Expansão da rede 5G – que chegou a São Paulo nesta semana, quinta capital a receber o sinal, aumenta a expectativa dos usuários de dispositivos móveis por um serviço com maior rapidez.
Do envio de arquivos, como vídeos, a funcionalidades práticas na casa conectada ou em aplicações industriais e da área médica, a esperada tecnologia de quinta geração ainda engatinha no Brasil.
É que boa parte dos aparelhos nas mãos dos usuários não têm acesso ao sinal homologado pela Anatel.
Além da rede para geração do sinal, os equipamentos precisam tem ao menos um dos tipos de conexão para recepção: standalone – na sigla SA , que é o sinal puro – ou non-standlone – NSA, a mais comum.
Até o momento, cerca de 70 modelos de celulares foram homologados pela Agência Nacional de Telecomunicações para receber o 5G.
Mas há ainda alguns passos para que a tecnologia chegue, de fato.
Algumas operadoras têm exigências próprias para fornecer o sinal, que incluem troca de chip, como informou a Vivo; ou de plano, situação prevista pela operadora TIM, sem necessidade de mudar o chip.
Outras, precisam fazer atualizações, como é o caso do sistema operacional da Apple, previstas para novembro deste ano.
Isso para acesso ao 5G puro.
Na modalidade “non-standalone” todas as operadoras disseram que o chip que acessa a rede 4G é suficiente.
Pesquisadores de células-tronco afirmam ter criado pela primeira vez "embriões sintéticos" sem espermatozóides, óvulos ou fertilização.
O experimento foi realizado por cientistas do Instituto de Ciência Weizmann, em Israel, e publicado nesta semana na revista científica Cell. O recente avanço foi realizado com camundongos e demonstrou resultados sem precedentes no desenvolvimento da técnica. No entanto, a perspectiva para implementá-la no desenvolvimento de órgãos humanos permanece distante e polêmica.
“Os embriões sintéticos se formaram sozinhos, a partir de células-tronco colocadas fora do útero", resume o trabalho publicado numa das maiores revistas científicas de biologia. A pesquisa buscou desenvolver estruturas próximas ao embrião em laboratório, extraindo células simples de um animal e agindo sobre elas sem nenhum procedimento de fertilização.
Os cientistas conseguiram desenvolver estruturas semelhantes a um embrião de camundongo de oito dias, ou seja, um terço da gestação, momento em que os órgãos começam a se diferenciar. Para isso, extraíram células da pele dos camundongos e depois as reverteram artificialmente ao estado de células-tronco, que são unidades capazes de se transformarem em qualquer célula do corpo e, portanto, de formar diferentes órgãos.
Elas foram colocadas em um banho de nutrientes, constantemente agitadas e alimentadas com oxigênio para reproduzir o mais próximo possível as condições de um útero materno. Como resultado, uma pequena parte das células se organizaram, a partir de informações próprias, para formar órgãos.
É um avanço nunca visto, mas não se trata da descoberta da vida artificial. Na maioria dos casos, a experiência não deu certo e, mesmo quando foi bem-sucedida, o resultado foi um conjunto malformado demais para ser confundido com um embrião verdadeiro. Alguns cientistas nem mesmo aprovam o termo "embrião sintético".
— Não são embriões. Até que se prove o contrário, eles não produzem um indivíduo viável capaz de se reproduzir — diz o pesquisador francês Laurent David, especialista em desenvolvimento de células-tronco.
O pesquisador, que prefere o termo “embrioides”, destacando que eles apresentam apenas "esboços" de órgãos. No entanto, elogia o trabalho "novo e muito atraente", com potencial para realizar experimentos para entender melhor como os órgãos se desenvolvem.
Esses experimentos são cruciais para que as células-tronco possam um dia se desenvolver e formar membros do corpo humano que possam ser transplantados sem ter que precisar retirá-los de um doador. Não se trata mais apenas de uma possibilidade teórica, defendem os pesquisadores.
Há anos, cientistas conseguiram desenvolver um intestino artificial em laboratório que funcionou uma vez implantado em um camundongo. Em humanos, essa perspectiva continua sendo ficção científica, embora Jacob Hanna, responsável pelo novo estudo, acredite que sua pesquisa abre o caminho diretamente para esse avanço. E, para isso, fundou uma startup, a Renewal.
