A caminhada foi acompanhada de um veículo com som que anunciava através de vinhetas, que a população deve, mesmo que no inverno, de cuidar das suas casas e lotes no que tange o acúmulo de água em recipientes.
Ana Nunes Padilha, professora e uma das coordenadoras do mutirão em combate à Dengue explica que no município há um compromisso que a cada semana um grupo da sociedade civil faça algum tipo de trabalho conscientizador sobre o assunto.
“Nesta semana é a nossa vez de trabalhar com nossos alunos. Procuramos envolver toda a escola com atividades pedagógicas e sala de aula e também alertar a comunidade. Por exemplo, fizemos na segunda-feira a coleta de lixo orgânico e reciclável de vários terrenos baldios e agora passaremos a promover palestras junto ao pessoal da saúde”, relata a coordenadora Ana Nunes.
Além dessas atividades, a Apae promove teatrinhos com músicas e até os alunos cadeirantes saem às ruas exibindo cartazes produzidos por eles próprios com a mensagem de alertar sobre os perigos da proliferação do mosquito aedes aegypti.
“Os nossos alunos especiais ficam alegres em participar; ficam felizes de poderem sair de dentro da escola, até os cadeirantes participam. Não na coleta do nos lotes vagos, mas a professora que coordenou, fez o cartaz com eles os demais alunos não cadeirantes se dividiram e fizeram a coleta do lixo”, acrescenta a professora.
Na avaliação da equipe da Apae que está coordenando o trabalho de conscientização, em Rio Bonito se percebe não tantos focos para proliferação dos mosquitos nas residências, mas sim muito lixo em lotes e terrenos baldios. Fato que coloca o município em situação de risco real.
Riscos de contaminação
João Paulo Kailer, coordenador do Programa de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde alerta à população não deve deixar acumular água em recipientes e pneus nos quintais, terrenos e em outros tipos de imóveis.
“Alguns dados apontam que nosso município é infestado pela dengue desde 2008, mas o importante que os focos de mosquitos encontrados não estejam com o vírus. Por isso é importante a população começar pelo cuidado na sua propriedade. Haja vista que estamos orientando a população, mesmo neste período de inverno onde se diminui a proliferação de mosquito”, aponta João Kailer.
Há casos como, por exemplo, de pessoas que se negam em receber nas suas casas as equipes dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS). “Tem morador que acredita estar prevenido, mas somente os ACS ou os agentes de endemias conseguirão detectar algum foco de risco qual o morador não tenha percebido e fazer a devida orientação”, salienta o coordenador.
De acordo com a Coordenação de Endemias, já foram encontrados larvas ativas do mosquito aedes aegypti em todo o quadro urbano de Rio Bonito do Iguaçu. Em qualquer ponto da cidade está suscetível de acontecer a picada do mosquito e a conseqüente transmissão da doença.
Nesta terça-feira, 4, continua o trabalho na sede da Apae com palestras de profissionais da Secretaria de Saúde junto aos alunos. Estes deverão repassar aos seus familiares para que todos juntos tomem os devidos cuidados em casa e que a Dengue não tenha grande proliferação no município.
Por assessoria