Buraco gigante no deserto do Chile não para de crescer e intriga cientistas

Uma enorme cratera circular de 32 metros de largura e 64 metros de profundidade surgiu no meio de uma estrada que atravessa um terreno de propriedade de uma mineradora.

Uma semana depois, o buraco aumentou: seu diâmetro agora é de 36,5 metros, de acordo com as últimas medições de satélite.

O Serviço Nacional de Geologia e Mineração do Chile (Sernageomin) ordenou que a companhia de mineração Candelaria interrompesse todas as suas operações na área.

 
 

Como surgiu

Geólogos consultados pela BBC News Mundo, serviço de notícias em espanhol da BBC, explicaram que há vários eventos naturais ou resultado da atividade humana que podem causar um sumidouro deste tipo.

Mas consideraram principalmente dois: o primeiro estaria relacionado às chuvas intensas que caíram na região no mês de julho.

"Você tem várias camadas no solo, e há várias maneiras pelas quais a água pode erodir", afirma o geofísico chileno Cristian Farías, diretor de construção civil e geologia da Universidade Católica de Temuco, no Chile.

Ele explicou que "quando cai muita água da chuva em solos com alto teor de gesso, a água percola e corrói toda a parte inferior por vários dias, o que tira a sustentabilidade da parte superior e acaba gerando um colapso".

A segunda hipótese aponta para a influência da atividade mineradora na área.

A companhia de mineração Candelaria explora uma jazida de cobre em Tierra Amarilla, e as galerias de sua mina penetram no subsolo, tanto no entorno do buraco quanto abaixo dele a uma profundidade muito maior.

 
 

"As informações preliminares que circulam apontam para a intervenção da mineradora que realizou uma exploração excessiva de minerais naquela área", afirma Cristóbal Muñoz, diretor da ONG informativa Red Geocientífica de Chile.

Ele destaca que a empresa "tinha uma projeção prevista para extrair 38 mil toneladas de minério, mas extraiu cerca de 138 mil toneladas, mais que o triplo" naquela jazida.

A intervenção da mineração pode ter desestabilizado o solo, segundo ele, desviando as águas subterrâneas do seu curso natural e esvaziando os aquíferos, gerando espaços que favorecem o terreno a ceder e cair devido ao seu próprio peso, formando a cratera.

A Candelaria reconhece, por sua vez, a superexploração de minerais, mas garante que foi totalmente legal.

"Em relação à extração excessiva, isso foi informado pela própria empresa às autoridades", declarou o gerente de relações públicas da empresa, Edwin Hidalgo.

Uma fonte do setor explicou à BBC News Mundo que é comum que mineradoras de cobre extraiam mais material do que o estimado devido à detonação de explosivos, entre outros motivos.

O representante da empresa alegou que é cedo para tirar conclusões e destacou que "estão sendo investigados os diferentes fatos que podem ter causado o sumidouro, entre os quais se destaca a precipitação registrada no mês de julho".

Os moradores de Tierra Amarilla organizaram um protesto no domingo, e o prefeito, Cristóbal Zúñiga, pediu à mineradora que assuma sua responsabilidade, embora não a tenha apontado diretamente como culpada, enquanto aguarda as conclusões da investigação.

A ministra de Minas do Chile, Marcela Hernando, prometeu, por sua vez, ir "até as últimas consequências" para punir os responsáveis ​​uma vez que forem identificados.

Quanto mais o buraco vai aumentar

Os deslizamentos de terra nas paredes do sumidouro têm sido constantes nos últimos dias, a ponto de aumentar seu diâmetro em 450 cm até os atuais 36,5 metros.

"Primeiro começou a alargar na parte de baixo; depois começou a criar uma forma assimétrica, e o que está em cima não tem suporte, então começa a cair e vai se alargando de forma lenta mas dramaticamente até chegar à forma de cilindro", observou Farías, autor do livro Volcanes y terremotos ("Vulcões e terremotos", em tradução literal).

Sendo assim, a previsão é de que o buraco continue a crescer pelo menos até que o diâmetro na superfície se iguale ao do fundo, que é de 48 metros.

Muñoz acredita, no entanto, que pode aumentar ainda mais se houver novas desestabilizações no terreno.

