suíça Dignitas, que oferece suicídio assistido no país.
No país, segundo a "Swissinfo", suicídios assistidos representam cerca de 1,5% das 67.000 mortes registradas em média a cada ano.
Em maio deste ano, a Corte Constitucional da Colômbia descriminalizou o suicídio assistido, tornando o 1° país da América Latina a aceitar a prática para quem esteja sofrendo com doenças sérias ou incuráveis.
2) Qual a diferença entre suicídio assistido e eutanásia?
Na Holanda, diferentemente da Suíça, tanto a eutanásia como o suicídio assistido por médicos são práticas consideradas legais.
A diferença entre as duas técnicas é que na eutanásia é a própria equipe médica que administra uma dose fatal de um medicamento no paciente.
"Os pedidos de eutanásia muitas vezes vêm de pacientes que passam por um sofrimento insuportável sem perspectiva de melhora. Seu pedido deve ser feito com seriedade e plena convicção", afirma o governo da Holanda.
Em ambos os casos, porém, os médicos devem cumprir alguns requisitos legais e cada procedimento de eutanásia e suicídio assistido deve ser relatado a comitês regionais que devem julgar se a equipe médica tomou os devidos cuidados ao analisar o histórico do paciente.
Além disso, no país, os menores de 12 anos podem solicitar a eutanásia, mas o procedimento deve ser feito somente se os pais autorizarem (até eles completarem 16 anos).
3) Quais países autorizam os procedimentos?
Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Canada e Colômbia permitem tanto a eutanásia como o suicídio assistido.
Na Suíça somente o suicídio assistido é permitido, mas não é necessário que um médico preste assistência para o procedimento. Apesar disso, como mencionado antes, a conduta da pessoa que presta assistência não deve ser motivada por egoísmo.
Já na Bélgica, o suicídio assistido por médico é tratado como uma forma de eutanásia.
4) Em que casos é possível fazer os procedimentos?
Alguns países estipulam uma série de condições para a autorização dos procedimentos.
A lei belga sobre a eutanásia, por exemplo, define que um paciente deve estar legalmente consciente no momento da decisão, seu pedido deve ser feito de forma voluntária, bem ponderado e repetido. Além disso, não deve ser resultado de uma "pressão externa".
Fora isso, o médico que realizar o procedimento não estará cometendo um crime somente se a doença do paciente causar um sofrimento físico ou mental constante e insuportável, resultante de "uma doença grave e incurável causada por doença ou acidente".
As regras do Canadá também são semelhantes. No país, que chama legalmente o procedimento de "assistência médica na morte", além de ter mais que 18 anos, o paciente precisa ter uma condição "médica grave e irremediável".
Já na Colômbia, tanto o suicídio assistido como a eutanásia são autorizados com supervisão médica para quem esteja sofrendo com doenças sérias ou incuráveis. Em janeiro deste ano, porém, depois de uma decisão judicial, um homem de 60 anos se tornou a primeira pessoa sem doença terminal a morrer por eutanásia na Colômbia.
A Suíça é o país que tem as regras mais permissivas: a legislação local não estipula um limite de idade nem condições médicas para a realização do suicídio assistido (apesar de não permitir que um médico administre a dose letal). Além disso, a Suíça é um dos poucos países onde os estrangeiros podem realizar o procedimento.
Apesar disso, a Dignitas, a associação suíça que oferece o procedimento para estrangeiros, exige evidências médicas, como relatórios médicos, e ressalta que o processo até a realização do suicídio assistido pode levar três meses ou mais.
Por - G1
As casas onde moram famílias com crianças precisam passar por algumas adaptações para diminuir o risco de acidentes.
O banheiro, onde desde o piso molhado até os itens armazenados no armário podem ser perigosos para os pequenos, pede atenção especial. A seguir, listamos seis dicas para deixar esse ambiente mais seguro para as crianças. Confira:
1. Atenção ao tipo de piso
A escolha de uma textura adequada para o piso do banheiro é fundamental para deixar o cômodo mais seguro para todos, não só para os pequenos. “O ideal é que seja usado piso com acabamento natural ou acetinado dentro do box e em todo o ambiente. Nunca polido, que é superescorregadio”, orienta a arquiteta Isabela Castello, do escritório Keeping Arquitetura.
