Com a presença da ouvidoria agrária do Incra, Josiane Oliveira e do técnico José Jorge – representando a superintendência estadual de Curitiba e acompanhados do assessor da prefeitura, Claudinei Oliboni – este representando o prefeito Ademir Fagundes (Gaúcho) e de Alecir Daga e Branca dos Santos – ambos da coordenação estadual do MST, os acampados residentes estão começando a realizar o sonho do cadastramento, a fim da futura titularização das terras e o acesso aos benefícios e programas sociais do Governo Federal.
De acordo com os funcionários do Incra, até o momento da reportagem já haviam sido cadastradas exatamente 618 famílias e o trabalho continuaria na parte da tarde.
Para o técnico José Jorge, o novo rumo do Incra em Rio Bonito do Iguaçu se deu pela mudança da diretoria da superintendência do Paraná, que numa reunião junto com os movimentos sociais, decidiu dar intensidade na regularização dessas famílias.
Segundo a representante da ouvidoria, Josiane Oliveira, os dados coletados irão dar a verdadeira quantidade e a realidade das famílias que estão residindo nos acampamentos para que no futuro, seja criado o assentamento tão sonhado no local. “Esses dados serão levados até Curitiba, lá digitados, inclusos no sistema e assim poderemos saber como agir ao caso de cada família”, explica Josiane.
De acordo com Alecir Daga, do MST, o cronograma de atividades firmada em reunião junto à superintendência do Incra está sendo cumprida.
“Estamos contentes conforme combinado numa reunião em Curitiba com o superintendente Edson Wagner de Sousa Barroso, o Incra está aqui correspondendo à altura. Essa união entre o movimento, o Governo Municipal fazendo sua parte cedendo funcionários; temos as professoras companheiras nos auxiliando. E o empenho do Incra aqui está sendo até uma surpresa para todos. A metas estão sendo cumpridas até o momento. O Incra agora está conversando, dialogando e se sentindo a vontade junto ao nosso povo durante esse cadastramento”, reconhece Alecir Daga.
Sobre sua luta junto à reforma agrária e novo momento que Rio Bonito do Iguaçu vive com a chegada do Incra, por intermédio do atual Governo Municipal, além de uma visão futura de desenvolvimento, Alecir Daga faz mais considerações.
“Sou assentado há 21 anos desde o começo em 1996. Nesses lugares aqui não tinha rua, mercadinho, hoje com apoio do comércio, da população, da prefeitura e dos municípios vizinhos, o desenvolvimento da reforma agrária traz muito emprego. Seja na produção de grãos, de leite, mercado, fábricas; geração de emprego de quatro a cinco empregos nas propriedades, geração de emprego pra quem trabalha com os produtos do campo na cidade. Acredito que hoje a nossa luta, em parceria com o município e com os órgãos como Incra, só vem nos fortalecer. Se não tivermos união entre nós companheiros e o poder com quem está, não vamos chegar a lugar nenhum”, aponta o coordenador do MST.
Apoio político
Para o assessor da prefeitura, Claudinei Oliboni, o trabalho da administração municipal do prefeito Ademir Fagundes, é fazer que as coisas aconteçam na real. Segundo Claudinei, a parceria firmada com os deputados Fernando Francischini e Felipe Francischini e da chegada do superintendente Edson Wagner, desde que assumiu em setembro do ano passado, está trabalhando na melhoria de vida das famílias do município.
“Nós conseguimos trazer para Rio Bonito do Iguaçu a unidade do Incra que já está implantando e em breve estará aberta atendendo a população de toda a região. Aqui para o povo do acampamento, nós como governo, formamos essa parceria porque nós víamos a necessidade e o anseio pela obtenção da terra.
Isso nos ajuda também como município. Também formamos essa parceria com a nova coordenação para dizer que isso aqui tem que acontecer de fato e na real. Estamos correndo e trabalhando junto aos órgãos competentes para que seja feito de imediato as negociações.
Por isso está acontecendo aqui junto da Josiane e do José, ambos funcionários do Incra e com os nossos funcionários da prefeitura, mais os professores itinerantes e pessoal do acampamento, todos fazendo o cadastramento de mais de mil famílias que estão prestes a serem contempladas com a titularização das suas terras.
Rio Bonito era pequeno em 1996 antes da chegada e criação dos primeiros assentamentos. “Agora é grande e vai se tornar ainda maior, pois os recursos virão através dos assentados da região e beneficiarão todo o município”, conclui.
Por Assessoria