"De qualquer forma, não poderia ser mais de 200 ou 300 metros, que é o que importa para nós, porque o povoado mais próximo fica a 600 metros", declarou.

Ele não descartou, no entanto, que este fenômeno seja reproduzido em outras áreas da região.

"As áreas que seriam mais suscetíveis à ocorrência de outros sumidouros também estão sendo estudadas", afirmou.

Não é a primeira vez que um fenômeno do tipo acontece em Tierra Amarilla.

Em novembro de 2013, uma cratera de 20 metros de comprimento e 30 metros de largura com 30 metros de profundidade apareceu após o colapso de uma estrutura subterrânea de uma operação de mineração.

Por que é circular

Também chamou a atenção que a cratera forme um círculo quase perfeito.

"A aparência redonda de tal buraco se deve à forma do colapso", afirmou Cristian Farías.

O geofísico explicou que o colapso "começa em um ponto e se vai se estendendo de forma simétrica, ou seja, para todos os lados, radialmente, e isso faz com que tudo que colapsa o faça em círculo e pare em algum momento, quando encontra estabilidade.

"Muitas estruturas de colapsos na natureza ocorrem dessa maneira. Quando os vulcões, por exemplo, desmoronam porque o edifício vulcânico cai devido ao seu próprio peso, ou porque havia fluidos que não estão mais lá, a estrutura que é gerada costuma ser bastante circular; às vezes, um pouco mais oval, mas mais frequentemente circular".

O que vai acontecer com a cratera

Ainda não se sabe também o que o futuro reserva para o inesperado sumidouro de Tierra Amarilla. O buraco será tapado ou ficará à mercê das intempéries?

"A capacidade volumétrica que este sumidouro tem é bastante grande. Para ser honesto, não pode ser tapado facilmente, então uma solução seria cercar esse perímetro e colocar barreiras de segurança", avalia o diretor da Red Geocientífica de Chile.

Para Muñoz, é importante "garantir que as pessoas não se aproximem para tirar fotos", pois podem ocorrer acidentes.

Ele afirmou ainda que, mesmo que se tentasse tapá-lo, poderia ser em vão devido à própria natureza do buraco.

"Tem que pensar que parte da terra que caiu não está mais embaixo, porque tem um fluido que é a água. Quando caiu, foi como por um rio."

O gerente de relações públicas da mineradora assegurou, por sua vez, que grande parte dos sedimentos teria se acumulado no fundo do buraco, reduzindo sua profundidade de 64 para 62 metros, segundo suas últimas medições.

 

 

 

 

 

 

 

Por - BBC News

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Mãe busca fundos para financiar pesquisas de doença rara ligada ao autismo

Um menino piauiense de 4 anos, chamado Daniel, é uma das nove crianças diagnosticadas no Brasil com uma doença rara ligada ao Transtorno do Espectro Autista (TEA), sendo o único paciente no Nordeste.

A mãe de Daniel, a médica oftalmologista Kassandra Costa, ao receber o diagnóstico do filho, se uniu as outras mães para angariar fundos e financiar pesquisas em busca de tratamento e cura para a doença.

Segundo Kassandra, o DEAF1 é uma falha genética muito rara e que foi descoberta no filho durante a pandemia, após a regressão no tratamento que já fazia para o TEA. Ainda segundo Kassandra, apenas 200 crianças no mundo receberam o diagnóstico para a doença. 

“Decidimos fazer esse estudo genético até para entender melhor. O exame genético deu uma alteração rara ligada ao autismo, mas que têm estudos para cura e tratamento. As pessoas têm que entender é que o DEAF1 é uma alteração genética rara, nós só temos 9 casos no Brasil, 200 no mundo, e o Danielzinho faz parte desses 9, é o único do nordeste”, explicou Kassandra.

Após ter dimensão da raridade do caso do filho, Kassandra se juntou a outras mães que receberam o mesmo diagnóstico em busca de fundos para financiar pesquisas para ajudar no tratamento.

 “Quando eu tive o diagnóstico do Danielzinho eu não tinha noção da raridade. O laboratório me falou que era raro, mas eu foquei em terapia, em trabalhar, porque tem um custo, tem tempo. Só que essas mães me encontraram e explicaram a raridade que são os nossos filhos e queriam uma ajuda para gente buscar essas pesquisas fora, que têm um custo muito alto. Mas o importante é que isso é futuro para cura e tratamento de muitas crianças no mundo todo”, ressaltou ela.