Outros investigadores consideram que ainda é cedo para pensar em avanços terapêuticos, embora admitam que esta investigação constitui um tijolo importante nesta construção. Mas alertam que o próximo passo lógico será obter resultados semelhantes a partir de células humanas, abrindo caminho para questões éticas sobre o status que deve ser dado a esses "embrioides".
— Embora ainda estejamos longe da perspectiva dos embriões humanos sintéticos, será fundamental realizar amplos debates sobre as implicações legais e éticas dessa pesquisa — resume o pesquisador britânico James Briscoe, especialista em desenvolvimento embrionário do Science Media Center.
Por - O Globo
Após uma série de críticas, o Instagram anunciou que ia pausar os testes do feed em tela cheia e diminuir a quantidade de publicações recomendadas.
Ainda assim, muitos usuários permanecem incomodados com os novos recursos da rede social. Os vídeos em formato de Reels têm irritado boa parte do público, que diz que o Instagram está se tornando o TikTok. Além disso, os posts sugeridos, que existem desde 2011, passaram a ser veiculados com exagero nos últimos tempos, fazendo com que pessoas desconhecidas sejam exibidas durante a navegação do feed.
Pensando nisso, o TechTudo reuniu uma série de alternativas para diminuir as sugestões no feed e tornar a navegação no app mais limpa. Confira, na lista a seguir, cinco dicas para remover sugestões do feed do Instagram.
1. Use o feed cronológico
Recentemente, o Instagram trouxe de volta o feed cronológico, que mostra os posts mais recentes das pessoas que o usuário segue, por ordem de publicação. Esse formato é exibido de forma paralela e não tem interferência de sugestões de algoritmos ou anúncios de publicidade, mostrando apenas aquilo que o usuário quer ver. Para acessar o feed cronológico, basta tocar no logo do Instagram, no canto superior esquerdo da tela, e selecionar a opção “Seguindo”. Você também pode ativar o feed especial “Favoritos”. Nele aparecem apenas publicações de pessoas selecionadas.
Instagram mostra posts em ordem de publicação na aba "Seguindo" — Foto: Reprodução/Rodrigo Fernandes
2. Bloqueie posts sugeridos
Outra maneira de se livrar das sugestões do Instagram é bloqueando os posts sugeridos do feed. Essa opção faz com que a rede social deixe de mostrar fotos e vídeos de pessoas desconhecidas no meio da navegação. Para ativar o bloqueio, basta localizar uma sugestão no feed e tocar no ícone de “x”, no canto superior direito do post. Depois, é só escolher “Ativar modo Soneca”.
Saiba como desativar publicações sugeridas no Instagram e ativar o Modo Soneca por 30 dias — Foto: Reprodução/Rodrigo Fernandes
Vale destacar que esse bloqueio é temporário e só dura 30 dias. Ou seja, após esse prazo, as sugestões voltarão automaticamente para o feed, sendo necessário repetir o procedimento para renovar o bloqueio.
3. Mostre ao algoritmo o conteúdo de que você não gosta
O Instagram também permite que você “ensine” aos algoritmos aquilo de que você não gosta, para que eles não mostrem novamente sugestões parecidas com o conteúdo em questão. Para isso, basta localizar uma sugestão e tocar no ícone de “x”. Depois, é só selecionar “Não sugerir publicações relacionadas”. Assim, os robôs entenderão que aquele tipo de perfil e conteúdo não são interessantes para você. Também é possível fazer esse tipo de sinalização no menu “Explorar”. Nesse caso, basta tocar nos três pontinhos do post indesejado e selecionar a opção “Não tenho interesse”.
Veja como sinalizar para algoritmo do Instagram que você não gosta daquele conteúdo e não acha interessante — Foto: Reprodução/Rodrigo Fernandes
4. Use a versão web
O Instagram Web não exibe anúncios nem sugestões de desconhecidos no feed. Desta forma, você pode navegar à vontade pela rede social, visualizando apenas fotos e vídeos publicados pelos seus amigos, sem a interferência de publicidades ou sugestões de algoritmos intercalando os posts. Para acessar o Instagram Web, basta acessar o endereço "instagram.com" (sem aspas) diretamente no seu navegador e fazer login com a sua conta.
