Segunda, 20 Outubro 2014 09:44

Negociações são retomadas em nova rebelião no Paraná

Dois agentes penitenciários são mantidos reféns desde domingo, dia 19. Vinte presidiários exigem transferências para outras unidades do estado. 

 

A polícia retomou as negociações na tentativa de acabar com a rebelião na Penitenciária Estadual de Maringá (PEM) no norte do Paraná, às 7 hrs desta segunda, dia 20.

 

Desde as 17:30 hrs de domingo, dia 19, dois agentes penitenciários são mantidos reféns por dezenas de detentos. Conforme a Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju), os detentos exigem transferência de 20 prisioneiros: 8 para a Região Metropolitana de Curitiba, 8 para Londrina e mais 4 para Foz do Iguaçu.

 

A Polícia Militar (PM) e o Departamento de Execução Penal do Estado do Paraná (Depen) atuam nas negociações, que foram suspensas no final da noite de domingo. Não há informações sobre feridos. 

 

Ainda de acordo com a Seju, a confusão começou com um motim de sete presos, mas se estendeu ao longo das horas e outras galerias do presídio foram abertas. Até as 7 hrs desta segunda, o número de presos rebelados era 57.

 

Rebeliões constantes

 

O ano de 2014 tem sido marcado por diversas rebeliões no Paraná. Desde o início do ano,  presos se rebelaram 22 vezes em várias cadeias e penitenciárias do estado. O período mais violento foi entre agosto e setembro. Em menos de um mês, cinco motins foram registrados.

 

No fim de agosto, detentos da Penitenciária Estadual de Cascavel, no oeste do estado, fizeram um motim que durou 45 horas e deixou cinco pessoas mortas e muita destruição na unidade. O espaço não estava superlotado antes da rebelião, mas foi preciso transferir mais de 800 presos, devido à destruição das celas e corredores.

 

A última rebelião no estado foi no dia 13 de outubro na Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG), na região central, e durou 48 horas. Treze agentes penitenciários e diversos detentos foram feitos reféns. Ao todo, oito pessoas ficaram feridas, sendo cinco presos e três agentes penitenciários.

 

 

 

 

Por Leila Lucas (Rádio Educadora)

 

 

 

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