 

Exames genéticos

 

A geneticista Patrícia Braga explicou que a dificuldade para realização de estudos genéticos está no alto preço cobrados para realização desse tipo de exame.

“Os exames genéticos ainda são bastante caros. Não são exames que estão à disposição livre e total das pessoas, às vezes a gente também depende da questão de ser disposto particular ou pelo plano de saúde para gente conseguir um diagnóstico desses pacientes. Infelizmente as doenças raras hoje em dia têm ainda poucos tratamentos, tem crescido bastante com a indústria farmacêutica, com várias tecnologias que estão sendo usadas, com várias pesquisas que estão sendo feitas, mas infelizmente ainda são poucas aquelas que nós conseguimos tratar realmente", lamentou a geneticista.

 

Fundos para pesquisa

Ana Karine Bittencourt, jornalista e publicitária, fundou em 2020 o Instituto Mariano de Apoio à Pesquisa em DEAF1/DAND em Brasília (DF), após receber o diagnóstico da doença para o filho Rafael, de 14 anos. Segundo ela, o Instituto acolhe pessoas de todo o Brasil e de vários países da América Latina.

 "O instituto foi fundado por uma mãe com o apoio de outra mãe que ajudou no conselho fiscal. Eram duas mães, mas aos poucos foram chegando outras, e hoje somos oito famílias e nove crianças, pois uma família tem gêmeos. O objetivo do Instituto é arrecadar fundos, acompanhar, financiar e realizar as pesquisas" explicou Ana.

Segundo Ana, será firmado um convênio com a Universidade de Campinas para acompanhar as pesquisas que já existem, com o objetivo de organizar o material já estudado e continuar estudando o DEAF1 no Brasil e no mundo.

 

 

 

 

 

 

 

Por - G1

Os riscos do aleitamento cruzado: entenda por que só mãe deve amamentar filho

Quando a mãe permite que outra mulher amamente o seu bebê, o chamado aleitamento cruzado, ela está colocando em risco a saúde da criança, pois algumas doenças podem ser transmitidas através do leite materno.

No passado, os bebês costumavam ser amamentados pelas "amas de leite", mas há tempos foi comprovado, cientificamente, que isso é errado. Para se ter ideia, uma portaria do Ministério da Saúde, publicada em 1993, já abordava o assunto orientando que "as equipes de saúde deviam proibir que as mães amamentassem outros recém-nascidos que não os seus. O mesmo posicionamento adota a Rede de Bancos de Leite Humano.

 

Valdenise Tuma Calil, pediatra neonatologista e coordenadora-médica do Banco de Leite Humano do Instituto da Criança e do Adolescente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), explica o aleitamento cruzado passou a ser contraindicado após o advento do HIV, por volta da década de 1980, porque a doença também é transmitida através do leite materno.

"Existe uma janela imunológica, então, às vezes, mesmo que a gestante tenha feito exames, eles podem ainda não estar detectando a infecção, porque ela não tem a quantidade de anticorpos suficientes, por exemplo", explica Calil, reforçando que essa prática é muito arriscada, inclusive, para a mulher, visto que, embora seja menos comum, ela também pode ser infectada pelo bebê, já que a amamentação é um contato extremamente íntimo.

Eveline Campos Monteiro de Castro, pediatra e chefe da unidade de neonatologia da Maternidade-Escola Assis Chateaubriand da Universidade Federal do Ceará (MEAC-UFC), vinculada à Rede Ebserh acrescenta que, em algumas regiões do país, onde o acompanhamento do pré-natal é mais escasso, os riscos são ainda maiores. "A realidade é mais difícil em alguns hospitais públicos onde as mães não conseguem fazer o pré-natal de forma correta", comenta a médica.

E além do risco iminente de infecção pelo HIV, causador da Aids, outras doenças também podem ser transmitidas para o bebê através do leite materno, como hepatites, HTLVs (vírus da mesma família do HIV), mononucleose (ou doença do beijo), citomegalovírus (da família do vírus herpes).