Durante o banho, ainda é possível acrescentar alguns acessórios ao piso do box. “Para evitar acidentes com queda, podem ser usados grandes superfícies ou tapetes antiderrapantes. Sugiro usar algo que reúna segurança, praticidade e beleza, complementando sua decoração e dando mais tranquilidade para o seu dia a dia”, aconselha Renata Dutra, arquiteta do escritório Milkshake.co.
2. Cuidados com a banheira

Além de dificultar o acesso das crianças à banheira, o entorno dela também precisa ser adaptado. Projeto da arquiteta Edlaine Medeiros Rupp (Foto: Fernando Crescenti)
Quem tem banheira em casa precisa tomar algumas precauções para deixá-la mais segura para os pequenos. O primeiro ponto é o acesso ao banheiro, que deve ser dificultado de alguma forma. “Mantenha a porta fechada ou instale um portãozinho que impeça a criança de entrar no banheiro sozinha e encher a banheira”, instrui Renata.
Para auxiliar a criança a entrar e sair do banho, vale incluir um apoio ao lado da banheira, como uma escada. Também é necessário observar as quinas de nichos e prateleiras que ficam no entorno da banheira. Caso tenham as chamadas bordas vivas, que são retas, é recomendável colocar protetores de quina.
Além de adaptar o espaço, lembre-se de encher a banheira apenas com o volume de água suficiente para o banho, verificar a temperatura da água e nunca deixar a criança sozinha. Ao final, secar as poças de água que se formam na banheira diminui o risco de escorregões.
3. Adaptações no vaso sanitário
O vaso sanitário também pode ser adaptado para evitar acidentes durante o uso. “Existem duas opções: o modelo de vaso sanitário infantil e as cadeiras adaptadas, que você encaixa no próprio vaso e que se adequam ao tamanho da criança”, explica Isabela. Outro cuidado importante é usar uma trava na tampa do vaso sanitário para vedá-lo.
4. Observe o acesso à pia

Uma escadinha permite que a criança alcance a altura da pia, no projeto do escritório Keeping Arquitetura (Foto: Divulgação)
Caso seja necessário um banco ou escadinha para que a criança alcance a altura da pia, as arquitetas apontam algumas alternativas para oferecer mais segurança. A primeira é integrar os degraus ao próprio armário que fica abaixo da bancada. A outra é escolher um banco robusto, de modo que a peça não tombe nem se mova com facilidade.
5. Atenção aos armários e gavetas
Em casas com crianças, não se deve armazenar remédios, produtos de higiene e de limpeza, principalmente com embalagens ou líquidos coloridos, em armários baixos e gavetas que ficam ao alcance das crianças. Objetos cortantes e pontiagudos, como alicates, tesouras, lâminas de barbear e pinças também devem ser guardados nos locais mais altos. “Indico deixar nas gavetas inferiores papel higiênico, toalhas e algodão. No máximo, o que pode acontecer é uma bagunça, mas nunca um acidente”, comenta a profissional do Keeping Arquitetura.
6. Cuidados com a parte elétrica e acessórios
Para dificultar o acesso dos pequenos, as tomadas precisam ficar a uma altura de 1,20 m, no mínimo. Assim como no restante da casa, usar protetores de tomada minimiza o risco de choques.
Alguns acessórios utilizados no banheiro também merecem atenção, para prevenir acidentes. “Nunca tenha um espelho que seja facilmente removido ou manuseado pelas crianças e evite objetos quebráveis na altura dos pequenos”, lembra Renata. O porta papel higiênico, por exemplo, também precisa ser bem pensado, porque alguns modelos são pontudos e podem machucar em caso de quedas.
Por - Casa Vogue
Mas quase um ano depois do anúncio, o "universo virtual" da empresa não está disponível no Brasil e outros serviços estão longe de fazer parte da rotina dos usuários no país.
Ainda é preciso um esforço para apresentar o metaverso para internautas. A palavra é desconhecida para metade dos consumidores brasileiros, segundo uma pesquisa da consultoria Accenture.