5. Saia do Instagram
Caso nenhuma das alternativas anteriores torne a utilização do Instagram satisfatória, talvez seja o momento de dar um tempo do aplicativo e explorar conteúdos interessantes em outras redes sociais, ou até mesmo fora delas.
Por - TechTudo
O Dia Internacional da Cerveja é celebrado, anualmente, em toda primeira sexta-feira do mês de agosto. Presença garantida no churrasco, happy hour com amigos, casamento, festa de aniversário, a bebida é uma paixão nacional.
Mas apesar de popular, muito se fala sobre a cerveja e nem tudo é verdade. Será mesmo que cerveja engorda e dá barriga? Deve-se consumir a cerveja estupidamente gelada?
O Receitas conversou com o nutricionista João Muzzy, com a sommelière cervejeira Ludmyla Almeida e também com Henrique Boaventura, cervejeiro caseiro e juiz nacional de concursos cervejeiros (profissionais e caseiros). Os três especialistas esclarecem de uma vez por todas alguns mitos e verdades que envolvem a bebida. Confira!
1) Cerveja tem baixa caloria.
Segundo o nutricionista João Muzzy, a cerveja tem a densidade calórica alta, porém, é o item com menor quantidade de calorias por porção entre as bebidas alcoólicas. Basicamente, quanto maior o teor alcoólico da bebida, mais calorias ela possui por dose. Logo, a cerveja é a que possui menor teor alcoólico.
Uma cerveja long neck possui 150 calorias. Como parâmetro, isto equivale a 120 gramas de arroz cozido, ou 300 gramas de batata inglesa cozida, ou seja, uma quantidade bem grande de comida.
Por outro lado, se a pessoa bebe 6 long necks no fim de semana, podemos dizer que as calorias que ela ingeriu com a bebida se equiparam ao consumo de 13 fatias de pão integral.
2) Um copo de cerveja tem menos calorias que outras bebidas alcoólicas.
Verdade. A cerveja é a bebida alcoólica com a menor quantidade de calorias por copo. A cerveja zero álcool é ainda menos calórica, contendo cerca de metade das calorias da cerveja com álcool.
3) Cerveja low carb, orgânica e sem glúten são uma opção mais leve.
O fato de algumas opções serem orgânicas, sem glúten e low carb não vai alterar de maneira significativa o contexto calórico da bebida. Logo, o impacto estético será o mesmo. Pessoas com doença celíaca podem se beneficiar de algumas opções de cerveja sem glúten.
4) Cerveja engorda.
Qualquer alimento ou produto que contenha calorias, quando consumido em excesso, tem total potencial para ser convertido em gordura corporal. Seja esse alimento ou produto saudável ou não. Cerveja, se consumida em excesso, fará engordar.
Porém, o álcool pode ser ainda mais problemático, pois, além de ser muito calórico por grama (são 7 calorias em cada grama de álcool, enquanto o carboidrato possui 4 calorias por grama), aumenta a atividade das enzimas que participam da fabricação de gordura e inibe a síntese proteica muscular quando existe a intoxicação alcoólica (4 long necks ou mais).
5) Cerveja dá barriga.
O principal local de estoque de gordura dos seres humanos é a região abdominal. Logo, qualquer pessoa que esteja bebendo em excesso rotineiramente acabará sofrendo com o aumento da circunferência da cintura e abdômen.
6) Cerveja faz mal ou bem à saúde.
A Organização Mundial de Saúde e outras diretrizes de alimentação e saúde de renome alertam que o álcool em dose nenhuma é benéfica ao metabolismo humano. Até aquela pequena taça de vinho, que era comumente recomendada pelos médicos mais antigos, já não entra mais como recomendação para prevenção de doenças cardiovasculares.
Em relação à saúde, a recomendação é tornar o álcool o mais esporádico possível na rotina. A recomendação para pacientes e alunos é deixar apenas para ocasiões muito especiais, como casamentos e aniversários. Para as pessoas que fazem questão de beber todo final de semana, a sugestão é evitar passar de 3 a 4 long necks.