 

Doação de leite é indicada e extremamente importante

Se a mulher precisa de leite materno ou quer doar, ela pode procurar um dos 220 postos de coleta dos Bancos de Leite Humano (BLHs) espalhados pelo país. "Grande parte dos bancos tem o serviço de coleta externa. Eles vão buscar o leite na residência da doadora, e isso já viabiliza, porque muitas vezes a mulher está amamentando o seu bebê e não consegue se deslocar para doar", ressalta Ana Zélia Pristo de Medeiros Oliveira, enfermeira e coordenadora do banco de leite da Maternidade Escola Januário Cicco, vinculada à Rede Ebserh, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (MEJC-UFRN).

Nesse contexto é muito importante frisar que a doação para um banco de leite não é a mesma coisa que o aleitamento cruzado, porque o leite doado, antes de ser entregue a um bebê, é pasteurizado.

"A pasteurização é um aquecimento do leite a 62,5°C por trinta minutos, e depois um resfriamento rápido a mais ou menos 4°C para evitar que o leite perca muitas propriedades imunológicas", descreve Calil. "Com isso, existe uma inativação de 100% dos vírus e bactérias patogênicas, por isso ele pode ser utilizado para outros bebês que não são daquela mãe", esclarece a especialista, que também é professora colaboradora da disciplina de neonatologia da Universidade de São Paulo.

O leite materno é essencial para o bom desenvolvimento do bebê. Mas não raro é difundida a ideia de que, dependendo da cor ou da textura, ele é mais forte ou mais fraco. No entanto, isso não passa de um mito.

Segundo os especialistas, não existe leite fraco, independente da aparência, ele tem sempre a quantidade de nutrientes adequada para cada fase do bebê, a não ser que a mãe tenha uma desnutrição muito severa (exceções), então o leite pode ter uma quantidade de gordura um pouco menor.

O que acontece, na verdade, é que algumas mulheres produzem leite com um maior teor de gordura, dependendo da sua alimentação, o que não significa que o leite de outras seja fraco, tampouco que a nutrição do bebê será prejudicada.

"As mães que têm restrição alimentar por não ter condições de se alimentar adequadamente durante a gravidez, também tem um leite muito bom, porque o organismo tira tudo que ela tem de melhor para alimentar o bebê", reforça Castro, pediatra e chefe da unidade de neonatologia da Maternidade-Escola Assis Chateaubriand.

A especialista ainda ressalta que a natureza é tão perfeita que o leite da mãe de um bebê prematuro é diferente de outro que nasceu na época certa. "A quantidade de nutrientes é exatamente a ideal para aquele bebê, a gente nem entende essa perfeição do corpo", comenta Castro.

 

Benefícios do aleitamento materno

Não é segredo para ninguém que o leite materno é muito importante para o desenvolvimento do bebê. Mas você sabe exatamente por quê? Veja a seguir alguns dos principais motivos:

  • As proteínas do leite materno têm uma qualidade muito melhor se comparados com a fórmula, como já mostram diversos estudos;
  • O leite materno tem as quantidades de nutrientes exatas para o recém-nascido e para cada fase posterior;
  • Reduz o risco de mortalidade infantil;
  • Tem uma digestão mais rápida e melhor, além de o bebê ter menos incidência de refluxo e diarreia;
  • Protege contra a desnutrição e obesidade, já que possui uma quantidade muito mais equilibrada de nutrientes;
  • Diminui o risco de diabetes;
  • O leite materno tem fatores de defesa imunológicos que protegem, em especial, contra infecções digestivas e respiratórias;
  • Estudos apontam que o leite materno diminui o risco de transtornos mentais na infância e adolescência;
  • Bebês que mamam no peito correm menos risco de serem internados;
  • Favorece o desenvolvimento motor-oral, que inclui a da arcada dentária, mandíbula, lábios, língua, mandíbula, maxila, bochechas, etc;
  • Previne a má oclusão dental;
  • Protege contra doenças intestinais com origens imunológicas;
  • Previne contra doenças alérgicas e crônicas, como colesterol, cardiopatias, alguns tipos de cânceres e leucemia;
  • O aleitamento materno é muito mais prático, está sempre pronto e na temperatura ideal;
  • A amamentação fortalece muito os vínculos afetivos entre mãe e filho.