Ao mesmo tempo, o interesse pelo metaverso em pesquisas na internet está menor. Dados do Google indicam que as buscas pela palavra tiveram pico em dezembro de 2021 e entraram em queda durante 2022.
De olho no assunto, esta reportagem apresenta:
- o que é metaverso
- alguns dos "universos virtuais" mais conhecidos
- o visual de plataformas que exploram o metaverso
- experiências brasileiras em ambientes imersivos
Para chamar a atenção dos usuários, o metaverso precisa de melhorias. É o que avalia Carlos Affonso Souza, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS-Rio) e professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
"Eu costumo dizer que o metaverso já chegou, mas não está pronto. Ele já chegou no sentido de que todo mundo fala sobre o tema, mas a versão que se imagina do metaverso não existe", afirma.
Ele destaca que uma versão mais avançada do metaverso depende de capacidade de processamento gráfico, renderização de espaços físicos para o mundo virtual e outros avanços que levarão algum tempo para ficarem prontos.
"O que a gente tem hoje é uma discussão preparatória que só é possível porque a internet está há tanto tempo conosco. Então, de certa maneira, a gente consegue antever o que pode ser esse futuro com o metaverso, mas certamente o metaverso que está na cabeça de todo mundo, ainda não existe hoje", complementa.
O que é metaverso?
O termo "metaverso" surgiu no livro de ficção científica "Snow Crash", escrito por Neal Stephenson e publicado em 1992. O autor descreveu a palavra como um "universo gerado informaticamente que o computador desenha sobre os seus óculos e bombeia para dentro de seus fones de ouvido".
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Edição de Snow Crash, escrito por Neal Stephenson e publicado originalmente em 1992 — Foto: Raaz/Flickr
A definição lembra o funcionamento de óculos de realidade virtual, mas há várias interpretações.
"Não existe um certo consenso sobre o conceito do que seria metaverso", explica Souza.
Segundo ele, é possível entender o termo como um novo período da internet em que atividades que eram feitas no mundo real ganham versões virtuais – é o caso do ensino à distância, do avanço do streaming de filmes e do uso de bancos digitais, por exemplo.
Por outro lado, ele afirma, o conceito também pode representar a recriação de espaços físicos em ambientes virtuais para tornar a interação na internet mais parecida com o contato presencial.
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Horizon Workrooms, ambiente em realidade virtual desenvolvido pela Oculus, empresa da Meta — Foto: Divulgação
"A gente pode mapear a discussão de metaverso como um sucessor natural de uma fase que a gente se encontra hoje no desenvolvimento da internet", resume o professor.
Nas duas interpretações, a palavra é usada para definir a aproximação do mundo virtual com o mundo real. Esse é um processo que acontece aos poucos, como ocorreu com a fase de popularização de smartphones, por exemplo.
O metaverso pode ser entendido como um mundo interligado parecido com a web, segundo Luciana Nedel, professora do Instituto de Informática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
"A web não tem dono e o metaverso será uma coisa assim, que não tem dono e é uma construção coletiva por onde a gente pode navegar", analisa.
Como 'entrar' no metaverso?
Essa é uma das principais dúvidas de pessoas no Brasil que buscam sobre metaverso no Google, mas não há uma resposta direta para ela. Isso porque o metaverso não é uma plataforma, nem um lugar específico na internet.
Se a ideia é acessar plataformas que se relacionam com o conceito em diferentes níveis, há algumas opções à disposição. Elas podem ser usadas no computador ou no celular e, em alguns casos, o dispositivo precisa de mais capacidade para rodar os gráficos.
O Horizon Worlds, da Meta, só está disponível em sete países – e o Brasil não é um deles. O serviço funciona no Oculus VR, dispositivo da empresa que não é vendido oficialmente no país. Há unidades importadas do aparelho na internet por mais de R$ 3.000.
"Naturalmente, ainda é caro para a população em geral", diz Luciana. "Tem outras opções de baixo custo, como os óculos de papelão do Google, que se usa bastante na educação. Mas, realmente, a qualidade é menor".
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Google Cardboard: óculos de papelão são alternativas baratas aos dispositivos de realidade virtual — Foto: Divulgação/Google
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O que será do metaverso do Facebook? — Foto: Wagner Magalhaes / g1
Como é o visual das plataformas?
