Dois minutos depois, foi registrado um tremor com magnitude ainda maior, de 5,1, em São Jerônimo da Serra (335 km de Curitiba). A profundidade dele foi de 10 km. Neste segundo caso, a Polícia Militar disse que não deu para sentir a terra tremer.
Há relatos de tremores também em Itaperuçu, Almirante Tamandaré e Curitiba, nos bairros Portão, Ahú, São Lourenço e Fazendinha, mas os bombeiros não registraram pedidos de ajuda, apenas questionamentos.
A Defesa Civil do Paraná confirmou que até as 8 horas ainda não havia chamado para apoio do Corpo de Bombeiros ou da Polícia Militar em nenhuma das duas bases, mas monitora a situação.
Outros casos
Em janeiro do ano passado, um abalo sísmico assustou moradores de Londrina (PR) e cancelou o expediente no Fórum Criminal da cidade. Como o prédio era antigo e já tinha rachaduras, um bombeiro que estava em uma audiência recomendou que todos deixassem o local por precaução.
Os episódios antecederam em um dia uma série de problemas, como rachaduras e danos em pontes e prédios públicos da cidade, atribuídos às fortes chuvas. À época, o geólogo José Paulo Pinese, docente da UEL que estuda os tremores, disse que estavam investigando com cautela um possível elo entre estragos na cidade e os abalos.
"O solo de Londrina é de um tipo que pode entrar em colapso, se contraindo quando saturado de água. Um tremor até pode potencializar o colapso do solo, gerando mudanças na superfície, como trincas em construções", disse Pinese. Entre dezembro de 2015 e janeiro de 2016, a cidade paranaense registrou 11 microtremores de terra, com magnitude de 1,1 a 1,9 grau na escala Richter. (Com Bem Paraná)