E os benefícios não param por aí. Diversas pesquisas, incluindo uma brasileira e publicada na prestigiada revista médica The Lancet, mostram que o aleitamento materno também melhora a cognição, ou seja, bebês que mamam no peito tendem a ser mais inteligentes, com um QI mais elevado.

  • E as mães também são beneficiadas, visto que o leite materno:
  • Diminui o risco do câncer de mama, de ovário e protege contra a diabetes tipo 2, como já demonstrado em estudos;
  • Ajuda na recuperação do pós-parto com a liberação de ocitocina, que contrai o útero para que ele volte ao normal mais rápido, independentemente do tipo de parto;
  • Auxilia na perda do peso;
  • Diminui o risco de depressão pós-parto.

Além disso, segundo os especialistas, a amamentação ainda tem um efeito anticoncepcional. A mulher que amamenta com intervalos regulares tende a demorar mais para engravidar novamente, pois a produção hormonal inibe uma nova gestação.

Contudo, há alguns casos que impedem que a mulher amamente o seu bebê, como o uso de alguns medicamentos para câncer ou doenças imunológicas, quimioterapias, entre outros.

Algumas mães podem sofrer com mastite — uma inflamação que deixa o seio vermelho e bastante dolorido, e que requer medicação. Outras têm fissuras, que costumam surgir ainda no início da amamentação. Isso ocorre, principalmente, porque a criança ainda está aprendendo a sugar o leite. De qualquer forma é preciso ir ao médico para avaliação, que pode, por exemplo, receitar pomadas para um tratamento eficaz, sem precisar cessar a amamentação.

Caso o seio esteja muito machucado, atualmente, existem profissionais que fazem aplicação de laser para cicatrização, mas não é barato, por isso a técnica é inviável para a maioria da população.

"A mãe pode deixar a mama machucada em repouso, passar a pomada receitada e retirar o leite para não empedrar. Não pode deixar cheia de leite e dura, porque isso predispõe a mastite", alerta Cali, professora da USP e membro do departamento de aleitamento materno da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

A especialista comenta também que algumas mães, ao terem o seio machucado gostam de passar o próprio leite na região, o que faz bastante sentido. "Porque o leite materno tem propriedades cicatrizantes, então, ela pode passar o leite e deixá-lo secar, que isso também vai ajudar na cicatrização", ensina Calil.

Segundo ela, a maior parte das mães não precisa parar de amamentar por esses motivos, a não ser que haja, por exemplo, um abscesso mamário (infecção com saída de pus). Nesse caso, ela deve cessar a amamentação e esperar melhorar. Depois, caso queira, pode voltar a amamentar o bebê.

Vale dizer que, às vezes, só um seio inflama e, nesse caso, a mãe pode seguir a amamentação apenas com o outro, provisoriamente.

Como forma preventiva, os especialistas reforçam que as mães precisam ser acompanhadas e muito bem orientadas por um pediatra ou uma consultora de lactação. Nos próprios Bancos de Leite Humano, a mulher pode receber orientações sobre como amamentar o seu filho corretamente.

A amamentação é tão importante que entre os dias 1 e 7 de agosto ocorre a 31ª semana mundial de aleitamento materno. No Brasil, esse mês é conhecido como Agosto Dourado, porque simboliza a luta pelo incentivo à amamentação. A cor dourada está relacionada ao padrão ouro de qualidade do leite materno. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aconselha a manutenção do aleitamento materno por dois anos ou mais, e, de forma exclusiva, por 6 meses.

 

 

 

 

 

 

 

Por - BBCNews

WhatsApp vai deixar você esconder que está 'online'; veja como fazer

O WhatsApp anunciou nesta terça-feira (9) um recurso que permite esconder o "online" que aparece nas contas, uma opção esperada há bastante tempo por muitos usuários. Ele será liberado aos poucos e estará disponível para todos ainda este mês.

O aplicativo também vai permitir deixar grupos sem que todos fiquem sabendo e bloquear capturas de tela (print screen) em mensagens de visualização única. Essas mudanças serão ativadas automaticamente e não será preciso mudar configurações da conta.

 

Como esconder 'online' e 'visto por último' no WhatsApp

Até então, não era possível tirar o status "online" do WhatsApp: se você abrisse o aplicativo, o aviso aparecia para todos os seus contatos. Agora será possível decidir quem pode ver esse status.