7) Cerveja faz mal ao coração.
Isso vai depender da quantidade ingerida e da frequência. Quanto maior a ingestão de álcool, maiores são os efeitos prejudicais na estrutura e na função cardíaca. O excesso de álcool pode levar ao aumento da pressão arterial, que afeta diretamente o músculo do coração, causando importantes alterações no metabolismo celular do órgão.
8) Cerveja causa mais ressaca que outras bebidas.
Tudo depende da quantidade de cada bebida consumida, bem como de como foi a alimentação e hidratação durante aquele dia de exagero. A cerveja tende a gerar uma ressaca mais branda devido ao menor teor alcoólico e maior teor de água.
Em dias de exageros, nunca deixe de fazer boas refeições contendo carboidratos em todas elas. Isso porque ele é o principal componente que pode evitar o coma alcoólico. E beba pelo menos 1 copo de água pura por hora
Dia da Cerveja: 16 mitos e verdades sobre a bebida — Foto: Reprodução/Unsplash
9) Cerveja preta ajuda na produção de leite materno.
Mito. O consumo de cerveja preta não ajuda na produção de leite materno. Como qualquer outra bebida alcoólica, deve ser vetada das lactantes. Pois tudo que a mãe consome tem impacto direto na qualidade do leite e na saúde do bebê, consequentemente.
10) Toda cerveja precisa estar estupidamente gelada.
Mito, de acordo com Ludmyla Almeida e Henrique Boaventura, ambos dos podcasts Surra de Lúpulo e Brassagem Forte, que contam com episódios sobre mitos e verdades cervejeiros disponíveis nas plataformas digitais.
Ainda conforme a dupla, diferentes estilos de cervejas pedem temperaturas variadas no consumo, isso porque cada estilo vai revelar melhor seus aromas e sabores, dependendo da temperatura de degustação. A seguir, confira os estilos de cervejas com as suas temperaturas "ideais" de degustação.
- De 2 a 4 graus Célsius para lagers leves e cervejas refrescantes como witbiers;
- De 4 a 6 graus Célsius para weizens e cervejas belgas ácidas;
- De 7 a 10 graus Célsius para cervejas mais intensas e complexas, como IPAs, Trapistas, Weizenbocks
- De 10 a 13 graus Célsius para cervejas mais alcoólicas, como Barley e Wheatwines, doppelbocks e eisbocks, Imperial e Pastry stouts.
12) O colarinho mantém a cerveja mais saborosa.
Se você é do time que odeia espuma, vale a pena dar uma chance para este fator que é muito importante para degustação da sua cerveja. A importância da espuma varia conforme o estilo de cerveja e de país para país. No entanto, é consenso que ela está relacionada a uma cerveja de boa qualidade, e a gente sabe que qualidade é fundamental para uma boa degustação.
A espuma cria um bloqueio entre o líquido e o ar, contribuindo para que a temperatura permaneça estável e mantendo os conjuntos de aroma e sabor, fazendo com que durem mais. Outro trabalho importante é a capacidade de impedir que a cerveja tenha contato com o oxigênio, evitando que a bebida passe pelo processo de oxidação, causando mudanças de sabor.
Dia da Cerveja: 16 mitos e verdades sobre a bebida — Foto: Reprodução/Pexels
13) Chopp e cerveja são a mesma coisa.
A diferença entre cerveja e chopp é que uma é sem pasteurização e a outra é pasteurizada. E, perante a lei, todo chopp é uma cerveja, mas nem toda cerveja é chopp.
Segundo a instrução normativa número 65, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a expressão "chopp" ou "chope" é permitida apenas para a cerveja que não seja submetida ao processo de pasteurização, tampouco a outros tratamentos térmicos similares ou equivalentes.
Outra dúvida comum é referente ao fato de que muitas cervejas artesanais não sofrem processo de pasteurização. Por lei, essa cerveja pode ser vendida como chopp, como muitas marcas fazem nas gôndolas de supermercado, mas é uma decisão da cervejaria.
