Porém, a rotina não garante perfeição. Esportistas podem enfrentar problemas hormonais ou ter dificuldades na hora de retornar à rotina. É necessário, assim, um acompanhamento específico para realizar o sonho de ser mãe.
Atletas têm dificuldade para engravidar
Tudo que é demasiado não faz bem, inclusive esportes. Se o sedentarismo é um vilão, exercícios intensos podem não ser exatamente ruins, mas tornam difícil a possibilidade de engravidar. Competidoras de modalidades como corrida, ciclismo, ginástica e natação são as mais afetadas.
As mulheres participam cada vez mais ativamente do mundo esportivo, tendo sido 44% dos atletas nos últimos Jogos Olímpicos, em Londres. A essa informação, soma-se o fato de que o estresse físico e mental das cobranças dos técnicos e da expectativa por resultados também afeta a saúde endócrina feminina.
Dessa forma, é comum que, entre atletas ou dançarinas, a primeira menstruação seja retardada e a organização hormonal seja afetada. Pode haver até ausência de menstruação. Logo, é preciso acompanhamento médico não só em função do rendimento esportivo, mas também em relação à saúde do sistema reprodutivo.
A prática esportiva também pode aumentar a chance de contrair doenças como a candidíase, por causa do aumento de umidade e calor na região íntima. Esse é mais um fator para acompanhar a saúde reprodutiva de perto, pois pode influenciar quando a atleta quiser engravidar.
Alimentação e estresse interferem
A alimentação das atletas pode ser um fator de bloqueio. Às vezes, é necessário aumentar o número de calorias para a menstruação retornar e favorecer uma gravidez.
Geralmente, o estresse torna difícil engravidar, seja pela rotina de treinos ou pelo medo de não conseguir voltar à boa forma depois do parto. Porém, é possível manter certas atividades físicas durante a gestação, como natação e corrida, sempre com acompanhamento médico e tendo atenção ao novo eixo do corpo, que muda conforme o bebê cresce.
Especialmente nos casos em que a atleta não puder diminuir os treinos, recomenda-se procurar um profissional para induzir a ovulação. A reposição hormonal também pode atuar como forma de prevenção da perda de massa óssea.
Existem alguns exemplos recentes de atletas que engravidaram e retornaram ou estão retornando à rotina de treinos. É o caso de Jaqueline, jogadora de vôlei, que deu a luz a um filho do também jogador Murilo. Ela relatou fazer musculação e cuidar da alimentação como forma de recuperar o peso e a forma para voltar a competir.
Também está se preparando para voltar às competições a lutadora de MMA Kinberly Novaes, que descobriu estar grávida após uma luta em que o exame não havia sido exigido. Ela lutou - e venceu - com três meses de gravidez. Agora, após o nascimento do bebê, pretende voltar ao octógono ainda no primeiro semestre de 2016. (Com Vivo Mais Saudável)