 

Veja como ocultar o "online" da sua conta do WhatsApp:

  1. Nas configurações, selecione "Conta";
  2. Selecione "Privacidade";
  3. Clique em "Visto por último e online";
  4. Escolha quem pode ver o "visto por último" ("Todos", "Meus contatos", "Meus contatos, exceto..." e "Ninguém");
  5. Escolha quem pode ver o "online" (todos ou a mesma opção escolhida no "visto por último").

Ao esconder o "online" e o "visto por último" de sua conta, você também não conseguirá ver essas informações nas contas de outras pessoas.

 

Saída silenciosa de grupos

Muitos usuários também esperavam um recurso que permita sair discretamente de grupos. Com a atualização do WhatsApp, o aviso de que alguém deixou a conversa será exibido somente para os administradores do grupo.

A mudança será liberada a partir desta terça-feira (9) e poderá ser observada no aviso que o aplicativo mostra antes de você sair de um grupo.

Se a novidade não chegou para você, o aplicativo perguntará apenas se você realmente deseja deixar a conversa. Caso ela esteja disponível, será exibida uma janela avisando que "somente os admins serão notificados quando você sair do grupo".

 

Bloqueio de print em mensagens de visualização única

O WhatsApp anunciou ainda que está testando um bloqueio da captura de tela em mensagens de visualização única, incluindo fotos e vídeos.

A ideia é oferecer mais uma camada de proteção para usuários compartilharem registros quando não querem que eles fiquem disponíveis para sempre aos seus contatos. A funcionalidade será liberada para todos em breve.

 

Por que não aparece para mim?

O WhatsApp costuma liberar novos recursos aos poucos e, por isso, é possível que as novidades não estejam disponíveis para você assim que são anunciadas.

Uma boa prática para receber novos recursos é manter o aplicativo atualizado. Isso não garante que as mudanças aparecerão mais rapidamente, e sim que você terá uma versão mais recente, que está apta a receber a nova funcionalidade.

Veja como atualizar o WhatsApp:

 

  1. Acesse a Play Store (Android) ou App Store (Apple) e busque por "WhatsApp";
  2. Na página do aplicativo, veja se há um botão com o título "Atualizar";
  3. Clique em "Atualizar" e aguarde o download;
  4. O aplicativo vai reiniciar e estará atualizado.

 

Importante: se em vez de "Atualizar", o botão estiver com a mensagem "Abrir", o aplicativo já está na versão mais recente disponível.

 

 

 

 

 

 

Por - G1

'Cafezinho' custa 10% do valor de uma refeição completa no Brasil em 2022

Um novo estudo aponta que, para os brasileiros, o cafezinho após o almoço custa 10% do valor total de uma refeição completa em 2022 (em média, de R$ 40,64).

O cálculo foi feito com base no combo que inclui prato, bebida e sobremesa. O dado é da Pesquisa +Valor, realizada pela Ticket, marca de benefícios de alimentação e refeição da Edenred Brasil, com cerca de 4,5 mil estabelecimentos alimentícios nas cinco regiões do país.

Segundo a média nacional, a bebida tem sido encontrada a um preço médio de R$ 4,23, um aumento de 24% em comparação com o valor de cinco anos atrás. Em 2018, a xícara de café custava em torno de R$ 3,40.

Mesmo com o incremento, o valor da bebida cresceu abaixo da inflação. O preço de cinco anos atrás corrigido, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), seria de R$ 5,91. Esse avanço nos gastos acompanha as altas do setor cafeeiro. Ainda segundo o IPCA, os preços do café moído subiram 56,87% para o consumidor no acumulado de 12 meses até janeiro deste ano. 

Tabela mostra o preço médio do cafezinho em cada região do Brasil em 2022 (Foto: Ticket / Edenred Brasil / Divulgação)

Tabela mostra o preço médio do "cafezinho" em cada região do Brasil em 2022 (Foto: Ticket / Edenred Brasil / Divulgação)

Na análise por região, o Norte se destaca com a maior participação do café no valor total da refeição (R$ 36,14): 13%, com a bebida a um preço médio de R$ 4,71. Na sequência, o Sul tem o cafezinho a R$ 4,08, que corresponde a 11% do valor do prato a R$ 36,97.