14) Chopp de vinho não é chopp, nem vinho.
A rigor, o correto não é nem chamar de chopp e nem de cerveja. O correto seria chamá-lo de bebida alcoólica mista, já que na maioria dos casos, é uma mistura de vinho, cerveja e açúcar. Não existe uma legislação definindo a composição dessa bebida mista. Alguns fabricantes fazem misturando proporções iguais de vinho e cerveja, outros adicionam açúcar e ainda tem alguns que fazem uma versão diluída em água do vinho, carbonatado e servido sob pressão.
15) Cerveja de garrafa e de lata têm sabor diferentes.
Existe um esforço enorme por parte das fabricantes de cerveja que distribuem a bebida em mais de um tipo de recipiente para entregar sempre o mesmo sabor, independente de ser lata, long neck ou garrafas maiores. A questão é que existem alguns fatores envolvendo tanto o material do recipiente quanto o formato, que impactam, sim, no sabor.
A luz é um dos é um vilões da cerveja porque tem o poder de oxidar compostos no líquido, alterando o sabor final. Por essa razão, as cervejas são vendidas em garrafa, na sua grande maioria, são de cor âmbar porque diminuem a incidência de luz que chega ao líquido.
Cervejas vendidas em garrafas verdes ou transparentes precisam de um tratamento especial para resistirem mais ao efeito da luz e manter por mais tempo o sabor desejado.
As latas não sofrem do problema de incidência de luz, justamente pela camada protetora que o alumínio traz. Entretanto, entra outro inimigo da cerveja: o oxigênio. Durante o processo de envase, as latas têm uma abertura consideravelmente maior para injetar a cerveja no recipiente. Por essa razão, acabam sendo mais expostas ao oxigênio e também sofrendo oxidação.
16) Quanto mais escura a cerveja, mais alcoólica ela é.
Mito. A verdade é que cervejas escuras, pretas, levam cargas de maltes torrados elevados e esses maltes impactam no sabor da cerveja.
Ao longo dos anos foi sendo criado o mito de que a cor da cerveja está diretamente relacionada a sua intensidade. Na cabeça da maioria dos consumidores, cervejas escuras são ricas, pesadas e cheias de calorias, enquanto que as de cor clara são leves, tanto em corpo, teor alcoólico e calorias.
Mas a verdade é que existem cervejas escuras com sabores menos intensos, como Irish Stouts e Schwarzbiers, e também há cervejas superintensas, como Imperial Stouts. Mas só a cor não fala sobre teor alcoólico, visto que temos Irish stouts na casa dos 3% e Imperial stouts, igualmente escuras, na casa dos 11%.
Por - Receitas
Um estudo realizado em Salvador por pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) revelou que os lares chefiados por mulheres negras são os mais ameaçados pela fome: 21,2% deles têm insegurança alimentar moderada ou grave e outros 25,6% possuem insegurança alimentar leve.
Somadas as duas categorias, os dados indicam que preocupações em relação ao acesso à comida em quantidade e qualidade estão presentes em mais da metade desses domicílios.
Os resultados do estudo constam de artigo científico publicado na edição de hoje (5) da Revista Cadernos de Saúde Pública, editada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Os pesquisadores trabalharam com uma amostra de 14.713 domicílios em 160 bairros da capital baiana. Um questionário com 62 perguntas foi aplicado de forma presencial e online. A coleta de dados ocorreu entre 2018 e 2020.
Gravidade
Os pesquisadores utilizaram a classificação da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia). A situação é considerada grave quando há ocorrência de fome ou quando a quantidade de alimentos para as crianças é restrita, moderada quando os alimentos para adultos são restritos e leve quando as pessoas não sabem se terão acesso à comida num futuro próximo.
Já a segurança alimentar se configura quando há acesso à alimentação em quantidade e qualidade. Essa situação está mais presente em lares chefiados por homens brancos. Em 74,5% deles, não há preocupações relacionadas com a comida.
A nutricionista Silvana Oliveira, uma das pesquisadoras que assina o artigo, explica que diversos estudos comprovam que a insegurança alimentar se relaciona com fatores socioeconômicos como renda e escolaridade. Ela pondera, no entanto, que eles não explicam tudo e a discriminação racial também deve ser considerada.