De modo geral, as empresas que exploram o metaverso não buscam reproduzir fielmente o mundo real e têm um visual bastante colorido. Em alguns casos, a aparência dos serviços é alvo de críticas.
É o caso do Horizon Worlds, que virou piada entre alguns usuários quando o chefão da Meta, Mark Zuckerberg, divulgou uma foto da plataforma. A repercussão negativa levou o executivo a explicar que o serviço ganhará melhorias nos gráficos em breve.
"Os gráficos no Horizon são capazes de muito mais — mesmo nos óculos de realidade virtual — e o Horizon está melhorando muito rapidamente", disse Zuckerberg em uma segunda postagem com uma imagem com gráficos mais realistas.
Há serviços que propõem imersão, mas não têm um visual 3D. A Epic Metaversos, por exemplo, tem uma plataforma que recria escritórios de empresas e os apresenta com uma visão de cima, em 2D. A ideia é promover uma integração entre funcionários em tempos de trabalho remoto.
"O metaverso não necessariamente tem que ser exatamente como o Mark Zuckerberg está colocando, que é um metaverso 3D com óculos de realidade virtual", diz Luiz Guilherme, fundador da Epic Metaversos.
"Está provado durante os dois anos da pandemia que as ferramentas tipo Zoom, Google Meet e Microsoft Teams são de teleconferência, porém, não são ferramentas de convivência social, de cultura, de treinamento. Não funcionaram para isso", opina.
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Epic Metaversos criou versão virtual do Central Perk, cafeteria da série 'Friends' — Foto: Divulgação/Epic Metaversos
O que já existe?
Após a mudança de nome do Facebook para Meta, surgiram várias iniciativas que tentam explorar o potencial do metaverso.
No Brasil, a Justiça do Trabalho de Mato Grosso recriou seu espaço físico em um sistema imersivo que pode ser acessado no computador ou em óculos de realidade virtual. A plataforma tem caráter experimental e ainda não é usada para realizar audiências.

Justiça do Trabalho em Mato Grosso inaugura ambiente totalmente digital
Outra experiência é a de um hospital em São Paulo que fez uma simulação de neurocirurgia com a orientação de uma personagem virtual que podia ser vista com óculos de realidade aumentada. A ideia é que o avatar seja usado no futuro para ensinar alunos sobre procedimentos médicos.
Há ainda as cidades virtuais que permitem alugar terrenos em suas plataformas. Uma delas é a Xepa World, que pretende oferecer seus espaços para empresas. O ambiente ainda tem poucos espaços ocupados – por enquanto, os destaques são duas galerias virtuais de arte.
"Os artistas nos levaram a entender que esse espaço novo funciona como um novo suporte para as artes. Através dele, é possível contar as mesmas histórias que a gente contava antes, mas de uma forma nova", diz Jonas Davanço, cofundador da Xepa Gallery, startup que criou a cidade virtual.
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Xepa World é plataforma com cidade virtual com foco em arte e entretenimento — Foto: Divulgação/Xepa World
Outra plataforma brasileira que aposta no metaverso é o jogo de celular PK XD, com foco no público infantil. Os jogadores criam seus personagens e podem conquistar bens como roupas, carros e casas virtuais por meio de atividades realizadas com outras pessoas.
"É um mundo em que as crianças estão interagindo socialmente umas com as outras e vivendo experiências", explica Charles Barros, fundador da produtora de games Afterverse.
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Jogo PK XD tem mundo virtual em que usuários podem realizar atividades em conjunto para conquistar itens — Foto: Divulgação/PK XD
O executivo acredita que o fato de o jogo estar disponível para smartphone (e não para óculos de realidade virtual) ajuda a democratizar a ideia de universo virtual.
"As redes sociais se alastraram muito fortemente não só por causa do conceito, mas porque você precisava de muito pouco na barreira de entrada. Em qualquer computador ou celular que navega na internet, você consegue entrar nas redes sociais e os metaversos não são diferentes", afirma.
O que pode ser feito?