Em terceiro lugar, o Nordeste apresenta a bebida a um valor médio de R$ 4,30, ou 10,6% do preço da refeição, que está em R$ 40,28. O café no Sudeste, por sua vez, corresponde a 10% do valor total: R$ 4,34 de R$ 42,83. Por fim, o Centro-Oeste é a região em que a bebida tem a menor participação no preço da refeição completa (R$ 34,20): 8.8%, a um valor médio de R$ 3,03. 

Gráfico indica o preço médio do cafezinho por tipo de serviço no Brasil em 2022 (Foto: Ticket / Edenred Brasil / Divulgação)

Gráfico indica o preço médio do "cafezinho" por tipo de serviço no Brasil em 2022 (Foto: Ticket / Edenred Brasil / Divulgação)

Quando o estudo é realizado por tipo de serviço, o cafezinho que completa o prato Comercial, a R$ 3,94 é o que apresenta maior participação (12.8%) no valor total da refeição, com preço médio de R$ 30,59.

Já no Autosserviço, cujo prato custa, em média, R$ 35,91, a bebida corresponde a 12.3% do valor (R$ 4,43). No A La Carte, com preço médio de R$ 64,83, o café representa uma fatia de 8.7%, a um custo de R$ 5,66. No prato Executivo, por sua vez, que apresenta o valor médio de R$ 50,23, a bebida corresponde a 8.1%, com o preço de R$ 5,08.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por - Casa e Jardim

Entenda o que é a entrega voluntária de crianças

Ainda pouco conhecida da população, a entrega voluntária de crianças recém-nascidas para adoção é um procedimento legal, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), criado para oferecer alternativa ao simples abandono ou até mesmo a esquemas irregulares de adoção.

O tema ganhou destaque depois que a atriz Klara Castanho, de 21 anos, revelou no mês de junho, em rede social, ter aderido ao procedimento após ter sido vítima de estupro. O caso foi divulgado por colunistas sociais.

A lei, contudo, garante o sigilo total à mulher grávida que faça a entrega voluntária, incluindo o segredo sobre o próprio nascimento da criança. A ideia é proteger a gestante que não possa ou não queira ficar com o bebê, garantindo que ela depois não será responsabilizada.

Ao manifestar em qualquer hospital público, posto de atendimento, conselho tutelar ou outra instituição do sistema de proteção à infância a vontade de fazer a entrega, a gestante deve ser obrigatoriamente encaminhada ao Poder Judiciário. Tudo deve ser supervisionado por uma Vara da Infância e acompanhado pelo Ministério Público.

A legislação prevê que, nesses casos, a mulher deve ser atendida por uma equipe técnica multidisciplinar, composta por profissionais de assistência social e psicologia. A equipe produzirá um parecer para o juiz, que em audiência com a gestante dará a palavra final sobre a entrega.

Caso haja concordância de todos, a criança é encaminhada para acolhimento imediato por família apta, que esteja inscrita no Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA). A mãe biológica tem dez dias para manifestar arrependimento. Depois desse prazo, perde os direitos familiares sobre a criança.

Todo o procedimento foi inserido no ECA pela Lei 13.509/2017. Neste semana, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) informou que está em fase final de elaboração norma destinada a detalhar ainda mais os procedimentos para a entrega voluntária no âmbito dos tribunais de Justiça.

Segundo dados do SNA, a procura pelo mecanismo tem crescido nos últimos anos. Em 2020, foram registradas 1.012 entregas voluntárias no país, número que subiu para 1.238 em 2021. Neste ano, 484 crianças foram recebidas para adoção até o momento.

Registrar o filho de outra pessoa como seu, atribuir o parto alheio como próprio ou ocultar criança para que não seja registrada são crimes previstos no Código Penal, com pena de dois a seis anos de reclusão.

Também é crime prometer ou efetivar a entrega de criança mediante pagamento ou recompensa, com pena prevista de um a quatro anos de reclusão, mais multa. Incide na mesma pena quem recebe o menor. O abandono de incapaz e de recém-nascido também é crime previsto no Código Penal.

 

 

 

 

 

 

 

Por - Agência bRasil

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