"As pessoas ainda têm uma visão que o lugar da mulher negra é no trabalho doméstico. São alguns estereótipos que estão associados, por exemplo, à falta de oportunidades de ter melhor renda. Mesmo que tenha a escolaridade igual a de uma mulher branca, a mulher negra tende a ter um salário menor porque paira no imaginário social que ela tem uma menor valoração", analisa.
Segundo Silvana, para ter efetividade, as ações para combater a fome precisam estar associadas ao reconhecimento da desigualdade racial e ir além de medidas universais que desconsideram especificidades.
"As políticas públicas devem incorporar a interseccionalidade, que é esse olhar para as diferenças dentro dos grupos e para a interação entre os diferentes eixos de opressão. A desigualdade racial afeta toda a população negra. Mas também existem demandas específicas da mulher negra. E é preciso levar em conta essas demandas que estão sendo colocadas", diz.
Desigualdade racial
Embora a pesquisa tenha se debruçado sobre a realidade de Salvador, a nutricionista afirma que os resultados dialogam com dados que documentam a desigualdade racial no país.
Além disso, explica que o referencial teórico foi composto com estudos nacionais. "Considero que a pesquisa veio para somar e contribui para a discussão do quadro de insegurança alimentar não apenas de Salvador, mas do Brasil", afirma.
Ao mesmo tempo, ela observa que as características específicas da capital baiana foram levadas em conta. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com aproximadamente três milhões de habitantes, Salvador tem 80% de sua população autodeclarada preta ou parda.
Dentre os 14.713 domicílios que compuseram a amostra da pesquisa, a maioria (50,1%) tinha como responsável uma mulher negra, seguida de homem negro (35,4%), mulher branca (8,3%) e homem branco (6,2%). "Apesar de ter uma população majoritariamente negra, Salvador tem uma desigualdade muito profunda que não foi enfrentada", finaliza Silvana.
Por - Agência Brasil
A Motorola decidiu adiar o lançamento do Motorola Razr 2022, o novo integrante da linha que ficou famosa no Brasil pelo nome V3 há 15 anos.
A medida é tida como misteriosa porque a gigante de tecnologia não explicou a motivação. Havia grande expectativa para que os detalhes do Razr 2022 fossem apresentados num evento nesta terça (02), mas isso não aconteceu.
O aviso não foi emitido nos canais oficiais, mas sim pelo gerente-geral de dispositivos móveis, Chen Jin, numa rede social. Nenhuma explicação foi dada até agora. Além do Razr, era esperado também o anúncio do Motorola X30 Pro.
Lançamento do Motorola Razr 2022 foi adiado — Foto: Reprodução/Motorola
O lançamento era esperado por parte do mercado, que almejava ver tanto o sucessor do Motorola Razr, quanto o novo dispositivo premium da marca. O dobrável chegaria para substituir o atual integrante da linha, que desembarcou no varejo brasileiro em 2020. O concorrente direto de modelos como Galaxy Z Flip 3 e Galaxy Z Fold 3 deve ter processador Snapdragon 8 Plus Gen 1 e tela de 6,7 polegadas.
Consumidores e entusiastas continuam sem conhecer os novos telefones. Num post, Jin comentou o adiamento de forma objetiva: “lamento informá-los que o evento de lançamento do novo produto da Motorola, marcado para às 7h30 desta noite, foi cancelado por algum motivo. Esperamos ainda trazer os novos produtos para todos”.
A empresa também disse lamentar o ocorrido e agradeceu o apoio “entusiástico” aos produtos da marca. Sem mais delongas ou explicações, complementou: “para obter informações sobre novos produtos, você pode continuar prestando atenção na plataforma oficial de informações da Moto”.
Entre os principais motivos especulados está a visita de Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, a Taiwan, realizada nesta terça. A viagem da norte-americana cria um clima tenso entre Estados Unidos e China, de modo a impactar diversos campos, inclusive o da tecnologia.
Tela aberta do Motorola Razr 2019 — Foto: Thássius Veloso/TechTudo
Por - Agência Brasil