O metaverso também pode ser útil em alguns segmentos do comércio eletrônico, diz Luciana Nedel, professora da UFRGS. Ela avalia que o conceito tem o potencial de ser explorado em compras virtuais de supermercados, por exemplo.
"Tem um jeito da compra do supermercado que é: eu tenho a lista, mas tem aquilo que eu compro por impulso. Então, estou olhando as coisas nas prateleiras e me lembrando de coisas que eu não botei na lista. Talvez para fazer compras no supermercado o metaverso seja ótimo", afirma.
Para entender se uma plataforma está explorando o metaverso, é possível compará-la com outras formas de interação na internet, explica o professor Carlos Affonso Souza, do ITS-Rio e da UERJ.
"Em que medida essa relação [virtual] parece replicar a sensação de estar presente? Porque, se ela parecer uma chamada de áudio do WhatsApp ou uma videoconferência no Zoom, não dá para dizer que isso é metaverso".
Por - G1
Muitos pets com câncer vêm a óbito devido a um diagnóstico tardio. Pensando nisso, foi criada a campanha Setembro Lilás, que conscientiza os tutores sobre o combate e a prevenção da doença em animais.
O câncer pode estar relacionado a questões hereditárias, hormonais, faixa etária — pets idosos têm maior propensão à doença — e até fatores ambientais/externos. Hábitos alimentares inadequados, obesidade, falta de exercícios físicos e exposição excessiva ao sol sem proteção também contribuem para o desenvolvimento da enfermidade, como afirma Gisele Starosky, médica-veterinária de uma farmácia de manipulação veterinária.
Os diagnósticos mais frequentes em cães e gatos são de tumores de mama, no sistema reprodutor — ovário e útero em fêmeas e nos testículos em machos — e as neoplasias cutâneas, muito comuns tanto em cachorros, quanto em felinos, segundo a especialista. “Tumores de baço e fígado também são comumente encontrados, além de linfomas, um dos principais tipos de tumores que ocorrem em gatos.”
O câncer de pele também é comum em cães, provocado pela alta e constante incidência solar na derme, como afirma a médica-veterinária Sálua Carolina Cataneo.
Como identificar?
O diagnóstico deve ser feito por um médico-veterinário quanto antes, por isso, é importante levar o pet periodicamente às consultas de rotina. Mas existem alguns sinais que podem sinalizar a doença, conforme explica Valeska Rodrigues, professora do curso de Medicina Veterinária da UNIFRAN: “emagrecimento progressivo, aumento de volume abdominal e dificuldade de locomoção”.
Apatia, diarreia, vômitos, febre constante e ferimentos cutâneos ou de mucosas não cicatrizados também são sintomas dessa condição.
O animal pode apresentar ainda apenas perda significativa de peso, antes que sinais mais graves apareçam. Como os indicativos podem variar, a avaliação de um especialista é essencial, segundo Gisele.

Apatia, diarreia, vômitos, febre constante e emagrecimento progressivo são alguns dos sintomas da doença (Foto: Canva/ CreativeCommons)
Prevenção
No caso das cadelas, castrá-las antes do terceiro cio diminui as chances de desenvolvimento de tumores mamários. E, nos machos, o procedimento também minimiza os riscos de problemas de próstata e evita o câncer no testículo.
Para prevenir a condição na pele, deve-se evitar os passeios em horários de maior incidência de raios solares e passar regularmente o protetor solar veterinário no pet, de acordo com Valeska.
“O consumo a longo prazo de suplementos antioxidantes pode reduzir a incidência de neoplasias ou auxiliar como tratamento complementar em casos onde a doença já está instalada, melhorando a resposta dos pacientes contra os efeitos colaterais da quimioterapia”, conta Gisele.
Manter uma dieta balanceada é imprescindível para garantir longevidade e bem-estar para os animais.
Tratamentos
Existem diversas modalidades terapêuticas, como: eletroquimioterapia, crioterapia, cirurgia ― nos casos em que é possível fazer a retirada do câncer ―, quimioterapia, radioterapia e, mais recentemente, o uso de medicamentos.
O médico-veterinário poderá traçar o tratamento adequado para cada caso, por isso, o acompanhamento profissional é fundamental.
Por - Casa e Jardim